O Couseiro

May 23, 2017 | Autor: R. Charters-d'Aze... | Categoria: Diocesis history - Leiria-Fátima, Leiria, Centro Histórico de Leiria
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EstôrlasdanossaHistória Ricardo Charters d~zevedo

OCouseiro Io Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria é o livro mais notável da bibliografia de Leiria. Dele conhecemos três edições. Uma datada de 1868, uma segunda de 1898, mas cujo título foi ligeiramente alterado para O Couzeiro ou Memórias do Bispado de Leiria, onde foram incluídos diversos suplementos que atingem mais de uma centena de páginas; e uma terceira edição que é a reimpressão da primeira, publicada, primeiro, em fascículos no jornal O Mensageiro, de 25 de maio de 1978 a 25 de setembro de 1980, e, depois, em livro encadernado, sem data. Em 2011, a editora Textiverso apresentou uma edição, que é uma cópia da segunda, a mais completa. O manuscrito original, do século xvn, não existe há muito, pelo que estas edições basearam-se em cópias manuscritas (ou em cópias de cópias) do manuscrito do século xvn já desapareádo. E sabemos bem que a transcrição manual de documentos, que foram transcritos de outros, leva a uma acumulação de erros. No Arquivo Distrital de Leiria existe um manuscrito, com o nome de Coiseiro ou Registo do Bispado de Leiria, e no quâI figura a indicação de que se trata de uma cópia, datada de 1857, de uma outra cópia que tinha mandado fazer o padre Manuel Rodrigues de Faria. Existe ainda um outro manuscrito, talvez o mais antigo, muito deteriorado e profundamente truncado, na Biblioteca Munidpal Afonso Lopes Vieira, em Leiria. Existem, pelo menos, mais duas cópias manuscritas, uma no Seminário de Leiria e uma outra na Biblioteca da Câmara Munidpal da Marinha Grande. Esta última deve ter pertenddo ao poeta Afonso Lopes Vieira, e está autografada pelo engenheiro silvicultor, natural das Cortes (Leiria), José Lopes Vieira (1862 - Íg(l7), que a deve ter mandado fazer. Claro que investigadores têm apresentado propostas referentes ao autor, ou autores, do manuscrito original, como João Madeira Martins, Ludano Coelho Cristino e Mário Rui Simões Rodrigues. Publiquei igualmente, em 2010, a minha teoria sobre quem escreveu o manuscrito primitivo. A teoria, que desenvolvi num texto de umas 60 páginas (edição da Textiverso), concluiu que deve ter bornal de Leiria 9 de Março de 2017

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tido dois autores diferentes e cada um responsável pela sua parte. Avancei para a primeira parte o nome do Dr. António Couseiro, provedor da Comarca de Leiria entre 1628 e 1637 (tendo faleádo em 1638), e para a segunda parte, escrita após a Restauração, o Dr. Simão Rosa Guerra, deão da Sé de Leiria, no período de 1645 a 1662, data em que faleceu. Este ainda terá feito alguns acrescentos a capítulos da primeira parte. Um outro ponto controverso é do nome que tem sido atribuído a este documento, pois encontramos "Couseiro" (na primeira e na terceira edições), "Coiseiro' (no manuscrito existente no Arquivo Distrital de Leiria), e "Couzeiro" (na segunda edição). Na minhà publicação adma referida, apresentamos igualmente uma teoria sobre a existênda destes diferentes nomes. Entre a primeira edição, de 1868, e a segunda edição, de 1898, encontramos diferenças importantes, naturais,

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pois foram usados manuscritos diferentes, e eventualmente um erro produzido por um copista foi sendo repetido nas outras cópias manuscritas. Apresentei ainda na minha publicação uma tabela dos erros detetados, nomeadamente nas datas onde, por exemplo, foram trocados os "3" com os "5" ou mesmo cornos "8". Por último, como todas as edições se encontram esgotadas, seria conveniente que a Textiverso reeditasse esta obra tão importante para quem "estuda Leiria". Pode ser que ainda tenhamos a feliddade de ter tal trabalho em 2018, aquando das comemorações do primeiro centenário da restauração do Bispado em Leiria que, como se sabe, se deu em 17de janeiro de 1918, por Bento xv, com a Bula Quo vehementius. Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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