Nos primórdios do cristianismo: os fatores da manifestação da coletividade de bens no contexto histórico da comunidade cristã primitiva de Jerusalém

August 25, 2017 | Autor: Valmir Medina Riga | Categoria: Cristianismo Primitivo, História das religiões e religiosidades
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Nos primórdios do cristianismo: os fatores da manifestação da coletividade de bens no contexto histórico da comunidade cristã primitiva de Jerusalém Valmir Medina Riga – graduando Profa. Dra. Érica de Campos Vicentini – orientadora Universidade do Oeste Paulista

Resumo A partir dos resultados parciais obtidos com a pesquisa intitulada “A coletividade de bens entre os cristãos do primeiro século”, o presente trabalho visa uma reflexão preliminar sobre a conjuntura histórica favorável tanto ao desenvolvimento da ideia da coletividade de bens quanto à sua possível realização na prática, por parte dos cristãos primitivos. Tomando como fonte primeira o livro dos Atos dos Apóstolos, e com base no contexto histórico do antigo Oriente Próximo, logramos elencar, ao fim, alguns fatos indicativos de uma construção histórica do fenômeno foco deste nosso estudo – fatos de ordem tanto social/econômica quanto cultural/antropológica.

Objetivo A partir dos resultados parciais obtidos com a pesquisa intitulada “A coletividade de bens entre os cristãos do primeiro século”, o presente trabalho visa refletir sobre a conjuntura histórica favorável tanto ao desenvolvimento da ideia da coletividade de bens – como proposta de vivência social por parte da primeira comunidade adepta do nascente cristianismo – quanto à sua realização na prática, conforme relatado no livro dos Atos dos Apóstolos, fonte de nossa pesquisa. Com base no contexto histórico do antigo Oriente Próximo – com destaque à região da Palestina – este trabalho procura enfim elencar, nos âmbitos sócio-político-econômico e cultural-religioso, os fatos indicativos de uma construção histórica do fenômeno foco de nosso estudo geral, tanto no seu aspecto ideológico quanto nas condições e exigências conjunturais de sua real aplicação.

Comunicação apresentada na Seção Antiguidade Clássica, História Medieval e Arqueologia do XXV Simpósio Nacional de História: História e Ética. Associação Nacional de História/ANPUH. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 12 a 17 de julho de 2009.

Metodologia

Adotando como hipótese de trabalho a efetiva realização da coletividade tal qual descrita em Atos, a investigação e a análise das circunstâncias favoráveis à sua real manifestação subsidiam-se em fontes secundárias sobre a história econômica, social, política e cultural da sociedade em estudo, além de seus aspectos antropológicos e filosóficos. Quanto aos instrumentos intelectivos de trabalho, faz-se uso do materialismo histórico (em função de o fenômeno-foco de nosso estudo encontrar-se estreitamente vinculado ao aspecto econômico da sociedade) e de estratégias empregadas pela história cultural no trato dos conceitos e valores presentes nas sociedades antigas.

Resultados parciais

A investigação historiográfica efetuada até o momento possibilita-nos elencar algumas das circunstâncias corresponsáveis pela manifestação da ideia e da prática da coletividade de bens entre os cristãos primitivos. Dentre elas destacamos, primeiramente, as circunstâncias de aspecto econômico, como a tradição (mesmo reminiscente) da antiga economia aldeã-tribal, a inspirar alternativas de sobrevivência diante da pobreza e da fome então vivenciadas na Judeia; as circunstâncias de aspecto social, como a força de mobilização das massas urbanas a partir de suas insatisfações, em concomitância ao caráter antiplutocrático expresso pelas camadas mais humildes; e, por fim, as circunstâncias de aspecto filosófico-antropológico, como a ética social presente na religião hebraica, corroborada por outras culturas sucessivamente dominantes na região, tal qual o império persa e sua religião ética, também influente.

Bibliografia

BÍBLIA de Jerusalém. 4. ed. São Paulo: Paulus, 2006.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Sociedades do Antigo Oriente Próximo. 2. ed. São Paulo: Ática, 1988.

Comunicação apresentada na Seção Antiguidade Clássica, História Medieval e Arqueologia do XXV Simpósio Nacional de História: História e Ética. Associação Nacional de História/ANPUH. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 12 a 17 de julho de 2009.

FUNARI, Pedro Paulo de Abreu. Antiguidade clássica: a história e a cultura a partir dos documentos. 2. ed. Campinas: Unicamp, 2003.

GEBARA, Ivone. O que é cristianismo. São Paulo: Brasiliense, 2008. LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

LEON, Abraham. Concepção materialista da questão judaica. Revisão e prefácio de Jaime Pinsky. São Paulo: Global, 1981.

PINSKY, Jaime (org.). Modos de produção na antiguidade. 2. ed. São Paulo: Global, 1984.

Comunicação apresentada na Seção Antiguidade Clássica, História Medieval e Arqueologia do XXV Simpósio Nacional de História: História e Ética. Associação Nacional de História/ANPUH. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 12 a 17 de julho de 2009.

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