O Barão de Salgueiro

EstóriasdanossaHistória Ricardo Charters dAzevedo

o Barão de Salgueiro I Foi 1.° barão de Salgueiro Manuel José Pinto Soares de Albergaria; batizado em Vila Chã (Vale de Cambra - Aveiro) a 31 de março de 1800 e morreu a - 6 de outubro de 1868, filho de Domingos José de Pinho, capitão de ordenanças do concelho de Cambra, e de sua mulher Ana Joaquina Soares Leite. Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, seguiu a carreira da Magistratura e foi fidalgo da Casa Real, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e do Conselho de Sua Majestade. D. Luís I, por decreto de 10 de dezembro de 1864, concede-lhe o título de visconde de Salgueiro cujo brasão de armas é um escudo esquartelado: 1. de Soares de Albergaria; 2. de Oliveiras; 3. partido de Leite e Pereiras; 4. de Matos. Casou, a 29 de junho de 1834, com Maria Benedita de Faria e Vasconcelos, filha do 1. tenente engenheiro Francisco José Pereira Cleto de Vasconcelos e de sua mulher Joaria Cândida de Faria. Deste casamento tiveram oito filhos. O filho primogénito fOIo sucessor do título, e a filha mais nova, Joana Benedita de Faria Pinho e Vasconcelos Soares de Albergaria, que ficou solteira, teve o título de viscoridessa de Faria Pinho. De referir que Joana Cândida de Faria tinha como irmãos José Faria Gomes de Oliveira, figura muito importante de Leiria, comendador da Ordem de Cristo e senador por Leiria nas eleições de 1838 e que vem a casar com Maria Violante Soares Barbosa de Ceia, cunhada do meu tetra-avô o Tenente-Coronel William Charters, e Maria Emilia de Faria que enviuvou duas vezes e vem a casar pela terceira vez, já sexagenária, com um filho do citado William Charters, Roberto Charters, de 32 anos! Foi 2.0 barão de Salgueiro.José de Faria Pinho e Vasconcelos Soares de Albergaria, que nasceu em

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Jornal de Lema 5 de Outubro de 2016/

quinta nos arredores. Foi um dos fundadores da . Caixa Agrícola de Leiria, chegando a ser seu presidente. Nos últimos anos da sua vida cegou completamente, o que não o impediu de continuar . a dirigir a politica local do seu partido até à proclamação da República. O titulo foi-lhe renovado por decreto de D. Luís I, em 17de' junho de 1869. Casou, com 36 anos, a 16 de abril de 1874 com Luísa da Silva Ataíde, de 19 anos, filha de João Carlos da Silva Ataíde (da Casa Ataíde do Terreiro) e de sua mulher Gertrudes Magna da Silva Neves, neta do 10 barão de Quintela. Pela data de casamento, verifica-se que não se passaram com a 2. a baronesa de Salgueiro as aventuras do administrador. do concelho Eça de Queiroz que se contam, pois este só esteve em Leiria em 1871e 1872. Conta-se que ele se "meteu" com uma senhora quando do baile de mascaras que se realizou no Carnaval de 1871na mansão do barão de Salgueiro ao Terreiro, e foi consequentemente empurrado pelas escadas abaixo a mando do dono da casa. O 2. barão de Salgueiro e Luísa da Silva Ataíde não tiveram filhos, pelo que esta família continuou com o irmão do 20 barão, o DI. Diogo de Faria e Vasconcelos de Pinho Soares de Albergaria, que se casou uma primeira vez com Maria do Amparo Raposo Mouzinho de Albuquerque (1843 - 1883), cujo pai, o Tenente-Coronel Fernando Luís Mouzinho de Albuquerque, era proprietário da quinta do Lapedo. Deste casamento houve seis filhos. Casou depois com Elisa de Paiva Curado, escritora, de quem teve uma filha, sendo bisneto dela o Jorge Estrela que Leiria homenageou a 24 de setembro de 2016, editando o seu catalogo das pinturas que a Câmara Municipal de Leiria possui, mas ainda não expôs.

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Leiria a 23 de agosto de 1838 e morreu nesta mesma cidade a 16 de julho de 1915. Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, era fidalgo-cavaleiro da Casa Real, foi deputado, governador civil de Leiria e vogal da Junta do Distrito de Leiria. Filiado no Partido Reformista, depois do pacto da Granja, passou para o Partido Progressista, foi figura de grande relevo pela sua integridade moral e cívica, muito respeitado por amigos e adversários políticos, tendo consagrado muita da sua atividade ao progresso de Leiria, onde viveu, residindo no seu solar na praça do Terreiro e-depois na sua

Texto escrito de acordo com a nova ortografia