O conhecimento para São Tomás de Aquino

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
CURSO DE FILOSOFIA



BRUNA DA SILVA PASSOS
FERNANDO HENRIQUE NEVES PEREIR
Brian Kennedy Barboza Santos







O conhecimento em Santo Tomás de Aquino.















MARINGA
2015
BRUNA DA SILVA PASSOS
FERNANDO HENRIQUE NEVES PEREIR
Brian Kennedy Barboza Santos












O conhecimento em Santo Tomás de Aquino.



Trabalho teórico apresentado ao Curso de Graduação em Licenciatura em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção da nota semestral, tendo por solicitante o Prof. Dr. Reginaldo Aliçandro Bordin







MARINGA
2015

INTRODUÇÃO

No presente trabalho pretendemos definir a reflexão proposta por Santo Tomás de Aquino (1225 – 1274 d.C) para a problemática de como podemos conhecer.
O atual trabalho primeiramente irá expor o conhecimento diante a perspectiva de Aquino em seguida faremos a conclusão que chega Aquino.
Tomás de Aquino depois de convertido ao cristianismo católico e batizado, desejando prevenir Santo Tomás de Aquino usa o material para provar algo criado pela fé, se preocupava em debater com os hereges, batalhando no campo da razão, não irá ser compreendido na época, mas posteriormente é uma das principais teorias usadas para argumentar a existência de Deus.
Para São Tomás de Aquino a inteligência é composta de degraus, tratados separadamente com seus pontos essenciais, é necessário compreender a materialidade e a intelectualidade, nosso conhecimento está em razão direta da imaterialidade, por assimilação vital, no caso das plantas elas não poderiam ter um conhecimento, pois ela só pode assimilar por meio de um contato físico, os animais por sua vez já tem uma assimilação mais apurada, de forma restrita e precária, que podemos denominar o primeiro degrau do conhecimento, não tendo ainda intelectualidade, nem conhecimento espiritual.














Definição de conhecimento em Santo Tomás de Aquino.

Conhecimento do latim cognitio representa em geral, uma técnica para aferição de um objeto qualquer, ou a disponibilidade ou posse de uma técnica semelhante. Deve ser entendido como qualquer procedimento que possibilite a descrição, o cálculo ou a previsão verificável de um objeto; e por objeto entende-se ser qualquer entidade, fato, coisa, realidade ou propriedade.
Conhecimento também advém do latim cognoscere, que significa procurar saber, conhecer. Trata-se de função ou ato de vida psíquica que tem por efeito tornar um objeto presente aos sentidos ou à inteligência.
O conhecimento para Tomás de Aquino, definido no seu livro, Suma Teológica, coloca para seu leitor três definições de vida, a vegetativa (que se encontra em seres vegetais), a sensitiva (que essencialmente já se encontra a vegetativa) e a intelectiva (que se incorporam as outras duas definições de vida). O conhecimento que para ele encontrada nas duas primeiras definições, tanto na sensitiva, quanto na intelectiva.
A definição da vegetativa é apenas uma vida de um "movimento vital maravilhoso" que se evolui em um constante contato obrigatório com elementos naturais.
O conhecimento na sensação é o que abstraímos de fora, um conhecimento externo, que nos é mostrado a partir das nossas faculdades de sensação, visão, olfato, audição e paladar, que nos mostra o externo e trazemos para o interno, mas nesta fase não a conhecimento espiritual, pois nossos sentidos não são capazes de nos mostrar tal informação, pois tal conhecimento é abstraído apenas da nossa razão e pensamento.
A terceira, que é a intelectiva, que Tomás de Aquino, coloca superior a todas as outras, em uma categoria, mas elevado, é a capacidade que apenas o homem tem, sendo ela a capacidade de criticas até dos nossos sentidos, que podem muitas vezes nós enganar, mas de todo modo, nossa vida intelectiva, não esta ligada a nossas experiências exteriores, nossa razão é totalmente imaterial, sendo que nosso conhecimento, mas sendo o primeiro grau de imaterialidade, sendo o segundo o Anjo e o Terceiro Deus. O anjo sendo todo a conhecimento da luz, e o Deus é o Ato puro, o Degrau supremo.
Nossa intelecção abstrai de nossos sentidos tudo aquilo que lhe é conveniente e mais geral, daquilo que nossos conhecimentos particulares. O conhecimento não nos faz ter definições do Ser, mas ter por objetivo maior buscar o Ser e o objeto real.
Mas a matéria nem é princípio de conhecimento, nem é ela que determina o género e a espécie de nada, mas sim aquilo pelo qual uma realidade está em acto. De igual modo, também não se pode dizer que a forma sozinha constitua a essência da substância composta, ainda que alguns se esforcem por afirmá-lo14. Assim, pelo que ficou dito, é evidente que a essência é aquilo que é significado pela definição de uma coisa.
(p.08, Ente e a essência)

Tomás de Aquino coloca o Ser como tudo, todo o existente é essencialmente pelo Ser. O ser não precisa da definição de um todo, pois possui um incrível poder de dedução que lhe mostra o caminho de definição das coisas, tratando assim um destino original e total sobre todas as coisas do mundo, essa definição dos objetos, trata-se em detalhar melhor nossas definições que em primeiro momento não foram bem abstraídas.
Por tanto, Tomás Aquino apesar de defender que todo o conhecimento ocorre por assimilação ou por união da coisa conhecida e do objeto cognoscente, afirmou que o objeto conhecido está no cognoscente segundo a natureza do próprio cognoscente. Desta forma, conhecer o peso do sujeito vem a contrabalançar o peso do objeto.
Em sua tese Santo Tomás de Aquino, nos leva ao objeto adequado e objeto próprio, o objeto adequado de uma faculdade determina o que ele pode atingir, a inteligência se estende sob sua razão mais universal, o objeto adequado então seria segundo GARDEIL:
"A inteligência tem por objeto o real, sob o seu aspecto mais geral ou mais indeterminado, o ser. Esta indeterminação, muito longe de esconder a realidade como tal, no-la apresenta no seu mais alto ponto de atualidade e de realização. Tudo que é, é do ser, nada existe senão pelo ser. O ser universal não é despojado de todas as determinações das coisas porque ele as contém na sua poderosa virtualidade. De repente a inteligência se fixa nele, pelo efeito de um destino original Ela trata com a totalidade das coisas sob o aspecto de englobadas no ser, de igual para igual. Sua atividade consiste em detalhar o que ela possui desde o seu primeiro aparecimento''.

Ou seja, nós humanos temos como conhecimento os aspectos mais gerias: Deus e criaturas, pois tudo está nele. O Objeto próprio é similar à natureza do sujeito cognoscente, é mensurado na mesma ordem de imaterialidade, Deus é o ápice da intelectualidade, Deus se completa por si, estando as coisas dentro dele como parte e não como algo externo.
CONCLUSÃO.

Para Santo Tomás de Aquino o conhecimento das coisas superiores somente nossa alma conhece, toda via ela está unida a matéria falta então a pureza necessária, quando a alma desvincula-se do corpo se vê nua, com diversos modos de conhecimento: pela sua própria essência pelas ideias que ela carrega deste mundo, pelas ideias que adquiri após a morte.
Os objetos superiores ultrapassam nosso limite intelectual, só podendo se conhecido através da revelação divina, podendo manifestar-se por ideias difusas, podendo se manifestar por sentidos externos, visões, o espírito então abstrai tais revelações, sendo reproduzida pela atividade mental.
Não poderíamos conhecer o todo, já que a inteligência é proporcional a sua espiritualidade, a alma é perfeitamente espiritual, mas necessita se unir com um corpo, para desenvolver por completo sua virtude, onde o objeto adequasse a intelecção em toda sua amplitude.
A alma separada ao deixar nosso corpo e consequentemente nosso mundo adquire nova maneira de ser podendo compreender sem o uso de imagens, mas no nosso estado próprio onde nossa inteligência está atrelada a imagens sensíveis, envolto de necessidade do empírico, não teríamos como conhecer o todo.
Se nosso conhecimento tem por ponto de partida o que nos é empírico, nossos sentidos não podem explicar a origem das ideias, seu processo de formação é a abstração.
São Tomás prova que existe uma união de alma e corpo, para que a alma se eleve é necessário que o corpo aperfeiçoar a alma, A alma por sua vez não precisa do corpo, pois ela vem de Deus, portanto o corpo para conhecer a adquirir ideias precisa de alma.


















REFERÊNCIAS
AQUINO, Tomás. O ENTE E A ESSÊNCIA. Ed. Lusosofia, (2008).
GARDEIL O.P. Revue Thomiste, XI, 646.
HUGON, Édouard. OS PRINCÍPIOS DA FILOSOFIA DE SÃO TOMÁS DE AQUINO. As vinte e quatro teses fundamentais. Ed. Edipucrs, (1998).


















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