“O Arquivo Histórico da Família Lucena (séc. XVII-XX). Descrição Arquivística e Catálogo”. Actas do 3º Congresso Internacional “Casa Nobre um Património para o Futuro”. Arcos de Valedevez, Setembro 2013, p.444-465.

August 20, 2017 | Autor: A. Dias da Silva | Categoria: Genealogia, Genealogy-Family History, Arquivos Pessoais, Arquivos Familiares
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ACTAS – 3.º CONGRESSO CASA NOBRE

O arquivo histórico da família Lucena (séc. XVII-XX). Descrição arquivística e catálogo Ana Margarida Dias da Silva*

1. Introdução Iniciado que foi o processo de transcrição documental em 2007 dos documentos pertencentes à família Lucena, hoje salvaguardados pelo Dr. António de Lucena Sampaio, de Coimbra, realizámos, neste ano de 2011, a descrição arquivística e o catálogo resultante do seu tratamento. As datas de produção e acumulação da documentação resultante da actividade da família Lucena situam-se entre o século XVII1 e o séc. XX. Foram transcritos 233 documentos, identificadas e catalogadas 86 fotografias e, no presente ano, foi feito o sumário de toda a documentação num total de 305 documentos. Neste trabalho, faremos uma pequena abordagem à história da família Lucena, sua origem e movimentação geográfica, e apresentaremos uma genealogia actualizada. De seguida, focamo-nos na documentação produzida e recebida que chegou até nós fazendo um resumo das tipologias documentais existentes, apresentando o catálogo no final. 2. História biográfica O apelido Lucena teve a sua origem em Espanha, primeiro no reino de Leão e depois passando à Andaluzia, no séc. XIII. A primeira notícia de pessoa com o apelido Lucena em Portugal é Vasco Fernandes de Lucena, fidalgo originário da localidade de Lucena na Andaluzia, ao tempo do rei D. João I. As armas dos Lucenas são um sol de ouro em campo azul com orla de prata e oito cruzes verdes (imagem 1)2.

* Aluna do mestrado em Ciência da Informação e Documentação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Arquivista e Paleógrafa. 1 O documento mais antigo data de 1661 e refere-se a Cristóvão Monteiro do Couto. 2 GAIO, Manuel José da Costa Felgueiras – Nobiliário de Famílias de Portugal, tomo XVII, p. 244.

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Imagem 1 – Brasão dos Lucenas

O arquivo que aqui descrevemos como sendo da família Lucena reporta-se aos Lucenas de Vila Real, que têm como base de transmissão patrimonial a Quinta de Vilalva, situada na freguesia de São João de Arroios, daquele distrito (imagem 2).

Imagem 2 – Casa da Quinta de Vilalva (Vila Real)

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Ao longo dos dois séculos de análise, as relações familiares, patrimoniais e documentais estabelecemse a partir e em volta da casa de Vilalva embora também sejam referidos outros prazos pertencentes à família em Aveleda, no lugar de Sabroso, no Peso da Régua, no sítio da Marrã, dos Torneiros ou da Pintassilga, o Pepineiro, entre outros. O familiar mais antigo que nos aparece representado na documentação analisada é Francisco Botelho Monteiro de Lucena, filho de Cristóvão de Matos de Lucena e D. Bernarda Botelho de Lemos, nascido a 10 de Outubro de 1683 na freguesia de S. Pedro de Vila Real. É no entanto a linha de seu irmão João Botelho de Lucena que seguimos e a partir da qual se desenvolve a família Lucena de que estamos a tratar. De facto, é de João Botelho de Lucena, nascido a 17 de Setembro de 1685, casado com D. Maria Caetana Botelho de Miranda, senhor do prazo de Vilalva, que se desenvolve a descendência que produziu e acumulou a documentação que hoje nos chega e que consideramos como o arquivo da família Lucena. Tiveram como filhos, entre outros, António Botelho de Lucena, José Botelho de Lucena e Inácio Botelho de Lucena. A linha segue este último, herdeiro da casa de seus pais, a Quinta de Vilalva. Casou com D. Luísa Bernarda Pereira Pinto de Melo de quem teve, entre outros, João Botelho de Lucena, que herda a casa. João Botelho de Lucena teve de D. Ana Antónia Policena da Nóbrega Aboim Pinto Pizarro como filho natural João Monteiro Botelho de Lucena, baptizado como exposto em 26 de Junho de 1789 na igreja de Adoufe e que mais tarde foi perfilhado. Casou com D. Maria de Jesus em Arroios a 25 de Janeiro de 1830. Tiveram oito filhos, a saber: José Justino, João José, António Júlio, Ana Alexandrina, Francisco, Joaquim, Maria de Jesus e Mariana. Todos estes estão representados na documentação que constitui o arquivo da família Lucena. Do casamento de Joaquim Botelho de Lucena com Florinda da Anunciação Coelho Cabral nasce Margarida Cabral Botelho de Lucena, avó do Dr. António de Lucena Sampaio, que herda a quinta de Vilalva de sua tia, Maria de Jesus. Margarida Cabral Botelho de Lucena casou com António José da Costa Sampaio, de quem teve António Cabral de Lucena e Sampaio, nascido na quinta de Vilalva, médico, que por sua vez casou com sua prima Dr.ª Maria da Piedade Nóbrega Canelas, licenciada em Direito. Tiveram António José Canelas de Lucena Sampaio, actualmente detentor de toda a documentação aqui retratada por ter herdado a casa de Vilalva. É casado com a Dr.ª Maria Gil, de quem tem António Luís e Joana Teresa, e é já avô de António Guilherme3. Esta breve genealogia serve apenas para esboçar ao de leve as relações de parentesco entre as pessoas de quem nos chegaram os documentos, sendo que mais à frente será dada uma pequena nota biográfica de cada um deles.

3 Pela extensão que exigiria e por não se tratar de um trabalho genealógico, apenas serão referenciados os familiares de que temos nota na documentação. Para conferir aspectos genealógicos veja-se: FALCÃO, Armando de Sacadura – Os Lucenas. Tomo I e II. Carvalhos de Basto: Braga, 1993 e MACHADO, José Timóteo Montalvão – Dos Pizarros de Espanha aos de Portugal e Brasil. História e Genealogia.

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3. Âmbito e conteúdo O arquivo é bastante complexo e heterogéneo, não podendo nós elaborar séries documentais pela falta de uniformidade tipológica encontrada (Tabela 1). arrematação em hasta pública

inventários de menores

rendas

auto de posse

justificação e confissão de dívidas

testamentos

cedência de terras

legitimas

transacção amigável

confissão de venda

letra de câmbio

álbuns de fotografias

contrato de usufruto

libelos

cadernos de poemas e observações

descrição de bens

mandado de levante

correspondência

doação

obrigação de dinheiro a juros

diários de viagens

emenda de bens

ordem militar

certidão de casamento

emprazamentos e renovação de prazos

pagamento de sisas

certidão de emancipação

escritura de distrate e quitação

partilhas

certidão de missas

escritura de pensão e tença

pleitos

certidão de óbito

escritura de remuneração

procurações

genealogia

escritura de troca

protesto de letra

história de convento

escrituras de arrendamento

recibos

justificação de paternidade e perfilhação

escrituras de dote

registo de expropriação

requerimento de certidões

escrituras e contratos de compra e venda

registo de transmissão

sentença de emancipação

inscrição predial

remissão de foros

sentenças cíveis

Tabela 1 – Tipologias documentais Subdividimos a documentação em três áreas de interesse4: documentação patrimonial, documentação comprovativa de prerrogativas sociais e documentação pessoal. A documentação patrimonial é aquela mais representada e representativa contabilizando mais de metade do total da documentação (Gráfico 1)

4 PEIXOTO, Pedro Abreu – Arquivos de Família. Orientações para a organização e descrição dos fundos dos arquivos de família. Lisboa: Instituto Português de Arquivos, 1991, p.11-12

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Gráfico 1 – Divisão da documentação por áreas de interesse Entre as tipologias documentais identificámos, entre outros, álbuns de fotografias (3)5, correspondência (93), diários de viagens (6), certidões de casamento (3) e óbito (4), escrituras de compra e venda (30), partilhas (10), procurações (3), recibos (11), sentenças (3), testamentos (11), etc. (Gráfico2)

Gráfico 2 – tipologias documentais identificadas 5 São três álbuns com 86 fotografias pertencentes ao Dr. António de Lucena Sampaio, situadas entre a última década do séc. XIX e 1901; as fotografias foram oferecidas por colegas de curso de António José da Costa Sampaio e contêm dedicatórias. Era um hábito dos inícios do séc. XX a troca de fotografias entre amigos.

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Se atendermos à dispersão da documentação por cada um dos membros da familia, apercebemo-nos que a figura central no processo de salvaguarda e agregação da documentação foi João Monteiro Botelho de Lucena e isto porque nalguns documentos é legível a sua indicação de que a documentação pertenceu a seu avô ou seu tio, colocando a data (provavelmente da altura em que o documento lhe chegou às mãos) e a sua rubrica. (Gráfico 3)

Gráfico 3 – dispersão da documentação pelos membros da família Lucena Do total dos 233 documentos transcritos, 73 pertencem a João Monteiro Botelho de Lucena, 53 a seu filho João José Botelho de Lucena, 25 a sua mulher D. Maria de Jesus e 16 a seu pai João Botelho de Lucena. 4. Organização e ordenação A documentação não nos chegou de forma ordenada e o trabalho que encetámos revelou-se de certa complexidade. Em primeiro lugar, tivemos que identificar quantos membros da família Lucena estavam representados na documentação analisada, e que outras famílias estavam a si associadas por via matrimonial, e, seguidamente, estabelecer as relações de parentesco entre si de forma a poder agregar a cada um dos membros da família a documentação por si produzida e/ou recolhida. Depois, elaborámos uma tentativa de Quadro de Classificação6.

6 Procurámos seguir o apresentado por SILVA, Armando Malheiro da – Arquivos familiares e pessoais. Bases científicas para a aplicação do modelo sistémico e interactivo. Revista da Faculdade de Letras Ciências e Técnicas do Património. Porto, 2004. I Série, vol III, pp.55-84.

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Quadro de Classificação Sistema de Informação: Família Lucena Secção 1 – João Botelho de Lucena c. c. Maria Caetana de Miranda Subsecção 1.1 – João Botelho de Lucena Subsecção 1.2 – Maria Caetana de Miranda Subsecção 1.3 – Francisco Monteiro Botelho de Lucena (irmão) Secção 2 – Inácio Botelho de Lucena c. c. D. Luísa Bernarda Pereira de Melo Subsecção 2.1 – Inácio Botelho de Lucena Subsecção 2.2 – D. Luísa Bernarda Pereira de Melo Subsecção 2.3 – António Botelho de Lucena (irmão) Secção 3 – João Monteiro Botelho de Lucena c. c. D. Maria de Jesus Subsecção 3.1 – João Monteiro Botelho de Lucena Subsecção 3.2. – Maria de Jesus Subsecção 3.3 – José Justino Botelho de Lucena (filho) Subsecção 3.4 – João José Botelho de Lucena (filho) Subsecção 3.5 – António Júlio Botelho de Lucena (filho) Subsecção 3.6 – Ana Alexandrina Botelho de Lucena (filha) Subsecção 3.7 – Francisco Botelho de Lucena (filho) Subsecção 3.8 – Joaquim Botelho de Lucena (filho) Subsecção 3.9 – Maria de Jesus Botelho de Lucena (filha) Subsecção 3.10 – Mariana Júlia Botelho de Lucena (filha) Subsistema: Lidoro da Rocha Secção – Manuel Lidoro da Rocha c. c. Mariana Júlia Botelho de Lucena Subsecção – Manuel Lidoro da Rocha Subsecção – Mariana Júlia Botelho de Lucena Subsecção – José Lidoro da Rocha (sogro) Subsistema: Ferreira Vilar Secção – António José Ferreira Vilar c. c. Ana Alexandrina Botelho de Lucena Subsecção – António José Ferreira Vilar Subsecção – Ana Alexandrina Botelho de Lucena Secção – Joaquim Botelho de Lucena c. c. Florinda da Anunciação Coelho Cabral Subsecção – Joaquim Botelho de Lucena Subsecção – Florinda da Anunciação Subsecção – Margarida Cabral Botelho de Lucena (filha)

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Subsistema: Lucena Sampaio Secção 1 – António José da Costa Sampaio c. c. Margarida Cabral Botelho de Lucena Sampaio Subsecção 1.1 – António José da Costa Sampaio Subsecção 1.2 – Margarida Cabral Botelho de Lucena Sampaio Secção 2 – António Cabral de Lucena e Sampaio c. c. Maria da Piedade Subsecção 2.1 – António Cabral de Lucena e Sampaio Subsecção 2.2 – Maria da Piedade Secção 3 – António José Canelas de Lucena e Sampaio c. c. Maria Gil Subsecção 3.1 – António José Canelas de Lucena e Sampaio Subsecção 3.2 – Maria Gil 5. Unidades de descrição relacionadas Relaciona-se com esta documentação da família Lucena, o Sistema de Informação Casa de Mateus, uma vez que contém documentação relacionada com Vilalva (nomeadamente emprazamentos); o convento de Santa Clara de Vila Real porque os Lucenas foram padroeiros deste mosteiro, assim como o convento de S. Domingos; a família Pizarro, a partir de João Monteiro Botelho de Lucena por ser filho natural de D. Ana Policena Aboim da Nóbrega Pinto Pizarro; e o Arquivo Histórico Militar, que contém muita documentação relacionada principalmente com aqueles familiares que seguiram a carreira militar. 6. Nota genealógica Francisco Botelho Monteiro de Lucena, filho de Cristóvão de Matos de Lucena e D. Bernarda Botelho de Lemos, baptizado a 10 de Outubro de 1683 na freguesia de S. Pedro de Vila Real. Neto paterno de João Botelho de Lucena, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de D. Isabel Botelho da Fonseca. Neto materno de Gonçalo de Lemos Botelho e D. Helena Bacelar. Irmão de João Botelho de Lucena. Morgado de Monteselos, professo na Ordem de Cristo; foi padroeiro do convento de Santa Clara de Vila Real. João Botelho de Lucena, natural de Vila Real, filho de Cristóvão de Matos de Lucena e D. Bernarda Botelho de Lemos, foi baptizado na igreja de S. Pedro de Vila Real aos 17 dias de Setembro de 1685. Casou com D. Maria Caetana de Miranda, filha de João de Miranda Taborda e D. Maria Botelho de Mendonça, em 17 de Setembro de 1738, na capela de S. João do Peso, freguesia de S. Faustino da Régua. Pai de Inácio Botelho de Lucena e de António Botelho de Lucena, sacerdote do hábito de S. Pedro. Irmão de José Botelho de Lucena, António Botelho de Lucena e Ana Bárbara, casada que foi com Joaquim da Silva Barbosa. Inácio Botelho de Lucena, filho de João Botelho de Lucena e D. Maria Caetana de Miranda, nasceu a 25 de Agosto de 1719. Senhor da Quinta de Vilalva. Casou na Régua, em 1738 no dia 17 de Setembro, com D. Luísa Bernarda Pereira de Melo, filha de Manuel Pereira Pinto e Helena Vieira de Melo. Foi pai de João Botelho de Lucena e de Ana Josefa Bárbara Narcisa Botelho de Melo.

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João Monteiro Botelho de Lucena nasceu em 1780, tendo sido baptizado a 26 de Maio do dito ano na freguesia de Santa Maria de Adoufe (Vila Real) e morreu a 18 de Fevereiro de 1842, tendo sido sepultado em S. João de Arroios. Filho natural de João Botelho de Lucena (que morreu a 20 de Maio de 1806 na sua quinta de Vilalva) e D. Ana Policena da Nóbrega Pinto Pizarro, solteira. Foi coronel do Regimento de Cavalaria de Bragança, n.º7. Casou com D. Maria de Jesus, filha natural de Helena Maria, e que em 1855, morava na sua quinta das Parratas, freguesia de Arroios. Faleceu no dia 6 de Março de 1885, às 3h30 da manhã, com testamento; foi sepultada em Arroios. Tiveram oito filhos: José Justino, João José, António Júlio, Ana Alexandrina, Francisco, Joaquim, Maria e Mariana. João José Botelho de Lucena, natural da freguesia de São João Baptista de Vila Real, nasceu no ano de 1821, filho de João Monteiro Botelho de Lucena e D. Maria de Jesus. Aos 16 anos de idade alista-se no primeiro dia do mês de Outubro de 1837 com assentamento de praça e juramento voluntário; a 19 de Fevereiro, é nomeado 2º sargento e seis meses depois, em 28 de Agosto de 1839 é nomeado Alferes e segue com o Batalhão Expedicionário de Goa. Em 1845 tem o posto de Alferes da 3ª secção do Exército, sendo incorporado no Regimento de Infantaria n.º 3. Em 6 de Maio de 1846 foi nomeado Tenente e segue para os granadeiros da Rainha. Em 1851, no dia 29 de Abril, sobe ao posto de Capitão. Em 21 Julho 1855 é reintegrado, por proposta do Marechal Duque de Saldanha comandante em chefe do Exército, no posto de Tenente com graduação de Capitão, de que tinha sito demitido por Decreto de 28 de Maio de 1852. Foi nomeado Major no dia 25 de Maio de 1860, ano em que parte para Angola. Em 22 de Setembro de 1860 é nomeado chefe do concelho de Ambriz, conservando o comando do referido Batalhão. Em 24 de Junho de 1862 foi nomeado comandante geral das forças em Malange. Regressa de Angola em 1863 no dia 3 de Fevereiro, onde comandara o Batalhão Expedicionário Português. Em 17 de Julho de 1864 apresenta um requerimento a pedir transferência para Chaves, onde surgira uma vaga. Faleceu, no dia 22 de Outubro de 1871, aos 51 anos, sendo capitão reformado7. Joaquim Botelho de Lucena filho de João Monteiro Botelho de Lucena e D. Maria de Jesus, nasceu a 8 de Maio de 1831 e faleceu em Lisboa a 13 de Janeiro de 1903. Senhor da Quinta de Vilalva. Foi primeirosargento de caçadores 3, oficial de engenharia, que ascendeu ao posto de General, Director das Obras Públicas de Castelo Branco e Vila Real e Inspector de Obras Públicas. Casou em primeiras núpcias com D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral, filha de Manuel Teixeira Cabral e D. Francisca Ernestina Teixeira Coelho, na igreja paroquial de Santo Adrião de Sever, concelho de Santa Marta de Penaguião, diocese do Porto, ele com 33 anos de idade e ela com 19, no dia 5 de Outubro de 1864. Em 1868 residiam em Lisboa. Teve doze filhos. Maria de Jesus Botelho de Lucena filha de João Monteiro Botelho de Lucena e D. Maria de Jesus, nasceu a 13 de Agosto de 1832. Morreu solteira.

7 SILVA, Ana Margarida Dias da – Os Diários das Expedições de João José Botelho de Lucena. Índia e Angola (1840-1862). Introdução, transcrição e notas. Coimbra, Fevereiro 2011.

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Mariana Júlia Botelho de Lucena Rocha filha de João Monteiro Botelho de Lucena e Maria Jesus casou com Manuel Lidoro da Rocha, filho de José Lidoro da Rocha e de Rosa Júlia da Rocha, morador nas Caldas de Moledo. Margarida Cabral Botelho de Lucena Sampaio filha de Joaquim Botelho de Lucena e Florinda da Anunciação Coelho Cabral, neta paterna de João Monteiro Botelho de Lucena e Maria de Jesus, e neta materna de Manuel Teixeira Cabral, nasceu em Castelo Branco a 8 de Novembro de 1880. Casou com António José da Costa Sampaio natural da freguesia do Bonfim, Porto, médico e professor do liceu de Vila Real, filho do Dr. António Augusto da Costa Sampaio, médico, natural da Feira, e de D. Maria da Glória Pereira da Mota, no dia 11 de Agosto de 1900, na igreja de S. Pedro de Vila Real. Tiveram cinco filhos António Cabral de Lucena Sampaio nasceu a 8 de Maio de 1906 na quinta de Vilalva. Médico, casado com sua prima D. Maria da Piedade da Nóbrega Canelas, filha de Artur Alves Canelas e D. Albertina da Nóbrega Pinto Pizarro. Pais do Dr. António José Canelas de Lucena Sampaio, nascido em Coimbra em 1939. Formado em Medicina. 7. Catálogo João Botelho de Lucena 1724, Maio, 14 – Vila Real EMPRAZAMENTO por tempo de três vidas que fazem por procuração Matias Alves Moura e mulher D. Maria Coelho, da Quinta de Mateus, a João Botelho de Lucena e mulher D. Maria Caetana de Miranda, moradores em Vila Real, de uma propriedade que está dentro da Quinta de Vilalva que tem vinha, árvores de fruto, terras de pão e oliveiras, casas telhadas e sobradadas com suas lojas e varandas e uma casa térrea e telhada que serve de palheiro junto às casas da capela de S. Francisco.

1763, Janeiro, 14 – Vila Real TESTAMENTO de João Botelho de Lucena.

1773, Maio, 19 – Chaves CERTIDÃO justificativa de que João Botelho de Lucena, filho de Inácio Botelho de Lucena, natural de Vila Real, serviu Sua Majestade com as praças de soldado e furriel de cavalaria.

1781, Janeiro, 16 – Vila Real PROCURAÇÃO que faz o Dr. Manuel Vieira Pereira Pinto, de Vila Real, a seu sobrinho, João Botelho de Lucena.

1782, Janeiro, 8 – Vila Real SENTENÇA cível e formal de partilhas do cabeça de casal João Botelho de Lucena dos bens que ficaram por falecimento de seus pais Inácio Botelho de Lucena e Luísa Bernarda Pereira de Melo, para pagamento de dívidas.

1789, Junho, 8 – convento de Santa Clara de Vila Real ESCRITURA de obrigação de dinheiro a juros que faz João Botelho de Lucena à abadessa e religiosas do convento de Santa Clara de Vila Real.

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1790, Outubro, 11 – Peso da Régua ESCRITURA de compra que fez João Botelho de Lucena a Maria da Silva de uma vinha onde chamam os Montes, limite do Peso da Régua.

1792, Junho, 26 – Vila Real ESCRITURA de venda e compra que fazem Joaquim Guilherme da Costa Poser e mulher D. Maria Justina de Mendonça Escarlate, de Lisboa, a João Botelho de Lucena das casas da rua das Pedrinhas em Vila Real, de vinhas e montes em Sabroso.

1792, Julho, 26 – Lisboa PEDIDO de confirmação à Secretaria da Mesa do Desembargo do Paço dos Negócios da Repartição da Província da Beira, da doação que fez o padre Manuel Vieira Pereira Pinto de Melo a seu sobrinho João Botelho de Lucena.

1792, Agosto, 9 – Lisboa SENTENÇA cível a favor de João Botelho de Lucena contra Joaquim José da Silva Barbosa de Sousa e filhos menores por causa da doação dos bens deixados por seu tio, o padre Manuel Vieira Pereira Pinto de Melo.

1799, Novembro, 21 – Quinta de Vilalva CONTRATO de compra e troca que faz Bento Rodrigues, do lugar dos Torneiros, com João Botelho de Lucena, de uma leira de souto no sítio do Pessegueiro por troca com um pedaço de souto no sítio da Marrã, limite dos Torneiros.

1803, Abril, 29 – Lisboa SENTENÇA cível de penhora em que foram autores o barão e baronesa de Moçâmedes contra João Botelho de Lucena, Luís António de Figueiredo Rocha e Maria Engrácia Angélica de Mesquita.

Francisco Botelho Monteiro de Lucena [séc. XVIII] – Vila Real HISTÓRIA do convento de Santa Clara de Vila Real segundo informação da madre Leonor do Sacramento.

1730, Outubro, 31 – Vila Real ESCRITURA de venda que fez Maria Borges, solteira, do lugar de Sabroso, de uma leira de terra no lugar de Sabroso que comprou Francisco Botelho Monteiro de Lucena.

1742, Março, 19 – Vila Real ESCRITURA de partilha amigável que fizeram Francisco Botelho Monteiro de Lucena, e seu irmão João Botelho de Lucena dos bens que ficaram por falecimento de seus pais Cristóvão de Matos Lucena e D. Bernarda Botelho. Inácio Botelho de Lucena 1743, Março, 19 – Vila Real ESCRITURA de obrigação de dinheiro a juros que fazem Inácio Botelho de Lucena e mulher às religiosas do convento de Santa Clara de Vila Real.

1746, Junho, 4 – Porto CERTIDÃO DE CASAMENTO de Inácio Botelho de Lucena e D. Luísa Bernarda Pereira de Melo.

1755, Outubro, 6 – convento de Santa Clara, Vila Real ESCRITURA de obrigação de dinheiro a juros que faz Inácio Botelho de Lucena e mulher, D. Luísa Bernarda Pereira de Melo às religiosas do convento de Santa Clara de Vila Real.

1770, Novembro, 7 – Peso da Régua CERTIDÃO assinada por D. Maria Engrácia Castelo Branco e filhas em como vendeu ao padre Manuel Pereira Pinto de Mello uma vinha na Pintassilga sendo procurador do comprador Inácio Botelho de Lucena.

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1775, Novembro, 22 – Lisboa AVISO do Marquês de Pombal dirigido ao Ouvidor da Comarca de Vila Real, Bernardo José de Sousa Guerra, para aceitar a consignação anual de 300.000 reis para no tempo de 12 anos, Inácio Botelho de Lucena satisfazer a dívida que ficou devendo à Real Fazenda quando serviu de recebedor do dobro da sisa de Vila Real, entre 1758 e 1765.

1781, Março, 16 – Vila Real JUSTIFICAÇÃO de dívida de Inácio Botelho de Lucena da quantia de 130.000 reis por ano, tendo sido arrematada a quinta de Vilalva para os próprios reais.

António Botelho de Lucena

João Monteiro Botelho de Lucena

1756, Junho, 25, Vila Real TESTAMENTO do padre António Botelho de Lucena onde diz querer ser sepultado na igreja de S. Paulo e S. Pedro, acompanhado dos sacerdotes e mais irmãos da Irmandade assim como das Confrarias de Nossa Senhora do Rosário e da Bandeira (de que era irmão) e dos religiosos da Ordem Terceira daquela vila, onde era religioso professo. Institui por sua herdeira D. Ana Josefa Bárbara Narcisa Botelho e Mello, filha de seu irmão Inácio Botelho de Lucena.

1803-1807 CARTAS manuscritas por sua mãe D. Ana Policena da Nóbrega Aboim Magalhães Pizarro.

1810, Julho, 2 - Vila Real CERTIDÃO da sentença de emancipação de João Monteiro Botelho de Lucena.

1810, Agosto, 3 - Galegos ESCRITURA de renovação de prazo que faz D. José Maria de Sousa, morgado de Mateus a João Monteiro Botelho de Lucena. É feito o emprazamento em três vidas de uma propriedade que está dentro da Quinta de Vilalva que possui João Monteiro Botelho de Lucena por herança de seu pai, João Botelho de Lucena, cuja propriedade emprazaram Matias Alvares Mourão e D. Maria Coelho, bisavós do morgado de Mateus, a João Botelho de Lucena e D. Maria Caetana de Miranda, bisavós de João Monteiro Botelho de Lucena.

1811, Março, 25 - Vila Real RECIBO da sisa que pagou João Monteiro Botelho de Lucena do quarto e último quartel da compra de vinhas e montes que fez a Francisco de Paula de Ataíde.

1815, Setembro, 8 - Vila Nova CONTRATO de venda celebrado entre Bernardo Alves de Matos e mulher Rosa Maria, do lugar de Vila Nova, e João Monteiro Botelho de Lucena, de uma tojeira na Carvalheira do Pepineiro, limite dos Torneiros.

1816, Fevereiro, 27 - Bragança CERTIDÃO DE ÓBITO de José Botelho de Lucena, alferes de Cavalaria número 6, requerida por João Monteiro Botelho de Lucena, seu sobrinho.

1816, Agosto, 9 - Lisboa SENTENÇA de justificação em como João Monteiro Botelho de Lucena é filho natural de João Botelho de Lucena.

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1816-1863 - Aveleda e Peso da Régua LIVRO de rendas que contém o registo da lembrança do dinheiro pago aos caseiros do Peso da Régua e da Aveleda para granjeios e de sua soldada; a lembrança do dia, mês e ano do nascimento dos filhos de João Monteiro Botelho de Lucena; o registo dos alqueires de pão que se deitam e tiram da tulha entre 1856 e 1858; o registo das pessoas que trazem arrendamentos e por que valor; o registo do dia em que morreu João Monteiro Botelho de Lucena e o local onde foi sepultado; despesas com a vindima na Aveleda.

1817, Janeiro, 5 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que fazem Rafael Gonçalves e Mariana Teresa, do lugar de Vila Nova de Folhadela, de um pedaço de monte na Moita Ruiva, limite dos Torneiros, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1820, Setembro, 24 - Vilalva CONFISSÃO de venda que faz João Alvares, dos Torneiros, de uma tojeira com três castanheiros e alguns pinheiros no sítio da Baixa de Meireles a João Monteiro Botelho de Lucena.

1821, Setembro, 30 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que fazem António Gonçalves e Luísa Alvares, do lugar dos Torneiros, de um bocado de monte no sítio da Moita Ruiva a João Monteiro Botelho de Lucena.

1822, Março, 10 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que faz Luísa Martins, viúva de Diogo Alvares, do lugar dos Torneiros, de dois bocados de terra que se chamam Estremeiras, no sítio da Moita Ruiva, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1822, Setembro, 9 - Vila Real RECIBO de 60.000 reis pagos por João Monteiro Botelho de Lucena a João Bernardo Alvão da pensão que deixou D. Maria Joaquina Botelho de Almeida Pimentel em compensação da vinha no sítio da Aveleda.

1824, Dezembro, 11 CERTIDÃO do prazo do reguengo requerida por João Monteiro Botelho de Lucena, extraída do Tombo Novo das terras reguengas dos Barreiros, Vilalva e outros lugares, que reconheceu Maria Ferreira, viúva de Domingos Oliveira.

1825, Setembro, 14 - convento de Santa Clara de Vila Real PROCURAÇÃO feita pelas freiras do convento de Santa Clara de Vila Real, constituindo seu procurador a António José da Silva Barbosa, de Vila Real, para assinar uma escritura de venda de uma propriedade de vinha, pão e oliveiras, no sítio de Vilalva, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1825, Setembro, 17 - Vilalva ESCRITURA de venda de uma propriedade de dar pão, vinho e azeite que fazem as religiosas do convento de Santa Clara de Vila Real a João Monteiro Botelho de Lucena.

1826, Março, 1 - Vila Nova ESCRITURA de distrate, paga e quitação que dá D. Maria Joaquina Taveira de Macedo a João Monteiro Botelho de Lucena.

1826, Abril, 14 -Vila Real TESTAMENTO de António Botelho de Lucena. Certidão requerida por João Monteiro Botelho de Lucena. Declara que quer ser sepultado na capela do capítulo de S. Francisco de Vila Real, e institui como herdeiro universal dos seus bens a seu sobrinho legítimo Inácio Botelho da Silva Barbosa e não havendo filhos do matrimónio que pretende realizar com sua prima D. Margarida Rita de Morais e Castro, a sua herança passará para o hospital da Divina Providência de Vila Real.

1827, Novembro, 3 – Vila Real ESCRITURA de compra e remição de foro que fez João Monteiro Botelho de Lucena à madre abadessa e mais religiosas do Convento de Santa Clara de Vila Real. As vendedoras, religiosas do convento de Santa Clara de Vila Real, eram directas senhorias de um prazo, que consta de terra de pão e olival, sito na Ribeira de Vilalva, cujo foro anual, de 2.500 reis em metal, era pago pelo agora comprador João Monteiro Botelho de Lucena.

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O ARQUIVO HISTÓRICO DA FAMÍLIA LUCENA (SÉC. XVII-XX). DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA E CATÁLOGO

1829, Janeiro, 4 - Quinta de Vilalva ESCRITURA de compra de uma leira de souto no sítio da Bouça que comprou João Monteiro Botelho de Lucena a António Gonçalves da Silveira e mulher Luísa Alvares, do lugar dos Torneiros.

1829, Abril, 5 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que faz Paula Maria, viúva, do lugar dos Torneiros, de dois pedaços de terra de monte a João Monteiro Botelho de Lucena.

1831, Dezembro, 4 - Quinta de Vilalva ESCRITURA de venda que fez Maria José de Matos, do lugar dos Torneiros, de um pedaço de estrumeira no sítio da Bouça, que comprou João Monteiro Botelho de Lucena.

1835, Março, 8 - Sabroso, freguesia de Folhadela, termo de Vila Real ESCRITURA de venda de uma vinha no Bixeiro da Aveleda que fizeram João da Silva Carvalhais e mulher Luísa Margarida, do lugar de Sabroso, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1835, Março, 25 – Bostelho, Vila Real CONFISSÃO de venda que faz Rosa Pires, solteira, e Luís Pires, do lugar do Bostelho, de dois pedaços de monte com suas oliveiras, no sítio de Aveleda, a João Monteiro Botelho de Lucena, por 50.000 reis e com o foro de dois almudes de vinho e um alqueire de trigo pagos aos herdeiros de Gonçalo Cristóvão de Vila Real.

1835, Abril, 19 - Vilalva CONFISSÃO de venda feita por João Pereira e mulher Joana Teixeira, do lugar de Sabroso, da vinha no sítio de Aveleda, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1835, Agosto, 8 - Vilalva CONFISSÃO de venda que faz Teresa Rodrigues Cabeçuda, viúva, do lugar de Vila Morim, termo de Vila Real, da quota-parte dos bens que herdou por falecimento de seu irmão Francisco Rodrigues, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1835, Outubro, 31 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que fazem António Gonçalves e mulher Ana de Matos, Vicente Gonçalves, Diogo Gonçalves e Ana Gonçalves da quota parte da herança que lhes pertenceu por morte de seu tio Francisco Rodrigues, do lugar dos Torneiros, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1835, Dezembro, 19 – Porto DECLARAÇÃO feita por José Pimenta Correia da Silva em como vendeu a João Monteiro Botelho de Lucena onze bocados de terra culta e inculta que possuía nos limites de Sabroso, freguesia de Folhadela.

1836, Maio, 6 - Peso da Régua AUTO DE CONCILIAÇÃO feito entre João Monteiro Botelho de Lucena e Manuel José da Fonseca Monteiro, para porem fim aos vários pleitos existentes entre ambos.

1836, Maio, 20 - Peso da Régua RELAÇÃO dos árbitros que hão-de decidir as questões que pendem entre João Monteiro Botelho de Lucena e Manuel José da Fonseca Monteiro.

1837, Outubro, 12 - Vila Real MANDADO de levante da quantia de 628.095 reis depositada por João Monteiro Botelho de Lucena.

1837, Dezembro, 20 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que faz Francisca Margarida, solteira e maior de 25 anos, do lugar dos Torneiros, da sua quota-parte dos bens que herdou por falecimento de seu irmão Francisco Rodrigues, a João Monteiro Botelho de Lucena.

1838, Maio, 28 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de venda que fazem António Teixeira de Matos e mulher Cândida Preciosa de Jesus, de uma leira de monte no sítio da Bouça, limite do lugar dos Torneiros, a João Monteiro Botelho de Lucena.

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ACTAS – 3.º CONGRESSO CASA NOBRE

1838, Julho, 9 - Vila Real CONFISSÃO de venda assinada por António Marcolino de Carvalho Moutinho, de Vila Real, de duas leiras de vinha no sítio das Fontelas, limite do lugar de Sabroso, que comprou João Monteiro Botelho de Lucena.

1838, Outubro, 4 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de troca que fazem António Teixeira de Matos e mulher Cândida Preciosa de Jesus, de uma propriedade de metade de souto com sua cabeceira e monte no sítio da Moita Ruiva por um bocado de terra que João Monteiro Botelho de Lucena possui atrás das casas deles no lugar dos Torneiros.

1839, Fevereiro, 12 - Vilalva CONFISSÃO que fazem Luís Jorge e filho António Correia, moradores no lugar do Bostelho julgado de Vila Real, de estarem convencionados com João Monteiro Botelho de Lucena e sua mulher de lhes vender a sua propriedade da Barria na Aveleda, limite do lugar de Sabroso.

1839, Fevereiro, 12 - Vilalva CONFISSÃO de dívida que fazem João Monteiro Botelho de Lucena e mulher da quantia de 80.000 reis emprestada por Luís Jorge e filho António Correia.

1839, Fevereiro, 20 - Sabroso CONFISSÃO de troca de vinhas pertencentes a João Gomes e sua sobrinha Maria Eufrásia, do lugar de Sabroso, pela metade das casas no sítio do Vale, limite de Sabroso, pertencentes a João Monteiro Botelho de Lucena e mulher D. Maria de Jesus, e metade da vinha das Lages, e pela vinha no sítio do Carvalheiro.

1839, Março, 26 - Vila Real DECLARAÇÃO assinada por António Noutel Correia de Mesquita em como ficam soldadas as contas com João Monteiro Botelho de Lucena.

1839, Março, 29 - Quinta de Vilalva ESCRITURA de troca que fazem João Pinto de Morais e mulher Francisca Inácia de Jesus, do lugar dos Torneiros, com João Monteiro Botelho de Lucena, de uma leira de estrume na Moita Ruiva, limite do lugar dos Torneiros, por uma leira de castanheiros no sítio do Paradelo, limite do lugar dos Torneiros.

1840 - Quinta de Vilalva DECLARAÇÃO de João Monteiro Botelho de Lucena que como herdeiro de D. Ana Policena da Nóbrega, sua mãe, é também herdeiro de seus tios frei João Marcelino, juiz Tomás da Nóbrega Mudo Velho e Luís Joaquim da Nóbrega Mudo Novo, quer fazer citar a viúva D. Francisca por si e como tutora dos seus filhos, para que amigavelmente e sem contenda de Juízo, receber a quantia que lhe falta.

1841, Abril, 3, Vila Real - Quinta de Vilalva TESTAMENTO de João Monteiro Botelho de Lucena que institui por seus universais herdeiros aos seus filhos do matrimónio com D. Maria de Jesus, deixando o usufruto do seu terço a sua mulher enquanto viva for e deixa o seu terço a seu filho José Justino de Lucena.

[séc. XIX] Relação dos móveis e bens de raiz que não existem no inventário que se fez por meu de seu avô João Botelho de Lucena.

[séc. XIX] LIBELO de que foi autor João Monteiro Botelho de Lucena e réu Manuel José da Fonseca Monteiro com parecer jurídico acerca do arrendamento de bens e foros nos lugares do Peso da Régua e Lobrigas.

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O ARQUIVO HISTÓRICO DA FAMÍLIA LUCENA (SÉC. XVII-XX). DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA E CATÁLOGO

Maria de Jesus 1826, Fevereiro, 15 - Quinta de Vilalva ESCRITURA de compra e venda para sempre que faz Maria de Jesus, solteira de maior idade, do lugar dos Torneiros, a Manuel Alves e sua mulher, de umas casas telhadas e sobradadas com sua eira, bacelo e terra lavradia com suas oliveiras e água de rega nas Costarelas, limite dos Torneiros, e uma leira de terra lavrada no sito do Magalhão.

1833, Dezembro, 15 - Vilalva RECIBO dos objectos e valores pertencentes a Manuel Mourão, irmão falecido de António Lopes entregues por D. Maria de Jesus.

1837, Dezembro, 6 - Vila Real CERTIFICADO de pagamento de sisa que pagou D. Maria de Jesus pela compra de uma casa com seu lagar no sítio da Aveleda a José Gomes Coelho.

1843, Junho, 19 - Casa do Pinheiro RECIBO assinado por D. Maria do Carmo de (…) Almeida Carvalho em como D. Maria de Jesus lhe pagou todos os foros atrasados que devia.

1844, Janeiro, 11 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de troca que fazem João Pinto Mourão e mulher Francisca Inácia de Jesus, de um bocado de souto e monte pegado sito ao Pepineiro, por uma metade de uma morada de casas sitas no lugar dos Torneiros, pertencentes a D. Maria de Jesus.

1845, Julho, 19, Vila Real SORTE DE PARTILHAS passada a favor da viúva e cabeça de casal D. Maria de Jesus, da Quinta de Vilalva, extraída do inventário de menores a que se procedeu por falecimento de seu marido João Monteiro Botelho de Lucena.

1847, Outubro, 22 - Vilalva RECIBO de D. Maria de Jesus da quantia de 14.400 reis de seu filho João José Botelho de Lucena do importe de todas as benfeitorias …

1848, Agosto, 13 - Quinta de Vilalva CONFISSÃO de troca que fazem José Alves Caetano e mulher Maria Eufrásia, do lugar de Vila Nova freguesia de Folhadela, do julgado de Vila Real, de dois dias de água dos dois nascentes da propriedade da Regadinha.

1848, Setembro, 5 - Vila Real ESCRITURA de permuta e troca que fazem entre si D. Maria de Jesus e seu filho João José Botelho de Lucena de uma vinha que aquela possui chamada de Santo António, no sítio de Vilalva, com uma casa e lagar pela sorte que pertencia a seu falecido irmão José Justino Botelho de Lucena na Quinta de Vilalva, a saber suas leiras de terra lavradia, uma no Pomar de Baixo e outra na Lameira.

1848, Setembro, 17 CONTRATO celebrado entre D. Maria de Jesus em que arrenda a seu filho João José Botelho de Lucena tudo o que lhe pertença na quinta de Vilalva, tanto de prazos como de bens livres, com início no S. Miguel de 1848 e fim em outro dia de S. Miguel de 1850, ficando a primeira outorgante obrigada a pagar, além desta conta, os foros em cada ano à Casa de Mateus, assim como as décimas e as congruas que lhe forem lançadas.

1849, Maio, 12, Vila Real ESCRITURA de dote de casamento de D. Ana Alexandrina Botelho de Lucena que lhe fez sua mãe D. Maria de Jesus quando casou com António José Ferreira Vilar, do lugar da Ranginha, freguesia de Constantim.

1851, Setembro, 30 - Quinta de Vilalva ESCRITURA de pensão e tença que faz D. Maria de Jesus a seu filho Joaquim Botelho de Lucena, primeiro-sargento de Caçadores 3, do valor de 28.800 reis anuais para que ele possa frequentar os estudos na Escola do Exército de Lisboa.

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ACTAS – 3.º CONGRESSO CASA NOBRE

1853, Junho, 14 - Quinta do Pio, freguesia de Mateus AUTO DE CONCILIAÇÃO voluntária que fazem António José Ferreira, negociante, do lugar de Vila Nova, com a devedora D. Maria de Jesus e seu fiador e principal pagador António Júlio Botelho de Lucena.

1853, Julho, 19 CONTRATO de compra e venda celebrado entre D. Maria de Jesus e António Baptista Cardoso, capitão graduado de cavalos três, em que a primeira outorgante vendeu ao segundo uma leira de monte de estrume.

1853, Outubro, 26 - Folhadela, Abrambes AUTO DE CONCILIAÇÃO voluntária que faz o credor António José Gonçalves Basto com a devedora D. Maria de Jesus da quantia de 320.000 reis.

1860, Março, 22 – Vila Real ESCRITURA de venda e remissão do foro de dezasseis alqueires de trigo barbela que faz D. Maria Emília dos Remédios Queirós Lencastre, solteira e de maior idade, do lugar de Somoanhe, do julgado de Santa Marta, que D. Maria de Jesus, viúva, da Quinta de Vilalva, lhe paga anualmente, foro de uma propriedade que produz pão e vinho com água de rega do rio de Vilalva.

1860, Outubro, 21 – Vila Real CONFISSÃO de venda que faz D. Maria de Jesus a seu filho João José Botelho de Lucena de um monte e souto contíguo à Quinta de Vilalva, Inclui o contrato de compra e venda celebrado, em 21 de Setembro de 1860, entre José Alves Caetano e sua mulher Maria Engrácia e João José Botelho de Lucena, onde os primeiros outorgantes vendem ao segundo outorgante o souto da Costa do Faísco, com sua tojeira pegada, no limite da Quinta de Vilalva.

1866, Fevereiro, 4 – Vila Real ESCRITURA de compra e venda celebrada entre D. Maria de Jesus, vendedora, e seu filho João José Botelho de Lucena, comprador, de um bocado de terra de dar pão e um monte, sitos no Pomar de Cima, em Vilalva.

1870, Agosto, 7, Vila Real, rua da Alegria TESTAMENTO público de D. Maria de Jesus.

1872, Junho, 26 – Vila Real ESCRITURA de partilhas amigáveis em pública forma que entre si fizeram D. Maria de Jesus, viúva de João Monteiro Botelho de Lucena, e sua filha, D. Maria de Jesus Botelho de Lucena, solteira, da herança de seu falecido filho e irmão o capitão João José Botelho de Lucena, que morrera solteiro e sem filhos e deixara, em testamento cerrado, como sua legítima herdeira sua mãe e legatária do terço sua irmã.

1875, Março, 5 – Vila Real TESTAMENTO público de D. Maria de Jesus. O testamento foi realizado a 7 de Agosto de 1870, sendo já viúva de João Monteiro Botelho de Lucena e deixando como seus herdeiros os seus sete filhos: deixa o terço de toda a sua herança a seus dois filhos Francisco e Mariana, para ser dividido por ambos, devendo começar pela casa do sítio de Vilalva, com todas as terras que tem pegadas.

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O ARQUIVO HISTÓRICO DA FAMÍLIA LUCENA (SÉC. XVII-XX). DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA E CATÁLOGO

João José Botelho de Lucena 1840, Abril, 28 – 1845, Abril, 25, Índia DIÁRIO do capitão João José Botelho de Lucena da expedição que fez aos Estados da Índia com o Batalhão Provisório de Infantaria.

1847, Outubro, 5 – Vila Real ESCRITURA de compra e venda em pública forma celebrada entre D. Mariana Ferreira de Sousa e João José Botelho de Lucena. O segundo outorgante comprou à primeira outorgante uma propriedade que foi vinha com oliveiras, quase reduzida a monte, com casa térrea e lagar, em estado de ruína, no sítio de Vilalva.

1851-1864 CORRESPONDÊNCIA

1852, Outubro, 5, Lisboa PASSAPORTE n.º 1 de Trânsito passado pelo Governo Civil do Distrito de Lisboa a João José Botelho de Lucena para Chaves.

1852, Outubro, 30 CONTRATO de compra e venda celebrado entre António Júlio Botelho de Lucena e seu irmão João José Botelho de Lucena de um bocado de terra de pão e vinha, no sítio da Lameira, herdado por falecimento de seu pai João Botelho de Lucena.

1854, Agosto, 9, Vila Real TESTAMENTO cerrado de João José Botelho de Lucena deixando todos os seus bens a sua irmã D. Maria de Jesus ressalvando, no entanto, que se sua mãe for viva, sua irmã terá apenas direito ao terço dos mesmos mais. Declara ainda que todas estas disposições ficam sem efeito se se casar e tiver filhos.

1860, Maio, Angola APONTAMENTOS da 2ª expedição nas províncias do Ultramar.

[1860], …, 22, Angola DIÁRIO da Expedição a Angola.

1861, Abril, 5, Angola DESCRIÇÃO da marcha feita por terra desde o Ambriz para Luanda.

1867, Abril, 16 – Vila Real ESCRITURA de venda em pública forma que faz D. Ana Alexandrina Botelho de Lucena a João José Botelho de Lucena. O segundo outorgante comprou a sua irmã, a primeira outorgante, uma propriedade de dar pão, sita em Vilalva.

Francisco Botelho de Lucena 1855, Março, 17 – Bixeiro de Aveleda, freg. Folhadela, Vila Real AUTO DE POSSE da propriedade arrematada em hasta pública, adjudicada à Fazenda Nacional por dívida da viúva e filhos de João Monteiro Botelho de Lucena.

1858, Fevereiro, 5 – Vila Real CARTA DE VENDA de uma propriedade sita ao Bicheiro de Aveleda que arrematou Francisco Botelho de Lucena.

1873, Janeiro, 18 – Vila Real REGISTO de inscrição e descrição predial.

1877, Abril, 30 – Vila Real DOAÇÃO de usufruto de uma morada de casas térreas e lagar no sítio da Aveleda que faz Francisco Botelho de Lucena a Manuel Mourão, do lugar de Sabroso.

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ACTAS – 3.º CONGRESSO CASA NOBRE

Joaquim Botelho de Lucena 1853, Setembro, 23 – Vilalva ESCRITURA de venda que fez Joaquim Botelho de Lucena da sua sorte, herdada por falecimento de seu pai, que se compõe de dois bocados de vinha sitos na denominada “Vinha Grande” e outro no “Poço”, a seu irmão Francisco Botelho de Lucena.

1862, Maio, 9 – Vila Real ESCRITURA de compra de dois bocados de monte no sítio da Marrã que comprou Joaquim Botelho de Lucena a António de Melo da Gama e mulher D. Clara Emília de Carvalho Moutinho, de Vila Real.

1863, Maio, 4 – Vila Real ESCRITURA de troca que fazem António de Melo da Gama e mulher de um monte e casa térrea denominado de Amieira ou de João Pereira na Aveleda, limite de Sabroso, recebendo em troca o monte chamado Bicheiro, na Aveleda, de Joaquim Botelho de Lucena.

1863, Dezembro, 6 – Vila Real ESCRITURA de compra e venda em pública forma celebrada entre D. Ana Alexandrina Botelho de Lucena e seu irmão Joaquim Botelho de Lucena. O segundo outorgante comprou à primeira outorgante todos os bens que lhe pertenceram na quinta da Aveleda, limite de Sabroso, por legítima paterna e bens doados em dote de casamento.

1869, Julho, 1 – Lamego a 1876, Março, 5 – Coimbra RECIBOS vários, assinados por Joaquim Botelho de Lucena certificando as quantias que recebera de sua mãe.

1873, Novembro, 20 – Lamego RECIBO assinado por Joaquim Botelho de Lucena em como recebeu de sua mãe D. Maria de Jesus a quantia de 92.500 reis.

1876, Janeiro, 23 – Vila Real ESCRITURA de venda e compra de bens de raiz que fazem Joaquim Botelho de Lucena e mulher D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral, a Francisco Botelho de Lucena. O primeiro outorgante comprou ao segundo outorgante um bocado de monte no sítio da Marrã e uma casa térrea com seu lagar no sítio da Aveleda.

1885, Maio, 4 – Vila Real DECLARAÇÃO de cedência feita por Joaquim Botelho de Lucena e mulher D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral, residentes em Vila Real, de um campo sito aquém do rio de Vilalva, a sua irmã D. Maria de Jesus Botelho de Lucena, residente na Quinta de Vilalva.

1886, Janeiro, 13 – Vila Real ESCRITURA de compra de um campo em Vilalva que fez Joaquim Botelho de Lucena a seu irmão António Júlio Botelho de Lucena.

1891, Janeiro, 20 – Sever do Vouga CERTIDÃO DE CASAMENTO de Joaquim Botelho de Lucena com D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral celebrado aos 5 dias do mês de Outubro de 1864, na igreja paroquial de Santo Adrião de Sever, concelho de Santa Marta, diocese o Porto.

Maria de Jesus Botelho de Lucena 1872, Junho, 26 – Vilalva ESCRITURA de partilhas amigáveis em pública forma que entre si fizeram D. Maria de Jesus, viúva de João Monteiro Botelho de Lucena, e sua filha, D. Maria de Jesus Botelho de Lucena, solteira, da herança de seu falecido filho e irmão o capitão João José Botelho de Lucena, que morrera solteiro e sem filhos e deixara, em testamento cerrado, como sua legítima herdeira sua mãe e legatária do terço sua irmã.

1872, Outubro, 31- Casa de Mateus DECLARAÇÃO que passou o administrador da Casa de Mateus, em virtude dos poderes conferidos pelo conde de Vila Real, em como recebeu de D. Maria de Jesus Botelho de Lucena a quantia de 230.000 reis da remissão de dois foros pagos anualmente à Casa de Mateus respeitantes à Quinta de Vilalva.

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O ARQUIVO HISTÓRICO DA FAMÍLIA LUCENA (SÉC. XVII-XX). DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA E CATÁLOGO

1872, Novembro, 21 – Vila Real CERTIFICADO do pedido de registo de uma escritura pública de inscrição predial feito por D. Maria de Jesus Botelho de Lucena, dos prédios n.º 4537 (uma tojeira com pinheiros sita no limite de Vilalva, freguesia de Arroios, chamada o Pepineiro) e n.º 4538 (uma tojeira chamada a Cegadinha, sita em Vilalva, limite da freguesia de Arroios), que comprou a Sebastião Botelho Queirós e sua mulher D. Mariana Botelho Carneiro da Fontoura.

1885, Maio, 4 – Vila Real DECLARAÇÃO de D. Maria de Jesus Botelho de Lucena em como cedeu a seu irmão Joaquim Botelho de Lucena e sua mulher, D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral, um campo além do rio de Vilalva, recebendo, em troca, dois campos situados além do mesmo rio.

1885, Junho, 2 – Vila Real CERTIDÃO em como D. Maria de Jesus Botelho de Lucena comprou uma propriedade no sítio de Além do Rio, limite de Vilalva, freguesia de Arroios. Inclui também a pública forma da escritura de venda que fez António Júlio Botelho de Lucena de um campo que produz pão no sítio de Além do Rio a sua irmã D. Maria de Jesus Botelho de Lucena, a 21 de Abril de 1885.

1887, Abril, 2 – Vila Real CONTRATO de compra e venda celebrado entre António Júlio Botelho de Lucena e sua irmã D. Maria de Jesus Botelho de Lucena. A segunda outorgante comprou ao primeiro outorgante a sua legítima materna que vem a ser a quinta parte da Quinta da Aveleda e suas pertenças, no limite de Sabroso, freguesia de Folhadela.

1887, Outubro, 26 – Vila Real CERTIFICADO em como D. Maria de Jesus Botelho de Lucena requereu o registo de uma carta de sentença cível de arrematação extraída dos autos de execução hipotecária em que foi requerente António de Pádua de Sousa Lobo e executada D. Angelina Lobo da Nóbrega. Foram arrestados os bens de D. Angelina Lobo da Nóbrega por dever a quantia de 863.032 reis a António de Pádua de Sousa Lobo, nomeadamente uma propriedade que produz pão com uma casa em Vilalva, depois arrematada por Joaquim Botelho de Lucena, enquanto procurador de sua irmã D. Maria de Jesus Botelho de Lucena.

1897, Setembro, 4, Vila Real PROCURAÇÃO pública que faz D. Maria de Jesus Botelho de Lucena constituindo seu bastante procurador judicial Augusto Ferreira Vilar, casado, empregado nas Obras Públicas.

Mariana Júlia Botelho de Lucena Rocha 1903, Novembro, 28, Vila Real, Administração do Concelho de Vila Real CONTRATO amigável de expropriação feito entre D. Maria de Jesus Botelho de Lucena e … de 643,68 metros quadrados de mato e uma oliveira que foram adquiridos livres e aludiais pelos Estado para passagem do caminho-de-ferro.

1897, Dezembro, 3 - Cambres RECIBO da junta da paróquia da freguesia de Cambres em como D. Mariana Júlia Botelho de Lucena Rocha entregou a quantia de 15.000 reis para a compra de terreno no cemitério público daquela freguesia destinado a um jazigo perpétuo para a sua família, em cujo terreno se acha sepultado seu marido Manuel Lidoro da Rocha.

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ACTAS – 3.º CONGRESSO CASA NOBRE

Manuel Lidoro da Rocha 1887, Dezembro, 10 – Peso da Régua ESCRITURA de arrendamento que fizeram José António do Carmo e mulher Maria de Jesus de duas moradas de casas e quintal sitas nas Caldas de Moledo a Manuel Lidoro da Rocha, por tempo de 10 anos e com a renda anual de 46.956 reis.

1890, Janeiro, 18 – Fontelas CERTIDÃO DE MISSAS por alma de José Lidoro da Rocha e pelas almas de sua mulher, pais e filhos a pedido de seu filho Manuel Lidoro da Rocha.

1891, Outubro, 17 – Vila Real ESCRITURA de paga, quitação e distrate celebrada entre José Augusto de Barros e Manuel Lidoro da Rocha, e sua mulher D. Mariana Júlia Botelho de Lucena Rocha, da quantia de dois contos e quinhentos mil reis, de que os segundos outorgantes se encontravam devedores.

1892, Fevereiro, 18 – Porto CONTRATO DE ARRENDAMENTO assinado por Manuel Lidoro da Rocha, Eduardo Daniel de Matos e José Augusto Lagos, da casa e móveis de Manuel Lidoro da Rocha, nas Caldas do Moledo, a D. Antónia Adelaide Ferreira.

1894, Novembro, 5 – Lamego PROTESTO DE LETRA de Manuel Lidoro da Rocha, das Caldas de Moledo, no valor de 200.000 reis.

1897, Abril, 19 – lugar de Portelo, freguesia e julgado de Cambres, comarca de Lamego TESTAMENTO de Manuel Lidoro da Rocha. José Lidoro da Rocha

1898, Março, 3 – Lamego CERTIDÃO assinada por Miguel Correia Pinto da Fonseca, administrador do concelho de Lamego, em como tomou contas do testamento com que faleceu Manuel Lidoro da Rocha a sua esposa D. Mariana Júlia Botelho de Lucena, que em tudo cumpriu e satisfez às disposições testamentárias quanto a legados pios.

1854, Junho, 1 – Porto CONFISSÃO da dívida de 422.585 reis que José Lidoro da Rocha, com loja na cidade de Lamego, deve a António Teixeira Folhadela, negociante da cidade do Porto.

1861, Dezembro, 16 – Porto RECIBO da quantia de 50.710 reis dos juros do capital de 422.600 reis, dos anos de 1858 e 1859, entregue por José Lidoro da Rocha a António José Teixeira Folhadela.

1867, Julho, 5 a 1870, Junho, 11 – Porto RECIBOS vários do dinheiro pago por José Lidoro da Rocha, das Caldas de Moledo, da dívida que tinha para com António José Teixeira Folhadela, já falecido, herdadas por sua filha D. Maria Emília Folhadela Guimarães e marido Luís António Dias Guimarães.

1868, Dezembro, 19 a 1879, Agosto, 1 - Porto RECIBOS vários do dinheiro pago por José Lidoro da Rocha, das Caldas de Moledo, de dívidas a diferentes pessoas.

1889, Setembro, 5 – Fontelas CERTIDÃO DE ÓBITO de José Lidoro da Rocha; faleceu aos 79 anos de idade, sem testamento.

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O ARQUIVO HISTÓRICO DA FAMÍLIA LUCENA (SÉC. XVII-XX). DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA E CATÁLOGO

Florinda da Anunciação Coelho Cabral

António José da Costa Sampaio

1874, Junho, 30 – Santa Marta CERTIDÃO da legítima paterna e parte da terça de D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral extraída do inventário de menores a que se procedeu por falecimento de seu pai Manuel Teixeira Cabral.

1907, Outubro, 1 – Vila Real CERTIDÃO requerida por António José da Costa Sampaio da carta de formal partilhas passada a favor de sua mulher D. Margarida Cabral Botelho de Lucena Sampaio extraída do inventário orfanológico por óbito de D. Florinda da Anunciação Coelho Cabral e em que foi cabeça de casal o seu viúvo Joaquim Botelho de Lucena.

António Lucena Sampaio CADERNOS DE POEMAS

ALBUNS DE FOTOGRAFIAS

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