O contributo da iconografia musical na pintura quinhentista portuguesa, luso-flamenga e flamenga em Portugal, para o reconhecimento de práticas musicais da época : fontes e modelos utilizados nas oficinas de pintura

O contributo da iconografia musical na pintura quinhentista portuguesa, luso-flamenga e flamenga em Portugal, para o reconhecimento de práticas musicais da época : fontes e modelos utilizados nas oficinas de pintura Sónia da Silva Duarte Universidade Nova de Lisboa SNBA, 26 de Maio de 2014

 

Notação  musical  

O gloriosa domina

Tu regis alti ianua

excelsa super aethera,

et porta lucis fulgida;

qui te creavit provide,

vitam datam per Virginem,

lactas sacrato ubere.  

gentes redemptae, plaudite.  

Quod Eva tristis abstulit,

Patri sit Paraclito

tu reddis almo germine;

tuoque Nato gloria,

intrent ut astra flebiles,

qui veste te mirabili

sternis benigna semitam.  

circumdederunt gratiae. Amen.  

Adoração dos Pastores (pormenor do livro aberto com hino mariano «(O) Gloriosa» [André de Resende e Gil Vicente] , Mestre desconhecido, ME, ca. 1530. Proveniente de ignoto Mosteiro de Évora; Biblioteca Pública de Évora. Exímio copista? Ou pintor-cantor?

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  Transcrição para notação moderna da peça polifónica (motete?) para tenor e baixo. Por Sónia Duarte.

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«Pintores, luminadores agora no cume estam, ourivizes, esculptores, sam mais sotis, e melhores, que quantos passados sam: Vimos o gram Michael, Alberto e Raphael; e em Portugal há taes, tam grande e naturaes, que vem quase ao liuel.»

Cf. Garcia de RESENDE, Crónica de D. João II e Miscelânea [ed. fac-similada da edição de 1798], prefácio de Joaquim Veríssimo Serrão, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1991, p. 363.

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