O cubo branco ou a roda das cores: há lugar para o museu de arte para crianças?

July 23, 2017 | Autor: Paulo Lousinha | Categoria: História da arte
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CULTURA ARTÍSTICA CONTEMPORÂNEA E EXPOSIÇÕES DE ARTE

O cubo branco ou a roda das cores: há lugar para o museu de arte para crianças? 1. Quando a 11 de Julho de 1938 o Federal Art Project1 mostrou quarenta pinturas de um rapaz de oito anos, Alfred Cohen recebeu uma significativa aclamação da crítica, sendo hoje recordado como a primeira criança a fazer uma exposição individual. Setenta e cinco anos mais tarde, também em Nova Iorque, o Children's Museum of the Arts inaugurou no passado dia 21 de Junho de 2012, uma exposição colectiva que reúne pela primeira vez uma colecção de arte produzida por crianças. Entre obras antigas2 e contemporâneas, dez dos trabalhos expostos são os de Cohen, então estudante de Leon Bibel, um dos artistas contratados ao abrigo do programa da Works Progress Administration. Mas desta vez, a mostra é dirigida ao público infantil. 1. Children's Museum of the Arts, vista parcial da galeria de exposições com acesso principal à direita da imagem; ao fundo, o vão laranja assinala a entrada no atelier de arte. (Work Architecture Company, 2011)

! Fundado em 1988 por Kathleen Schneider, o Children's Museum of the Arts (CMA), é um dos mais antigos museus de arte para crianças no mundo. Desde o final da década de 80 que o CMA produz, colecciona e apresenta arte de crianças para crianças. Mas também as introduz no “estudo da cultura visual” pela apresentação de artistas contemporâneos. No fundo, ver e fazer são aqui actos recíprocos. A prática de atelier decorre paralelamente à prática expositiva.

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Este projecto foi desenvolvido no período da Grande Depressão sob a égide da Works Progress Administration (WPA). Entre 1935 e 1943, o Federal Art Project proporcionou trabalho a artistas desempregados com o objectivo de implementar programas de artes visuais nas comunidades locais dos Estados Unidos. Estima-se que em Nova Iorque, cerca de 50 000 pessoas por semana, principalmente crianças, participaram em aulas gratuitas de pintura e desenho. (fonte: http://www.nytimes.com/ 2011/01/21/arts/design/21antiques.html) Há cerca de 20 anos atrás, uma colecção de 19 pinturas de crianças produzidas ao abrigo do Federal Art Project em Nova Iorque, foram doadas por Sara Mazo Kuniyoshi, mulher de Yasuo Kuniyoshi, ao Children's Museum of the Arts. Não sendo claro como Sara adquiriu os trabalhos, Prescott Trudeau curador do museu - admite que a colecção lhe chegou pelas mãos de alguns artistas amigos envolvidos no programa da Works Progress Administration. (fonte: http://www.nytimes.com/2011/01/21/arts/design/ 21antiques.html) 2

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Ainda que num contexto social e económico completamente diferente, o CMA replica um programa que recupera alguns dos objectivos do Federal Art Project. De facto, o Children's Museum of the Arts assume a missão de “(...) estender os benefícios das artes a todas as crianças e às suas comunidades para garantir o futuro das artes, pela inspiração e defesa da nova geração de artistas e amantes das artes.”3 e o compromisso de “promover o acesso às artes a todas as crianças independentemente da aptidão ou condição sócio-económica porque acreditamos que são essenciais para o desenvolvimento das crianças e juventude e para comunidades fortes e vibrantes.”4 2. Após mais de 20 anos a funcionar num espaço reduzido, o Children's Museum of the Arts mudou-se no final de 2011 para novas instalações, com uma área três vezes maior. A mudança há muito aguardada por esta instituição sem fins lucrativos, permitiu acrescentar novos programas há muito desejados. Este novo espaço, projectado por Amale Andraos e Dan Wood, organiza-se em torno de uma grande galeria central, capaz de acolher exposições ou organizar eventos. À volta da costumeira “caixa branca” da galeria de exposições, ateliers e pequenos espaços acolhem actividades específicas, correndo a roda das cores para identificar diferentes partes do programa. Para esta dupla de arquitectos, o conceito deste projecto passou por intercalar o neutro espaço da “caixa branca” com as diversas zonas coloridas e cheias de carácter, que asseguram actividades auxiliares num contínuo arco-íris em volta da galeria central de 185 m2. Esta, acolhe uma nova exposição a cada três meses. 2. Children's Museum of the Arts, vista superior do modelo tridimensional do espaço; note-se a função da galeria principal, ao centro, como organizadora do espaço. (Work Architecture Company, 2011)

! Instalado em Hudson Square, num velho armazém com uma plataforma de cargas e descargas para camiões, o projecto explora a diferença de cota desta, servindo-se dela como instrumento espacial para gerir diferentes fluxos de público: as crianças com mais de cinco anos, atravessam a entrada e sobem a pequena escadaria em direcção à galeria principal enquanto as famílias com filhos mais novos ficam pela cota baixa, conduzindo os seus

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Sobre o Children's Museum of the Arts in http://www.cmany.org/about-us/mission/

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carrinhos para um “parque”, que dá acesso a um iluminado estúdio de bebés. Sobre este peculiar estacionamento, uma estrutura metálica independente eleva um “Lago de Bolas”5 que estimula as crianças com brincadeiras animadas para se acalmarem antes do envolvimento em actividades criativas. As altas janelas da fachada deste antigo armazém, deixam entrar a luz do dia para os diversos ateliers. Mas a transparência destes grandes panos envidraçados funciona reciprocamente, “contaminando” a rua com as cores e as actividades desenvolvidas no interior. 3. Children's Museum of the Arts, vista geral da fachada. (Work Architecture Company, 2011) 4. Children's Museum of the Arts, detalhe da “contaminação” da fachada pelas actividades interiores; aqui o lago de bolas sobre o peculiar parque de estacionamento de carrinhos de bebé. (Work Architecture Company, 2011)

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! Aberturas circulares sobre a entrada deixam adivinhar uma passagem superior, onde as crianças experimentam a sensação de caminhar sobre uma rede elástica.

5. Children's Museum of the Arts, lago de bolas. (Work Architecture Company, 2011) 6. Children's Museum of the Arts, passagem superior, onde a as aberturas circulares na parede e rede elástica no pavimento permitem relações visuais com a entrada do museu e a galeria de exposições. (Work Architecture Company, 2011)

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7. Children's Museum of the Arts, entrada do museu com acesso à galeria de exposições em primeiro plano; à esquerda da recepção o parque de carrinhos de bebé; ao fundo o atelier de barro. (Work Architecture Company, 2011)

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Tradução livre de “Ball Pond”.

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Este corredor elevado, é uma ponte amarela e laranja, que liga a cota inferior do atelier de arte branco, ao lago verde claro de bolas coloridas, para voltar a descer numa escada/escorrega verde. A roda das cores segue o seu caminho incansável, abrindo com uma porta de correr o acesso à sala azul do silêncio: um pequeno espaço envolvido por uma cadeira almofadada convida à leitura. O bar roxo do barro segue-se no espaço envolvente à galeria: aqui serve-se barro para modelar. No atelier de arte uma grande pia circular - baptizada de “Sink-o-rama” transforma o acto de lavar as mãos e o material num jogo didáctico. As torneiras são accionadas por pedaleiras que bombeiam a água. 8. Children's Museum of the Arts, vista da escada/escorrega. (Work Architecture Company, 2011) 9. Children's Museum of the Arts, vista da sala do silêncio. (Work Architecture Company, 2011) 10. Children's Museum of the Arts, vista do bar do barro. (Work Architecture Company, 2011)

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11. Children's Museum of the Arts, atelier de arte com o “Sink-o-rama” em primeiro lugar. (Work Architecture Company, 2011)

! Ao silêncio da tradicional arquitectura branca do espaço expositivo e ao anonimato da fachada, neste museu, Amale Andraos e Dan Wood acrescentam espaços que trabalham a cor e a forma como peças de um processo de exploração espacial, lúdico e sensorial, capazes de provocar e motivar a abordagem das crianças à sua própria produção artística. Para esta dupla de arquitectos, o Children's Museum of the Arts foi “(...) projectado para

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inspirar as crianças a fazerem arte e aprenderem arte: um lugar onde a produção e a arte ocorrem tranquilamente em simultâneo.”6 3. O crítico e historiador Gideon Fink Shapiro, abre o seu artigo sobre este singular museu, afirmando que “A tradição moderna de começar do zero passa por esquecer todas as convenções e encarar o mundo com a espontaneidade de uma criança.”7Este autor recorda o fascínio de artistas e arquitectos pela natural ingenuidade muitas vezes revelada pela arte infantil, bem como a intuitiva resposta das crianças ao ambiente físico, para perguntar “Mas será que alguém presta atenção à arte que é actualmente produzida pelas crianças?” O crescente número de museus de arte dedicados exclusivamente a públicos jovens - Young At Art Museum, The Children’s Museum of Denver, De Young Fine Arts Museums of San Francisco, Austin Children's Museum, listando só alguns - pode muito bem sugerir uma resposta afirmativa à pergunta de Shapiro. Não nos atrevemos, no entanto, a ir tão longe. Associamos este crescimento a uma nova sensibilidade pela componente cultural, é certo, mas são principalmente os factores de ordem sócio-económica a potenciar este facto. Preferimos por isso colocar a pergunta de Gideon Fink Shapiro de maneira diversa: fará sentido que as exposições de arte se distribuam por museus temáticos, organizados em função de grupos etários, isto é, há lugar para o museu de arte para crianças? Num outro contexto, Laura Castro reflecte sobre o papel actual da curadoria na definição das políticas museológicas: “Depois das grandes exposições dos finais da década de 60 e das seguintes, protagonizadas pelos pioneiros do modelo de curadoria que hoje prevalece num quadro de actuação institucional (vejam-se os casos de Harald Szeemann, Jean-Christophe Ammann, Wim Beeren, Jan Hoet) começaram a surgir museus estreitamente relacionados com idiossincrasias, egocentrismos e disposições pessoais de curadores.”8 4. Para reflectirmos sobre esta problemática, voltemos ao interior do cubo branco. No conhecido ensaio “Inside the White Cube”,9 escrito nos anos 70, a argumentação de Brian O’Doherty é tão simples quanto radical. Para este crítico e artista, o espaço da galeria não é afinal um contentor neutro, mas sim um objecto estético em si mesmo: “A santidade da igreja, a formalidade do tribunal, a mística do laboratório de experiências juntam-se num elegante desenho para produzir uma câmara estética.”10 A forma ideal do cubo branco que o modernismo desenvolveu para o espaço da galeria é inseparável das obras de arte expostas no seu interior. Na verdade, o cubo branco não só as condiciona, mas também as domina. Ao colocar o conteúdo dentro deste contexto, o contexto transforma-se ele mesmo em conteúdo: “A história do modernismo está intimamente enquadrada por este espaço; ou melhor a história da arte moderna pode ser correlacionada com as mudanças nesse espaço e na forma como o

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Descrição do projecto no “site” dos autores (fonte: http://work.ac/cma/?tag=interiors).

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Gideon Fink Shapiro, “Manhattan Rainbow” in revista Domus, n.º 958. Rozzano, Editoriale Domus, 2012, p. 86. 8

Laura Castro, “Os Museus dos Curadores” in Actas do I Seminário em Museologia dos Países de Língua Portuguesa e Espanhola, Volume 2, 2009, p. 303. “Inside the White Cube” de Brian O’Doherty, reúne uma série de três artigos publicados inicialmente na revista Artforum, em 1976. 9

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Brian O’Doherty, Inside the White Cube. San Francisco, The Lapis Press, 1986, p.14.

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vemos. Atingimos o ponto em que não vemos a arte mas o espaço primeiro.”11 Mas paradoxalmente, este protagonismo do contexto é activado exactamente através da sua tentativa de desaparecimento. O cubo branco é concebido como um lugar livre de contexto, onde o tempo e o espaço social são pensados para serem excluídos da vivência das obras de arte. Para O’Doherty, as galerias são montadas segundo as rigorosas regras de construção da igreja medieval. Como o mundo exterior não deve entrar, na galeria moderna as janelas são normalmente fechadas, as paredes pintadas de branco e o tecto transforma-se na única fonte de luz.12 Neste contexto, afirma, “(...) um cinzeiro de pé transforma-se quase num objecto sagrado, assim como o extintor de incêndio num museu moderno não parece um extintor de incêndio, mas um enigma estético.”13 Numa análise a este ensaio, Simon Sheikh recorda-nos a utilização da evocação do sagrado: entrar no cubo branco, com as suas paredes e a sua discreta iluminação artificial, é como entrar num espaço sagrado que, apesar de seu desenho moderno, se assemelha a uma sepultura antiga, imperturbada pelo tempo e que contém riquezas infinitas.14 A analogia do túmulo serve para ilustrar o propósito da construção do cubo branco: atribuir à obra de arte 12. Brian O’Doherty, sequência da performence do enterro do seu pseudónimo Patrick Ireland, (Dublin, 2008)

uma qualidade atemporal, ou seja, de valor perene. É uma crítica explícita aos pressupostos mercantilistas da arte e à relação complexa entre o universo da produção artística e do investimento económico. economia. Nesta perspectiva, O’Doherty lembra-nos que as galerias são lojas, espaços para a comercialização e geração de mais-valia. Por isso, a fórmula do cubo branco é a assunção de uma arquitectura transcendente em que as especificidades do tempo e do lugar são substituídas pelo eterno. Para Sheikh, o cubo branco estabelece uma dicotomia crucial entre o que deve permanecer fora, o social e a política, e o que está dentro, o valor permanente da arte. É contra esta distinção que O’Doherty escreve o seu ensaio. Na opinião de Simon Sheikh, este texto tem sido muitas vezes lido como um ponto de viragem na percepção artístico-teórica. Mais que uma crítica espacial tão prevalecente no pósminimalismo, para este autor o ensaio de Brian O’Doherty pode ser visto como parte integrante de um método aplicado ao trabalho de instalação, do ponto de vista da sua própria prática artística. Nesse sentido, prossegue Sheikh, não é história de arte, mas texto do artista.15 A relação dicotómica entre interior e exterior presente no ensaio de O’Doherty, dá-nos igualmente uma perspectiva de futuro. Para Sheikn, devemos ler “Inside the White Cube” não apenas como um documento vital da cena artística dos anos 70, mas também como um

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Brian O’Doherty, Inside the White Cube. op. cit., p.14.

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Brian O’Doherty, Inside the White Cube. op. cit., p.15.

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idem

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Simon Sheikh, “Positively White Cube Revisited”, e-flux journal, n.3, 02/2009, http://www.e-flux.com/ journal/view/38 Brian O’Doherty além de proeminente crítico, assinou as suas instalações artísticas com o pseudónimo Pratick Ireland, a partir de 1972, em sinal de protesto contra a opressão do exército britânico sobre a Irlanda do Norte, da qual resultou o fatídico “Bloody Sunday”; a 20 de Maio de 2008, reconhecendo os progressos da paz na Irlanda do Norte, O’Doherty enterrou o seu alter ego no Museu de Arte Moderna em Dublin, numa performance perante 30 testemunhas. (fonte: http://www.nytimes.com/2008/05/22/arts/ design/22patr.html?_r=1) 15

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ponto nodal que liga duas direcções: para trás, a história da arte moderna; para a frente, encaminha as práticas espaciais contemporâneas. O’Doherty conclui que o espaço consome as obras, ao transformar contexto em conteúdo. Na passagem do moderno para o pós-moderno, este texto marca “um começo, um fim ou uma parte da história”,16 mas é hoje igualmente parte de um debate contínuo de uma luta em curso. Afinal, a maioria das galerias, museus e espaços alternativos ainda empregam o cubo branco como modelo expositivo, consequência directa da ideologia que quer valorizar a mercadoria. Formalmente, o Children's Museum of the Arts não escapa a esta lógica: lá está presente, nas palavras dos arquitectos, a famosa caixa branca a exercer sua função espacial de elemento gerador de um programa museológico. A inevitável sacralização do espaço branco a que sucedem todos os outros, numa divertida roda de cores, mas exteriores; no fundo, a dicotomia interior/exterior, acontece dentro do próprio museu. 5. A presente proliferação de instituições museológicas, apoiada em vontades pessoais de curadoria, tem assistido a uma progressiva diversificação temática. Como afirma Laura Castro, estes novos núcleos museológicos deixaram de exercer a função de ponto de chegada, uma vez que partem da encomenda específica a artistas e obras, suportada por “(...) políticas de curadoria da arte contemporânea que subverteram radicalmente a relação entre a obra de arte e o museu”.17 Actualmente “Os curadores assumem literalmente o papel de fundadores de museus.”18 Parece-nos que quando Prescott Trudeau, curador do Children's Museum of the Arts, aceitou a colecção da viúva de Yasuo Kuniyoshi, não só estava interessado em reforçar o acervo da instituição, mas também preocupado em fundamentar a sua ideia de museu. Os museus de arte para crianças, ainda que recentes, surgem como mais um exemplo deste processo redefinição do próprio conceito de museu.


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Simon Sheikh, “Positively White Cube Revisited”, e-flux journal, n.3, 02/2009, http://www.e-flux.com/ journal/view/38 17

Laura Castro, “Os Museus dos Curadores”, op. cit., p. 301.

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Referências CASTRO, Laura. 2009. “Os Museus dos Curadores.” Actas do I Seminário em Museologia dos Países de Língua Portuguesa e Espanhola 2: 300–309. O’DOHERTY, Brian, Inside the White Cube. San Francisco, The Lapis Press, 1986. SHAPIRO, Gideon Fink, “Manhattan Rainbow” in revista Domus, n.º 958. Rozzano, Editoriale Domus, 2012, p. 80-87. SHEIKH, Simon, “Positively White Cube Revisited”, e-flux journal, n.3, 02/2009, http://www.eflux.com/journal/view/38 Imagens 1. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 2. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Work Architecture Company, 2011. Fonte: http://work.ac/cma/?tag=interiors 3. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 4. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 5. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 6. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 7. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 8. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 9. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 10. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 11. Work Architecture Company, Children's Museum of the Arts , © Ari Marcopoulos, 2011. Fonte: http:// work.ac/cma/?tag=interiors 12. Brian O’Doherty,( Dublin, 2008). Fonte: http://graphics8.nytimes.com/images/2008/05/21/arts/ Irelandslide9.jpg

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