O consumo dos fãs da cultura oriental e o Anime Friends

May 24, 2017 | Autor: P. Conceição dos ... | Categoria: Consumo, Otaku, Fãs
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O CONSUMO DOS FÃS DA CULTURA ORIENTAL E O ANIME FRIENDS

Pedro Henrique Conceição dos SANTOS, (UFF)[1]


Resumo: Este artigo pretende apresentar o projeto de pesquisa o qual se
propõe a compreender como se dá a relação entre os fãs da cultura pop
japonesa, denominados otakus, dentro do evento Anime Friends. Sabe-se que a
construção da identidade em nossa sociedade pode partir do consumo. Não por
acaso, Bauman (2008) a chama de "sociedade de consumo". Assim, este
trabalho que se inicia visa a problematizar as questões relacionadas com a
formação do otaku no Brasil através de seus vínculos afetivos baseados no
consumo.
Palavras-chave: Consumo; Fãs; Otaku.

Abstract: This paper aims to present the research project that aims to
understand how is the relationship between the fans of japanese pop
culture, called otaku, within the event called Anime Friends. It is known
that the construction of identity in our society may comes from
consumption. Not coincidentally, Bauman calls it "society of consumption".
The work that begins aims to problematize the issues related to the
formation of otaku in Brazil through its affective bonds based on
consumption.
Keywords: Consumption; Fans; Otaku.



INTRODUÇÃO



Imagine a seguinte situação: você está em um ônibus quando chegam
certos jovens, alguns deles fantasiados, com toucas coloridas – até mesmo
infantis para a idade deles – enquanto nota que carregam algumas revistas
com personagens de olhos enormes e cabelos espetados. Um deles resolve
abrir seu dispositivo móvel – um celular ou um tablet, por exemplo – e
começa a ouvir um idioma que é diferente do português, causando certo
estranhamento. Tal visão, apesar de muito específica e até certo ponto
estereotipada, revela algumas das características dos fãs da cultura pop
japonesa, os otakus.

A partir dos anos 1960, os estudos culturais britânicos viram que
diversos objetos de pesquisa que poderiam abrir novos paradigmas não
estavam no centro das discussões, pois tratavam-se de grupos que estavam a
margem da sociedade (KELLNER, 2001). Estes grupos foram denominados como
subculturas. Eles possuem formas expressivas e rituais que são tratados de
forma periférica dentro da sociedade. Às vezes são avaliados como uma
ameaça à ordem pública, como é o caso dos punks, dos skinheads, os
roqueiros, entre outros (HEBDIGE, 2002, p. 2). Deste modo, as subculturas
reconfiguraram a sociedade e assim surgiram novas formas de lidar com o
mundo.

As construções desses coletivos estão atravessadas pelos vínculos
entre as identidades e o consumo. Segundo David Harvey (2011; 2014), a
abertura dada aos grupos e movimentos que não estavam no centro foi
proposital. Todos os anseios de grupos contraculturais – como os hippies
dos anos 1960 e as subculturas dos anos de 1970 – foram utilizados pelo
capitalismo para manter seus mercados, produzindo desejos e, portanto,
estimulando sensibilidades individuais, criando a tendência pós-moderna de
nichos de mercado (HARVEY, 2011, p. 144; 2014, p. 65). Dick Hebdige (2002)
afirmou que as subculturas têm diferentes formas de consumo e assim
constroem suas identidades (HEBDIGE, 2002, p. 102-103).

É interessante perceber como pesquisadores apontam que a sociedade
atual é denominada como uma "sociedade do consumo" (BAUMAN, 2008; BARBOSA,
2004). Há um encorajamento dos indivíduos em manter um estilo de vida
ligado ao que é material (BAUMAN, 2008, p. 71). Tem como principal aspecto
a ideia de que o consumidor é um agente social, transformando o mundo em um
lugar onde todos deverão ser consumidores (BARBOSA, 2004, p. 57; BAUMAN,
2008, p. 73). Assim, a identidade se forma através de laços subjetivos com
os produtos (BAUMAN, 2008).

Porém é preciso assinalar que não é possível falar em uma unidade
identitária. Ela é fragmentada (HALL, 2005), ou melhor, trata-se de uma
construção que reúne diversas percepções acerca daquilo que se pensa, como
as aparências, as imagens, as quais chamam-se posições de sujeito (KELLNER,
2001).

CONCEITUAÇÕES DE FÃ E OTAKU

O fã pode ser considerado um exemplo desta sociedade em que a
representação passa pelo consumo, como aquele que estabelece uma relação
afetiva e emocionalmente comprometida com o seu objeto ou pessoa de
admiração (GROSSBERG, 2001; SANDVOSS, 2013). Antes considerados histéricos
e problemáticos (JENSON, 2001), os fãs foram ganhando uma visão mais
otimista pela academia. Eles começaram a ser considerados como uma
subcultura (THORNTON, 2003) de consumidores culturais e midiáticos ativos,
inventivos e engajados (HILLS, 2002; FREIRE FILHO, 2007; JENKINS, 2009;
SANDVOSS, 2013), algumas vezes inseridos em um contexto de resistência e/
ou empoderamento (FISKE, 2001; JENKINS, 2005), mesmo que não
necessariamente (FREIRE FILHO, 2007; SANDVOSS, 2013).
É neste mundo em que se encontram os otakus, ou melhor, os fãs da
cultura pop japonesa, objeto desta pesquisa. A definição do objeto estudado
é diversa. Isso ocorreu por conta do crescimento do número de indivíduos
que pertencem a este grupo em escala mundial, além do termo ser modificado
pela conjuntura em que está implantado (TOSHIO, 2015, p. 174). Assim como a
construção do conceito de fã, ser otaku também era considerado algo
negativo no ponto de vista dos teóricos, chegando a ser visto como um
doente (TOSHIO, 2015, p. 174). A imagem também era associada ao fascínio
por figuras fictícias e apontado como pervertido (TRAVANCAS, 2015, p. 4).
O conceito foi reformulado na década de 1980, sendo considerado um
novo grupo social formado, em sua maioria, por homens isolados do ambiente
social e das responsabilidades da vida adulta por meio do consumo cultural
de produtos como mangás, animês e videogames (TRAVANCAS, 2015, p. 3). Foi
só a partir da década de 1990 que surgiram interpretações positivas
(TRAVANCAS, 2015, p. 5). Todos os bens culturais de origem japonesa – sejam
os animês, os mangás, entre outros – foram agentes mobilizadores para
construir um fandom (NAVARRO, 2013), termo que comNicole Isabel dos Reis
define como o "domínio dos fãs", por conta do caráter coletivo das práticas
dos fãs (REIS, 2010, p. 142).
Baseado no trabalho de Jordi Sánchez­Navarro (2013) e de Carlos
Alberto Machado (2009), neste artigo será apresentado o projeto que se
voltará ao mundo dos otakus através de uma investigação do comportamento de
como é o consumo destes fãs dentro do Anime Friends, levando em
consideração os laços afetivos que configuram o ser otaku no Brasil.

O PROJETO DE PESQUISA

Este projeto de pesquisa faz parte da linha de pesquisa de "Mídia,
Cultura e Produção de Sentido" do Programa de Pós-Graduação em Comunicação
da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF). Compreende como é o
cotidiano de um certo grupo de jovens o qual se dedica ao consumo de bens
culturais estrangeiros, vindos do Oriente, detalhadamente do Japão. Os
otakus possuem diversas maneiras de consumo e produção cultural que são
distintas de outros grupos. Busca-se compreender como é a construção da
identidade otaku, a partir do evento Anime Friends, realizado anualmente em
São Paulo. Segundo os organizadores do evento em 2015 foi esperado um
público de 120 mil pessoas.
Como propósito principal desta pesquisa, será realizada uma análise
de como se dá o consumo dos fãs de cultura japonesa no Brasil. Pretende-se
contribuir com um recorte sobre os otakus brasileiros, ampliando a
bibliografia sobre o assunto. Além disso, propõe-se a refletir sobre o
consumo dentro de um fandom, tensionando as relações da identidade na
sociedade dita pós­moderna e consumista. A partir deste panorama, busca-se
entender a idealização do que é ser otaku no Brasil através da observação
dos fãs que vão ao Anime Friends.
Os objetivos específicos são: 1) mapear o evento nos anos de 2016 e
2017; 2) produzir de um diário de campo a partir das informações coletadas
ao longo do evento; 3) realizar de entrevistas para resgatar a memória
afetiva dos frequentadores do evento que são fãs da cultura pop japonesa;
4) averiguar o sistema mercadológico do evento, para a compreender como são
as estratégias de organização e de consumo; 5) questionar e investigar como
é construída a figura do "otaku brasileiro", apresentando o conceito deste
fã de cultura pop japonesa e trazendo para a realidade do Brasil, a partir
do Anime Friends.
A hipótese central baseia-se na ideia de que a participação dos
otakus brasileiros no Anime Friends é essencial para a formação da
identidade de fã de cultura pop japonesa, devido a sua relevância no
cenário nacional. Por isso, pode-se considerar que o evento é um ponto de
encontro, de troca de informações e de relações de mercado, tornando-se
fundamental para a cadeia produtiva do gênero. Há também uma forte relação
entre as memórias destes fãs e sua participação dentro do evento. Ou seja,
a memória afetiva ajuda a compreender como é o festival.
Entre as hipóteses secundárias, reflete-se que o modelo é replicado
em outros eventos de animês pelo Brasil. Vale ressaltar, a identidade otaku
varia com os contextos em que está inserida, como sua localização
geográfica, as influências econômicas, a relevância da subcultura, entre
outros fatores, que possibilitam entender a existência de uma identidade
brasileira deste tipo de fã, diferente quando comparada às demais.

MOTIVAÇÕES – ESTRANHAMENTO E AFINIDADES

O projeto desta pesquisa surgiu após minha participação da edição de
2015 do Anime Friends. No evento, uma companheira da viagem se indagou
sobre a presença de um estande de K-Pop (música pop coreana). Esse foi o
estopim para pensar sobre os atravessamentos desta investigação.
A ligação pessoal com o objeto foi um dos motivadores essenciais. Em
geral os pesquisadores buscam seus objetos de estudo por conta de
afinidades do seu campo pessoal, como Matt Hills (2002) aponta em seu
trabalho sobre fãs.
O mais interessante foi perceber como os otakus e de outros
frequentadores do evento possuem formas específicas de consumo. Eles se
apropriam não necessariamente aquilo que é de origem japonesa ou que
remetem à cultura do Japão. Por esse motivo, surgiram questões que
precisavam ser analisadas.
Além disso, eu já estudo a cultura fã desde minha monografia[2], na
qual trabalhei com a recepção de um produto midiático (o filme A culpa é
das estrelas) dentro da comunidade de fãs (Nerdfighteria) do escritor do
livro que originou a obra cinematográfica (John Green). No atual estudo,
busca-se averiguar um grupo que está ligado intrinsecamente ao modo como
consome. Trata-se, então, de uma ampliação do que foi apurado
anteriormente.

DIFICULDADES DA PESQUISA

Em certas ocasiões, os percalços no caminho acadêmico são deixados de
lado, mesmo sendo importantes nas construções das pesquisas. Geralmente,
projetos de pesquisa que se encontram no princípio da pós-graduação – o
mestrado – ainda não estão tão consolidados. A seguir, será relatado um
quadro sobre certos contratempos e resistências que apareceram neste
primeiro levantamento de informações.
A tentativa de comunicação com a empresa organizadora do evento, a
Yamato Corporation, tem sido difícil. Após contato em sites de redes
sociais – Facebook e Twitter – das páginas oficiais do Anime Friends, foi
obtido um endereço de e-mail, que disseram ser dos responsáveis pela
produção. Porém, não foram obtidas mais informações, pois os e-mails
enviados não foram respondidos. Vale lembrar que já foi apontado por meus
interlocutores que a empresa não costuma ser ativa nas relações exteriores
ao mundo do evento.
Ainda há a necessidade de se aprofundar as questões sobre o conceito
de otaku. Assim como o conceito de fã, os admiradores da cultura pop
japonesa possuem definições amplas e que entram em debates os quais ainda
precisam ser complexificados. Assim, o domínio deste consumidor ativo de
produtos midiáticos do Japão deverá ser ampliado. Afinal, tal termo é
disputado tanto na academia quanto entre os próprios fãs, por conta de sua
concepção ao longo do tempo.
A investigação também precisa encontrar um trajeto para prosseguir.
Diversos métodos de pesquisa podem ser utilizados para nortear a feitura
desta produção. A observação participante parece ser o caminho mais certo
dentre tantos em relação ao desenvolvimento deste estudo. Porém, é preciso
levar em consideração que pode não ser o único método que será utilizado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo, buscou-se apresentar o projeto de pesquisa que
investiga as relações de consumo dos fãs da cultura pop japonesa – os
otakus – dentro do evento Anime Friends, bem como levantar suas motivações,
curiosidades e dificuldades. Quando o consumo é pensado dentro das
comunidades de cultura fã, as relações de subjetividade são importantes
para traçar caminhos para a compreensão deste fenômeno, tal como acontece
no cotidiano de diversos consumidores os quais julgam quais produtos são
mais relevantes em suas vidas. Assim, criam-se elos que podem revelar
afetos criados a partir das aquisições dos compradores.
No entanto, trata-se ainda de um esboço daquilo que é pretendido com
este trabalho. É um projeto, ou seja, é uma visão de um horizonte ainda a
ser buscado. É papel do pesquisador sempre apurar tudo que for possível
para exibir um quadro mais detalhado do que está averiguando.
Um objeto possui diversos atravessamentos os quais são relevantes
para a realização de um estudo. Existem fatos ainda não avistados pois
ainda é necessário imergir para alcançá-los. Todavia, ao mesmo tempo que
existem tais possibilidades, é imprescindível elaborar um recorte para que
a pesquisa não acabe por não detalhar suficientemente àquilo que é
apresentado.
No decorrer da produção deste artigo, várias modificações foram
efetuadas do projeto inicial, apresentado para ingressar ao PPGCOM/UFF.
Este fato revela como o movimento das observações de um estudo podem levar
à caminhos antes não percorridos. Além do aprimoramento textual e
projetual, também há o amadurecimento do conteúdo que está sendo analisado.
Logo, há a necessidade de problematizar, complexificar e examinar o objeto
– no caso, os otakus – para discutir a hipótese e alcançar os objetivos
deste projeto.



REFERÊNCIAS



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[1] Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação pela Universidade
Federal Fluminense (PPGCOM/UFF, 2016). Membro do NEMACS – Núcleo de Estudos
em Comunicação de Massa e Consumo. e-mail:
[email protected]

[2] "A culpa é realmente das estrelas? - um estudo sobre os nerdfighters"
foi defendida em 2015, na Universidade Federal Fluminense.
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