II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GERENCIAMENTO DA RESPOSTA EM CATÁSTROFES
O CÃO TECNOLOGICAMENTE INCREMENTADO COMO FERRAMENTA DE BUSCA E RESGATE Autores: Vivian Saadi Sampaio e Vera Lúcia Monteiro INTRODUÇÃO
ANÁLISES
As operações de busca ocorrem, necessariamente, antes do resgate propriamente dito e, a forma mais eficaz de se encontrar pessoas presas em escombros é através do uso de cães treinados para busca e resgate. Estes cães são o estado da arte na realização de operações de busca em catástrofes urbanas como as que ocorreram no México, Kobe, Turquia ou New York (Ribeiro; Mavaddat; Ferworn, 2011).
Através deste estudo, pôde-se concluir que a robótica ainda não avançou o suficiente a ponto de substituir integralmente o uso de inteligências biológicas.
Devido à sua intrínseca capacidade cognitiva, acuidade visual, gama auditiva, capacidade olfativa e instinto de sobrevivência, os cães treinados para busca e resgate são capazes de aprender a realizar uma série de tarefas extraordinárias que qualquer sistema robótico corrente seria incapaz de atingir (Bozkurt et al., 2014). Recentemente, robôs acoplados a uma variedade de sensores se tornaram uma nova ferramenta capaz de prover dados in loco sobre o desastre. Todavia, sensores artificiais não são páreo para a habilidade natural dos cães em encontrar pessoas através do faro. A principal limitação do robô de busca é a sua incapacidade de atravessar terrenos acidentados, especialmente com destroços na rota, além da dificuldade de teleguiá-los sob essas condições. Essas questões fazem com que o cão seja superior em eficiência. As tecnologias de incremento (CAT -Canine Augmentation Technology) formam um elo entre os sistemas naturais e artificiais que evidenciam e exploram as melhores características de cada um. (Tran et al., 2008)
OBS: Conforme a definição de Tran et al. (2010), Biointeligência (BI) é a habilidade inata que organismos vivos têm de desempenhar bem certas atividades, não importando o tipo de mecanismos internos que permitam esse desempenho.
A habilidade dos cães em encontrar pessoas e indicar sua localização é biologicamente eficiente, entretanto sugere-se que é possível incrementar a BI de um cão associando a ele os recursos da robótica (Tran et al., 2010). A figura abaixo fornece alguns exemplos de tecnologias que podem ser somadas às habilidades caninas:
Tecnologias
Captura de imagens Localização por GPS Transmissão de dados Recepção de comandos áudio Transporte de mini-robôs Recepção de comandos vibração Sensores de gás
Habilidades Caninas
Capacidade cognitiva Acuidade visual Gama auditiva Olfato super desenvolvido Instinto de sobrevivência Fácil locomoção em terrenos acidentados Agilidade
CONCLUSÕES
Fig. 1: Cyber-Enhanced Working Dog, A. Bozkurt (2014)
OBJETIVOS O objetivo deste pôster é destacar as potencialidades do cão como ferramenta de busca e resgate, quando associado com incrementos tecnológicos e elementos de robótica, e também, provocar uma reflexão a respeito do grau de utilização dessa ferramenta no Brasil .
METODOLOGIA A metodologia utilizada para o estudo combinou levantamento bibliográfico, revisão de literatura e entrevista exploratória, de forma a destacar os benefícios do uso do cão. Para tanto, lançou-se mão de artigos científicos publicados em periódicos, além de notícias recentes, veiculadas na mídia internacional. Pesquisa Bibliográfica Revisão de Literatura
Entrevista Exploratória Análises e Conclusões
Fig. 2: A. Bozkurt (2014)
Apesar da sua comprovada eficiência, no Brasil o uso dos cães, como ferramenta de busca e salvamento, ainda é insipidamente utilizada. No exterior o cão é partícipe ativo e constante nas equipes de busca e resgate, tendo suas qualidades exploradas em sua totalidade e ainda incrementadas através do uso de artifícios tecnológicos e robóticos. Segundo Ferworn et al. (2006), as equipes de resposta aos desastres recebem video, áudio e localização dos seus cães e, sob certas circunstâncias, os cães poderão receber comandos via áudio do seu treinador, através de equipamentos acoplados em um colete especialmente desenhado para essa finalidade. “As equipes com cães devem ser as primeiras a chegar e iniciar as buscas no local afetado pelo desastre, poupando assim tempo e energia das equipes de busca e resgate.” – Jorge Pereira, CANIX CORP (Entrevista Exploratória).
BIBLIOGRAFIA BOZKURT, A.; ROBERTS, D.; SHERMAN, B.; BRUGAROLAS, R.; MEALIN, S.; MAJIKES, J.; YANG, P. AND LOFTIN, R., Towards Cyber-Enhanced Working Dogs for Search and Rescue, Intelligent Systems, IEEE, Vol. 29, Issue 6, 2014, pp. 32-39. [1] FERWORN, A.; SADEGHIAN, A.; BARNUM, K., RAHNAMA, H.; PHAM, H.; ERICKSON, C.; OSTROM, D.; DELL’AGNESE, L., Urban Search and Rescue with Canine Augmentation Technology, International Conference on System of Systems Engineering, IEEE SoSE 2006, Los Angeles, USA, April 24-26, 2006, pp. 1-5. RIBEIRO, C.; MAVADDAT, F.; FERWORN, A., Adaptive Engineering of an Embedded System, Engineered for use by Search and Rescue Canines SYSTEMICS, CYBERNETICS AND INFORMATICS VOLUME 9 NUMBER 3 - YEAR 2011 Pages: 41-49 TRAN, J.; FERWORN, A.; RIBEIRO, C. AND DENKO, M., Enhancing canine disaster search, in IEEE International Conference of Systems of Systems (SoSE'08) Monterey, CA, USA, 2008, pp. 1-5. TRAN, J.; FERWORN, A.; GERDZHEV, M. AND OSTROM, D., Canine Assisted Robot Deployment for Urban Search and Rescue, in Safety Security and Rescue Titular Robotics (SSRR), 2010 IEEE International Nome do Professor Workshop on, 2010, pp. 1-6.
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