O Adestramento tecnológico Josias Pereira
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Resumo Este texto apresenta um debate sobre como a tecnologia cria pessoas adestradas a conhecer certos aspectos técnicos de equipamentos sem serem profissionais em nenhuma delas. Criando um gap de informações entre o operante do equipamento o (adestrado) e o profissional do mesmo, que em muitas vezes é desqualificado. Usamos pressupostos da semiótica e contextualizamos com a globalização e o crescimento da informática no mundo para entender o surgimento do “adestrado tecnológico”.
O Adestramento Gostaria de iniciar o texto informando que não sou contra a disseminação da ciência ou de seus produtos na sociedade, pelo contrario, defendo que a população tem que se apropriar dos meios de produção audiovisual para que não seja “vitima” inconscientemente da agenda setting ou similares. Defendo apenas que está apropriação quando fica na área domestica não há conflitos ou problemas, o que quero debater é quando este adestrado se considera técnico e invade a areá especializada, sem o mínimo conhecimento da causa,apenas com o adestramento técnico. Em 1922 Walter Lippmann, jornalista político escreveu um livro chamado Public Opinion onde levantava a teoria de que as pessoas comentam o que a mídia coloca em seus jornais ou revistas. Pela teoria a mídia constrói o que as pessoas irão comentar no bate papo casual. Porem, só em 1972 que Maxwell McCombs e Donald Shaw criam o conceito da Agenda Setting, onde alem das notícias que a população irá comentar se analisa como estas notícias são criadas e com que finalidades. Por isso devemos pensar e discutir a importância das concessões, já que uma TV necessita de concessão pública para funcionar.
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cooredenador do curso de comunicação Unifamma
Os meios de comunicação de massa estão presentes no nosso dia a dia e a cada momento ganham mais espaços seja na parte física ou no “hiper espaço”. È inegável que estes meios de comunicação influenciam nosso jovens que desde a tenra idade usam a TV como a sua babá eletrônica, como defende o professor da UFRJ e antropólogo Munis Sodré 2. Muitas pessoas não percebem que os meios de comunicação criam uma realidade que nem sempre condiz com o fato acontecido, que os meios de comunicação são os mediadores desta verdade “derradeira”. Em uma sociedade como a brasileira onde o número de analfabetos ainda é grande,mais de 10% da população 3. E se pensarmos que TV chegou no Brasil na década de 50, onde a maioria da sociedade brasileira ainda era rural e que aos poucos a sociedade foi saindo do campo e indo para cidade, muitas vezes sem um preparo e educação para o novo ambiente. Assim a televisão passa a pautar o que é o certo e o que era errado para este público que não lê jornais e que tem nos meios de comunicação de massa, rádio e TV sua principal fonte de informação. O Brasil chega na década de 70 com a média de 30% de analfabetos. Segundo Filho a Agenda Setting é "... um tipo de efeito social da mídia. É a hipótese segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias, vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá" (Barros Filho, 2001, p. 169). Este poder de influenciar da mídia pode ser analisado como o poder da retórica debatido entre Aristóteles e Gorgias, onde este apresenta a hipótese de que o mais importante é o modo que é feito a enunciação e não o enunciador e muito menos o enunciado, e aquele rebate que este poder da retórica só é valido para um público leigo, pois um público que tenha conhecimento a enunciação vazia é percebido e o enunciador mascarado pela falta de conhecimento do que está proferindo.
O surgimento
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Professor titular da UFRJ Dados do PNAD 2007
O inicio do século XXI viu o crescimento deste que agora chamamos de adestrado tecnológico que a cada dia aparecem com equipamentos de ultima geração e experimentam os novos modos de produção. Realizarei uma pequena pergunta. Saber tirar foto faz da pessoa fotografo? As mudanças tecnológicas ocorridos nos últimos anos, criaram as Novas Tecnologias de Informação e comunicação, e com elas o casamento, no momento estável, da informática e da comunicação que criou o computador pessoal e a nova “expertise” ou novos protocolos de funcionamento da informática. Foi a morte subida do c: “prompter” e depois o resquício da a palavra “win” que era obrigado a digitar para entrar no Windows. Hoje é só ligar o computador e a plataforma Windows já entra direto. Era o fim da linguagem de maquina, considerado coisa de NERD e entra a linguagem gráfica copiando o funcionamento de um escritório, analogia criada por Steve Jobs da Apple, idéia usada por Bill Gattes que popularizou o Windows. Com as mudanças ocorridas e o preço mais baixo dos computadores e a sua união com a área de comunicação, ficou cada vez mais atrativo adentrar no mundo da informativa. A cada dia vemos que o usuário comum começa a usar estas novas tecnologias de modo diferenciado. E se multiplica o numero de software que compõem a área de comunicação e computação. Áreas restritas como Fotografia, vídeo, paginação de livros, áudio, rádio, cinema dentre outras foram sendo desmistificadas em função da tecnologia. Estes conhecimentos foram “abduzidas” pela novata junção e vem modificando alguns conceitos técnicos que perderam a razão graças a tecnologia.
Globalização e a Tecnologia A globalização ou mundialização, foi um movimento do capitalismo onde os capitais começaram a se reunir diminuindo a mão de obra e se adaptando a nova realidade, onde o mais importante era vender a vários paises. As empresas dividiram o mundo em espaços temáticos onde cada lugar era feito um aparato, seja da área de informática , seja para o setor automobilístico ou etc. Essa facilidade com que o capital migrava de um espaço para outro foi criticada por vários pesquisadores, porem a pratica continuava. A Área de comunicação e informativa ganhou espaço e cresceu neste meio, pois a tecnologia audiovisual contribuía para o “lazer”, porem com o avanço tecnológico
este também contribuiu para que estas pessoas “amadores” em função das melhorias tecnológicas passaram a ter qualidade técnica nos trabalhos realizados, assim contribuiu .para a criação do adestrado tecnológico. Áreas como a fotografia e a gravação de vídeo que era uma área onde o conhecimento técnico era fundamental, passou a ser uma coisa banal, pois hoje é fácil de encontrar adolescente com maquina fotográfica com certa qualidade e se consideram um fotografo, só porque foi adestrado a apertar um botão ou outro. Mas será que podemos chamar este adolescente de fotografo? Se ele é fotografo o que falar do Sebastião Salgado? A tecnologia criou o botão que todos os amadores gostam e que os técnicos odeiam o botão chamado automático. É ele que vai resolver toda a parte técnica que o usuário não precisa saber, e muito menos pensar. Diafragma, shutter, sensibilidade, White balace, foco dentre outros foram suprimidos e o usuário pode tirar sua foto apertando apenas um botão e regulando o enquadramento com o famoso botão W e T aproxima ou afasta a imagem, pois são lentes intercambiáveis onde a tele objetiva e a grande angular são manuseadas. Criamos pessoas que acham que a parte técnica é fácil, que o importante é o equipamento e não o olhar, a cultura, o objetivo, mas a técnica pela técnica.
Informática e Globalização A tecnologia audiovisual surgiu com o avanço e união de varias áreas do conhecimento, dentre elas física, matemática, química dentre outras. Destas pesquisas surge a válvula eletrônica, que deu inicio a era da comunicação eletrônica. Válvula é um dispositivo eletrônico com um invólucro de vidro a vácuo, onde um filamento é acionado para permitir a passagem de um sinal, que ao passar pelo seu núcleo é amplificado. Este sinal amplificado aliado ao descobrimento da indução das bobinas deu origem aos primeiros rádios e em seguida as televisões e até no funcionamento do primeiro computador, o ENIAC 4 na década de 40.
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O Eniac possuía 17.468 válvulas
A válvula tinha um grande inconveniente, alem do auto consumo a temperatura interna dos aparelhos era elevada, pois a válvula aquecia. Assim um dos avanços tecnológicos era um aparelho que consumisse uma amperagem menor.
O Computador Para McLuhan (1996) os meios de comunicação são extensões do homem. Agora o mundo experimenta um momento transitório nas tecnologias da informação, que é a substituição do sistema analógico para o sistema digital. Segundo Santaella (2006) o computador é a mídia de todas as mídias, pois o meio não é mais a mensagem, não existe meio, mais transito de informação. E um dos responsáveis pela mudança é o computador. O ENIAC, inaugurado em 1946, na Universidade da Pensilvânia, marca o nascimento do primeiro computador para uso geral. O ENIAC possuía cerca de 17 mil válvulas eletrônicas. Com o avanço tecnológico e o surgimento do transistor começa a revolução tecnologia e o surgimento do chip que possibilitou diminuir o tamanho das máquinas, e ainda aumentar sua capacidade de trabalho, surge assim o PC, computador pessoal.
A semiótica A semiótica pode nos ajudar a entender o avanço e o crescimento dos computadores e o seu uso pelo usuário comum. No inicio a programação dos computadores ainda era de difícil acesso com a necessidade de uma linguagem especifica, programação de máquina e um dos mais conhecidos foi o DOS 5 Foi Steven Jobs, um dos fundadores da Apple, o responsável pelo lançamento de um modelo de computador, com uma plataforma amigável, ou seja, o usuário não precisava ter um conhecimento da linguagem da maquina, mas sim, um conhecimento com um escritório. Segundo a semiótica todo signo precisa ser decodificado para ser reconhecido, um signo é a união de um significado + significante. Assim, Jobs utilizou ícones de fácil reconhecimento, e foi escolhido a analogia com um escritório, assim surge os ícones, pasta, arquivos, fichários, guardar, lixeira etc. Assim os usuários ao clicar nos ícones estavam na verdade iniciando uma complexa linguagem de maquina mascarada pelos ícones. O que ajudou a criar uma atmosfera amigável, onde o usuário perdeu o medo de conhecer a informática, pois era de simples acesso e linguagem familiar. A partir deste momento qualquer pessoa poderia utilizar os computadores pessoais com um 5
Comando digitado pelo usuário. Exemplo para saber o o que tinha no disco era usado c:/dir/w
pequeno conhecimento em escritório. Outros programas foram criados e todos foram utilizando a mesma linguagem simples, conhecida com o amigável. Assim programas de fotografia como o Photoshop de vídeo como Premiere dentre outros foram sendo utilizado por técnicos e por adolescentes que aprendiam fazendo.
Pirataria A contra a pirataria de software é conhecida como Lei de Software (nº 9.609/98) que é utilizada em conjunto com a lei do Direito Autoral (nº 9.610/98). Segundo a referida lei as empresas que comercializam software pirata tem que pagar uma multa de 3 mil vezes o valor de cada software pirateado, e segundo a lei também tem a detenção de até dois anos para uso de cópias não autorizadas e de até quatro anos de reclusão por comercialização de programas piratas. Segundo a Microsoft 6 no Brasil as companhias deixaram de faturar cerca de US$ 880 milhões, além de comprometer a criação de novos empregos. Atualmente, cerca de 61% dos programas em funcionamento no Brasil são constituídos por cópias não autorizadas.
A Internet A idéia da Internet surge de uma necessidade do governo americano de preservar as informações diante de um ataque eminente da ex-união soviética. Assim foi idealizada uma rede onde houvesse o armazenamento e o tráfego das informações para que as mesmas fossem descentralizadas. Assim no final da década de 60 surge a ARPANET, no inicio conectando os departamentos de pesquisa. Na década de 70 Ray Tomlinson modificou o sistema de e-mail adotando o arroba @ por ser um caracter pouco utilizado. Em 1992 surge a World Wide Web o www. O Brasil demora a usar a tecnologia que só em 1995 é aberta para o setor privado. Paralelo ao crescimento da Internet os computadores saem da área administrativa e começam a ser usado em outras áreas, uma delas que possibilitou mudanças na informática foi a união do computador com a telecomunicação que deu origem a vários softwares e possibilitou a digitalização da fotografia, da imagem e do áudio criando a 6
http://www.microsoft.com/brasil/pr/pirataria_salvador.htm
revolução e a bolha da internet, pois varias pessoas começaram a comprar computadores para poder acessar de casa,e o setor de marketing acho que seria o momento de grandes vendas pelo site, o que não se mostrou assim tão simples.
A tecnologia Para analisarmos a linguagem dos meios eletrônicos, é necessário ter em mente a evolução tecnológica de cada década e como esta tecnologia ira contribuir e influenciar na linguagem de cada meio. A válvula surge no final do século XIX, sendo possível o desenvolvimento do rádio, porém o mesmo ainda tinha um preço elevado. No fim da década de 40 surge o transistor, primeiro de germânio que ainda apresentava um preço alto em comparação com a válvula eletrônica, porem na década de 50 surge o transistor de silício, com preço mais baixo, o que populariza os rádios a pilha e diminui o preço da Televisão. Na década de 60 é realizado experiência com Chips, vários transistores dentro de um invólucro, possibilitando a diminuição dos computadores e aparelhos eletrônicos. Com a evolução tecnológica a Sony inventa o VHS, para gravação de vídeo caseiro na década de 70, porém não gosta da qualidade da imagem e vende os direitos a JVC, que lança o VHS e “abre” para outras empresas o direito de se produzir o VHS. A Sony lança na metade da década de 70 o Betamax, aparelho de reprodução de imagem caseiro. A briga entre os formatos VHS e Betamax tem o desfecho final quando a JVC faz um acordo com empresas de cinema e lança a vídeo locadora. Com o preço mais baixo do VHS e a possibilidade de assistir filmes antigos em casa, o vídeo cassete se populariza rapidamente. A Sony que usa o Betamax cobra direito de uso de outras empresas, assim, a produção do Betamax é pouca e cara, e a Sony demora a fazer acordo com os estúdios de Hollywood, diminuindo sua penetração nas vídeos locadoras onde reinava o VHS. Depois a Sony ainda tenta recuperar a liderança do mercado “home vídeo” lançando equipamentos de qualidade como o HI 8, 8mm, porem estes formatos eram incompatíveis com o VHS. No mercado profissional a Sony lança os equipamentos Betacam, sistema de gravação profissional, entrando no lugar do U-matic que apresentava em media 400 linhas de resolução, já o Betacam entra no mercado com 500 linhas de resolução e lança o uso cancorder, ou seja, a fita cassete ligada diretamente na
câmera, sem a necessidade de uma unidade de VT, separado da câmera como ocorria no U-Matic. A JVC lança o sistema Super VHS para entrar no mercado profissional, o que consegue em emissoras do interior, pois o preço médio de uma câmera Betacam era de 20 mil dólares e de uma câmera S-VHS de 5 mil dólares. Na década de 90 Sony, Panasonic e JVC e mais de 60 empresas criam um consorcio para pesquisar o sistema DV, surgindo assim as câmeras e o sistema DV, mini DV, DV pro, DVcam que já utiliza a tecnologia para televisão digital com qualidade de som e imagem profissional. Por outro lado o avanço tecnológico na informática contribui para o surgimento de hardware para comunicação das câmeras digitais com o computador, como a placa firewire e o USB2. Assim, a produção e exibição de vídeo se populariza. As câmeras DV e mini DV tem o preço cada vez menores com varias empresas produzindo chegando hoje a menos de hum mil reais. Na década de 80 os chips dão lugar aos microprocessadores, onde milhões de transistores são colocados em um único invólucro realizando varias funções. Começa a popularização dos computadores pessoais, principalmente quando Steve Jobs, cria ícones para substituir a linguagem de maquina dos computadores, a programação. Este sistema mais amigável, populariza os computadores na sociedade. Em seguida surge a Internet e a banda larga e softwares de manipulação de Áudio, foto e vídeo. Em 2005 surge o you tube popularizando os vídeos caseiros e a troca de vídeo entre usuários. Outras plataformas como o P2P, torrent, dentre outros contribui para que os usuários troquem filmes, curtas, vídeos e musicas criando um mercado paralelo onde a informação trafega na grande rede.
Decodificação Digital A decodificação de vídeo começou com o padrão H120, CODEC codificação e decodificação é criar um código que o computador possa ler as informações, criar um código e ler o código. Em vídeo analógico a imagem é uma forma de onda, senóide, que é decodificada pelos vídeos. Já o computador funciona com a linguagem binária, 0 e 1 então o codificador transforma a senóide ou a imagem em uma seqüência de dados binários 0 /1 , assim o computador pode decodificar esta combinação de 0 1 e a transformar em imagem outra vez.
Em 1988 surgiu o codec MPEG que virou referencia em codificação de vídeo, em 1991 surge o MP3 para codificação de áudio; em 1996 surge o Real áudio Player, onde começa o streeming na Internet, onde o usuário poderia ver o vídeo sem precisar baixar. A explosão da potencialidade comercial da Internet acontece em 1999 com o trailer do star war que teve 6 milhões de download. Com o avanço tecnológico surge a TV Digital e a briga entre os padrões entre o HD DVD e o Blu Ray. Assim surge o padrão H264, também conhecido como MPG4, que é usado pelo Blu Ray e é o padrão de decodificação da TV digital Brasileira. O codec MPG4 que que comprime 3 vezes mais do que o MP2, mas mantém a mesma qualidade de som e imagem. Em 2005 surge o site you tube.
Mudanças Sociais Segundo dados da agencia Reuters, a produção cinematográfica no Brasil soltou de três filmes em 1992 para cerca de 80 em 2007. Por outro lado dados do site Folha on line informa que o público do cinema brasileiro caiu mais de 30% no primeiro semestre de 2007. Dados do IBGE (2007), mostra que 42,1% dos municípios brasileiros não têm nenhuma política cultural formulada. Segundo o PNAD (2005) a maioria dos cinemas esta instalada na região sudeste do pais, o que dificulta o acesso e faz a TV ser a maior fonte de entretenimento do país. A medida que o publico do cinema vem caindo aumenta o acesso a vídeos no you tube e a troca de vídeos no chamado P2P onde usuários trocam vídeos, filmes e curtas metragens entre si. O you tube surge em 2005 como um site de exibição de vídeos, onde o cidadão pode colocar, postar vídeos de graça, a grande diferença do you tube é que em vez de baixar o vídeo para assistir utiliza o download progressivo, que é uma tecnologia que permite o envio de informação multimídia através de pacotes, assim, para assistir um vídeo ou ouvir uma musica não há necessidade de baixar todo o programa para o computador. Segundo dados da agencia folha (2007) o site apresenta 100 milhões de vídeos acessados por mês. Segundo o professor Antonio Brasil da UERJ, o you tube é um canal de TV onde nada é produzido, na verdade, é o publico que alimenta o site. Assim o espectador / internauta passa de enunciatário para enunciador, postando seus vídeos (upload) e cenas de programa de TV.
Segundo Lima (2001) as “velhas mídias” dos meios de comunicação de massa – rádio, cinema, imprensa e televisão – são consideradas veículos unidirecionais de informação por meio dos quais a mensagem percorre apenas uma direção – do emissor ao receptor – as novas tecnologias propiciam o diálogo entre esses dois pólos da comunicação, possibilitando que ambos interfiram na mensagem.
Conclusão Neste meio onde a cultura se faz necessária até para contribuir com a criação do “eu” interior, e a mídia tradicional a cada dia começa a perder espaço. O que questionamos é que este adestrado que nasceu do desenvolvimento tecnológico fez surgir um grupo que conhece os frutos da tecnologia,que sabe dominar o básico dos equipamentos, sem saber opera-los. Deixando de lado a parte artística e tecnológica. No you tube vemos vídeos de adolescentes onde o acesso chega a um milhão Deixando desempregado profissionais que não puderam se qualificar, criando uma geração que aposta mais na capacidade técnica da maquina, seja na captação de imagem ou na manipulação da mesma do que nos seus conhecimentos culturais. Será que é isso que nossa sociedade precisa?
Referências: BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. São Paulo 1988. BAKTHIN, M. (1992) Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes. BARTHES, Roland. Elementos de Semiologia. São Paulo, Cultrix, 1988. BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Lingüísticas. São Paulo: EdUSP, 1996. _______________. O Poder Simbólico. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. FIORIN, José Luiz; Savioli, Francisco Platão - Estrutura da Narrativa - Para Entender o Texto - Leitura e redação, Ed. Ática, 1990 GUARESCHI, Pedrinho A. Comunicação e Controle Social. 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 1991.
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