Novos olhares sobres questões antigas: o caso do Hipogeu 1 do Monte do Carrascal 2 (Beja, Portugal).

multiplicação dos sítios
Monte do Carrascal 2 – imediações do sítio de Porto Torrão
inumados
62 indivíduos repartidos por dez decapagens arqueológicas
O número de inumados varia entre quatro e dez indivíduos (adultos e não adultos)
O ritmo das deposições confirma o carácter colectivo do depósito
perfil biológico
SEXO:
17 FEMININOS
3 MASCULINOS
20 INDETERMINADOS
IDADE À MORTE:
22 NÃO ADULTOS
40 ADULTOS
ue [2]
Peças esqueléticas: N=3638 ; Indivíduos em conexão anatómica: N=62
Material arqueológico: cerâmicas (pratos de bordo espessado, almendrado, taças em calote), material lítico (grandes lâminas), adornos (contas de colar em trivia) e indústria sobre osso (agulhas e alfinetes).
Calcolítico Pleno
BETA 307802 (2σ)
2.850-2.500 cal BC
Indivíduo em conexão
(IND. 68)
estratificação
Monte do Carrascal 2 – Hipogeu 1
Escavação de Arqueologia Preventiva
Era Arqueologia, S.A. / Styx, Estudos de Antropologia Lda.
sig
Monte do Carrascal 2, Hipogeu 2 (Ferreira do Alentejo), STYX
Construção de bases de dados georeferenciadas globais

levantamento osteológico
Monte do Carrascal 2 (Ferreira do Alentejo), STYX
Levantamento individualizado a partir das fotografias planimétricas
Procedimentos:
Coordenação tridimensional de todas as peças esqueléticas (e do espólio artefactual)
Inventário individualizado:
Estrutura; Indivíduo; UT; Nº peça; Tipo; Lado; Cmp máximo; Estimativa da idade e sexo; Descrição de lesões ósseas; Notas ...
arqueotanatologia
Obtenção de um conjunto de observações osteo-arqueológicas
Destrinçar as distorções tafonómicas
Identificar o modo de deposição funerária
Registo in situ dos vestígios osteológicos e das informações associadas ao contexto espacial e arqueo-estratigráfico
Objectivos:
Reconstituição das práticas e gestos funerários
Compreensão da gestão do espaço sepulcral
Princípio metodológico:
hipogeus ou grutas artificiais
Escavações no séc. XIX
Poucos sítios escavados capazes de sustentar uma análise dinâmica das práticas funerárias
Distribuição espacial coincidente com as áreas sedimentares (litorais)
Folha das Barradas (Ribeiro, 1880)
Folha das Barradas (Leisner e Leisner, 1959)
tafonomia
Os valores de fragmentação da série são muito elevados: 2507/ 3638 (68,91%)
A série foi afectada por quatro factores tafonómicos principais: antrópicos; água; fauna e flora
arqueotanatologia
DECOMPOSIÇÃO EM ESPAÇO ABERTO
COLAPSO DA CONEXÃO ATLANTO-OCCIPITAL
DESLOCAÇÃO DA CINTURA ESCAPULAR
ABATIMENTO DA CAIXA TORÁCICA
DESLOCAÇÃO PARCIAL DA COLUNA
ABATIMENTO DA CINTURA PÉLVICA
CEDÊNCIA DA ARTICULAÇÃO TÍBIO-FEMORAL
DESLOCAÇÃO DAS PATELAS
CEDÊNCIA DAS ARTICULAÇÕES DAS FALANGES DE MÃOS E PÉS
deposição dos cadáveres
Novos olhares sobres questões antigas: o caso do Hipogeu 1 do Monte do Carrascal 2
(Beja, Portugal)
MARIA JOÃO NEVES e ANA MARIA SILVA

Octopetala
Novos olhares sobres questões antigas: o caso do Hipogeu 1 do Monte do Carrascal 2
(Beja, Portugal)
MARIA JOÃO NEVES e ANA MARIA SILVA

Octopetala
uso do espaço
DECAPAGENS AGRUPADAS
UTILIZAÇÃO INICIAL DA ÁREA SUL DA CÂMARA
OCUPAÇÃO GRADUAL DA RESTANTE ÁREA
DELIMITAÇÕES CLARAS DE ÁREAS COM VESTÍGIOS (EFEITO DE PAREDE)
JUSTAPOSIÇÃO DOS CADÁVERES NA ÁREA CENTRAL
LIMITES REGULARES DA CONCENTRAÇÃO
concluindo,

A solução dos problemas específicos da percepção das práticas funerárias levadas a cabo nestes sítios exige a implementação de um programa metodológico que deve:
Conceber o sítio do sítio como unidade global merecedora de atenção multidisciplinar;
Incentivar a pluridisciplinaridade (a tempo inteiro) e qualificação específica das equipas de campo; e
Promover a recuperação integral dos vestígios e informação de campo.
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24/06/16

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