O desenvolvimento psicossocial da gestação em mulheres apoiadas por seus cônjuges

July 27, 2017 | Autor: R. Brandão Torres | Categoria: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
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O desenvolvimento psicossocial da gestação em mulheres apoiadas por seus cônjuges
Rozalia Brandão Torres

Resumo: Apresenta-se neste artigo os aspectos pertinentes ao desenvolvimento psicossocial gestacional, cujo foco reside em mulheres recebedoras do apoio e atenção de seus cônjuges, usando como fontes primárias material bibliográfico e entrevista com gestantes e recém-mamães. O objetivo deste trabalho centra-se na compreensão das fases de desenvolvimento da gestação, contextualizado pelas entrevistas realizadas com mulheres casadas que planejaram e não planejaram a gestação, em diferentes idades. Este estudo estrutura-se a partir do referencial teórico baseado em autores do desenvolvimento humano, psicanalistas e sociólogos, o qual encontra-se contextualizado com as respostas obtidas junto às gestantes, bem como apresentam-se questionamentos teóricos frente algumas afirmações encontradas entre os autores pesquisados. Ao final, discorre-se sobre as percepções advindas das respostas das gestantes, diante do planejamento e não planejamento da gravidez e o respectivo apoio de seus cônjuges.

Palavras-chave: Desenvolvimento gestacional. Gravidez planejada. Gravidez não planejada. Apoio marital.


Este artigo apresenta elementos que ajudam a compreender o desenvolvimento gestacional considerando o apoio conjugal. Para a elaboração deste, valeu-se da literatura da psicologia do desenvolvimento e da abordagem sociológica, para que se pudesse percorrer uma reflexão psicossocial. Inegável é a influência da literatura psicanalítica, responsável pela inspiração às questões formuladas a gestantes ou recém-mamães, que encontram-se no Apêndice, ao final deste artigo.
O caminho percorrido para a elaboração deste estudo perpassou textos da área e a seleção de gestantes e recém-mamães. À medida que se discorre sobre a teoria, vai-se apresentando aspectos percebidos nas respostas apresentadas pelas gestantes. Não houve preocupação ética, pois as participantes não foram submetidas a experiências externas às suas rotinas, ou ainda que pudessem colocar em risco a mãe ou bebê.
A questão central deste trabalho reside na constatação de que o apoio do cônjuge no período gestacional é elemento facilitador na relação narcísica estabelecida entre mãe (sujeito) e objeto (bebê), independente da faixa etária adulta em que se encontram as mulheres. Para tanto, foram selecionadas três gestantes ou recém-mamães com diferenças de idade entre elas, sendo, uma na faixa dos 20 anos, outra nos 30 e, finalmente a mais velha na faixa dos 40 anos de idade. Considerou-se ainda o histórico de gestação planejada e ao acaso. Todas as selecionadas são casadas e contam/contaram com a participação do cônjuge no pré-natal. É o primeiro filho das entrevistadas e todas realizam/realizaram pré-natal. As respondentes declararam que sempre pensaram em ser mães. A gestação foi por acaso entre as mais novas e planejada e com mais tempo de união para a respondente mais velha.

O narcisismo descrito por S. Freud é o enfoque aqui dado, tornando-o investimento pulsional imprescindível à vida subjetiva, constituindo-se num dado da estrutura do sujeito (CHEMAMA, 1995; LAPLANCHE; PONTALIS, 2001). Ao desvincular o narcisismo da psicopatologia sexual, Freud propiciou novo entendimento no tocante à constituição do eu e do objeto, diferenciando a libido narcísica ou também denominada libido do eu, da libido de objeto, cuja diferenciação tem consequências no entendimento dado sobre o amor.
O que até então relacionava-se unicamente ao corpo do sujeito, agora desdobra-se para a relação mamãe-bebê. Estudos recentes apontam que na gravidez, o objeto a ser investido não difere, em última instância do eu, enquanto gestante, havendo um sobre investimento narcisista, coexistindo na relação mãe-bebê relacionamentos narcísico e objetal. À medida que o bebê cresce - em relacionamentos considerados normais -, a relação narcísica vai cedendo espaço à objetal (FERRARI; PICININI; LOPES, 2006).
O vínculo afetivo desenvolvido na relação mãe-bebê é fruto do renascimento do narcisismo parental, indicados pela supervalorização da sua [mãe] atitude emocional em relação ao filho (FERRARI; PICININI; LOPES, 2006, p. 273). Por conseguinte, para que alguém invista libidinalmente em um objeto, necessita primeiramente ter sido investido por outro, isto é, para que se tornasse sujeito, precisou primeiro ser objeto - o bebê que fora para sua mãe. Esta retomada narcísica na gestação ganha reforço à medida que a gestante vai tornando-se o centro das atenções nos círculos aos quais frequenta, normalmente sendo favorecida pela sua condição.
Não são poucas as pessoas que consideram bonita uma mulher grávida e, as mulheres que se realizam nesta condição parecem demonstrar gosto pelo seu corpo, conforme é possível de ser observado através das Fotos 1 e 2. Ao mesmo tempo, desperta a inveja nas outras mulheres que assim desejariam estar, mas que não se encontram nesta condição, afinal a gravidez é a evidência da fecundidade da espécie.
FOTO 1 – Condição da gestação exposta em rede social (respondente 2)

FOTO 2 – Felicidade ao ser fotografada expondo sua barriga (respondente 1)

FONTE: Arquivo pessoal das respondentes (2013)

Entende-se que a mulher quando não se sente confortável com alguma situação no tocante ao seu corpo, não a apresenta publicamente em uma rede social, como visto entre as respondentes, e o que se tem entre estas, são vários álbuns de fotos e vídeos que refletem sua condição de gestante, desde a barriga sendo fotografa, como na Foto 1, como mostrando-se de corpo inteiro, segurando sua barriga, como se já segurasse seu bebê, com um sorriso aberto, refletindo toda sua felicidade com a gravidez, como se observa na Foto 2.
Neste relacionamento narcísico, é possível observar nas respostas das gestantes que para a mais jovem, com 23 anos e casada há pouco mais de 2 anos, cuja gravidez aconteceu por acaso, a descoberta da gestação dá-se num primeiro momento com sentimentos negativos, como susto e crise de choro e, após a "materialização" do bebê exposto num exame de ecografia e a audição dos batimentos cardíacos, tudo de negativo se transformou em uma alegria sem fim e um amor tão grande capaz de tudo para proteger. É um dar-se conta da unidade mãe-bebê, intensificando esta relação narcísica.
Já para as duas outras entrevistadas declararam terem ficado muito felizes com a notícia da gestação e a respondente com 40 anos afirma, após esta felicidade plena, um sentimento de medo por talvez não conseguir levar a gestação até o final, o que na fala de Zimmermann et.al. (2001) compõem as elaborações psíquicas típicas entre as gestantes. Mas também é visto este pensamento como sentimento de perda, o que corrobora a este entendimento o fato de que esta respondente já havia passado por outra gestação não sucedida, isto é, já havia vivenciado este sentimento de perda e, este medo se reaviva diante da nova gestação.
Esta relação narcísica igualmente é possível de se observar nas respostas à questão que solicitava às gestantes refletir sobre o futuro do bebê, ou seja, o que idealizam para seus rebentos. Curiosamente a respondente mais jovem nada respondeu, o que não significa dizer que nada sonha para o futuro de seu filho. As outras duas primeiramente falam em saúde, depois questões relacionadas à humanidade:
[...] alegre, carinhosa, enfim, que seja uma pessoa do bem, pois nesse mundo existe muita maldade e pessoas que pensam apenas em si e não estão preocupadas com o ser humano que está a sua volta. (respondente 3)
[...] que goste de ir à escola e que ela seja muito companheira da mãe e do pai. (respondente 1)
A mamãe que se sente cuidada, possui capacidade de cuidar de sua prole, o que se explicita inclusive entre as entrevistadas que afirmaram não ter planejado a gravidez, pois ao receberem o apoio e carinho de seus parceiros, se sentiram investidas para acolherem a nova situação do casal. Isto se reflete por exemplo no depoimento que diz fiquei muito feliz com a notícia e o meu marido também (respondente 3), ao mencionar quando descobriu sobre a gestação.
Esta fase narcísica pela qual a gestante passa é importante para que possa se conectar ao bebê e dar- lhe acesso à maternidade, inclusive reconhece-se que:
A formação do vínculo mãe-bebê é essencial na infância e sua importância é maior nessa idade do que nos períodos posteriores. A atitude emocional da mãe orienta o bebê, conferindo qualidade de vida à sua experiência e servindo como organizador da sua vida psíquica, por possibilitar identificações que poderão influenciar seu desenvolvimento a posteriori. [...] a mãe necessita estar apta a estabelecer este vínculo, o que só será possível a partir de uma boa vivência de suas experiências relacionadas à gestação e ao puerpério (BORSA, 2007, p. 311).
Conforme Borsa (2007, p. 311), a gestação se caracteriza por uma profusão de sentimentos, que são intensos, variados e ambivalentes que podem dar vazão a conteúdos inconscientes da mãe. Todavia no decorrer do pré-natal, estudos apontam que os pais conseguem construir certa noção de individualidade do bebê e que, apropriar-se deste bebê antes mesmo do nascimento, estando com ele, pensando sobre ele, imaginando suas caraterísticas, pensando em seu futuro, traz consigo implicações positivas à posterior relação mãe-bebê.
Este aspecto voltado a pensar no bebê, em fazer projeções para seus filhos foi observado entre as entrevistadas, independente de terem ou não planejado sua gestação. Quando indagadas se pensavam o bebê quanto aos aspectos físico-comportamental obteve-se como respostas:
O desenho dele está sempre no meu pensamento (respondente 2).
Pela ecografia que fiz vai ser muito parecida com a minha sobrinha. Se puxar aos pais vai ser uma criança calma (respondente 3).
Sim. Imaginava uma menina bem loirinha de comportamento agitado e muito alegre (respondente 1).
O que se depura destas respostas permite afirmar que há um vínculo já estabelecido, pois há um pensamento sobre seus filhos, além de uma busca pelas semelhanças familiares, sejam físicas quanto comportamentais. O conversar com o bebê ainda no ventre é outra forma de estabelecer relação e criar vínculo com este filho, e as gestantes ou recém-mamães ao serem indagadas, assim responderam:
Converso com ele o tempo inteiro, canto pra ele. Tudo que eu faço eu narro pra ele. Ex. "Agora a mamãe vai tomar banho para relaxar"! (respondente 2).
Eu e o meu marido conversávamos muito com ela, colocávamos músicas infantis (respondente 3).
Sim, conversava muito, ouvia músicas e no final [da gestação] contava histórias (respondente 1).
E atreve-se aqui a intuir que é a partir desta conexão, deste vínculo que parece já ter se formado, que as respostas à pergunta sobre a possibilidade de depressão pós-parto terem sido negativas, como se observa nos excertos a seguir:
Não acredito em depressão após o parto. Sei que vai ser tudo novo em minha vida, é uma transformação em nossas vidas, que mudanças de hábito são necessárias, mas só entra em depressão, a pessoa que já teve algum caso de depressão antes de engravidar. Por isso faz-se necessário o acompanhamento com psicólogo ou psiquiatria para essa mãe, que deve ser iniciado mesmo antes dela dar à luz. Com a gravidez a futura mamãe fica mais emotiva, se preocupa muito mais com as pessoas que estão a sua volta, mas acredito que esse sentimento é suprido com a ajuda dos familiares, do marido, enfim, das pessoas com quem você convive diariamente. A ajuda do parceiro é de suma importância nesse momento e as tarefas devem ser divididas para não sobrecarregar a futura mamãe (respondente 3).
Não consigo imaginar, não entendo como isso é possível. Mesmo se a pessoa não quisesse, quando nasce é impossível não se apaixonar e querer cuidar daquele serzinho indefeso (respondente 1).
Além deste vínculo positivo entre mãe-bebê que parece já estar consolidado junto às entrevistadas, em suas falas a presença do pai ou demais membros familiares aparecem, o que as colocam numa posição de cuidadas pelo cônjuge, pelos membros da família e não de abandono, o que poderia reproduzir uma postura de abandono pós-parto, refletidas por exemplo, na forma de depressão. Portanto, entende-se a partir das respostas destas entrevistadas que como sentem-se fortemente ligadas aos seus bebês e disfrutam de amplo apoio e carinho de seus cônjuges, não lhes passa pela cabeça a possibilidade de alguma mãe negar seu filho, na forma de depressão pós-parto, que em suas falas seria uma demonstração de falta de amor e vínculo entre mãe-bebê.
Este apoio encontrado junto ao cônjuge e demais familiares, igualmente assegura à mamãe maior capacidade para lidar com perdas e ganhos advindos da nova constituição familiar, como se observa nos seguintes depoimentos:
Acredito que mais ganhos, mas talvez uma perda seja a da liberdade, pois com um filho a prioridade sempre é dele (respondente 1).
Acho que com a maternidade tivemos muito mais ganhos do que perdas. Sinto-me realizada. Acredito que algumas perdas são inevitáveis, afinal você ganha uma nova identidade e tem que deixar pra trás algumas coisas que faziam parte da sua vida sem filhos, mas vou procurar educá-la, dar amor, carinho, fazer tudo o que for possível para a minha filha ser feliz e ser uma pessoa do bem (respondente 3).
Observa-se uma aparente serenidade para lidar com as perdas, seguida da maturidade no entendimento de que o bebê e mesmo a criança necessitam de cuidados, atenção e, portanto, passam a ter prioridades.
A ansiedade pré-parto pode tomar conta das gestantes, que nas últimas semanas por conta do desconforto ocasionado pelo peso da barriga, dificuldade em encontrar uma posição para sentar e mesmo dormir, acrescida ao desejo de ter o filho nos braços, faz algumas mulheres contarem dia após dia a provável chegada de seu filho. Este desejo de tê-lo nos braços se reflete em depoimentos ou fotografias, como a Foto 3:
FOTO 3 – Contando o tempo para a chegada do baby

Fonte: Arquivo pessoal, respondente 2 (2013)
Assim que nasce o bebê, Borsa (2007, p. 314) indica que mãe e filho se conhecem muito pouco, pois ainda não se estabeleceu entre eles um padrão de comunicação e, com frequência, a mãe não sabe distinguir quais são as necessidades do bebê. É um esforço que a mãe se impõe a fim de atender às necessidades de seu rebento e como é possível de se perceber no depoimento a seguir, caracteriza-se por um processo em construção:
Estou conhecendo, mas já identifico algumas necessidades como de mamar, dormir, procurar lugar mais tranquilo, dor de cólica (respondente 1, que respondeu às questões após 43 dias de ter dado à luz).
Há alguns teóricos que acreditam que a maternidade é instintiva, como se observa no excerto a seguir:
O instinto de ser mãe está presente em todas as fases da vida da mulher, contribuindo no seu modo de ser, pensar e agir, fazendo parte da psicologia feminina. (ZIMERMMANN, et. al., 2001, p. 29)
Entretanto, estes mesmos autores seguem em seus pensamentos apontando ser difícil conseguir determinar o quão inato pode ser a maternidade ou o quanto é fruto de uma estimulação social, advinda de uma cultura que desde cedo presenteia as meninas com bonecas, representando pseudo-filhas a serem cuidadas. Todavia, concluem esta linha de pensamento ressaltando o quanto é natural às meninas brincarem de bonecas e segurando seus "filhos" como verdadeiras mamães.
Este aspecto cultural é fortemente discutido em outras ciências humanas, como na sociologia ou antropologia. Conforme Giddens (2005) as concepções de família vêm se reestruturando, especialmente pós-segunda metade do século XX e, cada vez mais mulheres vêm se autorizando a não terem filhos sem se sentirem culpadas ou menos mulheres por esta escolha.
Então, estando-se diante de uma condição inata – a maternidade – como a ciência deve explicar o fato de uma mulher, que mesmo sendo fértil, não deseja ser mãe, sem que isto signifique que ela não goste de crianças? Ter-se-ia uma nova modalidade de doença? Seriam estas mulheres consideradas normais? Se é inato, como se explica a depressão pós-parto?
Sendo inato, o aceite e cuidado do cônjuge à condição da mulher gestante, em nada mudaria a forma como esta mulher grávida lidaria com a gestação. A concepção de inatismo possui forte vinculação biológica, que apesar de existir questões inatas entre os humanos, como as necessidades fisiológicas, por exemplo, não entende-se que a maternidade seja natural às mulheres, mas sim fruto de uma condição imposta secularmente no seio da sociedade. Há uma cobrança social após o casamento, o que angustia muito os casais que terminam encontrando dificuldades em engravidar, e causa conflitos entre os casais que já conversaram entre si sobre o não desejo de se tornarem pais e suas respectivas famílias.
Por ser uma construção social, aspectos relacionados ao apoio familiar, ao companheirismo do cônjuge, ao planejamento da gestação ou desejo de "um dia" ser mãe, são levados em consideração quando se estuda este momento do desenvolvimento humano.

Considerações finais
Os aspectos emocionais que estão relacionados à gestação, ao momento de dar à luz e ao puerpério dizem muito sobre a saúde do rebento e ao próprio desenvolvimento das relações familiares. Por conseguinte, trata-se de um elemento importante de ser compreendido não apenas pelas partes envolvidas, mas pelo profissional que poderá realizar atendimento com vistas à condução adequada dos pais frente à gravidez.
Viu-se que apesar de a gestante ter medos eminentes quanto à gravidez, saúde do bebê, etc., isto pode ser aplacado mediante apoio do cônjuge e da família, realização de um pré-natal, cujos profissionais da saúde estarão prontos para orientar e aliviar as angústias e dúvidas das futuras mamães.
E finalmente, inegável a necessidade da gestante regressar ao estado narcísico, pois viu-se o quanto é fundamental para formar o vínculo mãe-bebê. É nesta relação narcísica que a mãe consegue se conectar ao seu filho, o que se reflete num desenvolvimento mais saudável para ambos, mãe e bebê.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEE, Helen. O ciclo vital. Porto Alegre: Artmed, 1997.
BEE, H.; BOYD, D. A criança em desenvolvimento. 12ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2011.
BORSA, Juliane Callegaro. Considerações acerca da relação mãe-bebê da gestação ao puerpério. In: Contemporânea – psicanálise e transversalidade. Porto Alegre, n. 02, abr/mai/jun 2007, pp. 310-321.
CHEMAMA, Roland. Dicionário de psicanálise. Porto Alegre: Artmed, 1995.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2008.
FERRARI, A.G.; PICININI, C.A.; LOPES, R.S. O narcisismo no contexto da maternidade: algumas evidências empíricas. PSICO, Porto Alegre, PUCRS, v. 37, n. 3, pp. 271-278, set./dez. 2006.
KAIL, R. V. A criança. São Paulo: Prentice Hall, 2004
LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise. 4ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2001.
ZIMMERMANN, A.; ZIMMERMANN, H.; ZIMMERMANN, J.; TATSCH, F.; SANTOS, C. Gestação, parto e puerpério. In: EIZIRIK, C. L.; KAPCZINSKI, F.; BASSOLS, A. M. S. O ciclo da vida humana: uma perspectiva psicodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2001, pp. 29-40.


APÊNDICE
Questões à gestante/recém mamãe:

Nome:
Idade:
Estado Civil: Tempo:
É sua primeira gestação?
É seu primeiro(a) filho(a)?
Esta gestação foi por acaso ou foi planejada?
Descreva qual a sensação que sentisses ao saber da gestação?
Descreva como transcorreu/está sendo a gestação? (Enjoos, desejos, oscilações de humor...)
Durante a gestação, fizeste pré-natal?
Chegaste a imaginar como seria o bebê? (Aspectos físico-comportamental)
Durante a gestação, tiveste algum tipo de stress, incomodo, que te deixou triste por mais de três dias?
Durante a gestação, pensavas muito tempo em tua infância, em teu relacionamento com teus pais/cuidadores? Podes explicar?
Durante a gestação estabeleceste alguma forma de comunicação com o bebê em sua barriga? Explique.
Há quanto tempo desejavas/desejavas a maternidade?
Desde quando o nome do bebê foi escolhido? Quem participou desta escolha?
Há quanto tempo nasceu seu bebê? Acreditas que já conheces/identificas a comunicação expressa de seu (sua) filho(a), refletindo suas reais necessidades? Como te sentes?
Acreditas que é possível haver perdas e ganhos com a maternidade? Explique.
Descreva uma certeza que se confirmou com a maternidade e uma que não se concretizou. Explique.
Após o nascimento, o que mudou em tua rotina e em teus sentimentos?
O que idealizas para teu(tua) filho(a)? o que esperas dele(a)?
Durante a gestação era comum seres o centro das atenções? Agora com o nascimento do bebê as atenções centram-se nele? Em algum momento, de alguma forma, isto te incomoda?
Acreditas que uma mulher pode entrar em depressão após o parto, vindo, neste período a perder interesse por seu bebê recém-nascido?
Você está amamentando seu bebê? Como se dá este ato? (Explique se há um cômodo da casa específico para isto se com ou sem música (estilo musical); na presença de outros ou apenas vocês dois; quais pensamentos emergem neste ato?)


Artigo desenvolvido como parte do sistema avaliativo para a disciplina de Desenvolvimento I - Infância, sob orientação da profª Ms. Vládia Zenkner Schmidt.
Acadêmica do curso de Psicologia, FADERGS - Laureat International Universities.
A foto apresenta cortes na parte superior do rosto e nas pernas, cujo objetivo é dificultar a identificação da entrevistada.

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