NOVOS PARTIDOS BÚLGAROS: Uma Análise Comparada entre o Partido Ataka, Pertencente à Coligação Patriotas Unidos, e o Movimento para Direitos e Liberdades

Bulgária foi um dos países que esteve do lado socialista da cortina de ferro, após ter lutado nos lados perdedores nas duas Guerras Mundiais. Tornou-se uma República Popular em 1946 e a dominação comunista terminou em 1990, quando teve a primeira eleição multipartidária. Este país entrou na NATO em 2004 e na União Europeia em 2007. A Bulgária é um país cuja minoria mais influente são os turcos, tendo este um partido criado por estes para defender os seus direitos, o denominado Movimento para Direitos e Liberdades. Com esta crise dos refugiados, tem recebido estas populações, apesar de ser o país europeu mais pobre. Atualmente, em 2017, os partidos que se encontram no poder são os Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (Graždani za Evropejsko Razvitie na Bălgaria), o Bloco Reformista (Reformatorski Blok) e a Alternativa para o Desenvolvimento Búlgaro (Alternativa za Bălgarsko Vălgarsko). No entanto, o partido de extrema direita, Ataka, conseguiu lugar na Assembleia nas últimas eleições, com 11% dos votos, sendo uma subida significativa, com 23 lugares.  Perante estes resultados, perguntamo-nos o que é que o Movimento para Direitos e Liberdades e o partido Ataka têm em comum? Como é que estes partidos se formaram? Como é que neste crescente nacionalismo e onda de migrações e reivindicações de direitos a Bulgária estará?  E, perante convocação de novas eleições, como estarão estes partidos? Procuraremos responder estas perguntas com o presente ensaio. Num primeiro momento, analisaremos a formação histórica destes partidos supracitados. Numa segunda instância, compararemos as suas organizações internas, procurando semelhanças, de acordo com o modelo de Gunther e Diamond. Por fim, exporemos as nossas conclusões e análises da situação atual.