O conceito de competências organizacionais essenciais

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
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O conceito de competências organizacionais essenciais Foco, responsabilidade, comprometimento e ação são essenciais.

DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios (ULBRA), Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) e pós-graduando em Planejamento Empresarial e Finanças (FAVENI)

[email protected] Artigo publicado em 02 de agosto de 2016 http://www.administradores.com.br/artigos/academico/o-conceito-de-competencias-organizacionais-essenciais/96890/

As empresas podem adquirir ao longo do tempo conhecimentos e habilidades que são internalizadas a partir de sua cultura e utilizadas em suas atividades de rotina e em suas estratégias de negócio. Essas práticas internas em constante uso e polimento vão adquirindo formas que revelam quais são os pontos fortes daquele negócio e que podem não convergir com o elemento estratégico inicial, este que pode e deve sofrer contínuo ajuste e monitoramento. Isto quer dizer que, embora um negócio inicie com uma determinada estratégia, esta precisa prover condições para que haja um crescimento sustentável. E não há garantia alguma de que práticas internas eficazes eximam de falhas uma tentativa de implementação estratégica. Foco, responsabilidade, comprometimento e ação são essenciais. Ainda que haja certo sucesso na implementação estratégica adotada, esse efeito, geralmente, é de caráter passageiro. Visto que a velocidade com que ocorrem as mudanças no ambiente competitivo faz com que estruturas e processos inteiros sofram alterações que impactam diretamente na forma pela qual as empresas operam. Como os recursos, em geral, são escassos, as organizações necessitam encontrar formas adequadas e alternativas para permanecer competindo e, ainda, aumentarem o ciclo de vida útil de suas vantagens competitivas. A tarefa não é fácil, por isso é primordial entender a competência essencial do negócio e trabalhar em cima disso. Mas, de fato, o que é isso? As competências organizacionais essenciais são a identidade da empresa, ou seja, aquilo que a diferencia de suas demais concorrentes e que lhe permite obter alguma fonte de vantagem competitiva. Existe uma relação muito aproximada entre a visão de um negócio e suas competências essenciais, visto que pensar no futuro envolve pensar em formas alternativas de operar e que promove, de sobremaneira, um exercício fundamental para o processo de inovação. E todos sabemos que a inovação é sinônimo de progresso, passaporte para o futuro e fonte de vantagens competitivas. Entretanto, obter alguma fonte de vantagem competitiva está associado ao fato de gerar valor em algum ponto da cadeia de consumo, ou seja, o valor criado em algum ponto no processo produtivo que é validado (percebido) por determinados agentes de consumo. O valor gerado necessariamente está associado há um conjunto de pontos fortes da empresa com relação às suas concorrentes e que a fazem ser distinta entre seus pares. Ao identificar seus pontos fortes e trabalhar com afinco em cima deles, a organização está agindo ao encontro de suas competências organizacionais essenciais. Os pontos fortes podem ser identificados na empresa em termos de produtividade, habilidades, conhecimento, tecnologias, recursos físicos, relações com os clientes e fornecedores, reputação, oportunidades de crescimento, direitos legais, vantagens regulatórias, recursos financeiros, etc. Há um leque muito vasto de exemplos de competências essenciais, mas de acordo com Prahalad (1998), o gestor deve ter a capacidade de discernir entre o que é e o que não é competência essencial, pois muitos são àqueles que a confundem com infraestrutura e tecnologias. Tais elementos não são competências essenciais, são no máximo, capacidade ou aptidão. Portanto, é essencial para a organização conhecer-se a si mesma, ou seja, identificar e entender os seus pontos fortes, o seu know-how, e trabalhar estrategicamente sobre estes pontos. Embora seja muito ensejado no meio acadêmico que devemos trabalhar nossos pontos fracos, na prática, isto não leva ao desempenho. Da mesma forma que não adianta fazer de um canhoto um excelente destro, também não adianta continuar em algo em que não temos talento. Nesse caso, seremos no máximo razoáveis.

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