O Crescimento das Redes Sociais

O Crescimento das Redes Sociais Sara Maria Catarino Vilela Sampaio Mestrado em Comunica¸ c˜ ao e Multim´ edia Universidade de Tr´ as-os-Montes e Alto Douro 5001 − 801 Vila Real, Portugal [email protected] Resumo Hoje em dia ´e certo que o computador se tornou num fator muito presente na rotina di´aria de v´arios cidad˜aos no mundo. A sua integra¸c˜ ao no nosso quotidiano e das tecnologias a ele associadas tˆem vindo a manifestar um crescimento radical, permitindo ao indiv´ıduo comum a utiliza¸c˜ao de redes sociais para variados fins. Este artigo visa mostrar o crescimento do n´ umero de utilizadores da internet (de 2007 para 2012), das redes sociais (Facebook, Twitter e LinkedIn; entre 2009 e 2012), concluindo com uma referˆencia particular ao n´ umero de utilizadores no Facebook, desde a sua cria¸c˜ ao (2004) at´e 2012. Palavras-chave: Internet, redes sociais, on-line, Facebook, tecnologia. Abstract Nowadays it is certain that the computer has become a very present factor in the daily routine of many citizens around the world. Its incorporation into our daily lives as well as the technologies associated with it have been showing a radical growth rate, allowing the common individual to use social networks for several purposes. The purpose of this article is to show the growth in the number of users on the internet (from 2007 to 2012), on social networks (Facebook, Twitter and LinkedIn; between 2009 and 2012), concluding with a particular analysis of the number of Facebook users since its establishment until today. Keywords: Internet, social networks, online, Facebook, technology.

1. Introdu¸c˜ ao O interesse do homem por equipamentos que o assistam na tomada de decis˜oes e na resolu¸c˜ao de problemas j´a ´e de longa data. Hoje em dia ´e certo que o computador se tornou num fator muito presente na rotina di´aria dos cidad˜aos no mundo. A sua integra¸c˜ao no nosso quotidiano e das tecnologias a ele associadas, especialmente a internet, tˆem vindo a demonstrar um constante ritmo de crescimento. Desde a d´ecada de 1970 com o surgimento da linguagem Basic (Beginner’s Allpurpose Symbolic Instruction Code) com a qual, segundo Kalinke (2004) em [4], ”(· · · ) os computadores prim´arios caminharam na dire¸c˜ ao de se tornarem dispositivos program´ aveis, capazes de obedecer a determinados comandos e emitir alguns resultados (· · · ), (p. 41), at´e aos nossos dias, onde estas m´aquinas s˜ao portadoras de um potencial excecional, capazes de efetuar variados c´alculos, detendo uma enorme capacidade de mem´oria, de tamanho ideal para f´acil transporte e facultando ao homem aceder a qualquer parte do mundo atrav´es de um simples ”click ”. 1

A necessidade de uma rede de partilha de ficheiros e de envio de mensagens entre computadores culminou com a cria¸ca˜o da internet. Muitos s˜ao os trabalhos publicados acerca do aparecimento da internet destacando, por exemplo, os de L´evy (1993) em [5] e Gates (1995) em [3]. O acesso `a internet permitiu ao homem, por exemplo, a utiliza¸c˜ao dos mais diversos tipos de redes sociais que tˆem surgido ano ap´os ano, tendo um papel importante na partilha de informa¸c˜ao, mediante as rela¸co˜es entre utilizadores e a sua utiliza¸c˜ao tem mostrado um grande incremento. As redes sociais nos dias de hoje poupam-nos muito esfor¸co, na medida em que nos permitem comunicar com os nossos amigos, familiares e restantes conhecidos. No entanto com a evolu¸c˜ao dos tempos, tamb´em as redes sociais tornaram-se em mais do que um meio para expor a nossa imagem ao mundo da web: tornaram-se numa rede de oportunidades para neg´ocios e para divulga¸c˜ao de informa¸ca˜o. De acordo com Freitas et al. (2008), em [2], ”(· · · ) Redes sociais tornaram-se especialmente relevantes devido `a grande variedade de sites Web que utilizam o conceito, como Orkut, MySpace, FaceBook e Flickr. Seus usu´arios formam bases de dados que provˆeem um importante meio de compartilhar, organizar e encontrar conte´ udo, contatos e estabelecer interesses comuns. Devido ao uso intenso, estes sites re´ unem material suficiente para subsidiar estudos de caracter´ısticas de redes sociais em larga escala. (· · · ) ”(p. 106) H´a v´arias discuss˜oes relativas a estes servi¸cos on-line. Atualmente ´e evidente que as redes sociais ´ s˜ao objeto de utiliza¸ca˜o em variados campos das ciˆencias e tˆem cada vez mais utilizadores. E objetivo deste artigo evidenciar de 2007 a 2012, o crescimento do n´ umero de utilizadores da internet e de trˆes redes sociais: Facebook, Twitter e LinkedIn. Come¸camos com uma sec¸c˜ao na qual abordamos a defini¸ca˜o de ”rede social”, seguindo-se uma breve resenha relativa `a evolu¸ca˜o cronol´ogica das redes sociais. Na sec¸ca˜o 3, faremos referˆencia ao n´ umero de utilizadores das 3 redes sociais previamente referidas, tendo sido elaborados gr´aficos com excel respeitantes aos dados obtidos ap´os pesquisas bibliogr´aficas efetuadas n˜ao s´o em artigos publicados em revistas da especialidade, mas tamb´em tendo em conta artigos on-line e alguns artigos de opini˜ao publicados em jornais. Ainda nesta sec¸c˜ao existe referˆencia a algumas das redes sociais da atualidade e respetivos ciclos de vida. Terminamos o artigo com algumas considera¸c˜oes finais relacionadas com o nosso objeto de estudo. 2. Rede social O desenvolvimento da tecnologia que se tem vindo a notar cada vez mais, tornou inevit´avel que esta se tenha come¸cado a impor consideravelmente nas vidas ativas de milhares de cidad˜aos a n´ıvel mundial. O computador permite uma maior facilidade e acessibilidade na elabora¸c˜ao e cumprimento de v´arias tarefas. Com o emergir da WWW (World Wide Web) (ver, por exemplo, (L´evy, 1993, em [5]) e (Gates, 1998, em [3])), os benef´ıcios que a internet pode dar `as pessoas foram aumentando, assim como o n´ umero de pessoas que desejam usufruir dos mesmos. Juntamente com esta revolu¸c˜ao abriram-se novas formas de comunica¸c˜ao entre as pessoas, sendo as redes sociais um desses elementos. Existem muitos artigos que estudam v´arios aspetos relacionados com as redes sociais, a sua utiliza¸ca˜o, procurando caracterizar os seus utilizadores e as intera¸co˜es existentes. ´ disso exemplo o estudo descrito em (Benevenuto et al., 2011 em [1]), onde relativamente `as E redes sociais Orkut, MySpace, Hi 5 e LinkdIn (e por um per´ıodo de 12 dias, com uma amostra de 37, 024 internautas), foram estudados alguns aspetos relacionados com os utilizadores destas redes sociais: - qual a frequˆencia da utiliza¸ca˜o destas redes sociais; - por quanto tempo era estabelecida 2

a liga¸c˜ao; - que tipo e que sequˆencia era adotada nas atividades que os utilizadores promoviam; entre outros. 2.1. O que ´e uma rede social? As discuss˜oes sobre as redes sociais s˜ao vastas e a sua defini¸ca˜o depende dos prop´ositos para que ´e utilizada em v´arios dom´ınios, quer cient´ıficos, quer sociais. De acordo com Meneses et al. (2005), em [6], ”(· · · ) Podemos definir as redes sociais como um sistema aberto em permanente constru¸c˜ ao, que se constroem individual e coletivamente. Utilizam o conjunto de rela¸c˜ oes que possuem uma pessoa e um grupo, e s˜ao fontes de reconhecimento, de sentimento de identidade, do ser, da competˆencia, da a¸c˜ ao.(· · · )”(p. 54). Muitas outras defini¸c˜oes podem ser encontradas na bibliografia, que podemos resumir, em termos pr´aticos, afirmando que uma rede social se trata de um servi¸co on-line que concede aos indiv´ıduos que se registem no mesmo, a capacidade de: 1. Criar um perfil pessoal (seja p´ ublico ou privado); 2. Criar rela¸co˜es/conex˜oes com outros utilizadores que se tenham igualmente registado e criado um perfil pr´oprio; 3. Poder compartilhar determinados conte´ udos (hiperliga¸c˜oes, imagens, fotos, estados pessoais, etc.), tornando-os vis´ıveis, quer a todos os utilizadores que visitem a sua p´agina, quer apenas a alguns utilizadores (conforme as defini¸c˜oes de privacidade do perfil do indiv´ıduo); 4. Por sua vez o utilizador para al´em de partilhar conte´ udo, tamb´em pode visualizar e at´e mesmo responder a determinados tipos de conte´ udos que sejam compartilhados por parte dos utilizadores com quem esteja conectado (ou at´e por vezes com outros utilizadores com quem n˜ao esteja conectado); Podemos afirmar que ´e evidente que as redes socias se tratam de elementos que realmente d˜ao rosto ao termo social media. N˜ao existem d´ uvidas de que estas formas de comunica¸ca˜o levadas a cabo por pessoas comuns ser˜ao o futuro da comunica¸c˜ao. Estes media ultrapassaram em grande outros meios de comunica¸c˜ao social, que na altura do seu aparecimento tiveram um grande impacto e revolucionaram em grande toda a comunica¸c˜ao social. Quando surgiram formas de comunica¸ca˜o que se pretendiam ampliar `a sociedade, como os jornais, a r´adio, a televis˜ao e o cinema o impacto e a influˆencia que os mesmos detiveram sobre as pessoas foram grandiosos. No caso da internet, podemos dizer que a forma como a mesma influenciou a vida de milh˜oes de pessoas em todo o mundo ultrapassa o impacto que os media anteriormente referidos tiveram nos seus auges. De acordo com [16], ”(· · · ) ”Elas [as redes sociais] transformaram e continuam a transformar a internet. Quem possui um perfil nestas redes possui muito mais informa¸c˜ oes para desfrutar, consegue se aproximar muito mais de artistas, empresas, pessoas e conte´ udos que mais gosta, al´em de estar cada vez mais seguro de estar adicionando informa¸c˜ oes pessoais (· · · )”. 3

2.2. Cronologia das redes sociais Segue-se um breve resumo da hist´oria das redes sociais, baseado em quatro fontes distintas sobre o mesmo tema: um artigo da autoria de Natanael Oliveira [11], publicado na sua p´agina web; um artigo de Gordon Goblr [19], publicado na p´agina da Digital Trends; uma cronologia, intitulada ”The breif History of Social Media”, [12]; por u ´ltimo, um artigo da autoria de Miles Walker intitulado ”The History of Social Networking”, [20]. Um dos primeiros servi¸cos on-line a disponibilizar liga¸ca˜o `a internet a um n´ıvel Internacional foi a CompuServe. Utilizando uma tecnologia dial -up que na altura era vista como inovadora, ganhou popularidade na comunidade on-line (que na altura era bastante limitada em compara¸c˜ao com os valores que s˜ao registados na atualidade). Contudo, a primeira forma de Social Networking come¸cou em 1978, com a Bulletin Board System (mais conhecida por BBS). Foi o primeiro sistema que permitia uma intera¸c˜ao ´ entre utilizadores, apesar de n˜ao ter a velocidade que ´e not´oria nas redes sociais da atualidade. E dedicada `a partilha e troca de mensagens e ficheiros entre os seus utilizadores. Antes da chegada da World Wide Web (nos anos 80, e in´ıcio dos anos 90), foi bastante utilizada por parte da pequena comunidade on-line. Ao BBS seguiu-se o Usenet, criado por Jim Ellis e Tom Truscott. Atualmente existem outras redes sociais que seguiram a mesma ideia que esta introduziu pela primeira vez: a publica¸ca˜o de artigos/posts (referidos como ”news”). Em 1984, surge o Prodigy, um novo servi¸co on-line que permitia aos seus utilizadores registados um acesso a v´arios e variados servi¸cos em rede. No ano seguinte surgiu um novo servi¸co, o America Online (AOL), que ainda hoje existe fornecendo variados servi¸cos (particularmente noticiosos). Foi em 1989, contudo, que a WWW (entendida teoricamente como sendo a interface gr´afica da internet) teve o seu auge; em 1993, quando a CERN (Organiza¸ca˜o Europeia para Pesquisa Nuclear, na Su´ı¸ca) doou este servi¸co ao mundo, o que fez com que os servi¸cos que da internet se expandissem rapidamente pelo mundo fora. Nos anos 90, a internet j´a se estava a come¸car a afirmar, apesar de o seu p´ ublico ainda continuar a ser um pouco limitado. Em 1997 cerca de um milh˜ao de websites j´a predominavam na internet. Foi tamb´em nessa d´ecada que os blogs come¸caram a ganhar popularidade. J´a existiam tamb´em servi¸cos que facilitavam a comunica¸c˜ao `a distˆancia entre pessoas e que serviram como predecessores para v´arios servi¸cos que surgiriam no s´eculo XXI: existia o sixdegrees.com, que foi uma pequena rede social que permitia aos utilizadores manter o contacto com os seus respetivos conhecidos; o AOI Instant Messenger (o predecessor do Windows Live Messenger e do Skype), que permitia conversa¸c˜oes em tempo real entre as pessoas; conv´em tamb´em referir o Blackboard, um sistema de gest˜ao de aprendizagem, desenvolvido pela companhia Blackboard Inc. em 1997. Chegado o novo s´eculo, com ele seguir-se-iam v´arias inova¸co˜es tecnol´ogicas e novos servi¸cos que poderiam ser acedidos a partir de uma liga¸c˜ao `a internet. De 2001 a 2003 a Wikip´edia, o Second Life, o Friendster, o MySpace e o LinkedIn viram, pela primeira vez, a luz do dia. De 2004 a 2010 surgiram trˆes dos servi¸cos que permitem atualmente a partilha de variados conte´ udos multim´edia ente v´arios servidores: as redes sociais Facebook e Twitter, e o site de v´ıdeos YouTube. Atualmente observa-se que os media sociais est˜ao presentes nas rotinas di´arias de milhares de pessoas, em particular nos pa´ıses desenvolvidos. Um dos benef´ıcios que as redes sociais digitais trouxeram, foi a for¸ca que as mesmas deram `as atividades comerciais: atualmente ´e importante que uma determinada empresa tenha p´aginas de Facebook e/ou Twitter, de forma a manter os seus seguidores atualizados sem constrangimentos de espa¸co ou de tempo. Neste momento, o Facebook ´e a p´agina web mais visitada em todo o mundo, contudo essa quest˜ao ser´a abordada de forma 4

mais aprofundada, ainda, neste artigo. 2.3. As redes sociais da atualidade Hoje em dia, mais do que serem usadas para expor uma imagem p´ ublica, as redes sociais so utilizadas como um meio de oportunidades para, por exemplo, v´arios neg´ocios (eletr´onicos). V´arios internautas de ambos os g´eneros e de variadas idades (desde mais novos at´e idosos) participam cada vez mais ativamente neste ambiente digital. Este crescimento de utilizadores abre a v´arias empresas e companhias a oportunidade de criarem novas estrat´egias. As empresas cuja presen¸ca tamb´em aumentou, notavelmente, nestas redes, elaboram uma s´erie de novos planos estrat´egicos para o seu desenvolvimento e promo¸ca˜o. Um artigo publicado pela eBizMBA em [13], (pagina on-line que cont´em artigos centrados em temas de Marketing, Design, e-commerce, entre outros), revela quais as quinze redes sociais mais populares. Dessa lista, as trˆes principais redes sociais que contam com um crescente n´ umero de utilizadores s˜ao: o Facebook, o Twitter e o LinkedIn. O Facebook foi criado em 2004 por Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, estudantes da Universidade de Harvard. Inicialmente tratava-se de um site que permitia que os estudantes entrassem em contacto uns com os outros com a finalidade de compartilharem fotos e conhecerem pessoas. O sucesso de thefacebook.com (nome original dado `a p´agina) expandiu-se a outras faculdades e, eventualmente, tornou-se conhecida nos Estados Unidos da Am´erica deixando de ser dirigida apenas a estudantes. A sua popularidade tem aumentado a n´ıvel mundial de ano para ano, desde o seu aparecimento. O Facebook permite a cria¸ca˜o de um perfil pessoal, que, por sua vez, poder´a ser utilizado para a partilha de fotos, hiperliga¸c˜oes e outro tipo de informa¸c˜ao `a escolha do utilizador. Esta rede social pretende incentivar `a intera¸ca˜o, tendo v´arios motores de pesquisa que permitem encontrar pessoas e p´aginas de determinadas organiza¸c˜oes ou dedicadas a uma determinada causa. No caso do Twitter, esta rede social tem as mesmas funcionalidades que o Facebook. No entanto, conta com um design e com diferen¸cas t´ecnicas: enquanto o Facebook encoraja mais `a intera¸c˜ao entre as pessoas, o Twitter est´a mais focado em promover a partilha de v´arios conte´ udos on-line (imagens, hiperliga¸co˜es, v´ıdeos, etc.). Esta rede pode ser entendida como sendo uma forma de micro-blogging, visto que existem pessoas que poder˜ao seguir as publica¸co˜es (neste caso tweets) de um determinado utilizador. O Twitter ´e particularmente u ´til como ferramenta de marketing, permitindo que quem adira possa seguir as atividades levadas a cabo por uma determinada companhia. Por u ´ltimo, o LinkedIn (criado em 2002) ´e a atualmente a rede social mais utilizada na busca por um emprego. Trata-se de uma rede de neg´ocios, que acaba por se inserir na categoria de rede social devido ao seu formato como site de relacionamentos. A sua popularidade come¸cou a aumentar em 2010, devido aos benef´ıcios que oferece a quem se pretender integrar no mercado de trabalho. O LinkedIn acaba por se tornar num curriculum vitae virtual do utilizador que crie uma conta. Contrariamente `as duas redes sociais referidas anteriormente, esta pretende dar um car´acter mais profissional aos seus utilizadores, dando-lhes a oportunidade de receberem recomenda¸co˜es para ir trabalhar para determinada empresa, assim como de interagir com v´arios outros profissionais da mesma ´area de trabalho ou de outras. De acordo com [15], ”(· · · ) Algumas redes sociais est˜ao montadas especificamente ao redor de interesses especiais. Esses sites existem para compartilhar experiˆencias, conhecimentos e formar grupos sobre t´opicos espec´ıficos. (· · · )”. Para al´em das trˆes redes sociais que est˜ao no top dessa lista, existem tamb´em outras redes sociais 5

dirigidas a v´arios p´ ublicos-alvo, permitindo a partilha de v´arios tipos de conte´ udos, e que existem com diferentes prop´ositos: Existem redes sociais tem´aticas dirigidas a indiv´ıduos com determinados gostos (Flixter - dirigida a amantes do grande ecr˜a; deviantART - onde os seus utilizadores podem expor os seus trabalhos art´ısticos, desde desenhos e fotografias, at´e pequenas aplica¸co˜es multim´edia; colnect- uma rede social dirigida a colecionadores de v´arios gostos); existem redes sociais profissionais e/ou acad´emicas, para al´em do LinkedIn (Meet the Boss e Xing s˜ao dois exemplos de redes sociais com car´acter profissional, e Students Circle e Academia.edu s˜ao duas redes sociais que existem com finalidades acad´emicas, na medida em que docentes e estudantes poder˜ao aderir com o prop´osito de ajudar em trabalhos de investiga¸c˜ao e n˜ao s´o); existem redes sociais dirigidas a determinados tipos de p´ ublico-alvo (disaboom.com- dirigida a indiv´ıduos com deficiˆencias f´ısicas e psicol´ogicas; cafemom- dirigida a m˜aes; cross.tv - rede social religiosa, dirigida a cat´olicos); existem redes sociais que se passam em mundos virtuais, e que permitem que os utilizadores procedam a atividades interativas atrav´es de um avatar criado e personalizado pelo mesmo (o Second Life e o Habbo s˜ao grandes exemplos desse tipo de servi¸cos on-line); existem tamb´em redes sociais que s˜ao dirigidas a cidad˜aos de determinados pa´ıses (existe o Biip na Noruega, o IWIW na Hungria e o mixi no Jap˜ao, etc.). Em suma, apesar de algumas se destacarem mais do que outras, as redes sociais existem em grande n´ umero e grande variedade, havendo, portanto, sempre alguma para todos os gostos. 3. Resultados Os resultados relativos ao n´ umero de utilizadores (a n´ıvel mundial) em rela¸ca˜o `a internet e `as redes sociais Facebook, Twitter e LinkedIn foram elaborados por n´os com excel e tais dados foram obtidos atrav´es de uma pesquisa efetuada em v´arias p´aginas on-line. As fontes relativas a este assunto encontram-se referenciadas no final do artigo. 3.1. O n´ umero de utilizadores nas redes sociais ao longo dos tempos De 2007 para 2012, de acordo com a royal.pingdom.com [14], o n´ umero de utilizadores da internet aumentou `a escala mundial de uma forma bastante radical. De 2007 a 2012 o n´ umero de utilizadores da internet subiu para cerca do dobro, como mostra o gr´afico da figura 1.

Fig. 1: Evolu¸c˜ao do n´ umero de utilizadores da internet de 2007 para 2012. J´a no que diz respeito aos utilizadores das redes sociais Facebook, Twitter e LinkedIn, representamos no quadro da figura 2, a evolu¸ca˜o do n´ umero de utilizadores de 2009 para 2012. 6

Verifica-se que estas redes sociais tiveram um consider´avel crescimento, sendo maior o incremento relativamente ao n´ umero de utilizadores no Facebook (os dados que se seguem s˜ao baseados em artigos jornal´ısticos publicados em: folha.uol.com.br, [22]; mashable.com, [23]; statista.com, [24] e pplware.sapo.pt, [25]).

Fig. 2: Evolu¸ca˜o do n´ umero de utilizadores do Facebook, Twitter e LinkedIn de 2009 para 2012. O Facebook ´e bastante utilizado em v´arios campos cient´ıficos e sociais (ver, por exemplo, (Namkee Park et al., 2011, em [7])), entre outras publica¸co˜es. Existem diversos artigos que salientam a sua utiliza¸c˜ao na educa¸ca˜o (ver (Phillips et al., 2011, em [8]), ou (Schwartz, 2009, em [10])). A pesquisa efetuada relativamente `a evolu¸ca˜o do n´ umero de utilizadores desta rede social a n´ıvel mundial permitiu-nos elaborar o quadro da figura 3 que evidencia um aumento significativo de utilizadores desde 2004 (um milh˜ao) at´e 2012 (mil milh˜oes), conforme est´a exposto no artigo de Marisa Pinto acerca desta rede social em www.pplware.com, [25].

Fig. 3: Evolu¸c˜ao do n´ umero de utilizadores do Facebook desde a sua cria¸ca˜o at´e 2012. A t´ıtulo de curiosidade, recentemente, foi publicado num suplemento do ”Jornal i”um estudo referente a Portugal e relacionado com os utilizadores da internet e das redes sociais. Tamb´em nesta publica¸ca˜o (ver, (Reis, 2012, em [9])), se regista que 7

”(· · · ) em Outubro, o pr´oprio fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, disse estar impressionado com o facto de a rede social ter atingido mil milh˜oes de utilizadores mensais em oito anos de existˆencia - uma pessoa em cada sete do planeta estar´a ligada. (· · · )”(p. II). 3.2. Ciclo de vida das redes sociais Ao longo dos tempos pudemos observar que as redes sociais, `a semelhan¸ca dos seres humanos, tˆem o seu pr´oprio ciclo de vida. O ciclo de vida dos seres humanos pode ser resumido a partir das seguintes trˆes palavras: nascimento, vida e morte. Um indiv´ıduo nasce, vive a sua vida at´e eventualmente acabar por morrer. Um artigo da autoria de Arthur Dutra, publicado na p´agina web ”Carta Potiguar”[21], explora melhor essa quest˜ao. No caso das redes sociais digitais existem algumas semelhan¸cas na medida em que as redes sociais surgem, tornam-se populares, at´e eventualmente acabarem por decair perdendo visitas e utilizadores de forma progressiva. Por exemplo, Friendster, que em 2002 teve a sua g´enese, introduzindo v´arios internautas a um servi¸co que permitia aos interessados conhecer pessoas novas e manter o contacto com indiv´ıduos seus conhecidos, na altura era inovador, manteve-se popular durante algum tempo, at´e que, gra¸cas ao aparecimento do MySpace, essa popularidade come¸cou a diminuir, e eventualmente o aparecimento do Facebook iria auxiliar ao decl´ınio de notoriedade desta rede social. J´a o MySpace, surgido no ano de 2003, foi contudo de 2005 a 2008 a rede social mais popular a uma escala mundial, sendo inclusive em 2006, a p´agina web mais visitada do mundo. Contudo o Facebook come¸cou a conquistar as aten¸co˜es dos utilizadores desta p´agina, desde 2008, o que fez com que as visitas e os utilizadores tenham deca´ıdo nesta p´agina desde ent˜ao. Por detr´as do decl´ınio de popularidade destas duas redes, est˜ao uma s´erie de problemas t´ecnicos, assim como de v´arios problemas apontados por parte dos utilizadores (esses problemas s˜ao apontados no artigo de Jeff Bullas, no qual ele refere alguns fracassos de social media, [31]). Agora referiremos exemplos de redes sociais que foram populares em ´areas espec´ıficas do globo, sendo eventualmente arrebatadas pelo Facebook. Como j´a foi referido anteriormente, existem redes sociais que s˜ao dirigidas a cidad˜aos de determinados pa´ıses, contudo neste caso, trata-se de redes sociais que captam aten¸co˜es de cidad˜aos de pa´ıses que n˜ao do seu pa´ıs de origem. H´a alguns anos atr´as, para os jovens do Brasil ter um perfil no Orkut era uma obriga¸c˜ao. O prop´osito desta rede social era o mesmo que o do Friendster : ajudar os utilizadores a conhecer pessoas novas. Contudo para al´em da popularidade que o Facebook foi ganhando, outros tipos de problemas, tais como ataques de hackers e problemas t´ecnicos,entre outros fatores (que s˜ao ligeiramente explorados em dois artigos ([26] e [27]) da autoria de Marcelo Pellegrini na p´agina da revista brasileira ”CartaCapital”), fizeram com que as opini˜oes dos seus utilizadores se tornassem em v´arias queixas. Desde ent˜ao, os utilizadores brasileiros tˆem perdido o interesse por este servi¸co. No caso de Portugal, o Hi 5 durante algum tempo foi a p´agina de relacionamentos predileta de v´arios jovens lusitanos (dois artigos ([28] e [30]) publicados na p´agina do jornal ”P´ ublico”d˜ao ˆenfase a esse sucesso passado). Contudo desde que o Facebook come¸cou a ganhar popularidade, a comunidade portuguesa que frequenta esta p´agina diminuiu drasticamente (como ´e apontado no artigo [29] publicado na p´agina do ”Grupo Marktest”). Com a observa¸c˜ao destes casos, podemos comparar o ciclo de vida das redes sociais n˜ao s´o com o ciclo de vida dos seres humanos, mas tamb´em com as tendˆencias das v´arias modas que existem. 4. Conclus˜ ao 8

No percurso realizado relativamente a este tema, focalizamos o nosso trabalho, nalgumas pesquisas desenvolvidas em diversos contextos do seu crescimento em rela¸c˜ao ao n´ umero de uti´ evidente que a tecnologia, juntamente com as suas respetivas aplica¸c˜oes est˜ao a lizadores. E crescer cada vez mais, influenciando bastante o modo de vida da sociedade e das suas formas da comunica¸c˜ao. Com esta evolu¸ca˜o s˜ao levantadas uma s´erie de quest˜oes relativamente `as inova¸co˜es comunicativas que ainda est˜ao para vir (levantando-se tamb´em a quest˜ao sobre quais aquelas que ´ certo que na atualiir˜ao ultrapassar aquelas que s˜ao bastante utilizadas no tempo presente). E dade, para os pa´ıses desenvolvidos em particular ´e cada vez mais dif´ıcil imaginar uma rotina di´aria na qual as novas tecnologias n˜ao estejam envolvidas. A sociedade est´a portanto a tornar-se cada vez mais dependente das tecnologias e das vantagens que vˆem em conjunto.

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