O concelho de Pedrógão Grande no início do século XX

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Cadernos de Estudos Leirienses – 11 * Dezembro 2016

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LEIRIA DEZEMBRO DE 2016

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Cadernos de Estudos Leirienses – 11 * Dezembro 2016

Título: CADERNOS DE ESTUDOS LEIRIENSES – 11 Editor: Carlos Fernandes Coordenador Científico: Saul António Gomes (Professor Associado com Agregação do Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)

Conselho Consultivo: Isabel Xavier, J. Pedro Tavares, Luciano Coelho Cristino, Mário Rui Simões Rodrigues, Miguel Portela, Pedro Redol e Ricardo Charters d’Azevedo Concepção e arranjo da capa: Gonçalo Fernandes Colecção: CADERNOS – 11 ©Textiverso Rua António Augusto da Costa, 4 Leiria Gare 2415-398 LEIRIA - PORTUGAL E-mail: [email protected] Site: www.textiverso.com Revisão e coordenação editorial: Textiverso Montagem e concepção gráfica: Textiverso Impressão: Artipol 1.ª edição: Dezembro 2016 Edição 1185/16 Depósito Legal: 384489/14 ISSN 2183-4350 Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor.

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O concelho de Pedrógão Grande no início do século XX Miguel Portela*

No ano de 1904, o concelho de Pedrógão Grande integrava as freguesias de Castanheira, Coentral, Graça, Vila Facaia e Pedrógão Grande. A sua população rondava nesse ano os 15 000 habitantes, tendo a freguesia de Pedrógão nessa data 71 povoações. Através dos elementos constantes no Annuario Commercial de Portugal, editado no ano de 1904, reconhecemos o concelho de Pedrógão Grande como grande produtor de azeite, cortiça, vinho e cereais (ANUÁRIO, 1904: 1583-1584). Nessa vila exercia o cargo de administrador do concelho, o bacharel em Direito, Dr. Eduardo Augusto Pereira de Magalhães Mello e Campos que era assessorado pelo escrivão, Elias da Costa Carvalho e pelo oficial de diligências, Albano Nunes Roldão (Quadros 1 e 2). Quadro 1: Referência ao administrador do concelho de Pedrógão Grande em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Quadro 2: Referência ao escrivão da administração do concelho de Pedrógão Grande em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento. * Investigador

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Era presidente da Câmara de Pedrógão Grande em 1904, Júlio Henriques Farinha da Conceição, sendo vice-presidente António Lourenço da Silva, os quais eram auxiliados pelo secretário António Nunes Nogueira, pelo tesoureiro Manuel Caetano, pelo amanuense e aferidor Artur Nunes Nogueira, pelo contínuo, Abílio Gomes e pelo guarda rural, Domingos Dias Manço. Os cargos públicos eram praticados pelos mais respeitados membros da sociedade local, sobretudo na Repartição da Fazenda com o escrivão, Silvério Amado Pinheiro de Freitas, e na Recebedoria, com o recebedor, José Pires Figura 1 - Capela de S. Sebastião. Postal ilustrado de Pedrógão Coelho David. Grande. Edição M. Rodrigues. O Juízo de Paz era exercido pelo juiz Joaquim Pires Coelho David ajudado pelo escrivão Artur Nunes Nogueira, sendo que no registo notarial exercia o cargo de notário, Augusto Henriques David. De idêntica forma, tinha a freguesia de Castanheira, Juízo de Paz, exercido pelo Dr. Manuel Joaquim Pereira, sendo este auxiliado pelo escrivão, Eduardo Barata Salgueiro e pelo oficial de diligências, António Maria Wenceslau Coelho. Viviam nessa vila dois reputados advogados, - Dr. Eduardo Augusto Pereira de Magalhães Mello e Campos e o Dr. João António do Souto Brandão -, que tratavam das mais diversas causas e assuntos. Na vila de Pedrógão Grande desempenhava as funções de regedor, Manuel António Nogueira, exercendo o mesmo cargo na freguesia do Coentral, José Miguel, e na freguesia de Vila Facaia, Júlio da Gama. Dispunha o concelho de uma estação de correios e telégrafo no centro da vila, praticando o cargo de chefe desse serviço, Abílio Pereira da Silva, coadjuvado por dois distribuidores, cujos cargos eram praticados por António Miguel de Carvalho e Imírcio Almeida Martins havendo ainda, nesse serviço, um guarda, cujo cargo era exercido por Francisco Rodrigues. Tinha Pedrógão Grande notável prestígio económico e comercial alavancado na indústria dos lanifícios que se encontrava localizada nas freguesias do Coentral e Castanheira, - nessa data estas duas freguesias pertenciam 216

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a este concelho -, e pelo comércio que se desenvolvia por toda esta região, estimulado pela comercialização de produtos têxteis (PORTELA, 2016a: 1617). Atestamos ainda, a presença de alguns capitalistas que residiam no concelho de Pedrógão, cujos nomes são apresentados neste anuário, particularmente, António Joaquim Fernandes, António Lopes David, António Lourenço da Silva, Epifânio José David, Firmino José David e Francisco Barreto Leitão. Os negociantes e comerciantes floresciam nesta época sendo indicados, neste anuário, os nomes de Abílio Nogueira David, António David de Andrade Júnior, António Dias Correia, Augusto Simões, Augusto Tomaz Barreto, Bernardino Antunes d’Almeida, João Nunes Roldão, Joaquim Pires Coelho David, Joaquim da Silva David, José Henriques Barata, José Lourenço Júnior, Manuel Caetano, Manuel Dias, Manuel Pires Coelho David e Manuel Rodrigues. Para além dos referidos, recolhemos nos livros de assentos paroquiais de Pedrógão Grande elementos que nos permitem demonstrar a existência de outros nomes (Quadros 3, 4 e 5). Quadro 3: Referências a negociantes em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

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Quadro 4: Referência a caixeiro em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Quadro 5: Referência a vendeiro em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Eram reconhecidos por toda a região os diversos estabelecimentos comerciais de Pedrógão Grande, sobretudo as sapatarias que tinham aqui forte presença, especialmente, as de António Fernandes, Custódio Correia, Feliciano Nunes Roldão, Jerónimo Henriques, José Antunes da Silva e a de Júlio Henriques. De igual modo, é de referir alguns nomes de sapateiros que aí residiam e exerciam o seu ofício, nomeadamente Bernardino Henriques e António Francisco (Quadro 6). Quadro 6: Referências a sapateiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Pedrógão Grande dispunha ainda de outras lojas comerciais, particularmente da latoaria de Manuel Pires & Filhos; da marcenaria de Augusto Domingos Costa & Filhos; da relojoaria de Adelino Lourenço dos Santos e das serralharias de Albino e José Simões Leitão, ambos ferreiros (Quadro 7).

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Quadro 7: Referências a ferreiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Todavia, por todo o concelho exerciam atividade mestres carpinteiros e pedreiros, conforme podemos atestar com os elementos constantes nos quadros que apresentamos (Quadros 8 e 9). Quadro 8: Referências a carpinteiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Quadro 9: Referências a pedreiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

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Podemos ainda observar alguns oficiais de alfaiataria que exerciam atividade neste concelho (Quadro 10). Quadro 10: Referências a alfaiates em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Identificámos ainda, a existência de alguns padeiros e moleiros que exerciam o seu ofício na vila de Pedrógão Grande (Quadro 11 e 12). Quadro 11: Referências a padeiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Quadro 12: Referências a moleiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

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Esta vila do Norte do Distrito de Leiria dispunha de três barbearias, cujos proprietários são os assinalados: Rufino José Barreto, Elias Antunes e António Leitão Barreto. Todavia, temos conhecimento da existência de barbeiros no concelho de Pedrógão Grande, sobretudo de José Lopes que exercia a sua atividade na Derreada Cimeira (Quadro 13). Quadro 13: Referências a barbeiros em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Dispunham ainda, os Pedroguenses de dois pintores, cujos trabalhos eram executados pelos mestres João das Neves e António Simões Coelho. De igual modo, em Castanheira o mesmo ofício era exercido pelo mestre António Marques de Araújo (PORTELA, 2015b: 8-9). No início do século XX a freguesia de Castanheira evidenciava-se das restantes, incluindo do próprio concelho de Pedrógão Grande, ao qual pertencia, pelo seu contributo no progresso industrial, sobretudo com a referida indústria dos lanifícios, que faziam da povoação, um reputado e prestigiado centro produtivo têxtil de Portugal (BARRETO, 2008: 11-60; PORTELA, 2016a: 16-17; PORTELA, 2016c: 29). São mencionadas neste anuário diversas fábricas, particularmente as localizadas nas freguesias de Castanheira de Pera e Coentral, especificamente nos lugares de Abelheira de Cima e de Baixo, no Bolo, nos Esconhais, na Foz do Funtão, nos Pereiros, nos Pizões, nos Rapos, na Retorta, no Safrujo, nas Sarnadas e na Várzea. O chefe dos correios, da freguesia de Castanheira estava a cargo de Jacinto Alves Calado, identicamente, o cargo de guarda-fios era exercido por João Nunes. Desde 1901 essa freguesia dispunha de uma unidade de cuidados hospitalares, – um dos mais modernos hospitais da época –, assim como dispunha de Casa de Misericórdia. Todos estes equipamentos foram devidos à ação dos beneméritos de Castanheira, os Viscondes de Nova Granada (PORTELA, 2015a: 17). Em 1904, exercia o cargo de provedor da Misericórdia de Castanheira, o Dr. Eduardo Pereira da Silva Correia, pároco dessa freguesia, o qual veio 221

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anos mais tarde, a tornar-se no primeiro presidente de câmara do novel concelho de Castanheira de Pera, criado em 1914 (PORTELA, 2016b).

Figura 2 – Fábrica de Lanifícios da Abelheira. Postal ilustrado de Castanheira de Pera. Edição Manuel Lopes Bruno.

Figura 3 - Vista panorâmica de Pedrógão Grande. Nevão de 1909. Coleção Miguel Portela.

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Asseveramos que o provedor da Casa da Misericórdia era auxiliado pelo tesoureiro, cujo cargo era exercido por Sebastião Alves Bebiano. Em 1904, existiam na freguesia de Castanheira, de dois farmacêuticos cujos estabelecimentos eram propriedade de Albino Inácio Rosa e de Maximiano Miranda, respetivamente. Os produtos produzidos no concelho de Pedrógão Grande e nas redondezas tinham como principal destino a comercialização nas feiras e mercados, particularmente na feira anual que se realizava no Largo Conselheiro José Luciano de Castro, entre os dias 23 a 25 de julho, e nas feiras mensais que se faziam na primeira segunda-feira de cada mês, ambas nesta vila (MUNICÍPIO DE PEDRÓGÃO GRANDE – ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL, 2008). Atente-se para o grande número de proprietários e jornaleiros que existiam no concelho de Pedrógão Grande onde a agricultura tinha uma presença forte, conforme os quadros que aqui apresentamos (Quadros 14 e 15). Quadro 14: Referências a proprietários em 1904

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Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

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Quadro 15: Referências a jornaleiros em 1904

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Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

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Através dos assentos paroquiais de Pedrógão Grande, sobretudo no registo de batismos e casamentos identificámos diversos almocreves e um carreiro que executavam os mais diversos serviços nesse concelho (Quadros 16 e 17). Quadro 16: Referências a almocreves em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Quadro 17: Referência a carreiro em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Todos os domingos realizava-se um mercado, no Largo do Barão do Salgueiro em Pedrógão Grande. De igual modo, na freguesia de Castanheira, havia um mercado semanal todos os domingos. Recordamos o facto, de que, pela Lei de 25 de abril de 1892, havia sido autorizado a Pedrógão Grande utilizar dinheiros do fundo municipal para a construção de um mercado, justamente em Castanheira. Na freguesia de Vila Facaia efectuava-se anualmente uma feira, a 25 de novembro, sinal evidente de uma intensa atividade agrícola que atingia o seu auge na comercialização dos produtos nessa feira, bem como nos diversos mercados e feiras da região. 228

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Figura 4 - Vista de Castanheira de Pera. Postal ilustrado.

No que respeita à saúde pública, dispunha o concelho de Pedrógão Grande de um subdelegado, cujo cargo era praticado por Francisco Ferreira Gaspar, que executava ao mesmo tempo as funções de médico nesta vila, podendo os receituários serem aviados na farmácia de Manuel Simões Castanheira (Quadro 18). Quadro 18: Referência a farmacêutico em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.C.P. - Livro de Casamentos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

Tinha Pedrógão Grande Casa de Misericórdia, sendo essa administrada pelo provedor António Nunes Nogueira, auxiliado pelo secretário Artur Nunes Nogueira e pelo tesoureiro Augusto Simões. Asseveramos que os serviços religiosos eram assegurados pelos párocos, Manuel Alves Alexandre de Carvalho em Vila Facaia, Joaquim Gomes Freire Gonçalves das Neves na Graça, Miguel Henriques Serrano no Coentral, Eduardo Pereira da Silva Correia em Castanheira e por António dos Santos 229

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Campos e Castro em Pedrógão Grande. Reconhecemos, Joaquim Antunes Seco como sacristão em 1904 na vila de Pedrógão Grande (Quadro 19). Quadro 19: Referência a sacristão em 1904

Legenda: A.D.L. - Arquivo Distrital de Leiria; L.B.P. - Livro de Batismos de Pedrógão Grande 1904; at. - Assento.

No que respeita às atividade culturais e recreativas, resumiam-se à existência de um club, denominado, Club Pedroguense, e de uma filarmónica, apelidada de Filarmónica Pedroguense. Lecionavam na vila de Pedrógão Grande a professora Elvira da Conceição Portela e o professor José dos Santos Marques; em Vila Facaia o professor Manuel António Lopes, na Graça o professor Joaquim Coelho Nunes da Silva; no Coentral o professor Joaquim Barata de Mendonça que assegurava também os serviços do correio, desempenhando o cargo de diretor; e em Castanheira de Pera, os professores Elvira Adelaide Bramão e Joaquim Rodrigues Mateus. Pedrógão Grande surgiu no início do século XX como um concelho com uma riqueza agrícola centrada na produção de produtos para consumo próprio e com excedentes que abasteciam os mercados locais e regionais, especialmente no que respeitou à abundante de azeite. Todavia, tornou-se num polo de referência com a indústria dos lanifícios que se localizava na freguesia de Castanheira e que proporcionou riqueza, emprego levando a um crescente aumento da população de todo o concelho.

FONTES E BIBLIOGRAFIA Fontes manuscritas Arquivo Distrital de Leiria Livro de Batismos de Pedrógão Grande em 1904, Dep. IV-48-A-27 Livro de Casamentos de Pedrógão Grande em 1904, Dep. IV-48-A-34

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Fontes impressas Annuario Commercial de Portugal, Ilhas e Ultramar da Industria, da Magistratura e da Administração ou Annuario dos 600:000 Endereços em Lisboa, concelhos do reino, ilhas e colonias, Director: PIRES, Caldeira, Ano XXIV, Lisboa, 1904, pp.1583-1584.

Bibliografia MUNICÍPIO DE PEDRÓGÃO GRANDE – ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL, Pedrógão Grande um passado com história, Coordenação COELHO, Susana, Município de Pedrógão Grande, Tiago Dias Produções Unipessoal, Lda., 2010. BARRETO, Kalidás, Os trabalhadores laneiros no distrito de Leiria (subsídios para a história da sua indústria e das suas lutas, em Castanheira de Pera, até à Revolução de Abril de 1974), Coleção Estremadura – Espaços e Memória. CEPAE – Centro do Património da Estremadura e FUNDAÇÃO INATEL – Delegação de Leiria – Casa Miguel Franco, Leiria, 2008.

Estudos PORTELA, Miguel, “A indústria dos lanifícios na freguesia da Castanheira vista pelo jornal O Figueiroense em 1902”, O Ribeira de Pera, Diretor: Fernando C. Bernardo, II Série, n.º 22, 16 de maio de 2016a, pp. 16-17. PORTELA, Miguel, “António Marques de Araújo: pintor e dourador da capela-mor da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos “, jornal O Figueiroense, edição compartilhada com O Ribeira de Pera. Diretor: Fernando C. Bernardo, II Série, n.º 14, 16 de outubro de 2015b, pp. 8-9. PORTELA, Miguel, “A restauração do concelho de Pedrógão Grande em 1898”, Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XX, Edição n.º 229, julho - 2016c, p. 29. PORTELA, Miguel, “Os Viscondes de Nova Granada e o Hospital de S. José em Castanheira de Pera”. Jornal da Golpilheira, Editor: Luís Miguel Ferraz, Edição n.º 219, setembro - 2015a, p. 17. PORTELA, Miguel, “A criação do concelho de Castanheira de Pera em 1914”, Actas do II Congresso I República e Republicanismo, promovido pelo Centro de Documentação e Estudos sobre a História da I República e do Republicanismo, realizado em 2014 e organizado pelo Centro de História e Filosofia da Ciência da Universidade de Évora, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pelo Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2016b (no prelo).

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