O conceito de semiformação (Halbbildung) em Theodor Adorno

June 6, 2017 | Autor: Glauber Ataide | Categoria: Critical Theory, Theodor Adorno, Bildung
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS












O conceito de semiformação (Halbbildung) em Theodor Adorno[1]













Glauber Ataide
1 o duplo caráter da cultura e a emergência da semiformação


O FENÔMENO DA SEMIFORMAÇÃO (HALBBILDUNG) DEVE SER COMPREENDIDO ATRAVÉS
DE SUA REFERÊNCIA AO DESDOBRAMENTO HISTÓRICO DA CULTURA, TAL COMO PODE SER
LIDO NAS ORIGENS FEUDAIS DO UNIVERSO DA BURGUESIA REVOLUCIONÁRIA DOS
SÉCULOS 17 E 18. A POSSIBILIDADE DA EMERGÊNCIA DA SEMIFORMAÇÃO ESTÁ
COLOCADA, SEGUNDO ADORNO, PELA PRÓPRIA ESTRUTURA DA CULTURA (BILDUNG), CUJO
CONCEITO SE REFERE, EM SENTIDO ESTRITO, A UMA DIALÉTICA ENTRE DOIS
MOMENTOS: O DO ESPÍRITO (GEIST) E O DA ADAPTAÇÃO (AUFPASSUNG). A AUTONOMIA
ESPIRITUAL EM RELAÇÃO A COERÇÕES NATURAIS E SOCIAIS E AO MESMO TEMPO A
LIGAÇÃO DOS HOMENS ÀS ESTRUTURAS DE SUAS CONDIÇÕES DE VIDA CARREGAM EM SI O
PERIGO DE QUE ESTES MOMENTOS SE DESTAQUEM UM DO OUTRO, DE MODO QUE A
CULTURA SE TORNE UNILATERAL E RESULTE NA SEMIFORMAÇÃO (BIERBAUM, 2003, P.
12). A HISTÓRIA DA SOCIEDADE BURGUESA MOSTRARIA, SEGUNDO ADORNO, O
DESDOBRAMENTO DESTE PROCESSO.
O fracasso da realização ou implementação do conceito de cultura como
liberdade através dos processos revolucionários burgueses teve um efeito
contrário ao que inicialmente pretendiam esses movimentos: suas ideias se
voltaram contra si mesmas. Liberdade, Igualdade e Fraternidade se
transformaram, de bandeiras revolucionárias orientadas à instauração de uma
práxis libertadora e igualitária, em meras "boas ideias", em modelos
inalcançáveis, em utopias irrealizáveis. A frustração decorrente dos
desdobramentos da Revolução Francesa de 1789, que culminou no Terror, assim
como das campanhas de Napoleão, que de libertador se transformou em
imperador, muito contribuíram para o aguçamento da contradição entre as
esferas espiritual e material. A filosofia idealista e a música erudita do
período clássico são pontos de observação privilegiados de tal tendência. A
cultura, entendida principalmente como cultura do espírito, se tornou cada
vez mais etérea e desvinculada da realidade social, de modo que tal
fenômeno possibilitou mais tarde que oficiais nazistas, dedicados com zelo
e compreensão aos bens culturais, ao mesmo tempo fossem encarregados da
execução de judeus em câmeras de gás. O fato de os nazistas terem evitado
destruir ruínas gregas milenares em seus bombardeios durante a 2ª Guerra
Mundial também revela tal lógica. Hitler, um pintor em sua juventude, tinha
de certa maneira um projeto estético de embelezamento do mundo, mas à
maneira ariana. Isso mostra que, tendo a cultura se transformado em valor,
tornada puramente espiritual e desvinculada da vida real dos homens, seu
conteúdo pode ser apropriado e manipulado ideologicamente para quaisquer
fins, revelando a falsidade do conteúdo de tais bens culturais.
Mas quando a cultura foi entendida como forma de estruturação da vida
real, "ela destacou unilateralmente o momento da adaptação", levando ao
nivelamento dos homens. Isso é, a cultura foi aqui compreendida como forma
de adaptação do indivíduo ao status quo, como uma forma de domesticação do
animal homem, mas ainda tentando, contudo, "salvar o que é natural, como
resistência à pressão da ordem decadente feita pelo homem." Este momento de
adaptação é intrinsecamente conservador, reacionário, pois, segundo Adorno,
ele responde às necessidades de "reforçar a unidade sempre precária da
socialização" e de "represar aquelas irrupções que levam ao caos, que,
obviamente, se produzem às vezes justamente onde já está estabelecida uma
tradição de cultura espiritual autônoma (ADORNO, 1996, p. 3 – tradução
modificada)."
A burguesia, em sua ascensão social e tomada do poder do político, era
culturalmente mais desenvolvida que as classes baixas e os camponeses. Este
foi um fator preponderante para que ela pudesse desempenhar também suas
funções econômicas, técnicas e administrativas na nova ordem por ela
estabelecida. Mas o proletariado, ao contrário, teve negado, desde seu
surgimento, o acesso à formação. É por isso que o papel-chave do
proletariado em sua missão histórica se baseia não em sua constituição
intelectual, mas em sua posição econômica objetiva. Sobre este aspecto
assim se expressa Marx em A sagrada família:
"Trata-se do que o proletariado é e do que ele será
obrigado a fazer historicamente de acordo com o seu ser.
Sua meta e sua ação histórica se acham clara e
irrevogavelmente predeterminadas por sua própria situação
de vida e por toda a organização da sociedade burguesa
atual." (MARX, 2011, p. 49)


Desta contradição objetiva, que tem em um de seus polos a burguesia,
classe com possibilidade de gozo do ócio e livre acesso aos bens culturais,
e no outro o proletariado, ao qual tudo isso foi negado, tem-se uma grande
cisão que, contudo, é encoberta ideologicamente, principalmente àqueles a
quem isso menos interessa – processo chamado de integração. Assim, através
de diversas medias fornecem-se às massas bens de formação cultural,
ajustados e adaptados sobre mecanismos de mercado à sua consciência. Mas a
própria estrutura social, no entanto, nega aos excluídos o processo real da
formação, o qual requer condições para uma apropriação viva desses bens.
Neste registro temos os casos dos grandes clássicos da literatura mundial
ou da filosofia que são comercializados em edições de bolso. Mas as massas,
no entanto, que antes nada sabiam desses bens, não se encontram preparadas
para tais, nem mesmo do ponto de vista psicológico. Além disso, devido às
suas próprias condições de vida, enquanto setor produtivo da sociedade
capitalista, não podem nem mesmo tolerar a experiência do processo de
formação. Destarte, neste aspecto a semiformação pretende ser uma
integração daqueles que foram excluídos da cultura, uma integração daqueles
que não podem ser integrados por estarem privados das condições sociais
objetivas que lhes permitiriam passar pela experiência ou processo real de
formação cultural. A semicultura, ao mesmo tempo que expressa o histórico
caráter dissociado da cultura em relação à práxis, expressa também aquele
seu contraponto, ou seja, o momento conservador da adaptação. Pelo simples
fato de consumir semicultura o indivíduo já se sente integrado e
participante da cultura, pois a semiformação lhe poupa o esforço requerido
pelo processo de formação, o que, por sua vez, lhe rouba também a
autonomia. Os bens da semicultura se constituem como clichês pré-digeridos,
próprios para serem consumidos nos momentos em que se obtém "licença para
não pensar em nada", ou seja, quando se está fora do trabalho, o qual, por
sua vez, é pura fonte compulsória de desprazer e esgotamento físico e
intelectual.

2 Críticas à teoria da semicultura


SEGUNDO ADORNO, SUAS TESES EM RELAÇÃO À SEMICULTURA PODERIAM PARECER
EXAGERADAS OU MESMO FALSAS EM RELAÇÃO AOS DADOS DAS PESQUISAS. NO ENTANTO,
ISSO É UMA CARACTERÍSTICA NÃO APENAS DAS TESES QUE ELE APRESENTA EM TEORIA
DA SEMICULTURA, MAS É PRÓPRIO DOS ESTUDOS TEÓRICOS EM GERAL. É NATURAL QUE
ESTES SE INCLINEM PARA – O QUE NÃO É EXATAMENTE O MESMO QUE FAZER - FALSAS
GENERALIZAÇÕES. OS MÉTODOS EMPÍRICO-SOCIOLÓGICOS NÃO SÃO OS MESMOS DAS HARD
SCIENCES OU DAS NECESSIDADES ADMINISTRATIVAS E COMERCIAIS. O MOMENTO DA
ESPECULAÇÃO É QUANDO SE DÁ UM PASSO ALÉM DOS DADOS IMEDIATOS, O QUE SE
CONFIGURA NO MOMENTO INEVITÁVEL DA FALSIDADE DA TEORIA. SE UMA TEORIA NÃO
DÁ ESSE PASSO E SE MANTÉM PRESA AO REGISTRO DOS DADOS, NÃO SERIA MAIS DO
QUE REPETIÇÃO, ABREVIATURA DOS FATOS, DEIXANDO-OS TAMBÉM INASSIMILADOS. O
MERO REGISTRO POST FESTUM DOS DADOS NÃO CONFIGURA UMA TEORIA. ASSIM, O
PRINCIPAL PARA SE COMPREENDER ESTE ASPECTO DE SUAS TESES DA SEMICULTURA É
QUE ELAS DELINEIAM UMA TENDÊNCIA. O MODELO DE SEMIFORMAÇÃO QUE ADORNO PODIA
OBSERVAR ERA A CAMADA DOS EMPREGADOS MÉDIOS, NÃO PODENDO, PORTANTO, SER
UNIVERSALIZADA QUANDO DE SUA FORMULAÇÃO. MAS, AINDA ASSIM, MESMO QUE FOSSE
NECESSÁRIO RESTRINGIR QUANTITATIVA E QUALITATIVAMENTE O ÂMBITO DE SUA
VALIDADE, A IDEIA É QUE SUAS TESES RASCUNHAM, ESBOÇAM A "FISIONOMIA DE UM
ESPÍRITO QUE DETERMINARIA A MARCA DA ÉPOCA (ADORNO, 1996, P. 10 – TRADUÇÃO
MODIFICADA)".
Uma outra objeção levantada contra sua teoria da semicultura é de que
a crítica que ela faz à divulgação em masa da cultura seria elitista.
Adorno responde mostrando que ao desenvolvimento das forças produtivas no
capitalismo, ou da estrutura da sociedade, não correspondeu, na mesma
velocidade, um desenvolvimento da cultura, que faz parte da superestrutura.
Tal diferença resultou em cultural lag, em um atraso cultural, do qual a
semiformação se nutre. Dessa maneira, dizer que o desenvolvimento da
técnica e a elevação do nível de vida resultam em uma melhor formação é uma
"ideologia comercial pseudodemocrática (ADORNO, 1996, p. 18 – tradução
modificada)". Da reprodução massiva de bens culturais elevados não se segue
uma elevação da formação. A recepção das obras deixa de "obedecer a
critérios imanentes para se conformar ao que o cliente espera obter deles",
como mostra o estudo citado por Adorno em que dois grupos semelhantes
escutavam música erudita, um em audições ao vivo e outro apenas pelo rádio.
O grupo que ouvia pelo rádio reagia com maior superficialidade e menor
entendimento. A ideia aqui expressa é a de que o meio pelo qual a obra é
veiculado modifica a recepção da própria obra. Sendo o rádio um veículo de
entretenimento, tudo o que ele transmite tende a ser assimilado como
entretenimento. Assim, a expansão da formação cultural nesses moldes é sua
própria aniquilação. A semiformação não seria um passo em direção à
formação, uma etapa prévia, ou a metade do caminho. Ela é, ao contrário, a
inimiga mortal da formação. Segundo Adorno,
"... elementos que penetram na consciência sem fundir-se
em sua continuidade, transformam-se em substâncias tóxicas
e, tendencialmente, em superstições, até mesmo quando as
criticam […] Elementos formativos inassimilados fortalecem
a reificação da consciência que deveria justamente ser
extirpada pela formação." (ADORNO, 1996, p. 20 – tradução
modificada)

Adorno ilustra este ponto com o caso do mestre toneleiro que,
desejando uma formação cultural elevada, se dedicou à Crítica da razão
pura, de Kant, e acabou na astrologia, pois só assim "seria possível
unificar a lei moral que existe em nós com o céu estrelado que está acima
de nós" (ADORNO, 1996, p. 20 – tradução modificada). Isso é, sem as
condições sociais objetivas e os pressupostos subjetivos necessários para
se apropriar dos bens culturais de nada adianta sua divulgação em massa.






3 Semicultura, narcisismo e psicose


ADORNO EXPLICA EM PARTE O MECANISMO SUBJETIVO DA SEMIFORMAÇÃO
UTILIZANDO O CONCEITO PSICANALÍTICO DE NARCISISMO. O NARCISISMO PODE SER
DEFINIDO COMO UM INVESTIMENTO LIBIDINAL OU AFETIVO SOBRE O PRÓPRIO EU, E EM
UM DE SEUS VÁRIOS ASPECTOS, CARACTERIZA TAMBÉM A ESCOLHA DO OBJETO. SEGUNDO
MICHEL VINCENT, EM UMA ESCOLHA NARCÍSICA DO OBJETO GOSTA-SE "DO QUE SOMOS;
DO QUE FOMOS; DO QUE SE QUERERIA SER; DA PESSOA QUE FOI PARTE DO QUE
SOMOS." (VINCENT, 2005, P. 1227) O NARCISISMO ORIGINÁRIO INFANTIL É
SUBSTITUÍDO NO ADULTO PELA FORMAÇÃO DO IDEAL DO EU, O QUAL, SEGUNDO SOPHIE
DE MIJOLLA-MELLOR (2005), SE CARACTERIZA POR "OFERECER UMA ABERTURA PARA
QUE O NARCISISMO PERDIDO NA INFÂNCIA POSSA SE REALIZAR NUM TEMPO FUTURO".
(MIJOLLA-MELLOR, 2005, P. 905)
A identificação fracassada com o espírito objetivo se constitui como
uma ferida narcísica para o indivíduo que, por não ser e nem fazer o que,
segundo seu próprio conceito – introjetado, construído socialmente –
deveria ser e fazer, se sente inadequado e culpado diante de tais
exigências. A semicultura, então, fornece uma compensação de tal culpa e
impotência através da participação imaginária na cultura. Através de
signos, imagens e simulacros, os indivíduos se sentem integrantes "de um
ser mais elevado e amplo, a que acrescentam os atributos de tudo o que lhes
falta e de que recebem de volta, sigilosamente, algo que simula uma
participação naquelas qualidades" (ADORNO, 1996, p. 22 – tradução
modificada). Tal ganho narcísico de pertencimento a uma elite se dá, por
exemplo, pela mera frequência a determinadas instituições escolares ou pela
compra de determinados bens culturais caros. Este mesmo mecanismo de
identificação a um todo maior foi explorado pelo nazismo para mobilizar
grandes massas que, objetivamente, tinham interesses de classe contrários
aos do nazismo, representante que era do grande capital industrial e
financeiro. Também é um exemplo aquele indivíduo que, desgraçado na vida,
vivendo na pobreza e em grandes dificuldades, diz-se, contudo, sentir-se
feliz, pois mesmo não sendo o dono do mundo, é pelo menos "filho do dono".
Outro conceito psicanalítico utilizado por Adorno em sua análise da
relação do indivíduo com a coletividade é o de psicose. De forma geral, a
psicose, segundo Zimerman (1999), implica em "um processo deteriorativo das
funções do ego, a tal ponto que haja, em graus variáveis, algum sério
prejuízo do contato com a realidade (ZIMERMAN, 1999, p. 227)."
Característicos também desse mecanismo são o temor que o psicótico
experimenta, de forma intensa, de dissolução e de desintegração do Eu,
assim como uma preocupação permanente com o seu senso de identidade. Em
termos clínicos, o psicótico tem sensações de despersonalização e de
estranhamento. Considerando a íntima relação entre estranhamento e
alienação, termos às vezes intercambiáveis, o diagnóstico de Adorno é
incisivo: "a psicose em si é a alienação objetiva de que o sujeito se
apropriou até o mais íntimo." (ADORNO, 1996, p. 25 – tradução modificada)
No caso da semiformação, o indivíduo, alienado da cultura e de si mesmo,
precisa de uma compensação para a impotência que sente diante de um
universal desconhecido, a qual é fornecida pela semicultura. Mas o que ela
lhe provê são apenas esquemas que não apanham a realidade em seu conceito,
mas apenas compensam seu medo diante do incompreendido. Desse modo,


"... os consumidores de pré-fabricados psicóticos se
sentem resguardados, assim, por todos aqueles igualmente
isolados, que, em seu isolamento numa alienação social
radical, acabam unidos por uma insânia comum. A satisfação
narcisista de estar em segredo e unido a outros escolhidos
dispensa – enquanto ultrapassa os interesses mais próximos
- o confronto com a realidade, em que o antigo ego,
segundo Freud, tinha sua tarefa mais nobre." (ADORNO,
1996, p. 25 – tradução modificada)

Este trecho mais uma vez sugere a relação da psicose com os mecanismos
da semicultura, já que aqui o ego não mais desempenha um papel de mediador
da realidade. Mais à frente Adorno ainda fala sobre os sistemas maníacos da
semiformação cultural como um "curto-circuito", isso é, o semiculto
transforma tudo que é mediato em imediato.

4 REFERÊNCIAS


ADORNO, THEODOR W. TEORIA DA SEMICULTURA. TRADUÇÃO DE NEWTON RAMOS-DE-
OLIVEIRA, BRUNO PUCCI E CLÁUDIA B. M. DE ABREU. REVISTA "EDUCAÇÃO E
SOCIEDADE" N. 56, ANO XVII, DEZEMBRO DE 1996, PÁG. 388-411. TRADUÇÃO
REVISTA POR VERLAINE FREITAS, INÉDITA.

FREITAS, Verlaine. A dialética negativa da cultura. Inédito.

ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica.
Porto Alegre: Artmed, 1999.

MIJOLLA, Alain; VINCENT, Michel; MIJOLLA-MELLOR, Sophie de. Dicionário
Internacional de Psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, 2005.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A sagrada família: a crítica da Crítica
crítica contra Bruno Bauer e consortes. São Paulo: Boitempo Editorial,
2011.

BIERBAUM, Harald. Die Theorie der Halbbildung Adornos – ein soziologischer
Text. Disponível em: http://www.abpaed.tu-
darmstadt.de/media/abpaed___anu/downloads_1/publikationen_2/Harald_Bierbaum_
Halbbildung.pdf. Acesso em 30 de agosto de 2015.

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[1] Comunicação apresentada no 1º Encontro de Pesquisa em Filosofia da FAJE
(Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), em novembro de 2015.
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