O DESIGN DO SONO O MOBILIÁRIO DE DORMIR NO NOVO MERCADO DE LUXO BRASILEIRO

May 27, 2017 | Autor: Yago Rodrigues | Categoria: Design, Multidisciplinary design practices, cama, Projeto de graduação, Cama Bocejo
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Descrição do Produto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE ARTES DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE DESIGN DESIGN INDUSTRIAL

Yago Weschenfelder Rodrigues

O DESIGN DO SONO: O MOBILIÁRIO DE DORMIR NO NOVO MERCADO DE LUXO BRASILEIRO

FLORIANÓPOLIS – SC 2013

YAGO WESCHENFELDER RODRIGUES

O DESIGN DO SONO: O MOBILIÁRIO DE DORMIR NO NOVO MERCADO DE LUXO BRASILEIRO

Projeto de Graduação apresentado à banca examinadora como requisito à obtenção do título de Bacharel em Design Industrial, do Curso de Design da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Orientadora: Prof.ª Albertina Pereira Medeiros

FLORIANÓPOLIS – SC 2013

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RODRIGUES, Yago Weschenfelder. O design do sono: o mobiliário de dormir no novo mercado de luxo brasileiro. Yago Weschenfelder Rodrigues. Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis - SC, 2013. 138 f. : il. color. Projeto de Graduação apresentado ao curso de Design Industrial da Universidade do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, 2013.

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“1/3 da vida passamos sobre uma cama” 4

RESUMO

O presente trabalho procura discutir a importância da aplicabilidade do design do sono para a qualificação do mobiliário de dormir – a cama; um tema de grande abrangência, pois permeia várias áreas do conhecimento, principalmente a da ergonomia. Emergindo nas percepções que um ambiente interfere no descanso, seja no ato de dormir ou em outras atividades básicas; com objetivo de melhorar o momento de uso e acrescentar novos dispositivos não explorados que influenciem no bom sono. A pesquisa aplica metodologia de levantamento de dados para identificar as necessidades do consumidor sobre o produto, focando na sua experiência, onde serão verificados requisitos de design. O trabalho ressalta a análise do mobiliário de dormir pela multifuncionalidade, situado no novo mercado de luxo brasileiro em crescimento nos últimos anos.

Palavras-chave: Mobiliário de dormir, Ergonomia, Multifuncionalidade, Novo luxo.

ABSTRACT

This paper discusses the importance of the applicability of design Sleep to qualify the furniture to sleep - a bed, a topic of great scope, because it permeates various areas of knowledge, especially of ergonomics. Immersing perceptions that an environment interferes with rest, is in the act of sleeping or other basic activities, aiming to improve the time to use and add new devices not exploited to influence the good sleep. The research applies the methodology of data collection to identify the needs of the consumer about the product, focusing on their experience, which will be verified design requirements. The work emphasizes the analysis of multifunctional furniture for sleeping, located in the new Brazilian luxury market growth in recent years.

Keywords: Furniture sleeping, Ergonomics, Multifunctionality, New luxury. 5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................8 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ....................................................................................................................8 1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA .......................................................................................................8 1.4 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ...............................................................................................................9 1.6 OBJETIVOS ..........................................................................................................................................9 1.6.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................9 1.6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................................... 10 1.7 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................. 10 1.8 METODOLOGIA ................................................................................................................................. 11 1.8.1 MÉTODO DE DESIGN .................................................................................................................... 11 1.8.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .................................................................................................. 13 1.8.3 QUESTIONÁRIO ............................................................................................................................ 13 1.9 CRONOGRAMA ................................................................................................................................ 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................ 14 2.1 O MOBILIÁRIO DE DORMIR............................................................................................................. 15 2.2 NOVO MERCADO DE LUXO ........................................................................................................... 20 2.3 IMPORTÂNCIA DO SONO ................................................................................................................ 25 2.4 ERGONOMIA AO MOBILIÁRIO DE DORMIR ................................................................................... 27 2.4.4 INFLUÊNCIA DA COR NOS DORMITÓRIOS ................................................................................ 31 3. COLETA DE DADOS ........................................................................................................................... 34 3.1 QUESTIONÁRIO ............................................................................................................................... 34 3.2 ENTREVISTA ..................................................................................................................................... 48 3.2.1 ANÁLISE DA ENTREVISTA APLICADA ......................................................................................... 60 3.3 LEVANTAMENTO DO MERCADO .................................................................................................... 63 3.3.1 ANALISE DO LEVANTAMENTO DO MERCADO ........................................................................... 68 4.1 ANALISE DO QFD APLICADO .......................................................................................................... 75 6

5 ANÁLISES E DISCUSSÃO ................................................................................................................... 78 6 BRIEFING ............................................................................................................................................. 80 7 PAINES SEMÂNTICOS ........................................................................................................................ 83 7.2 EXPRESSÃO DO PRODUTO ........................................................................................................... 84 7.3 ATRIBUTOS ESTÉTICOS ................................................................................................................. 85 8 CONCEITO ........................................................................................................................................... 85 8.1 ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................................. 85 8.2 ANALISE DAS ALTERNATIVAS ....................................................................................................... 89 9 AMBIENTAÇÃO .................................................................................................................................... 89 10 DETALHAMENTO ............................................................................................................................... 91 10.1 DESENHOS TÉCNICOS ................................................................................................................. 91 10.2 TECNOLOGIA E MATERIAIS ......................................................................................................... 116 10.2 ERGONOMIA .................................................................................................................................. 118 10.3 MODELO DE ESTUDO ................................................................................................................. 120 11 CONCLUSÃO.................................................................................................................................... 122 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 124 APÊNDICE ............................................................................................................................................. 130

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1 INTRODUÇÃO 1.1 TEMA O design do sono. 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA O mobiliário de dormir no novo mercado de luxo brasileiro. 1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA A cama é um produto fundamental na vida contemporânea, onde o usuário recupera suas energias ao dormir, se regenera, para estar apto ao próximo dia, com saúde e com o sono em dia. Esse mobiliário faz parte do cotidiano dos brasileiros desde os primórdios da colonização (século XVI), chamados de leitos; usufruído apenas pela elite, assim, desde esse período, percebemos um processo distintivo emergido do luxo e expandido após o uso das redes nas casas coloniais. Entretanto, os primeiros estudos sobre o luxo foi desenvolvido no final do século XX, quando houve modificações na sociedade de consumo, onde um sujeito é, não só aquilo que produz como também produz aquilo que é. E no decorrer da história observa-se que o mobiliário de dormir e as modificações no ambiente são resultado das necessidades diárias do homem. Tal resultado nasce da observação atenta do meio e das relações diretas com o produto. As influências no meio social, causadas com a industrialização, mudaram hábitos, costumes e geraram novas necessidades e visões, principalmente no que concerne ao mobiliário de dormir no XIX e do luxo. Assim, o novo luxo surgiu, coexistindo com o luxo tradicional (inacessível), e ser torna um pensamento da classe média brasileira, acessível a todos, onde o bem estar e a saúde estão em jogo, bem como o preço e a qualidade do mobiliário de dormir. Também se percebe a dificuldade das indústrias nesse mercado atual, em perceber e atender às necessidades desses usuários, mostrando que no desenvolvimento houve uma priorização de fatores técnicos que buscavam melhorar a produção e minimizar os custos, como a produção em série e retilínidade, sem uma abordagem das questões de design, ligadas diretamente ao usuário, para quem se destina o produto. Por fim, o processo de aperfeiçoamento do mobiliário de dormir, é influenciado por várias questões do design, que permeiam desde a ergonomia, fundamental em qualquer projeto, 8

até partes específicas de estímulos físicos e biológicos que provocam o sono, que são inerentes ao espaço do produto e refletem no consumo do novo luxo.

1.4 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Conhecer os caminhos do novo luxo do que diz em questão do consumo dos produtos, pincipalmente ao que se refere às camas, é de fundamental importância para design no desenvolvimento de novos produtos para o mercado. Com as novas exigências dos consumidores e alterações vinda com a tecnologia, nota-se uma alta concorrência e disponibilidade ampla de produtos, porém, ainda carece na forma estabelecida pela produção em massa. O trabalho irá apresentar como design no mobiliário de dormir influência na satisfação do sono e no consumo pelo usuário, abordando percepções de ambiente e usabilidade para o lazer e descanso que estes produtos oferecem na situação do mercado brasileiro. Com base nesses argumentos, é possível estabelecer o seguinte problema de pesquisa: Que requisitos da multifuncionalidade podem ser explorados no mobiliário de dormir no novo mercado de luxo brasileiro?

1.5 HIPÓTESE DA PESQUISA

O mobiliário de dormir sendo um dispositivo na influência da qualidade do sono e satisfação do consumidor; que trabalha nas questões físicas e psicológicas das pessoas para novos meios de comunicação do produto-cama e usabilidade no descanso e sono.

1.6 OBJETIVOS 1.6.1 OBJETIVO GERAL Analisar o mobiliário de cama pela ergonomia e multifuncionalidade centrado no consumidor do novo mercado de luxo brasileiro. Contribuir para uma prática de geração de um produto final que vise à qualidade do sono e satisfação do usuário no parâmetro da ergonomia e multifuncionalidade. 9

1.6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Identificar historicamente os vínculos entre a concepção da cama ocidental no design de mobiliário. b) Identificar necessidades do consumidor sobre o produto – cama, pela experiência do usuário, onde será verificado requisitos de design pela multifuncionalidade, como o uso; o conforto; a segurança e o preço. c) Analisar a ergonomia das camas, levando em consideração o ambiente inserido, como iluminação; cores; formas; espaço e volume. d) Abordar as questões biológicas e físicas do corpo humano para melhor aplicação do design ao produto. e) Mesclar soluções com tecnologias atuais que possam influenciar na melhoria e qualidade do sono.

1.7 JUSTIFICATIVA O mercado de luxo no Brasil é ainda muito jovem, pois é um mercado emergente se comparado aos países da Europa. De acordo com dados da MCF Consultoria e Conhecimento, empresa que atua neste ramo e faz pesquisas em nível nacional, em 2011, a expectativa foi de uma movimentação de R$ 18,8 bilhões. Um acréscimo de 20% em relação a 2010, o que mostra um faturamento de R$ 15,7 bilhões do mercado (LUCENA, 2012). Esse mercado, nos últimos 20 anos presenciou um grande crescimento, levando a novos hábitos de consumo, com compras de melhor qualidade e, consequentemente, de preço mais alto. No final desse processo, acontece o acesso ao luxo e satisfação pelo uso dos produtos adquiridos (TEJON, MEGIDO, PANZARINI, 2010). Para Jordan (2002), a satisfação pode ser vista como o aspecto mais importante da usabilidade para os produtos com uso intencional, como a cama, usada para principalmente para dormir, sendo um forte parâmetro na compra. Segundo Denis (1998), para o usuário, o significado do produto não se resume somente ao funcionamento, considera-se também o contexto de uso, o gosto, a comodidade, o conforto, a distinção. Assim é enriquecedor trabalhar significados complexos na qualificação do momento de estar na cama (conforto, multifuncionalidade, e prestígio). O bem-estar é a causa da

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satisfação que pode ser explorada com dispositivos e/ou componentes para a melhoria do mobiliário de dormir, oferecida através de ambientes bem projetados e de qualidade. Na visão de Devides (2006), é pela incapacidade de atender às necessidades dos usuários, que é evidenciando a dificuldade no processo de desenvolvimento de produtos, onde há a priorização de fatores técnicos, que buscavam melhorar a produção e minimizar os custos, sem uma abordagem dos requisitos dos usuários. Embora esse crescimento emergente do Brasil em relação ao novo luxo, as camas existentes são relativamente pesadas, devido ao material ser de madeira, tendo bons parâmetros apenas nos quesito de conforto que é uma característica mais evidenciada ao colchão. Lida (2005), confirma o argumento que a ergonomia (um quesito essencial no mobiliário de dormir), destrincha as interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas. Logo, tendo em vista a crescente de produtos oferecidos na área de lazer para a prática de dormir existente no novo mercado de luxo brasileiro para classe A e B, nota-se uma preocupação com a falta de novos meios de comunicação dos mobiliários modernos, principalmente na influência no momento de dormir e descansar – falta de interação. Dessa forma, pesquisar meios nos quais o design do sono pode ser aplicado com maior ênfase ao conceito do mobiliário, é enriquecedor, pois ressalta não apenas as formas, mas suas funções e relações pessoais. Servindo como ponto de partida para estudos sobre o design do sono e o novo luxo no Brasil.

1.8 METODOLOGIA

1.8.1 MÉTODO DE DESIGN Metodologia aplicada para desenvolvimento de produto, onde estão estruturadas as partes do projeto desde o problema até a materialização do produto. Essa divisão foi adotada ao projeto como base de apoio:

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Tabela1 – Método de Bonsiepe. Elabora pelo autor

Processos 1 - Estruturação do problema proje- 2 - Projetação

3 - Realização do projeto

tual

2.1 Desenvolver alternativas

3.1 Fabricar pré-série

1.1 Detectar uma necessidade

2.2 Verificar e selecionar alterna- 3.2 Elaborar estudos de custo

1.2 Avaliar a necessidade

tivas

1.3 Formulação geral do problema

2.3 Detalhar a alternativa escolhi- específicas do produtor

projetual

da

3.4 Produzir em série

1.4 Formulação detalhada do pro-

2.4 Construir o protótipo

3.5 Avaliar o produto depois de

blema

2.5 Avaliar o protótipo

lançado no mercado

3.3 Adaptar o design às condições

1.5 Subdividir o problema em sub- 2.5.1 Introduzir eventuais altera- 3.6 Introduzir eventuais modificaproblemas

ções

1.6 Hierarquizar os subproblemas

2.5.2 Construir protótipo modifi-

1.7 Analisar as soluções existentes

cado

ções

2.5.3 Preparar planos técnicos para a fabricação

FONTE: BONSIEPE, et. al. 1986.

Procedimento abordado leva em consideração as etapas de um projeto bem explorado que deve ser aplicado com rigor no desenvolvimento das etapas (fase informacional, conceitual e materialização). Em paralelo, foi aplicado um QFD (Desdobramento da Função Qualidade) segundo o modelo de Rozenfeld (2006), avaliando dois mobiliários de dormir levantados no mercado, a fim de ser projetada uma nova cama que possibilite maior aceitação no novo mercado de luxo brasileiro, pois foca nos requisitos dos usuários coletados nas pesquisas, alcançando objetivos de vantagens competitivas (com a multifuncionalidade) no desenvolvimento do produto.

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1.8.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA O estudo está fundamentado através de uma pesquisa quali-quantitativa, descritiva e de caráter exploratório que emprega estudo de campo (GIL, 2008). A presente investigação consiste em um levantamento bibliográfico, no âmbito teórico, com revisão de livros, revistas, artigos e trabalhos acadêmicos; referentes ao sono, ao mobiliário de dormir no Brasil, questões ergonômicas, influências das cores no ambiente e produtos, e por fim, sobre o novo mercado de luxo. Mostrando tendência no mercado e como satisfazer o usuário, bem como maneiras corretas de dormir e os benefícios do sono. A coleta de dados foi realizada através de três etapas: a primeira foi aplicação de um questionário semi estruturado com uma amostra de 45 usuários, com 26 perguntas abertas e objetivas, direcionadas a um público adulto, de classe média, cujo objetivo foi levantar opiniões e atitudes referentes às experiências do descansar e dormir. A segunda foi uma participação com 9 usuários através de uma entrevista domiciliar, onde foi avaliado suas respectivas camas, nos aspectos ergonômicos e de usabilidade. E a terceira e última, foi um levantamento do mobiliário de dormir adulto no mercado, utilizando um checklist e fotografia com a descrição de 11 produtos, avaliando sua multifuncionalidade. A escolha do tema, o levantamento bibliográfico preliminar, a formulação do problema e a elaboração do projeto conceitual segundo a metodologia de design de Bonsiepe (1986), foram etapas realizadas ao longo do primeiro semestre de 2013. As demais etapas, por sua vez, foram executas durante o segundo semestre do mesmo ano.

1.8.3 QUESTIONÁRIO Ver apêndice.

1.9 CRONOGRAMA Iniciado no início do primeiro semestre de 2013 (Fevereiro) e finalizado no final do segundo semestre de 2013 (Novembro):

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Tabela 2 – Cronograma por atividades nos semestres. Elabora pelo autor.

Semestres 2013/ Processos

1 Semestre

Definição do Tema/Problema

X

Conversa sobre o Tema/Problema Consolidação das pesquisas - definição do problema de projeto Análise

2 Semestre

X X

X X

Listar Soluções/Pesquisa de Campo Apresentação do projeto informacional Aplicação de métodos (QFD)

X X X

Geração Conceitual (alternativas)

X

Apresentação do projeto conceitual

X

Análises do Conceito Detalhar a alternativa escolhida Projeto detalhado Análises Detalhado Construção do modelo

X X X X X X X X X X

Apresentação do Projeto (final)

X

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Ao longo desse capítulo foram abordados questões sobre: a história do mobiliário de dormir com enfoque no período colonial do Brasil; o novo mercado de luxo brasileiro; a importância do sono (insônia e as fases do sono); ergonomia do mobiliário de dormir; 14

multifuncionalidade em camas. Para tal afirmações foram utilizados conceitos e opiniões de pesquisadores e autores que desenvolveram estudos nas áreas da história do mobiliário, luxo, saúde, ergonomia e multifuncionalidade.

2.1 O MOBILIÁRIO DE DORMIR Na Europa poucas camas sobreviveram devido ao tipo de tecido perecível com que eram confeccionadas. Tinham um papel importante na expressão do status e o esplendor de seus cortinados, peles, sedas e tapeçarias, aparecem nos inventários medievais. Neste período ainda, a cama de gala era a peça de mobília mais cara de todas numa casa nobre, destinada mais para mostrar do que dormir. No século XIII, a Europa já começa a procurar mais conforto para dormir, e as camas eram feitas com cortinados quentes que podiam ser guardados quando uma família nobre viajava. Desde então, agregando-se o conforto aos diferentes estilos estéticos, podemos perceber uma grande evolução no que se refere ao mobiliário de cama atualmente (LÍDIA, 2009). No Brasil, no que se refere à cama (móvel no qual a pessoa se deita para dormir; um leito, colchão), teve seu surgimento no ambiente colonial, trazendo elementos de sinais de uma vida íntima em ascensão nos dormitórios (SOUZA, 1997). A mesma autora afirma que na morada colonial tinha primeiramente a função de dar abrigo e repouso a seus habitantes, condicionada a cultura de seus usuários, sendo casas grandes com vários cômodos, com uma arquitetura ampla, que facilita o trânsito entre os cômodos, dentre eles, o dormitório. As camas substituíram as redes nos dormitórios coloniais, porém, isso não significa que não existiam algumas camas nos primórdios da colonização, devido a relatos em meados do mesmo século: [...] Em 1584, o padre Cardim, viajando com o bispo visitador pela Bahia, registrou o pouso na casa de um homem rico, que pela região descrita fosse Garcia d’ Ávila, e ficou tão encantado com a cama oferecida ao bispo que não deixou de mencioná-la na sua narrativa. Em outra ocasião referiu-se a ‘’ leitos de damasco carmesim franjados de ouro’’: como lembrou Sérgio Buarque de Holanda ‘’o exagero é companheirismo da surpresa’’ Embora Gabriel Soares observe no final do primeiro século da colonização ‘’ o conduru é a árvore de honesta grandura [...] de que se fazem leitos e outras obras delicadas’’ [...] (SOUZA, Laura Mello e. História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa, 1997). 15

Logo, a autora afirma que em meados do século XVIII, tanto em São Paulo como em outras localidades, as camas começaram a aparecer com maior frequência, e até no século XIX convive-se com redes, catres e jiraus (uma espécie de divã feito de pranchões erguidos algumas polegadas acima do leito), entre outros objetos de fácil uso:

Imagem 1.Poltrona extensível para uso de enfermos (final do século XVIII, Ouro preto), Salvador SOUZA, Laura Mello e. História da vida privada no Brasil, 1997.

Nota-se a preocupação com o corpo e a higiene, bem como, o conforto do doente, que provavelmente escorado, recebendo alimento através dos escravos e banhos quentes. Esses hábitos ligavam-se possivelmente às práticas burguesas e às normas impostas ao corpo relacionas ao convívio social e familiar desde o início da modernidade, como na Europa, foi introduzido lentamente na vida doméstica (SOUZA, 1997). Não é possível falar do mobiliário de dormir sem citar como funcionavam os dormitórios nas grandes casas: os quartos comunicavam-se entre si, na medida em que era preciso atravessar um para chegar ao outro e da mesma forma que a arquitetura, o dormitório se transformou com o passar do tempo: ou sendo substituídos, ou mudando de função: um exemplo é a sala de estar assumia à noite, a função de quarto de dormir, com sua facilidade de transporte e desmontagem rápida, sendo muito práticas numa época onde um aposento podia assumir várias funções, também os portáteis oratórios implementados no quarto para uso individual (SOUZA, 16

1997). Uma divisão de espaço entre senhores e escravos através dos espaços e produtos, percebendo uma relação de distinção social já caracterizada pelo individualismo e o luxo.

Imagem 2. Casa-grande com varanda em seus três lados (Engenho São Roque, Maragojipe). SOUZA, Laura Mello e. História da vida privada no Brasil, 1997.

A preservação da intimidade e a reorganização dos espaços internos domésticos e dos padrões de sociabilidade aumentam no início do século XIX, onde as cidades começam a crescer, Souza (1997). A mesma afirma que o quarto de dormir, ligado à intimidade das famílias, possui uma evolução cronológica extremamente difícil de precisar, pois aparecem indícios no século XVI, enquanto no XIX ainda existe superposição de funções dos aposentos de casas abastadas, ou seja, essas transformações que envolvem o mobiliário de dormir não possui uma linha divisória concreta, foi realizada gradativamente, onde tudo se transformou lentamente, acoplando-se costumes com o crescimento das cidades brasileiras e a relação da privatização dos dormitórios. A opulência e a modernidade trazidas pelos estrangeiros contribuíram com o modo de morar e a vida nos dormitórios dos colonos, mas, no que toca ao conforto doméstico e a decoração dos interiores, ainda eram precários, devido ao mobiliário e do ambiente, salvo algumas exceções de certos capitães-mores e de ricos fazendeiros (SOUZA, 1997). 17

Segundo a autora o mobiliário restringia-se para o abrigo, repouso, alimentação, amor e também para o trabalho, delimitado pelos senhores, assim os visitantes eram bem atendidos pelo conforto da casa e pelos escravos. As visitas e reuniões consistiam nos poucos momentos de sociabilidade doméstica; no interiores das casas os aposentos eram poucos definidos e as funções sobrepunham:

Os espaços indivisos SOUZA, Laura Mello e. História da vida privada no Brasil, 1997.

Assim, no século XIX, com o processo de industrialização, e a popularização; a criação de novas camas destinadas à produção seriada passou a ser responsabilidade do designer, mas foi somente após o início do século XX que esta atividade passou a ser valorizada como uma técnica de estímulos ao consumo e a partir deste momento estabeleceu-se uma ligação definitiva entre este profissional do design, a sociedade, a tecnologia e o processo de produção industrial, afirma ICSID- Internacional Council of Societies of Industrial Design (2012) que os produtos produzidos industrialmente, precisam abranger todos os aspectos do ambiente humano condicionado ao seu cotidiano. Padilha (2005) explica que, considerando o mercado atual, desenvolver produtos que apresentem novidade é uma necessidade e, para que um produto seja inovador, deve apresentar 18

características exclusivas para quem compra. O que se observa na indústria de mobiliário de dormir é que as similaridades nos produtos dificultam a observação de aspectos diferenciados. Muitas empresas, para desenvolver novos produtos, fazem alterações mínimas, como acabamentos e acessórios, ou baseiam-se na observação de catálogos de concorrentes, revistas especializadas e visitas às feiras. Contudo, mesmo com os avanços relacionados com o mobiliário de dormir, em ordem histórica, social e de design, ainda carecem de requisitos para o individuo moderno, onde são vista relações mais próximas com o produto por uma multifuncionalidade latente, são formas simples e na maioria das vezes retangulares, para serem compactas e economizarem espaço; porém, isso não deve limitar a forma do produto, isto é mais um forma de produção do que estilo, mas, infelizmente é dessa forma que as camas são vendidas, não existindo realmente uma variedade disponibilizada ao consumidor. Logo, o produto não é apenas um simples leito, mais um objeto de desejo e satisfação, onde qualquer detalhe influência na compra, apto para pagar uma boa quantia num produto que ofereça qualidade segurança e design. É provável que o minimalismo continue na forma de interiores simples e de menor custo, e haja demanda por uma abordagem individualizada do design, principalmente nas áreas urbanas, onde se busca o conforto que equilibrado com a praticidade e elegância atemporal (GIBBS, 2009). O layout da casa do século XXI precisa ser flexível. Neste quarto de hóspedes que também funciona como escritório, todos os equipamentos eletrônicos ficam ocultos em armários discretos quando não estão sendo utilizados, predominante a cor branca e o detalhe para a TV:

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Imagem 3. Layout da casa do século XXI. GIBBS, Jenny. Design de interiores – Guia útil para estudantes e profissionais, 2009.

Por fim, a analise histórica é muito importante para o desenvolvimento do design, propiciou a evolução dos estilos, e constitui um amplo campo de estudo; é nesse contexto das influências que promove o entendimento do mobiliário de dormir que vai continuar participando da vida íntima do indivíduo contemporâneo, sofrendo alterações do que diz respeito ao design e as novas tecnologias para dar-lhe melhor comodidade e bom sono ao usuário. 2.2 NOVO MERCADO DE LUXO De acordo com Allérès (2000), os objetos destinados ao mercado do luxo são aqueles que envolvem de forma mais complexa os fatores que definem a escolha por uma determinada marca ou modelo, trabalhando tanto fatores racionais (qualidade e originalidade) quanto irracionais (distinção, códigos sociais e paixão pela marca). Segundo essa autora, os objetos de luxo raramente passam por crises, pelo contrário, até mesmo em épocas difíceis servem ainda mais para acentuar as diferenças entre aqueles que estão passando por problemas e os que conseguem manter o seu padrão de vida. A mesma diz que é um paradoxo na sociedade de consumo,

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pois atinge do sublime, inacessível, ao inútil, supérfluo, mostrando-se como um modo de padrão de vida, ascendência social e também um desejo individual. Há alguns anos, o mercado de luxo brasileiro vem se expandindo e ganhando notoriedade, com um crescimento estimado entre 30 % a 35 % ao ano desde 2000. Os investimentos das multinacionais do luxo no Brasil, grandes marcas, como grandes grifes de roupas e acessórios até grandes carros, são consideráveis rentáveis e importantes. O Luxury Marketing Council, organização que representa produtores de bens e serviços de luxo, estima que o mercado de luxo brasileiro movimente US$ 3,9 bilhões (STREHLAU, 2008). Uma característica marcante deste mercado é o alto grau de internacionalização. As empresas e suas marcas são conhecidas mundialmente no estrato social mais elevado da sociedade. E, entre essas pessoas, existe uma linguagem própria reconhecida. O Brasil, assim com a China, Rússia e índia, é visto como um importante mercado. O crescimento do mercado brasileiro está associado a uma conjuntura de fatores, como a abertura do mercado para as importações e a estabilidade econômica. Embora o número de milionários tenha crescido, o principal motivo desse aumento está na venda de produtos de luxo para um público não pertencente à classe muito alta (muitas pessoas de classe média compram alguns itens como luxo, utilizando o parcelamento das faturas).O mercado brasileiro possui algumas peculiaridades. Uma delas é que quase 100% das vendas são parceladas, forma que inexiste em outras partes do mundo, o parcelamento da compra foi apontado como o responsável pelo aumento de 37% nas vendas de modelos acima de R$ 100 mil. A Ferrari vendeu dois carros a mais que em 2006, totalizando trinta carros, sendo oito no modelo 599 GBT, que custa R$ 2,8 milhões. A Maserati, cujos preços estão entre R$ 590 e R$ 720 mil, vendeu cinco unidades a mais, somando 25 carros. Nesse contexto, o crescimento das vendas no Brasil recebeu particular atenção por parte dos grandes grupos empresariais que atuam no setor. Não são somente marcas de prestígio que o setor oferece, mas de algumas outras categorias que são tidas como luxo, por exemplo, joalheria, jatos particulares, iates e alta-costura, camas, carros que dominam o novo luxo, mais acessível e com mais consumidores (STREHLAU, 2008). Lipovetsky (2005) argumenta que os produtos ‘’ desceram’’ à rua, abrindo o luxo para maiores números de pessoas, com um espírito de marketing, onde o mercado circunda e engloba a todos, gerando maior lucro. Assim, tornando o inacessível acessível. Atualmente esse setor

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se constrói sistematicamente como um mercado hierarquizado, diferenciado, que o luxo da exceção coexiste com o intermediário e o acessível. Eles definem melhor como um estilhaço do luxo, onde não existe um luxo, mais vários luxos, em vários níveis, para públicos diversos; que aparece a alcance de todos os bolsos, encaminhando-se pelo caminho da democratização de massa. Colocando as indústrias de luxo na era do marketing, com uma forte expansão; com um novo produto no mercado, trazendo conceitos “exclusivos e únicos’’ com promoções e ótimas formas de pagamento. E é assim que o novo luxo atua na era globalizada: no mercado vale-tudo; e o que mais importa é vender, não interessa para quem. Essa nova idade do luxo de oferta, igualmente é notada no que se diz a procura, o que leva as pessoas a comprar, motivações e aspirações, as relações com a sociedade e com o próprio público: a individualização, emocionalização, democratização reordenam a cultura contemporânea do luxo, conforme abordou Lipovetsky (2005). O novo luxo aparece devido ao mercado e a classe média adere, pois, é mais uma maneira de consumir, um exemplo disso é a quantidade de produtos falsificados de grandes marcas pelo mundo. A época contemporânea faz recuar o imperativismo da moda, mas vê triunfar o culto das marcas, dos bens de qualidade e personalizados. O esnobismo, o desejo de parecer rico, o gosto de brilhar, a distinção pelos signos demonstrativos, tudo isso esta longe de ter sido enterrado pelos últimos desenvolvimentos da cultura democrática mercantil, e está em crescente nos países subdesenvolvidos, com uma visão maior de promoção de imagem pessoal do que uma imagem de classe e ostentação (LIPOVETSKY, 2005) A busca por emoção, experiência, sensações íntimas, estão mais ligados ao novo luxo; que substituí a teatralidade social do passado do luxo (demonstração), porém, não quer dizer que não exista, não desapareceu totalmente na sociedade, surgiu novas orientações centradas na vivência imediata, a saúde, no corpo, num maior bem-estar subjetivo, de gosto: um bom sono, uma boa cama, com um conforto, beleza e principalmente segurança. Assim, o que se iniciou no século XIX, com o desenvolvimento industrial, vai tornar os produtos reproduzíveis e acessíveis a um maior número de pessoas, uma maneira burguesa de consumir, é vivido como encontro com a vitalidade, prazer dos sentidos, que desemboca em emoção, conforto, harmonia e perfeição. Para Gibbs (2009), atualmente, há o consenso de que é necessário combater o desperdício com a introdução do novo conceito de luxo, através do cuidado e da atenção dedicados ao próprio design e já é possível ver os resultados dessa filosofia pelo uso de matérias reciclados

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ou de peças elegantes trabalhadas. No entanto, a principal mudança é a concepção de que tudo deve se projetado para durar. Por fim, resumindo, um luxo para si; não se dirigindo mais unicamente à sua clientela rica tradicional, o setor de luxo encontrou os meios de seu crescimento entre a classe média, portanto, democratizou-se. Logo, segundo Lipovetsky (2005), toda marca deve encontrar e gerir o justo equilíbrio entre a difusão e a banalização, ir ao encontro de novos consumidores mais ocasionais, reforçando os princípios da marca, apostando em uma clientela de consumidores que desejam ter acesso a esse ao luxo.

2.2.1 O PÚBLICO DO NOVO LUXO O estudo do projeto é voltado ao público brasileiro adulto de classe média solteiro, que esta dentro no mercado de novo luxo brasileiro e consumidor de camas. Langsdorff (2011) descreve sobre a previsão para o ano de 2011 sobre o público através da analise feita pela Data Popular onde o potencial de consumo dos 47,1 milhões de solteiros existentes hoje no Brasil é de R$ 418 milhões e 60% desse valor está concentrado nas classes emergentes. Os solteiros correspondem a 36% da população do País, têm em média 32 anos e 3,7 milhões deles, o equivalente a 8%, moram sozinhos. Com 23,6 milhões de solteiros, a classe B também tem os homens entre a maioria dos solteiros, com 53% do total. Já nas classes D e E, dos 15,4 milhões de solteiros, 52% são mulheres. A metade da população da região Norte do País está solteira atualmente. A proporção cai para 41,2% no Nordeste, 40,1% no Centro Oeste, 33,5% no Sudeste e 31,9% no Sul (LANGSDORFF, 2011). Para complementar os dados segundo a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de solteiros no Brasil cresceu 15,7% entre 2009 e 2011 e ultrapassou o número pessoas casadas no País, afirma o site Notícias R7 (2011). Existe mais de 72 milhões de solteiros, segundo os últimos dado atualizados, o que corresponde a 48,1% da população brasileira acima de 15 anos. A notícia mostra que entre os solteiros, a maioria é composta de homens:

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Imagem 4 . Fonte: . Acessado em 11 de abril de 2013. 2012

Para Bahia Mercantil (2011) um estudo realizado pela Bridge Research, com 47,1 milhões de brasileiros mostra a renda média deles está em torno de R$ 3.506,00, superando em aproximadamente 14% os ganhos dos casados com mais de 40 anos. Em relação ao nível de instrução, a matéria mostra que os solteiros também ultrapassam os casados, com um total de 81% possuindo ensino médio ou superior completo, contra 59% dos casados. Mais de um terço (38%) aceitam pagar mais caro por produtos originais e 30% afirmam que preferem adquirir itens de marcas que possuam um compromisso com valores socioambientais (BAHIA MERCANTIL, 2011). Assim, mostra-se o poder do público solteiro no Brasil, dentro de um mercado emergente, principalmente no novo luxo, chegando a quase metade da população brasileira em 2011, e que provavelmente venha crescer mais, com a diminuição dos casamentos, se tornando uma maioria nos próximos anos. Esses tem o poder de decisão de compra, e avaliam muito bem o produto, pois são apenas eles que vão usufruir, seja em casa ou apartamento. Logo, possuem condições de pagar mais pela qualidade desejada num mobiliário de dormir.

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2.3 IMPORTÂNCIA DO SONO

Cerca 40% das pessoas em geral sofrem de insônia, as pessoas reduzem horas de sono por acreditarem terem mais hora úteis na semana com o mesmo desempenho, afirma Cronfli (2002):

Durante o sono ocorrem processos metabólicos que, se forem alterados, podem afetar o equilíbrio de todo organismo. Quem dorme menos que o necessário tem menos vigor físico, envelhece precocemente e está mais propenso às infecções, à obesidade, à hipertensão e a diabetes. (CRONFLI, Regeane T., Revista Cérebro & Mente, 2002).

O sono tem grande influência no funcionamento de nosso corpo e da nossa mente. Quando uma pessoa apresenta insônia ou cansaço possui dificuldades na capacidade de acumular informações, prejudicando as faculdades que regulam a produção de conhecimento; sofrendo, dessa forma, alterações de humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o equilíbrio. Ao dormir os indivíduos apresentam-se imóveis, ou com um repertório limitado de movimentos, involuntários, automáticos e sem propósitos definidos. A reação a estímulos auditivos, visuais, tácteis e dolorosos é reduzida ou abolida em relação à vigília, particularmente em fases de sono profundo, sendo necessário o aumento da intensidade do estímulo para deixar a pessoa acordada. Durante o sono, o indivíduo mantém-se de olhos fechados ou entreabertos e não mostra interação produtiva com o ambiente, explica Fernandes (2006). Segundo Ito Fausto (2009), Dr. Membro da Associação Brasileira do Sono, o fato de ficar sem dormir afeta a coordenação motora, a capacidade de raciocínio, prejudica a memória e o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas, e que estudos avaliaram um grupo de pessoas que ficaram sem dormir durante 19 horas, e em seguida foram submetidas a testes de atenção. O resultado demonstrou que essas pessoas cometeram mais erros do que indivíduos que ingeriram uma quantidade de álcool (0,8 g no sangue) que correspondente a 3 doses de uísque, Ito Fausto lembra em deixar o quarto bem escuro para favorecer o sono repousante. Evitando lugares barulhentos e se possível regular a temperatura do ambiente. O sono normal apresenta variações conforme a faixa etária. No caso do adulto, por exemplo, a média é de sete a oito horas por dia. Entretanto, alguns indivíduos necessitam normalmente de um número menor de horas de sono, denominados de dormidores curtos, e outros, 25

que necessitam de mais horas, são considerados dormidores longos, descreve o artigo da revista Hypnos - Revista de Sono Brasileira (2003). Cronfli (2002) investiga as 5 fases do sono e suas importâncias: a primeira fase é a do adormecimento, que ocupa de 5 a 8% do sono. Essa fase pode durar de alguns instantes até cinco minutos e funciona como uma espécie de zona intermediária entre estar acordado e dormindo. A tensão muscular diminui e o cérebro produz ondas irregulares e rápidas. A respiração começa a se tornar suave. Na segunda fase a temperatura corporal e os ritmos cardíacos diminuem, assim como as ondas cerebrais. Essa fase ocupa de 45% a 55% do sono, durando aproximadamente 20 minutos. A terceira fase é o inicio do sono profundo: as ondas cerebrais tornamse grandes e lentas. É uma fase rápida e dura apenas 5% do tempo total de sono. Na quarta fase o sono é profundo, recuperação do cansaço diário; fundamental para a liberação de hormônios ligados ao crescimento e para a recuperação dos órgãos. Corresponde a menos de 20% da noite (a pessoa fica inconsciente). Na quinta fase, o REM ("movimento rápido dos olhos"), desencadeia o processo de formação de sonhos. A frequência cardíaca e respiratória volta a aumentar, os músculos ficam paralisados e a pressão arterial sobe. É nessa fase que o cérebro fixa as informações captadas durante o dia, descartando as menos importantes. Nas primeiras horas da noite predominam as fasse III e IV e pela manhã percorre-se de quatro a cinco vezes completa todo o ciclo do sono. Logo, enquanto ficamos na cama, uma espécie de exercício de reconstrução atua recuperando as ‘’baixas’’ acumuladas durante o dia e preparando o corpo para o dia seguinte. Durante o sono profundo as proteínas são sintetizadas em grande escala com objetivo de manter ou expandir as redes de neurônios ligados à memória e ao aprendizado. Nesse processo, o cérebro comanda a produção e a liberação de hormônios de crescimento, como a melatonina e o próprio hormônio do crescimento. Garantindo maior longevidade, também regula níveis de outras substâncias de células como a cicatrização da pele como descreve o Manual do Sono, Revista Ortobom Colchões (2013). Especialistas identificam mais de cem distúrbios no sono que vão desde problemas menores até alguns que podem prejudicar seriamente a nossa saúde, existe o exame de polissonografia que detecta esses distúrbios, que consiste em passar uma noite em laboratório sendo analisados completamente, os principais distúrbios identificados são: ronco (a língua cai sobre a garganta, bloqueando o ar); apnéia (quando a pessoa deixa de respirar por períodos de até dois minutos, periodicamente, prejudicando o sono); bruxismo ( ranger dos dentes inconscientemen26

te, muitas vezes o problema pode ser dental e ligado com o sistema nervoso); sonambulismo (manifesta-se quando se caminha ou se fala dormindo, aparecendo na fase de sono profunda) e a narcolepsia (excesso de sono, hipersonolência diurna, a pessoa esta mais sujeita a acidentes e perde seu rendimento nas atividades segundo o Manual do Sono, Revista Ortobom Colchões (2013). Podemos inferir, portanto, que o sono é fundamental para o funcionamento do organismo humano; precisamos respeitar as fases do sono e ter o cuidado de não interrompê-las. Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas também para manterse saudável, melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade; evitando doenças, com o controle hormonal, mental e físico (aumento da imunidade, eliminação de stress, fixação de informações).

2.4 ERGONOMIA AO MOBILIÁRIO DE DORMIR A ergonomia é uma área do conhecimento interdisciplinar que visa transformar o trabalho, adaptando a as pessoas, às suas características bem como às características de sua tarefa, almejando uma otimização do conforto, da segurança e da eficácia (ABRAHÃO,1993). A abordagem ergonômica visa às medidas humanas ao uso (antropometria) bem como relação da pessoa com os produtos. Seu estudo aborda uma diversidade de fatores relacionado ao homem como suas características físicas, fisiológicas e psicológicas; o ambiente e os produtos ao seu redor (mobiliário); que contempla a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, etc.; e refere-se ao sistema de transmissão das informações (LIDA, 1991). Consiste no planejamento de produtos que visa atender a maior gama de usuários possível, segundo suas características antropométricas, biomecânicas e sensoriais, ao qual o produto se destina.

2.4.2 DIMENSÔES

A cama é a principal mobília do quarto e fundamental para uma boa noite de sono, para sua analise é preciso levar em consideração seu uso e dimensões. Os tamanhos costumam ser padronizados:

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Tipo

Dimensões L x C

Solteiro

0,88 m x 1,88 m

Solteiro King ( viúvo)

1,28 m x 1,88 m

Casal

1,38 m x 1,88 m

Queen size

1,58 m x 1,98 m

King size

1,93 m x 2,03 m

Tabela 3. Dimensões dos tamanhos da cama. Adaptado do site Decé. Disponível em: http://www.dece.com.br/tamanho-de-cama.htm

Imagem 5. Comparação entre os tamanhos de camas no padrão brasileiro. Decé. Disponível em: http://www.dece.com.br/tamanho-de-cama.htm

2.4.3 POSTURAS NA CAMA

Sobre as posturas na hora dormir, respeitar as características corretas se não as consequências podem ser desde um desequilíbrio muscular, até uma evolução para desvios posturais mais importantes, o que pode levar a dor ou até problemas mais graves como hiperlordose, hipercifose, lombalgias. A cama também deverá fornecer suporte adequado ao colchão e superfície mínima para um adulto (1,7 metros).

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Procurar dormir de lado ou de barriga para cima, dessa forma você respeita as curvaturas da sua coluna. A pior posição é a de barriga para baixo (LUCIRIO,, 2012):

Imagem 6 . Fonte: Manual do Sono, Revista Ortobom Colchões, 2013.

Na imagem, observa-se a postura de barriga para cima, que, é uma posição aceitável, desde que o travesseiro não seja alto, nem alto demais, de forma a sustentar a cabeça junto com o corpo em estado natural. Para evitar lordose na altura da região lombar, recomenda-se travesseiro com boa altura embaixo dos joelhos, o que encaixa o quadril, alinhando a coluna e facilitando o relaxamento muscular do usuário. A postura de lado altura correta do travesseiro, a coluna alinhada e joelhos semiflexionados, geram conforto e posicionamento correto do corpo com a cama A postura fetal (dormir curvado – posição fetal); de barriga para baixo ou sem a utilização do travesseiro são as piores posições, pois provoca escoliose, tendinite, bursite, provoca torção na cervical, contraturas musculares, contratura do pescoço e má circulação. Isso tudo dificulta o relaxamento e o sono profundo: 29

Imagem 7. Fonte: Manual do Sono, Revista Ortobom Colchões, 2013.

O travesseiro deve preencher o espaço entre o ombro e a cabeça, abraçar o travesseiro acomoda melhor os braços e permite maior equilíbrio e conforto ao dormir. Também, ao colocar o travesseiro entre os joelhos vai alinhar o quadril e a coluna, atingindo mais rápido o relaxamento. Sua principal função é servir de suporte e apoio para os membros evitando flexionamento da coluna vertebral (MANUAL DO SONO, REVISTA ORTOBOM COLCHÕES, 2013). A percepção do uso do espaço de dormir compreende a noção de espaço individual, que pode variar de acordo com cada cultura, deve incluir planejamento do layout de um espaço, o tipo de espaço (público ou privado) e o tipo da atividade. O mobiliário de dormir é uma área a ser estuda e aprofundada, principalmente na área da ergonomia, onde os designers se orientam 30

e planejam os espaços (neste caso o quarto-dormitório), pois trata da interação das pessoas com o ambiente e a forma como os produtos devem ser projetados pares a aperfeiçoar o uso. A antropometria que estudas as medidas humanas é um aspecto de importância no caso de tarefas específicas realizadas em um espaço ou quando o usuário permanece em uma mesma posição por um longo período (em média 8 horas deitadas, mais algumas horas em outras atividades relevantes: ler, assistir TV); pois uma boa ergonomia aplicada pode prevenir tensões e lesões físicas (GIBBS, 2009).

2.4.4 INFLUÊNCIA DA COR NOS DORMITÓRIOS A ergonomia cognitiva estuda as relações do ambiente e principalmente como o usuário entende o produto, sua interface e principalemente a cor, que interfere no processo cognitivo no uso com um sinal. Segundo Weill-Fassina (1990) compreende os aspectos cognitivos como constituído de comunicações gráficas de identificação percebida pela pessoa no ambiente, produto e interface. Uma vez definido os parametros de um projeto, o designer precisa selecionar os materias e acabamentos dos móveis ao espaço, a cor é um aspecto fundamental nessa fase e intefere na psicologia humana, Gibbs (2009) afirma que a cor transmite instantaneamente a atmosfera e o estilo do ambiente, também, um dos primeiros aspectos percebidos no ambiente, as pessoas podem não falar da cor quando vistam algum espaço, porém comentam se ele foi acolhedor, cálido, convidativo, limpo, espaçoso, elegante ou intimista, percepções diretamente provocadas pelo uso das cores nos móveis, paredes e decorações. Segundo Gibbs (2009), com aspectos holísticos do design, a psicologia da cor passou ser mais focalizada, agindo na mente e as emoções de diferentes maneiras. As cores possuem vibrações que causam diferentes reações físicas e emocionais, por exemplo, o vermelho estimula a vitalidade, agressividade, é brilhante e excitante, aumenta a pressão sanguínea, já o azul é a cor da harmonia, ajuda na concentração da mente. Esses aspectos podem ser usados comercialmente para manter clientes em um determinado espaço, ou evitar que eles permaneçam nele como num restaurante formal. Assim, para Gibbs (2009), a cor pode induzir a calma, em áreas potencialmente stressantes, ou favorecer as vendas ao conduzir os clientes a produtos específicos no interior da loja.

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A cor não tem existência material: é apenas sensação produzida por certas organizações nervosas sob a ação da luz. Segundo Pedrosa (2003), podemos compreender a cor como um dos elementos da sintaxe da linguagem visual e a linguagem visual como um dos diversos códigos da comunicação humana. As cores aplicadas ao design não podem ser escolhidas exclusivamente pelo gosto pessoal, pois ele é um valor de conceituação subjetiva e variável. Existem gostos para vários tipos de objetos: vestuário, carros, decoração de ambiente, etc., porém, essas preferências não podem ser aplicadas indistintamente. Conforme Crepaldi (2000), em termos de arte e comunicação visual, quanto mais objetiva (internacional e consciente) for à escolha das cores, maiores serão as possibilidades da imagem transmitir a mensagem ou o clima planejado. Crepaldi (2006) salienta que a escolha da cor é influenciada pelo clima vivido pelo consumidor e um bom publicitário deve saber utilizar as cores de acordo com suas características, inserindo a cor no meio ambiente. Sendo assim, a cor depende da definição dada pela sua área de aplicação e, deste modo, podemos definir a cor como uma informação visual, causada por um estímulo físico, percebida pelos olhos e decodificada pelo cérebro. Segundo os estudos de psicologia, a cor é uma realidade sensorial da qual não podemos fugir. Além de atuar sobre a emotividade humana, as cores podem produzir a sensação de movimento em uma dinâmica envolvente e compulsiva. O psicólogo, psiquiatra e filósofo suíço Max Luscher realizou, em 1949, um teste interessante com as cores. Tal teste foi rapidamente difundido nos anos de 1960 em toda a Europa e Estados Unidos (MODA PALAVRA, 2012). A preferência por uma cor está associada a um estado mental e de equilíbrio hormonal. Sua pesquisa foi baseada no processo de atração e repulsão. Segundo o estudo, a visão das cores gera uma resposta de comportamento emocional e físico, revelando aspectos e tendências emotivas. Os estudos apresentados evidenciam a cor como elemento transmissor de informação, equivalente a da forma e do material na concepção de um produto. Demonstram o quanto é importante à percepção da cor, pois, envolve características como leveza, solidez, repouso, sono, alegria e etc. Sua presença em um produto, por menor que seja, gera exclusivamente um grau de sensibilidade capaz de fazer com que o indivíduo no momento da recepção da mensagem, muitas vezes por motivos alheios, interaja sensivelmente com o produto/ambiente. Segundo Ferreira (2001), o homem poderia descrever a sensação provocada quando entrasse em um ambiente (sensação agradável ou deprimente, de claridade ou escuridão, de calor ou refrescância), porém não se sabe o porquê dessas sensações, que na maioria dos casos são provados pelas co32

res. Ao se escolher as cores para serem usadas deve ser considerado o tamanho do ambiente, a iluminação, o tipo de uso, o tempo que se permanecerá nele, quais os efeitos que se pretende provocar, e principalmente quais as cores a serem usadas no mobiliário e todo o geral, para que a combinação de todos esses elementos cause a sensação esperada (FERREIRA, 2001):

Imagem 8 .Apartamento do resort Golfo Gabella em Maccagno, Itália, projetado por Simone Micheli, Gibbs, Jenny. Design de Interiores – Guia útil para estudantes e profissionais, 2009.

Assim, conforme contida na imagem acima, as combinações cromáticas no mobiliário de dormir proporcionam ambientes relaxantes (nesse caso, foi adoto cores neutras com iluminação roxa), muito adequadas em dormitórios e são mais indicadas para uma iluminação com filtro de cor; levado em consideração à cor branca da cama e a iluminação da janela a direita do quarto (grande incidência de luz durante o dia).

2.5 MULFUNCIONALIDADE E USABILDIADE

Jordan (2002) argumenta que a satisfação diz respeito ao grau de conforto que os usuários sentem quando usam o produto e o quanto o consideram adequado como meio para atingir seus objetivos. E esse aspecto é muito importante, pois envolve o sentimento do usuário em 33

relação a ele, sendo muitas vezes o que determina que a satisfação possa ser vista como o aspecto mais importante da usabilidade para os produtos com uso intencional, já que se os usuários não encontram satisfação, não são obrigados a utilizá-los. Segundo Woolley (2003), mesmo que os produtos sejam duráveis, serão substituídos e descartados caso não proporcionem mais prazer durante o uso. Existe a necessidade de reduzir os danos ambientais resultantes dos efeitos do consumo e descarte de produtos na sociedade contemporânea e para isso foram desenvolvidas estratégias como reciclagem e análise do ciclo de vida, porém, poucas destas estratégias estão envolvidas com a questão da extensão do prazer do usuário em relação ao uso do produto. De acordo com Denis (1998), o significado do artefato para o usuário não se reduz ao funcionamento. Considera-se também o contexto de uso, a comodidade, o conforto, o gosto, o prazer, a inserção social e a distinção. Desse modo, a função do designer é enriquecer o objeto com significados complexos, como segurança, facilidade de uso, noções de moda e prestígio. Acredita-se que o adiamento da substituição dos produtos pode ser conseguido com a flexibilidade funcional, o que aumentaria o interesse e a satisfação do usuário (SOARES e OKIMOTO, 2009). No caso de mobiliário de dormir, em que o tempo de vida útil é relativamente noturno, o acréscimo de alguma função poderia promover a extensão de vida útil e uso, porém, deve-se ter muito cuidado para que isso não prejudique o sono pelo fato de o usuário ficar muito tempo na cama. Dessa forma, os produtos precisam ter características benéficas junto com a conscientização de uso do próprio. A multifuncionalidade não é novidades para a indústria moveleira, para Folz (2002) encontram-se indícios que são utilizados desde a Idade Média, e que no século XIX foi possível aprimorar as soluções com o avanço da tecnologia.

3. COLETA DE DADOS 3.1 QUESTIONÁRIO Os resultados obtidos através do questionário aplicado, em forma de infográfico com as respostas dos 45 usuários através de 26 perguntas pertinentes ao público adulto (18 – 63 anos), sobre sua cama e a qualidade de seu sono (alguns usuários omitiram algumas questões):

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9) O que te incomoda ao dormir? (ordem aleatória)

Mosquitos Problemas para resolver. Temperatura, mosquitos e barulho. Depende do sono: se for muito, nada interfere. se for normal: som e luz. Tirando o stress do dia-a-dia, que às vezes repassa pela cabeça várias vezes antes de dormir, nada. Mosquitos, obras, luz entrando no quarto, conversas altas, pensar na vida, stress, fome, dívidas, sair da rotina... Ruídos externos, lu, temperatura alta ou baixa demais Temperatura Calor excessivo. Luz, barulho, travesseiro ruim (muito alto). Trabalhos acadêmicos, dor de cabeça... Mosquitos, calor. Mosquitos, temperatura elevada Calor, mosquitos, barulhos em geral (latido de cachorro, sons de carros á noite etc...) mosquito Insetos barulho, mosquitos, temperatura e luz. Nada, durmo muito bem e profundamente. Só acordo no meio da noite em raros períodos em que estou muito ansiosa. TEMPERATURA, MOSQUITOS, CAMA FAZENDO BARULHO, COLCHÃO MUITO MOLE Mosquitos e ruído externo às vezes Mosquitos, vontade de fazer xixi e barulho. Mosquitos, temperatura, medo do escuro e luz da televisão. Mosquitos, temperatura, luz e barulho. Frio ou calor intenso, ruídos externos, luz excessiva luz, calor. Calor e mosquito. Mosquito e temperatura. Mosquitos, o gato do vizinho que entra pela janela, frio, calor, vontade de ir ao banheiro. Mosquitos, luz, barulho, calor ou frio. Mosquitos e calor mosquitos e fome Temperatura, barulho, mosquito. Som e luz Moscas, barulho, calor, fome, mosquito, calor Mosquitos, som, calor, luz, ansiedade, nervosismo. Barulho mosquitos, temperatura, luz falta de tempo luz, calor mosquitos, Carro Luz, barulho, calor.

10 ) Possui algum problema de saúde que interfere no sono? (ordem aleatória)

Rinite. Não. Não. Enxaqueca. Não Roncar Atividade profissional estressante. Não às vezes dores na costa. Não. Não. Não Insônia, Hérnia cervical. Não. Rinite. Não. Ronco. NÃO. Não. Sim. Uma leve insônia. Acredito que não. Não. Stress profissional não insônia. Escoliose. Dores no quadril, asma, rinite, insônia. Escoliose, rinite, às vezes insônia. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Pensativo pela noite. Não.

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12) A cama possui algum defeito? (ordem aleatória)

Não. Não. Minha cama tem 6 anos e durante 6 meses duas pessoas dormiram nela (é uma cama de casal). Estragou um pouco as molas. Não. Gosto dela, porém ocupa muito espaço no quarto Não. É a melhor que já tive na vida toda. Estreita demais, colhão duro. Não. Não. Não. Não. Não. Cama pequena, colchão velho. Não falta cabeceira estreita e dura Não, eu amo a minha cama (box) é perfeita! O COLCHÃO PODERIA SER MAIS DURO. Não, eu gosto dela. Não. Pequena para meu corpo. Minha cama é perfeita. É a melhor que já tive em toda vida. Não. Não Muito estreita. Um pouco duro não. Não. Não estreita Molas incomodam às vezes. Não. Não. Pesada. Se eu pudesse, teria uma cama de casal, mas no momento, só posso ter uma de solteiro! Não. Não. Textura (não é muito lisa). O colchão é antigo, mas ainda dá pra usar.

13) O que você mudaria nela? (ordem aleatória)

Nada. Trocaria de cama A roupa de cama (Edredom, travesseiro, etc). Gostaria de algo melhor. A cama em si é ótima, talvez trocaria por uma maior, mas não é algo que eu necessite ou me incomode. Tirava os furos de costura. Nada. Mais larga, macia e alta. Nada. nada. Deixaria ela mais leve! Nada Trocaria o colchão, mas ficaria com mesmo tipo e marca, somente maior talvez um colchão melhor mais larga e colchão mais macio Nada! Ah, se tivesse espaço poderia comprar uma cama um pouco maior, mas não que o tamanho atual cause qualquer incô39

modo. Todas as vezes que comprei colchão, comprei o maior tamanho possível para o quarto. O BOX É MUITO FRÁGIL. Minha cama é boa Nada, amo minha cama. Tamanho. Teria cabeceira e criado-mudo. Nada. Nada. Nada. Largura e colchão. Gostaria que fosse adaptada para diminuir a dor nas costas. Deixaria mais mole poderia ser de casal Nada. Colocaria uma cabeceira bem sofisticada tamanho e colchão Problema nas molas. Colchão não que me incomode, mas pretendo comprar uma maior. Nada. Nada. Nada. Trocaria por uma cama box.

14) Qual é o tipo da sua cama? (ordem aleatória)

Não sei. BOX de solteiro. 93 cm x 2,03 m x 26 cm Acho que é da marca LION. Flex, Box Queen, Bonnel Tradicional, suporte Mennes com rodinha (duas partes). Madeira Larga (equivalente a dois colchões de solteiro com 90 cm cada). Alta (superfície a 70 cm do chão). Colchão firme com magnetos (marca Companhia do Sono) comprimento 190 cm. Não me lembro as marcas e o tamanho é cerca de 1,90m X 1,00m X 0,90m. Ronconi, molas com cobertura especial, 2,00m X 1,60m a altura não sei. 1,58m. Colchão densidade 33. Cama de solteiro. Ecoflex, 1,38 x 1,88 x 28. Probel, colchão box de casal, 1,60 x 1,97 de altura. Espessura 25 cm Cama de madeira de Angelim. Colchão Mannes, tamanho 1,38 x 1,88 cm. De madeira, com estrado de madeira colchão de espuma não sei a marca colchão de espuma densidade 33 Trorion. Marca: Sealy Modelo: Owain Tamanho: 1,50 x 2,00. Eu já tive um colchão da Mannes que AMEI. Acho que o modelo era Millenium. Tamanho 1,60 x 2,00 CAMA BOX, IDUCOLOR QUEEN SIZE, PRETA. É um colchão de solteiro, um pouco mais largo que os normais. Ortopédico para não machucar a coluna e meu travesseiro é o da nasa. Cama de casal, colchão de molas e vários travesseiros macios. Maringá, cama box, tamanho (188 x 88 x 28). King, da Ortobom. Produzida sob encomenda, 190x190x70cm colchão especial com magnetos da Companhia do Sono casal, confeccionada em madeira e colchão de espuma. Anjos colchões (magnun) Box casal. Box Queen Size (não sei a marca) Korich. Casal colchão de espuma Não sei a marca, mas é uma cama tipo viúva (solteiro, porém mais larga que o normal). Cama box, colchão de mola com energizador.. Box + colchão King Cristal Flex 1,98 x 1,58 x 0,75. Castor 1,58 não sei casal simples. Box, King Koil, 2,00 x 0,80 x 0,70. Casal, confeccionada em madeira e colchão de espuma. Espuma cama de casal, aproximadamente 1,80 x 1,40 x 0,15.

15) Qual é o seu trabalho? (ordem aleatória) 40

Advogado. Educador. Barman. Bolsista em iniciação cientifica na UFSC. Estudante Advocacia e consultoria de negócios. Atuam na secretaria de uma escola municipal (servidora pública). Professor Bióloga. Não trabalho, estou à procura de estágio. Professor Universitário. Estagiário. No momento, estou do lar. Professor. Professor universitário. Pesquisadora. Estudante. Atriz. Estudante. Barman. Professor. Advocacia e consultoria de Negócios. Professora Massoterapeuta e assistente social. Militar. Estudante. Estagiaria. Estudante. Designer de moda. Professor. Médico. Veterinário. Professor. Professora. Programador. T.I. Professora. Designer. Estudante de pós-graduação. Funcionário público. Policial militar. Estudante. Nutricionista.

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20 ) Gosta de colecionar algo? O quê? (ordem aleatória)

Não. Não. Moedas, ticket de cinema. Livros. Nada. Objetos de cristal. Ovos de pascoa feitos artesanalmente. Livros. Não. Não. Adesivos !!!! Carrinhos, gibis, miniaturas de templos. Cartões. Cartões. Filmes de farwest. Não gosto de coleções. Eu coleciono enfeites de natal e lápis dos lugares para os quais viajei. NADA. Roupas Recortes de revistas. Bonecos de desenho animado. Nada. Ovos de páscoa pintados à mão. Objetos de cristal lapidados artesanalmente. Obras de arte em geral (pinturas). Não. Não. Não. Sim, cartas e desenhos. Não sou colecionador. Copos. Canecas. Livros, cards, garrafas de bebida. Copos diferentes. Não. Moedas. Álbum de fotos. Fotos

21) Existe algo com qual não consiga viver sem (algum vício)? (ordem aleatória)

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Não. Não. Café. Internet. Sushi. Beleza. Ler e escrever. Computador e internet. Não. Sou adaptável. Musica boa!! Chocolate. Não. Chimarrão. Não. Não Comida, mas pode ser qualquer uma. COMPUTADOR, BALAS EM GERAL. Teatro. Computador ou smartphone com internet. Computador. doce e café. Beleza, em todas as formas de expressão. Chocolate. Sexo. Não. Cigarro. Secador de cabelo. Não. Cigarro e álcool. Livros. Esporte doce, internet, carro. Computador. Comida. Chocolate. Lap top. Café e livros. Doce. Nada. Música e livros.

22) Costuma comprar camas, colchões e travesseiros em lojas específicas? Quais? (ordem aleatória)

Sleep. Não. Nenhuma. Não. Havan, Varejo. Camas em antiquários. Colchões na Companhia do Sono. Travesseiros na Ortobom ou Flamingo Não. Não, faço pesquisa em busca do "custo x beneficio" Não. Onde for mais barato e tenha qualidade. Não lembro onde comprei minha cama. Não. Não. Não. Não Não. NÃO. APENAS EM GRANDES LOJAS DE VAREJO Não. Não. Não costumo. Em lojas especializadas. Camas em lojas que vendem mobiliários de madeira maciça ou antiquários confiáveis. Colchões em lojas Ortobom e Companhia do Sono. Travesseiros em Flamingo e Ortobom. Não. Travesseiros em lojas de produtos naturais. Não. Não. Não. Sim: Ortobon, Cristal Flex. Não. Não. Não. Sim, Ortobom. Não. Não. Não. Não. Sim. Não.

23) Costuma trocar de cama ou colchão (com que frequência)? (ordem aleatória)

1 a cada 4 anos. Não troco. Cada 6 anos. De cama, raramente. O colchão três vezes na vida. 3 ou 4 anos. Troquei só porque devido a enchente. Comprei um novo, mas do mesmo modelo, que para mim tem que ser o mais duro (firme) possível. Colchão a cada 3 anos. 3 anos. 1 ano e 6 meses. Cada 5 á 8 anos. Não. A cada 4 anos. Tive três camas nos últimos 15 anos, mas as trocas foram por motivos de mudança de cidade/país. Não penso em mudar de cama em breve. Não. Não. A cada 2 anos. Não costumo. 8 anos. 5 anos ou mais. Não. 4 anos 3 anos. De cama raramente, o colchão, quando de espuma, a cada dois anos. O colchão magnético, cada dez anos. Não. Não. Quando o colchão deforma 3 ou 4 anos Não. Não. Não. 4 anos. Não. Não 5 anos ou mais. 4 anos. Raramente. 43

26) Qual é o seu nome? Não identificado, por privacidade.

27) Algum comentário ou observação? (ordem aleatória)

Meu cachorro não fica dentro de casa. Meu sono melhorou consideravelmente bem quando troquei minha antiga cama de colchão de esponja pela cama box. Dormir de mais da moleza, dor nas costas, preguiça, etc. Cochilo depois do meio-dia. Acordo para tomar água e fazer xixí. Eu realmente adoro a minha cama. Várias vezes eu e meu marido deitamos e falamos "que cama boa!" e comentamos como somos felizes com a compra (que já foi feita há 5 anos). Isso serve também para a cama que eu tive no Brasil da Mannes. Como respondente do questionário falei só da minha cama pessoal. Tenho cinco quartos em casa e cada qual é dife44

rente. Do mesmo modo as camas de cada quarto. Coloco em cima do criado mudo, livros, flores, celular, carregador, foto etc.

3.1.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO

Os resultados obtidos através do questionário aplicado nos usuários adultos mostram assuntos pertinentes ao projeto e de muita importância ao usuário em que se destina a pesquisa. Na primeira questão uma quantia significativa em relação à idade, que entre a amostra, mais da metade (70 %) possuem uma faixa etária entre 18 a 32 anos, existindo um equilíbrio na moradia tanto em casa quanto em apartamento (diferença não relevante de 6%) – questão dois. A amostra demonstra uma ótima renda e se enquadra pela maioria no público de classe média, onde 86% ganham mais de que 4 salários mínimos, e 50% recebem mais de 7 salários mínimos, ou seja, possuem condições e acesso ao novo luxo, bem como contato com produtos de nova tecnologia que entraram recentemente no mercado brasileiro, como a cama da Auping, onde a empresa abre uma filial no Brasil, e produtos da Ortobom, disponibilizados em lojas específicas presente em shoppings como também em sites de compra ( fácil acesso, parcelamento) – questão três. No que se referem ao lazer, alguns pontos forma importantes pois retratam vontades e desejos latentes que podem ser aplicados à cama: questão quatro - como a vontade de fazer nada (11%); o prazer relacionado aos sentidos e ao conforto (14 %); o relaxamento ao uso (16%); e por último o divertimento (22 %), que foi o ponto mais alto, porém, as camas não tem necessariamente a função de divertir, muito menos são vendidas por essa forma de lazer, mostrando assim, uma oportunidade latente ao projeto de camas. Na quinta pergunta a ação do que eles fazem na cama, onde poderia ser marcada mais de uma opção, observamos na maioria, o uso como um produto de dormir, obviamente, pois se destina ao sono e a recuperação do indivíduo durante a noite. As questões mais significantes foram o momento da relação sexual (18 %), pois é um lugar mais propício para o ato (confortável); a ação de ler e estudar (livros, revistas, trabalhos) juntos com 20 % do total; que normalmente são realizadas antes de dormir; ver TV e assistir seriados ou programas ( entre outras coisas) com 14% do total ; conversar com 7% , um uso que depende muito da situação e do espaço íntimo dos adultos e por último a ação de comer com 4% do total, onde o ato é esporadi45

camente usado para comer lanches e pequenas bebidas, não para almoços e jantas. Por certo, não utilizado tanto para alimentação, pois não é um ambiente construído nem pensado para tal; podendo existir adaptações que estimulem de forma consciente junto com uma postura confortável na cama. Sobre o tempo das atividades, 41% responderam que ficam muito tempo (mais de 20 min) na cama para atividades que não seja o dormir e 59 % responderam que não, ou seja, a multifunções na cama acontecem relativamente em curto períodos, em passagens de ações, ou antes de dormir, como já comentado. Lembrando que a cama deve ser usada de forma correta e saudável, em que é aconselhado não ficar muito tempo sobre ela, e priorizar o momento do sono – questão seis. Na questão sete, costumam dormir em média de 6 a 8 horas, sendo que o saudável e indicado para a saúde é de 8 horas por dia para adultos. A maioria também responde que dormem bem durante toda a semana (resultado da questão oito), uma preocupação em dormir com qualidade e depende principalmente da cama e do tempo. A questão nove foi realizada de forma aberta, onde cada usuário escrevia o que lhe incomodava ao dormir, os comentários mais observados são sobre: mosquitos (insetos); temperatura (calor); som repetitivo (barulho); iluminação excessiva e stress do dia-a-dia. Podemos notar abordagens importantes que podem ser minimizadas para um melhor sono, principalmente no ambiente e na cama. A questão dez foi no mesmo princípio, onde os usuários na maioria não possuem nenhum problema sério ao dormir. Questão onze: 91% dos usuários responderam que gostam de sua cama, podemos notar um laço e apego ao produto, uma relação com o produto, que acontece de forma íntima e agradável. Sendo que mais da metade não sentiam nenhum problema aparente na cama (defeito), onde alguns defeitos encontrados são mais relacionados com o colchão (nas molas) e por se tornar antigo com o uso – questão doze. Assim alguns afirmaram que mudariam a cama e o colchão, deixando ela mais leves, ocupando menos espaço, procurando um maior conforto - questão doze. Também foi perguntando que camas possuem, as respostas foram das mais variadas possíveis, com predominância da cama box modelo (queen e king) que permite maiores dimensões e estão em alta no mercado Brasileiro, substituindo o colchão de espuma de algodão e o estrado de madeira por ser muito pesado e difícil de montar – questão treze. A abordagem da questão quinze foi referente à profissão e seu envolvimento com a renda e o stress no cotidiano do usuário, afetando o seu sono. Notado assim, profissões que 46

ocupam muito tempo do dia com grandes cargas horárias, expondo a maiores chances de problemas e permitindo menores horas de saúde e contato com a cama. Onde a maioria possui de 4 a 6 horas livre por dia (70 %), que é menos que o tempo de dormir adequado – questão dezesseis. Na questão dezessete foi abordada a subjetividade estética do conforto, em que a maioria teve a preferencia da estação mais fria (inverno), para ficar em casa, pois o ambiente se torna mais aconchegante e a cama um lugar de acolhimento e descanso. A questão dezoito seguiu o mesmo princípio de subjetividade, porém os usuários tiveram dificuldade em respondê-la devido a não familiarização dos termos usados; se destacaram as formas equilibradas (23%), simétricas (20 %) e orgânicas (18%). Atributos de design importantes do público que devem ser levados em consideração no projeto do mobiliário de dormir no novo mercado de luxo brasileiro. Preferem fazer compras pessoalmente (92 %) dos que responderam, mostrando um canto maior com o produto, com o material, com as texturas, preferindo sentir o conforto da cama e testa-las antes da compra – questão dezenove. Na vigésima, os usuários respondem se gostam de colecionar algo, demostrando o apego a certos objetos e a relação subjetiva de guardar artefatos no quarto, em relação com a multifuncionalidade da cama (em poder guardar ou esconder objetos) em gavetas ou baús. As respostas foram variadas. A questão vinte e um, com o mesmo objetivo, notar alguma ação que pode ser usada no dormitório, ou interfira na qualidade do sono do usuário, notamos pelas respostas o a relação forte com produtos tecnológicos e a internet (computador e celular) ; alimentos (doce e café) e etc. O público da amostra em sua maioria não compra em lojas específicas de sono, ou seja, vão a lojas maiores, tornando a compra mais acessível – questão vinte e dois. E em sua maioria demoram em trocar de colchão, buscam por um produto que dure mais com o uso – questão questão vinte e três. A penúltima questão foi fundamenta em cima de usos não referentes às pessoas e sim, a animais, que alguns casos, frequentam os espaços íntimos dos quartos, logo a cama. Mais da metade diz não possuir nenhum animal de estimação. A questão vinte e cinco realizada no questionário, sendo uma das mais importantes, permite entender o poder de consumo dos usuários no mercado brasileiro, bem como seu desejo em comprar uma cama de qualidade, analisando seu custo e benefício. O resultado foi significa47

tivo sendo que 74% (mais da metade) responderam que pagariam mais de quatro mil reais em uma cama ideal. Ou seja, possuem condições financeiras para pagar um produto que beneficie sua saúde e lhe de conforto ao uso. Tendo características de consumidores do novo luxo emergente no mercado brasileiro. Por fim, a última questão foi referente a observações sobre a pesquisa, ou comentários adicionais, onde cada uma se expressava da forma desejada. Dos mais relevantes foi o uso do criado mudo (móvel que faz parte dos dormitórios) para apoiar objetos e a melhora do sono após a compra da cama com sistema de molejo.

3.2 ENTREVISTA

Entrevista realizada com 9 usuários a partir do questionário aplicado para avaliar suas camas nos aspectos ergonômicos e de usabilidade, a estrutura da entrevista segue primeiramente com informações básicas e logo em seguida com perguntas e respostas breves sobre o assunto e por último as imagens referente ao mobiliário de dormir do entrevistado:

Entrevista 1

Idade: 22 anos Profissão: Programador Estado Civil: Solteiro Cama: King size - 1,85 m x 1,98 m x 0,53m Características: Marca Mannes, mola nonnell, antimofo, antiácaro, estrutura de madeira (pinus). Perguntas: 1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Mosquitos, som, calor, luz, ansiedade, nervosismo e às vezes minha cama não ajuda, acordo com pequenas dores nas costas‘’ 48

2) A cama possui algum defeito? ‘’Molas incomodam às vezes, sinto elas ao deitar, e a cama ocupa bastante espaço no quarto, porém foi uma opção minha em ter uma cama maior, sou espaçoso quando durmo. ‘’ 3) Gosta de colecionar algo? ‘’Livros e cards, deixo eles em cima do criado mudo e muitas vezes em cima da cama (quando estou usando).‘’ 4) Como você dorme/sente? “Durmo esparramado na cama com os pés para fora do cobertor e de bruços, meu sono é pesado.” 5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’Acho muito legal, poderia fazer tudo nela, não precisaria de cadeira nem de mesa, seria um móvel bem utilizado. ’’

Imagem 9 : Cama do usuário 1. Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

49

Entrevista 2 Idade: 24 anos Profissão: Professora Estado Civil: Casada Cama: Casal -1,45m x 2,03m x 0,5m Características: Madeira (cerejeira) e colchão de espuma

Perguntas: 1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Luz na minha cara ao acordar por isso tem blackout na janela e calor no verão, pois esquenta muito o quarto e fica abafado, preciso até ligar o ar-condicionado para amenizar junto com o ventilador. ‘’ 2) Costuma trocar de cama ou colchão (com que frequência)? ‘’Em 5 anos ou mais. ‘’ 3) O que você faz na cama? ‘’Vejo filme pela Televisão que fica na frente da cama e como chocolate deitada. ‘’ 4) Como você dorme/sente? “Durmo de lado com um travesseiro ou curvada, normalmente durmo bem e fico no meu canto e acordo no mesmo.” 5) O que você acha de uma cama multifuncional? “Seria interessante para mim, conseguiria guardar tudo na cama, o quarto não ia ficar bagunçado... E para comer usaria mais no café da manhã, não no almoço’’

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Imagem 10 : Cama do usuário 2. Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

Entrevista 3 Idade: 20 anos Profissão: Estudante Estado Civil: Solteiro Cama: Queen - 1,58 m x 1,98 m x 0,65m Características: Marca Mannes, Colchão Flex Bonnel Tradicional, Antialérgico, Suporte de pinus com rodas. Perguntas: 1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Mosquitos, luz entrando no quarto, conversas altas, pensar na vida, stress do dia, fome quando estou deitado, pensar em dívidas, quando saio da minha rotina tenho dificuldade em pegar no sono ‘’ 2) Costuma trocar de cama ou colchão (com que frequência)? ‘’De 6 em 6 anos. ‘’

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3) A cama possui algum defeito? ‘’ Ocupa muito espaço no quarto e o lençol quando não preso corretamente sempre saiu no outro dia, poderia ser mais bonita. ‘’

4) Como você dorme/sente? ‘’De lado, com travesseiro médio, dormir de mais da moleza, dor nas costas, acordo para tomar água e fazer xixí. ’’

5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’ Bem útil, daria mais espaço no quarto, não precisaria tanto dos outros móveis como a minha mesinha, conseguiria estudar nela sentado com o tablete e ver TV quando eu quisesse, mas acho que isso deveria ficar numa forma simples e bonita. ’’

Imagem 11: Cama do usuário 3. Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

Entrevista 4 Idade: 20 anos Profissão: Designer Estado Civil: Solteira Cama: Solteiro - 0,8 m x 2,00 m x 0,7 m Características: Box, King Koil, estrutura de madeira (pinus)

Perguntas: 52

1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Falta de tempo, muitos trabalhos, faculdade, preocupações sempre antes de dormir.’’ 2) A cama possui algum defeito? ’’Ela é pesada, incomoda quando preciso mudar o ambiente. ’’ 3) Existe algo com qual não consiga viver sem? ’’ Lap top, sempre uso ele em todos os lugares. ‘’ 4) Troca de colchão com que frequência? “De 4 em 4 anos, quando ela esta bem gasta, principalmente o colchão ‘’ 5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’Eu até acho legal, mas depende de como ela é, por exemplo, aquelas camas baú que abre inteira acho horrível por que desarruma toda a cama, mas tipo um com gavetas ou com criado mudo já acho melhor. ’’

Imagem 12: Cama do usuário 4 . Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

Entrevista 5 Idade: 32 anos Profissão: Professor Estado Civil: Solteiro 53

Cama: Super king - 1,93 m x 2,03x 0,7m Características: Ortobom, Antialérgico, Molas Pocket, estrutura de madeira (pinus)

Perguntas: 1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Mosquitos me picando ou fazendo barulho, desconforto com o calor, muita umidade, ambiente está muito claro. ’’ 2) A cama possui algum defeito? ‘’ Minha cama é perfeita, paguei bastante nela, mas valeu a pena.‘’ 3) O que você mudaria nela? ‘’Colocaria uma cabeceira e criado-mudo. ’’ 4) Como você dorme/sente? ‘’De lado com a venda no rosto, atualmente durmo rápido, porém já custei muito para dormir durante muitos anos (insônia), gosto de dormir com o som do ventilador ou do mar.’’ 5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’Penso que uma cama multifuncional seja uma ótima ideia, principalmente porque assim podemos usá-la para outros fins que não apenas o dormir. O momento de estar na cama pode, dessa forma, ser prolongado, o que, para mim em especial, seria um ganho na qualidade de vida. ’’

Imagem: Cama do usuário 13 . Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013. 54

Entrevista 6

Idade: 42 anos Profissão: Do lar Estado Civil: Casada Cama: Casal - 2,00m x 1,50m x 0,6m Características: Estrutura de Madeira (angelim) Colchão espuma Mannes

Perguntas:

1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Latido de cachorro, sons de carros á noite, meu sono é muito sensível, qualquer barulhinho ou desconforto eu acordo ‘‘. 2) Possui algum problema de saúde? ‘’Insônia e hérnia cervical, tomo remédio com frequência para relaxar. ’’ 3) O que você mudaria nela? ‘’Trocaria o colchão, mas ficaria com mesmo tipo e marca somente maior. Acho ela muito simples. ’’ 4) Como você dorme/sente? ‘’ Para cima, não consigo dormir com o corpo gelado, durmo bem.’’ 5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’ Para mim seria muito bom, guardaria tudo dentro dela, e o ambiente ficaria mais limpo; já uso o laptop na cama, se tivesse um encosto, não precisaria acomodar os travesseiros sempre, que fica bem desconfortável. Também depende do estilo da cama, gosto de cabeceira de madeira. ’’ 55

Imagem 14: Cama do usuário 6 . Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

Entrevista 7

Idade: 21 anos Profissão: Estudante Estado Civil: Solteira Cama: Solteiro - 1,00 m x 1,96m x 0,93 m Características: Beliche (MDF) com gavetas

Perguntas:

1) O que te incomoda ao dormir? ‘’Dor de cabeça, barulhos na rua, não tenho problemas em dormir. ‘’

2) A cama possui algum defeito? ‘’Ela é pesada, mas, bem útil com suas gavetas, gosto de camas simples, poderia mudar a cor para branco. ‘’

3) Existe algo com qual não consiga viver sem? ‘’Música boa – rock, informação sobre o mundo, chocolate e dormir bem. ‘‘ 56

4) Como você dorme/sente? ‘’Durmo bem, pego no sono com facilidade, durmo de lado com travesseiro fino, meu corpo se adaptou melhor ao colchão de espuma (ortopédico). ‘‘

5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’ Acho legal uma cama multifuncional, desde que as funções que ela atenda estejam inseridas no contexto de dormir, claro que acabamos fazendo coisas na cama que interferem no sono, como usar o notebook, escutar musica, estudar... Se essas atividades forem realizadas no lugar específico é bem melhor, porém, não conseguimos separar o trabalho do ambiente de descanso. Uma cama multifuncional pra mim deveria além de ser confortável, permitir guardar coisas, cobertas e lençóis, ou seja, espaços seguros e fortes, porque as gavetas da minha cama não são muito boas. Acho ruim ser multifuncional e não cumprir a função proposta bem: no caso da minha cama, que tem gavetas frágeis. ’’

Imagem 15: Cama do usuário 7 . Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

Entrevista 8

Idade: 33 anos Profissão: Assistente Social / Massoterapeuta Estado Civil: Solteiro 57

Cama: Casal - 1,51m x 2,11 m x 1,10m Características: Colchão de estuma e estrutura de madeira (cerejeira)

Perguntas:

1) O que te incomoda ao dormir? “Calor excessivo; onde eu moro possui muito mosquitos e o cansaço do final do dia.”

2) Algum problema de saúde? ‘’ Tenho insônia, mas ela ocorre às vezes. ‘’

3) Costuma comprar em lojas específicas? ‘’Sim, produtos naturais, em farmácias - travesseiros com ervas aromáticas, como a camomila, que ajuda no tratamento da insônia. ’’

4) Como você dorme/sente? ‘’Normalmente de bruços, depende do dia, tem vezes que acordo todo atravessado. ’’ 5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’Acho atraente, compraria e usaria bastante, principalmente que meu quarto fica no segundo andar longe da cozinha, guardaria algumas coisas nela como o mosquiteiro, e também porque já vejo TV na cama. ’’

58

Imagem 16: Cama do usuário 8 . Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

Entrevista 9

Idade: 21 anos Profissão: Engenheiro Estado Civil: Solteiro Cama: Solteiro – 0,93 m x 2,03 m x 0,56 m Características: Marca Lion, BOX, Molas Pocket, estrutura de madeira (pinus)

Perguntas:

1) O que te incomoda ao dormir ? ‘’ O stress do dia-a-dia, que às vezes repassa pela cabeça várias vezes antes de dormir. ‘’

2) O que você faz na cama ? ‘’Gosto de jogar com laptop, assistir filmes/seriados e ler, fico bastante tempo nessas atividades principalmente nos finais de semana. ’’

3) Como é o seu sono/sente ? ‘’Meu sono melhorou consideravelmente quando troquei minha antiga cama de colchão de es59

ponja pela cama Box, ela é mais confortável e meu corpo se adaptou perfeitamente. ‘’

4) Como você dorme em sua cama? ‘’ Durmo na maioria das vezes bem, com dois travesseiros médios, e um cobertor por cima, gosto de ouvir algumas músicas antes de dormir, durmo de costas.’’

5) O que você acha de uma cama multifuncional? ‘’ Acho um luxo, algo que eu compraria espontaneamente se estivesse procurando uma cama para comprar e não fosse tão mais caro. ’’

Imagem 17 : Cama do usuário 9 . Fotos tiradas em domicilio por Yago Weschenfelder em 2013.

3.2.1 ANÁLISE DA ENTREVISTA APLICADA De uma forma geral, os entrevistados responderam questões referentes ao uso individual da cama e problemas pessoais tanto de saúde como do ambiente de dormir. Assim, como no questionário aplicado, podemos observar problemas comuns que frequentemente ocorrem no ambiente de dormir, em resumo foi ouvida a opinião de cada uma nas respostas. Observa-se a temperatura em seus extremos, como muito frio ou muito calor na hora de dormir; também abordando a umidade que depende muito da região, onde torna o ambiente abafado, e os entrevistados utilizam de ventiladores e ar-condicionado para amenizar esses aspectos (entrevistados 1, 2, 5 e 8 – pergunta 1).

60

O caso dos insetos, também foi um assunto pertinente nos entrevistados 1,3,5,8 - pergunta 1, pois é de muito incomodo as pessoas, onde utilizam de meios para afasta-los, como repelentes, venenos específicos, o próprio ventilador localizado, telas de proteção na janela dos quartos e o mosquiteiro (imagem) , impedindo os mosquitos que normalmente entram no ambiente ao escurecer do dia. A iluminação também foi um fator comum entre os entrevistados 1,2,3, e 5- pergunta 1, onde o quarto deve ser isolado ao máximo para a luz não entrar durante o amanhecer, principalmente para pessoas fotossensíveis com o sono muito leve. Uma forma de se esconder da luz, é a utilização das vendas nos olhos (entrevistado 5, pergunta 4). Em paralelo, o som é um dos fatores que atrapalham o sono das pessoas, ainda mais os repetitivos dos centros das cidades (motor de carro/moto, buzinas, cachorros, músicas altas, conversas, etc.), podendo ser amenizados com o uso de tampões auriculares – entrevistadas 6 e 7. Os entrevistados colocaram alguns problemas de saúde referente ao sono, como a insônia, o stress, problemas na coluna (escoliose e hérnia), ansiedade, nervosismo e entre outras doenças que atrapalham no momento de dormir. Algumas dessas doenças podem ser ocasionadas pela má postura ao dormir, nota-se a falta de informação dos usuários em relação às posições corretas sobre a cama, e o que acontece é que cada um dorme de forma que acha mais confortável para com o seu corpo (posição errada) e adicionalmente com colchões de densidade equivocada para o peso de cada pessoa. A usabilidade foi identificado de várias formas, com o uso de equipamentos eletrônicos sobre a cama, alimentos, leitura, assistir televisão e objetos sobre ela (entrevistado 1,2 e 9), situações que a cama permite com o indivíduo, em alguns casos oferecendo mais conforto (assistir seriados), pois a pessoa fica escorada ou deitada em sua cama; e outros possuem défices, como por exemplo quem alimenta-se sobre a cama sem nenhum suporte, ou no uso do violão ( imagem ) sentado na cama, não permite uma postura ergonicamente aceitável. Já o uso de gavetas (imagem), da mais uma função ao uso da cama, tornando ela mais prática e funcional, agradando os usuários. Podemos notar também o auxilio dos criados-mudos, (imagem) para o suporte de objetos, onde eles ficam visíveis e de fácil acesso para a pessoa, e em alguns casos onde não possuem acabam utilizando o próprio chão (entrevistado 9) para colocar a mochila perto da cama. A cama segundo as imagens do quartos, sempre estão posicionadas no canto, encostadas em alguma parede, normalmente situadas perto de janelas, onde ocorre à ventilação, também 61

por serem produtos consideravelmente grandes (medidas em metros) e com a forma retangular, são encostadas nas paredes para reduzir o espaço ocupado por elas, e manter uma circulação da pessoa no quarto. Também a ação de colocar o lençol ou os cobertores, espalhando-os sobre a superfície da cama requer espaço e movimento do usuário. A ergonomia das camas é simples, sem nenhum sistema de posição postural ou formas anatômicas evidentes, onde o colchão situa-se num plano 180º, paralelo ao chão, onde a única diferença de altura é proporcionada pelo travesseiro (região cervical). Sem área de encostos inclinados, ou ajustes para outra posição. Segue modelos padronizados de tamanhos pelo mercado, possuindo pequenas diferenças de comprimento e largura (os modelos: solteiro, casal, queen e king); a altura do chão até a base que é a mais preocupante, pois em algumas camas analisadas elas passavam de 55 centímetros (cama dos entrevistados 3,5, e 6 ), onde a pessoa tem uma dificuldade moderada ao subir/descer da cama ou permanecer sentada. Percebe-se que, em relação à estrutura da cama, podemos analisar sugestões em acessórios para ser usado junto com a cama (suportes para computadores e objetos) e melhoria estética, considerando em especial o quesito da cor, sugerido uso do branco (entrevista 7, pergunta 2), uma cor leve e neutra. Nos aspectos de conforto o gosto pela cama, mas relataram que aspectos como largura e peso ocasionaram sensação de desconforto; pois possuem estrutura de madeira (o Pinus, Angelim, Cerejeira) ou placas MDP e MDF (indicado para a produção de móveis residenciais de linhas retas), que tornam elas pesadas devido ao tamanho e espessura (principalmente as Kings), porém, repassam firmeza nas bases das camas, e entre as madeiras no mercado a estrutura de pinus é a mais leve. As rodas facilitam o movimento da cama, tornando o movimento mais suave e leve, percebido na cama do entrevistado 3. Sobre a multifuncionalidade os entrevistados se posicionaram positivamente com a relação da cama obter mais de uma função ao uso, desde que eles tenham autonomia sobre a disposição e ajustes das funções, e quando não quisessem usar eles não precisassem mover nada. Demostraram que seria um móvel útil e ajudaria no seu dia-a-dia, mas precisaria ser esteticamente agradável e não um móvel exagerado dentro do quarto. Enfim, que fosse de fácil uso e simples, que não elevasse o peso da cama e nem estragaria rapidamente. Assim, a forma como os usuários se comunicam com o ambiente de dormir e consequentemente com a cama, ocorre de forma simples e íntima, onde alguns aspectos citados são 62

percebidos pelas pessoas e devem ser melhorados e transformados, porque, o sono interfere diretamente a saúde do indivíduo bem como as práticas relacionadas ao produto no dia-a-dia.

3.3 LEVANTAMENTO DO MERCADO

O levantamento do mercado foi referente ao mobiliário de dormir presente no novo mercado de luxo brasileiro, onde foi avaliado a multifuncionalidade de 11 produtos, com informações essências sobre a cama, como sua descrição e dimensões. No levantamento do mobiliário de dormir o quadro apresenta na direita a imagem dos produtos e na esquerda suas características, essas informações foram retiradas em lojas e sites dos fabricantes. No levantamento realizado buscaram-se produtos com elementos multifuncionais com destaque nas funções de guardar objetos (como baús, gavetas), analisando o que existe no mercado atualmente (concorrência dos produtos similares), em sua maioria produzidos no Brasil. Nem todos os produtos informam materiais, acabamento ou processo de montagem, mesmo sendo uma norma para produtos nacionais (SOARES e OKIMOTO, 2009). Entre aqueles que informam o material, encontram-se o eucalipto, pinus, MDF e aço:

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Tabela 4 Características das camas no mercado. Elabora pelo autor. Imagens do Produto

Características 1 -Cama Box Baú Descrição: Aproveitamento do quarto: oferece suporte firme ao colchão e um espaço extra para armazenar objetos e acessórios, como travesseiros, roupas de cama, desocupando os armários; com sistema de abertura por pistões hidráulicos (amortecedores). Dimensões: Solteiro- 0,88 x 1,88 x 0,40 m Materiais: Madeira de eucalipto Preço: R$1.020,00 Fonte: http://www.ortobelo.com.br/produtos.asp?pro duto=1233&origem=googleshopping&gclid=CIvr0I GoubYCFQr0nAodSFkAsA

2- Cama Box Baú Em Corino Descrição: Cama Box baú com (molas ensacadas), lixeira e baú separado horizontal com rodinhas. Ideal para aguardar lençóis, cobertores e travesseiros. Dimensões: Solteiro Materiais: Não informado Preço: R$ 1.399,00 Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB469362191-cama-box-bau-em-corino-branco-ou-pretocolcho-mola-ensaca-_JM#!/califications

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3- Computer Bed Descrição: Este produto funciona bem para os moradores da cidade e estudantes que vivem em dormitórios desde que o espaço é um problema. A mesa de madeira dobra para baixo para revelar uma cama de solteiro. Da mesma forma a cama dobra-se para revelar a mesa. Dimensões: Solteiro Materiais: MDF Preço: USD$3,650 Fonte: http://www.bornrich.com/entry/Telecomm uting-made-easy-by-thecomp- uter-bed/

4- Cama de Solteiro Till - Enzo Descrição: Otimiza os espaços do quarto de solteiro ou do quarto de visitas. Ela possui 2 gavetas pequenas, 2 nichos, 1 gaveta grande e 1 criado mudo com 2 gavetas. Dimensões: Solteiro – 0,96x 1,99 x 0,47 m Peso: 52,3 Kg Materiais: Madeira de pinus reflorestada Preço: R$ 929,00 Fonte: http://www.meumoveldemadeira.com.br/produto/camade-solteiro-till-enzo?csParam={%22feature%22% 3A%22 similaritems%22%2C%22source%22%3A%22product %2FCama+de+Solteiro%22}

5- Mobília de Lofta Descrição: Cama com rodízio e guarda-roupa são produzidos por placas alveolares. O móvel é divido em partes, podendo ser também um bicama ou tricama. Dimensões: Solteiro Materiais: MDF laminado Preço: R$ 150 a 1080 cada parte Fonte: http://portuguese.alibaba.com/productgs/ contemporary-designs-kids-furniture-sets-bunk-bed-trundlewardrobe-computer-table-and-small-chest486814079.html

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6- Cama Box Castor com Gavetas Descrição: Proporciona multifuncionalidade, deixa o ambiente mais aconchegante e faz do quarto um lugar mais organizado e limpo. Dimensões: Casa l- 0,78 x 1,88 x 0,23 m Materiais: Madeira de eucalipto, manta de espuma Preço: R$ R$1.110,00 Fonte :http://www.ortobelo.com.br/Cama-Box/CamaBox-Castor-com-Gavetas-Tecido-White_600.html #compralink

7 - Cama Baú Com Bicama Descrição: Supre a necessidade de um quarto de solteiro, versátil e prática. Com báu para guardar travesseiros e cobertores. Dimensões: Solteiro Materiais: MDF Preço: R$ 967,50 Fonte: http://www.arqdosono.com.br/box.php? Produto=36

8- Cama Freedom Descrição: Conforto da espuma viscoelástica e também macio proporcionados pelo tratamento Aloe Vera. Dimensões: Conjunto Baú Solteiro - 0,88x 1,88x 0,71 m Materiais: Estrutura de madeira (eucalipto) Preço: R$2.365,00 Fonte: http://www.lojadecolchao.com.br/Colchoes/Conju nto-Box-Colchao-Ortobom-de-Molas-Pocket-FreedomViscoelastico-Cama-Box-Bau_1212.html

66

9- Cama Articulada Descrição: Com motor alemão cria várias posições, anatômica e leve. Possui controle remoto independente. Consumidor pode personalizar o colchão e cores. Dimensões: Solteiro Materiais: Estrutura em MDF Preço: R$ 3.800,0 Fonte: http://www.arqdosono.com.br/box.php? produto=16

10- Cama Articulada com Baú Descrição: Base elegante, estofada em tecido camurçado ou couro sintético, com baú. Ajuste em três pontos (controle remoto). Dimensões: Solteiro 0,8 m x 2,00 m x 0,36 m Materiais: MDF Preço: R$: R$ 7.000,00 Fonte: http://sp.quebarato.com.br/sao-paulo/cama articulada-motorizada-wisecomfort-com-bau-e-comcolchao-king-size-180x200cm__9 7EA82.html#/? tab=descricao

11- Cama Royal Auping Descrição: Feita sobre medida, possui 4 motores que movem uma malha metálica de forma anatômica e agradável. Possui climatizador, ventilação e molas DPPS (movimentação do colchão é extremamente suave e sincronizada com a movimentação do corpo). Dimensões: Solteiro Materiais: Estrado metálico Fonte: http://www.auping.com.br/ Preço: R$ 20.900

67

3.3.1 ANALISE DO LEVANTAMENTO DO MERCADO

De uma forma geral o levantamento de imagens demostrou categorias diversas de camas e várias formas de se aplicar a multifuncionalidade ao produto. Tornando-as mais atrativas para o consumidor que faz toda a diferença na hora da compra, principalmente quando avaliam a cama como um móvel fundamental para o quarto, aparentando não ter apenas um bom colchão, mas com um diferencial no uso. Mostram-se com forma básica retangular, com dimensões padronizadas e semelhantes, outras formas de camas não foram encontradas na pesquisa para o levantamento. As camas possuem um material predominante na sua estrutura de base (normalmente de madeira), com exceção da cama 11 da Auping, onde fornece leveza e design arrojado com a estrutura de aço, diferentemente da cama 4 da Enzo em que sua parte inferior é fechada tornando a cama mais pesada, porém oferecendo a possibilidade de nichos e gavetas. Poucas possuem rodas para o deslocamento do móvel pelo cômodo, que facilita o manuseio do produto (presente nas camas 4,6 e 7). Os sistemas presentes como o de articulação por motor através de controle remoto para o ajuste da posição (inclinação); o estrado de malha metálica que se ajusta à posição da pessoa enquanto dorme trazendo um apoio para os ombros e postura correta do corpo e permite a circulação do ar pelo colchão; o aquecedor inteligente (regula a temperatura conforme o tempo decorrido no sono e desliga automaticamente ao amanhecer); a iluminação por sensor (ilumina apenas quando o usuário esta na cama) e o colchão com magnetos (que permitem a melhor circulação sanguínea do corpo) ou, são algumas características predominantes em camas de última geração, como a 9,10 e 11 do levantamento. Mostram-se como mais confortáveis que as outras, porque a ergonomia e o design estão presentes (ergodesign), focando na usabilidade do usuário e em seu bem-estar (saúde). E isso é passado através das tecnologias do sono como citado. A diferença entre as três camas articulas são alguns detalhes: a 9 e a 10 permitem mesmo ajustes da articulação pelo controle do que a 11, que tem mais pontos e motores para inclinação adequada, e as duas possuem colchão personalizável pelo cliente com molas mais os magnetos, ou, de espuma com várias densidades conforme o peso da pessoa ( são pensadas estritamente ao individuo – uma arquitetura do sono). O tecido também pode ser personalizável (material e cor). Contudo, a cama 11 permite mais co68

modidade, com alto padrão de produto, pois é uma cama completa, além de possuir todas as tecnologias disponíveis no mercado, principalmente a do colchão, com a mola DPPS - rígido em sua base e flexível somente na superfície, que detecta a carga de peso e fornece o apoio ao corpo; os acessórios para a cama (como TV, luminária e cabide) e também permite três possibilidades de cores (aluminium, titanium e carbono black). As camas de última geração possuem preço mais elevado no mercado se comparado às outras, pelo fato de oferecer tecnologia, conforto e personalização, além de da multifuncionalidade também pensada (com a presença de baús, opção de aquecimento, iluminação, colchão terapêutico e ajuste da inclinação eletrônico), onde a cama não seja usada apenas para dormir, permitindo outras atividades. Porém, não quer dizer que as outras não trabalhem a multifuncionalidade, pois a maioria das camas apresentam sistemas para guardar objetos pessoais, cobertores, lençóis, até roupas, possuindo gavetas, baús e nichos (menos as camas 3 e 11). Utilizado por usuários que gostam de organizar e economizar espaço no quarto, ou manter a cama limpa durante o dia. Elas economizam espaço por serem compactas. Mas, para se valer das facilidades, é preciso espaço para a abertura das gavetas e que o colchão não seja pesado demais. Um destaque do uso para cama 3, que permite a opção de transformação do ambiente através do móvel, virando uma mesinha de escritório, quando o usuário bem desejar, sendo prática. As camas analisadas permitem boa circulação no quarto e posicionamento livre. As peças de madeira são mais robustas e passa maior conforto estético, a estrutura de metal costuma ter acabamento mais leve para o dormitório. Quanto à ergonomia, a preocupação deve estar na altura do conjunto, somada cama e colchão, para facilitar o acesso ao produto. O recomendado é que o usuário sentado possa apoiar os pés no chão.

4 QFD APLICADO Para entender melhor QFD vamos primeiramente à definição de PDP (Processo de Desenvolvimento de Produto), que segundo Clark e Fujimoto (1991) "é o processo a partir do qual informações sobre o mercado são transformadas nas informações e bens necessários para a produção de um produto com fins comerciais". Segue Baxter (1998), afirma a orientação do produto para o mercado por meios de analises de produtos concorrentes e pesquisas preliminares do mercado para identificar a melhor oportunidade de produto/negócio evitando despesas. O PDP busca inovação ao produto desde 69

sua concepção inicial até o ponto de venda, está presente em todas as áreas, gerenciando erros cometidos ao longo do projeto até testes com os usuários:

Imagem 18 . Modelo de Referência de Rozenfeld et al. (2006)

Como mostrado no modelo de PDP na imagem acima, vemos as etapas do macroprocesso onde está elaborado o planejamento estratégico do projeto, uma etapa dele é o projeto informacional, que neste caso será aplicado o QFD ao mobiliário do sono. Essa etapa prédesenvolvimento envolve a pesquisa do público alvo e ambiente inserido do produto. Sales e Naveiro (2010, p.11) complementam que é preciso entender as demandas do mercado e as necessidades dos clientes, onde o macroprocesso identifica pontos fracos e fortes, o perfil do usuário; pesquisa a praça de comercialização do produto, além de fixar internamente o conceito de novo produto que será desenvolvido. O QFD (Quality Function Deployment), que em português significa o Desdobramento da Função Qualidade é um método de apoio ao desenvolvimento de produtos (PDP), que contribui para que as expectativas do consumidor sejam nele incorporadas, aumentando, consequentemente o seu poder de venda/compra (ESTORILIO, 2007). Foi originalmente proposto no Japão por Yoji Akao em 1966, e implementado nos estaleiros Kobe da Mitsubishi Heavy Industries em 1972, nessa década esse método se difundiu pelo Japão e só na década de 80 as empresas americanas começaram a implementar o método (COSTA et al., 2002 apud CARMO, 2010, p.16). 70

No Brasil o QFD começou a ser estudado realmente no final da década de 90 e nas indústrias ainda é pouco difundido, mas sabe-se que grandes empresas como a Consul do grupo Brasmotor, a IBM Brasil e algumas empresas automotivas já estão utilizando esta metodologia no desenvolvimento de novos produtos (PDP), afirma Fiates (1995). Complementando Fiates, segundo Miguel (2008, p.60) apud Carmo (2010) mostra que no Brasil, o QFD foi implementado por um artigo de Akao e Ohfugi (1989) apresentado na International Conference of Quality Control – RJ. O QFD pode ser melhor entendido segundo Cheng et al., (1995):

O QFD possibilita traduzir os requisitos e necessidades dos clientes (qualidades exigidas) em características da qualidade, ou seja, em atributos e especificações do produto, buscando o desdobramento da qualidade do projeto para o produto acabado através do uso de matrizes. Essas matrizes contêm dados e informações necessários para que a qualidade seja obtida. Entretanto, as informações das matrizes devem ser colocadas em prática. Nesse sentido, o QFD também atua como uma forma de comunicar sistematicamente a informação relacionada com a qualidade e explicitar ordenadamente o respectivo trabalho para colocar em prática essas informações.

Peixoto (1998, p.3) também afirma que o ‘’objetivo do QFD é auxiliar na definição de uma qualidade projetada para o novo produto capaz de atender plenamente (e melhor que a concorrência) as necessidades dos clientes, aumentando assim o valor agregado do produto’’. Contando com o levantamento já realizado, focado na multifuncionalidade do mobiliário de dormir no mercado de luxo, junto com o resultado do questionário e da entrevista onde as necessidade e opiniões desejáveis dos usuários foram expostas, foi realizado um QFD segundo o roteiro de aplicação - M001-A01³ (ROZENFELD e AMARAL, 2010), levando em consideração os passos do processo, conforme a imagem demostra:

71

Imagem 19. Passos do QFD aplicado ao produto. Fonte: Rozenfeld e Amaral, 2010. Disponível em: http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/download/16380/179825/file/Apei0401%20pratic a%20QFD%20v06%20simplificada%20p%20podecon.ppt.

Dessa forma, foi elaborado um mapa mental para melhor visualização esquematizando os requisitos dos usuários através das necessidades dos mesmos, abordadas nas pesquisas (ver apêndice). Tais requisitos foram siliconados e adaptados para melhor síntese dos dados e coerência ao QFD aplicado ao mobiliário de dormir, ficando de maior valor ao projeto pensando nas principais necessidades dos usuários e aspectos ergonômicos:

Tabela 5 Necessidade e Requisitos da Cama. Fonte: Elaborado pelo autor.

Principais Necessidades

Requisitos Selecionados Conforto

Um móvel leve

Cama de fácil manuseio

Seja transpirante

Cama respirante

Que não faz barulho ao usar

Cama silenciosa

Ao usar possua uma temperatura agradável

Cama com temperatura regulada

O ambiente não tenha mosquitos

Cama que espanta os insetos

Cama/colchão se adeque ao corpo

Cama/colchão maleável ao corpo Saúde

Uma cama/colchão trate doenças

Cama/colchão com fins terapêuticos e preventi-

Multifuncionalidade Fazer leituras de livros, revistas e trabalhos

vos. Cama que possibilite a leitura

Fazer refeições

Cama que possibilite o comer/beber

Guardar cobertores, travesseiros objetos pesso-

Cama que possibilite guardar objetos e produ-

ais. Não quebre com o tempo

Durabilidade

tos maiores. Cama resistente

Não estrague o material facilmente

Cama impermeável

Não pegue fogo com facilidade

Cama incombustível. Personalização

Possa decidir o material na compra ou alterar

Cama com acabamento removível

Possa decidir a cor na compra ou alterar depois depois

Cama com cor alterável

72

Com esses requisitos característicos dos usuários, foram desenvolvidos os requisitos do produto conforme os passos da imagem, para atender essas características que são:

Tabela 6. Requisitos do Produto, Fonte: Elaborado pelo autor.

Requisitos do Produto

Unidade

Estrutura

m

Estrado

m

Encosto

graus

Peso

Kg

Perfilado de latex



Molas pocket

cm

Tecido de fibra



Báu



Gavetas



Porta objetos

cm²

TV aclopada

Polegadas

Suporte de alimentos

cm²

Mosquiteiro



Luminária

W

Aquecedor

ºC

Prosseguindo com os passos realizados dos requisitos, foram realizados segundo o roteiro citado os outros passos, onde a opinião dos usuários foi fundamental para a correta comparação entre produtos, a imagem explica cada área da tabela do QFD com seus respectivos passos, onde algumas etapas foram aplicadas paralelamente:

73

Imagem 18. Explicação da Matriz do QFD Fonte: Rozenfeld e Amaral, 2010. Disponível em: http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/download/16380/179825/file/Apei0401%20pratic a%20QFD%20v06%20simplificada%20p%20podecon.ppt

Com isso os passos foram aplicados à tabela do QFD segundo Rozenfeld e Amaral (2010), preenchidos os 9 campos da casa da qualidade referidos aos requisitos e aos produtos, os demais campos em amarelo (ver matriz do QFD) foram preenchido automaticamente pelo sistema da planilha. Ver Matriz da Qualidade (casa da qualidade) - QFD aplicado no mobiliário de dormir (ver apêndice).

74

4.1 ANALISE DO QFD APLICADO

Foram analisados os campos preenchidos no QFD sobre os requisitos do cliente tanto como o do produto, existindo uma coerência entre a demanda do mercado para as novas qualidades percebidas ao novo produto, pois algumas necessidades ainda não foram sanadas, sendo o enfoque do QFD, perceber essas questões e gerar possíveis qualidades. O preenchimento foi pensando principalmente na multifuncionalidade, no conforto dos usuários e na sáude, sendo requisitos fortes ao projeto que permeia o ambiente do mobiliário de dormir, agregando valor ao mercado: 

A prioridade dos usuários de 1 -5: No preenchimento não houve nenhum requisito de peso 1 ( péssimo), em sua maioria atingiram o peso 2 ,3 e 4, com destaque para os requisitos de fácil manuseio e fins terapêuticos/preventivos com peso 5 (ótimo), vemos aqui, a importância da cama ao corpo e no uso.

 Levantar prioridades internas (coluna de KANO) – E de excitante, são aquelas características que surpreendem o consumidor; L de linear, são os itens que trazem maior satisfação aos clientes à medida que aumenta o nível de desempenho do produto e O de Obvia, características que são óbvias, ou seja, que o consumidor entende que deve encontrar no seu produto: prevaleceu a prioridade ‘’obvio’’ com seis requisitos, cinco excitantes e quatro lineares. É importante perceber as excitantes, pois é o que vai gerar maior uso e desempenho do produto na vida do indivíduo ( respirante, temperatura agradável, espanta insetos, fins terapêuticos/preventivos, comer /beber).  Grau de importância geral 1-5: Foi percebido o peso baixo ( 2) na área de durabilidade, pois é algo que o usuário já espera não procura ou perceber de primeira instância, e de fato esta , mais preocupado enquanto ao uso ( dormir bem), nas outras áreas foi visto peso agradável, acima ou igual a 3, um peso médio , com destaque ao fácil manuseio, respirante, temperatura agradável, maleável ao corpo e fins terapêuticos/preventivos, atingiram peso alto (5).

75



O Benchmarking de mercado - os dois produtos comparados foram selecionados no levantamento do mercado, que são a Cama Freedom Ortobom (cama 8) e Cama Articulada Arquitetura do Sono (cama 9) e o produto desenvolvido: Na cama 9 foi percebido o destaque em fins terapêuticos/preventivos, pois possuem colchão com magnetos específicos para cuidar da sáude e cor personalizável na loja, entretanto, não serve para guardar nenhum tipo de objeto, pois seu fundo é vasado, perdendo requisitos da multifuncionalidade ao uso, os outros pontos são de conforto ela também atinge peso bons (4). A cama 8, por sua vez não é articulada e perde peso na área do conforto, porém ganha em resistência e opção de guardar objetos, com peso 4. O produto em desenvolvimento é a junção dos melhores requisitos dos produtos comparados, com destaque na multifuncionalidade de guarda objetos e fins terapêutico/preventivos, sem esquecer dos outros pontos, assim , possui maior média no geral, pois ele deve atingir maiores resultados de desempenho ao uso. A cama 8 e 9 não apresentam nenhum tipo de dispositivos contra insetos , apenas contra fungos e bactérias.

 Definir qualidade planejada, com o plano e argumento de vendas: O plano é o que pretende chegar à casa da qualidade, nesse caso, os pesos foram altos, pois é o que se pretende com o projeto da cama, atingir as necessidades dos clientes; com destaque para o fácil manuseio, a temperatura agradável, a leitura e o comer/beber, peso máximo (5). O argumento de venda foi pensando no que seria melhor representado ao cliente na hora da compra, os principais argumentos fortes foram o de fácil manuseio, a temperatura agradável, o espanta insetos, e fins terapêuticos. E os fracos argumentos foram resistência, silenciosa e incombustível, pois o usuário já espera isso ao produto, ou é indiferente para ele.  Correlacionar os requisitos do produto com os requisitos do cliente, indicando o grau de intensidade da correlação (forte=9; moderado=3; fraco=1); Preencher direcionador de melhoria e correlacionar os requisitos entre si (Positivo Forte a Negativo Forte): As principais relações estão presentes no fácil manuseio, guardar objetos, acabamento, cor e estrutura, estrado, encosto, tecido de fibra. Que fazem parte do produto e são características aparentes, no direciona76

dor de melhoria quanto menor o peso melhor ao produto, o tamanho ficou padronizado para solteiro, se adequa ao público, assim quanto menos estrutura menos peso, e quanto maiores serviços o produto prestar melhor para o usuário (temperatura, espaços, luz, dimensão de tela), pois vai gerar mais conforto e disponibilidade de alteração quando desejar, exemplo: diminuir ou aumentar a temperatura do aquecedor no colchão. Com a correlação entre os requisitos dos produtos foi analisado principalmente o requisito do peso, como o aquecedor, o báu, as molas, e a estrutura e o estrado influenciam no peso total da cama.



Bechmarking Técnico de Produto, com os dados físicos e mensuráveis de cada produto comparado: Alguns requisitos do produto como medidas e unidades a serem desenvolvidas no projeto, percebemos a cama 8 por ser uma cama báu não possui estrado nem encosto, e possui colchão de molas pocket sem o perfilado de latex, também não encontra-se no produto gavetas, porta objetos , TV aclopada, suporte de alimentos, mosquiteiro, luminária e aquecedor. A cama 9 mostrase sem estrutura de mola, ou qualquer sistema multifuncionais, as duas possuem dimensões semelhantes. A cama desenvolvida (produto) pretende ter todos os requisitos de produto, menos molas, as gavetas e o mosquiteiro ( que um acessório), pois pode ser resolvidos com outros dispositivos, mantendo o conforto e a saúde.

 Plano (valor meta): É o que pretende se atingindo, principalmente nos aspecto ergonômico - as dimensões não ultrapassar a altura de 0,5 metros, para o sentar na cama, também analisando um bom encosto (chegando a 80 º) para atividades de leitura, diminuindo e fazendo em módulos menores. Não ultrapassar de 40 kg a estrutura da cama junto com os requisitos da multifuncionalidade, como uma boa área para o baú (1,4 m³) de suporte para alimentos (1200 cm²), porta objetos (600 cm²), TV aclopada (16 polegadas), boa iluminação (2 lâmpadas de 9W) e aquecedor (18-40 º C).

77

 Dificuldade Técnica / Reutilização de 1-5: É dificuldade/facilidade de a tecnologia ser implantada ao produto; pode-se observar que na maioria é de fácil desenvolvimento com a tecnologia atual (1), ressaltando o encosto articulado que é possível der ser desenvolvido coma tecnologia atual (2) junto com a TV acoplada compacta a cama e o aquecedor, por último, o que pode ser facilmente desenvolvido com tecnologia nova (3) que é o mosquiteiro/sensor que espanta mosquitos.

A finalidade da aplicação do QFD no mobiliário de dormir é transformar as necessidades dos usuários em requisitos físicos para o projeto, fornecendo resultados gerados com a matriz de qualidade, informações sólidas sobre a situação dos produtos no mercado; identificando pontos prioritários para se desenvolver no novo produto, nesse caso a cama a partir da multifuncionalidade. Contudo, é o planejamento, que do rumo ao projeto de uma forma confiante e exata. Enfim, a possibilidade de orientação do mercado das qualidades do novo produto que foram trabalhadas e visualizadas no QFD, tem grandes chances do êxito e implementação, pois condizem com a real situação das necessidades abordadas. E cada etapa do PDP percebe-se novos caminhos e possibilidades, tornando o QFD como uma ferramenta de metodologia e auxilio no processo de design.

5 ANÁLISES E DISCUSSÃO

Com o levantamento bibliográfico nota-se a importância do posicionamento do produto no mercado brasileiro de luxo através de uma visão histórica. O mobiliário de dormir sofreu modificações conforme o tempo e segundo a vontade do homem em seu espaço, o conforto é uma característica abordada nas camas desde a colonização no Brasil, claro que muitos aspectos e melhorias vieram de outros países e se mesclou com a cultura brasileira, principalmente a distinção dos espaços pelo mobiliário, mas a questão é que a disseminação das camas foi abordada dentro das grandes casas, onde o aconchego do colhão foi de fato percebido, pois o ser humano busca atender suas necessidades na procura por algo sempre mais confortável e de fácil uso.

78

Cria uma relação mais próxima o indivíduo com o ambiente do dormitório, que nesse período era apenas usado para dormir ou ‘’fazer amor’’, com novas necessidades do mundo moderno. Para a melhor situação do produto estudado no país, o marketing e as relações do luxo pelo consumidor solteiro emergente estão em constante modificação, e consequentemente o design de produto absorve essas mudanças para atender os usuários. A filosofia de qualidade de vida e sáude como tendência segundo Lipovetsky (2005), junto com produtos que causem menos impacto ambiental, são fortes argumentos de venda, e que foram desenvolvidos no PDP por Rozenfeld (2006), através do QFD nas camas. Na ergonomia sobre a postura nas camas mais de 70% dos entrevistados dormem de forma errônea, pois não tiveram contato com a informação ou não praticam. Pois a posição de adequado é a de lado ou de barriga para cima, sendo que do total a maioria das pessoas disseram que dorme mal, porém, quando o assunto está no produto é logo notado e trocado, como densidade ruim, ou aqueles que não se acostuma com o sistema de molas ensacadas. É preciso pensar a cama pela ergonomia, onde envolvem todos os aspectos como qualidade e uso, elas devem distribuir o peso de uma maneira uniforme em toda a superfície da cama. Precisa dar suporte a coluna vertebral, aos músculos e aos ligamentos, onde o indivíduo pode desfrutar de um descanso noturno relaxante e reparador. A cor é um fato também importante cognitivamente abordada, pois excita ou acalma os ambientes, bem como reflete ambiente mais cálidos ou aconchegantes. Os dispositivos estudados na aplicação da multifuncionalidade aplicada nas camas precisam ser flexíveis e acomodados, conforme as necessidades dos usuários, pois são eles que dão suporte nas atividades e dão o foco do projeto. Em relação aos critérios de compra das camas, a partir das respostas do questionário e a entrevista, entende-se que se trata de uma compra criteriosa, onde as características como dimensões, segurança, praticidade e conforto são consideradas. Ao questionar sobre como consideravam uma cama multifuncional, os entrevistados relataram em sua maioria a importância da utilidade desse requisito. O levantamento de imagens referente ao mercado mostrou principalmente as comparações existentes entre as camas, e os nichos de possibilidade no mercado, atendendo em parte público, pois ainda falta desenvolver melhor a questão da multifuncionalidade, tecnologia, e saúde ao produto. Contudo, o design do sono junto com seu direcionamento nas camas pode 79

vim a melhorar muitas questões do marketing e do móvel, deve cada dia ser priorizado no PDP, para atender o publico e dar maiores possibilidades de escolha, assim, ainda carece de estudos nessa área, pois, não existe nada específico estudado, abordado ao mobiliário de dormir.

6 BRIEFING Através da pesquisa com os usuários e conclusões, foi elaborado um briefing como proposta de projeto:

Produto

Nome: Bocejo

O que é: Cama articulada multifuncional - solteiro (baú, porta objetos, suporte para alimentos, protege dos mosquitos, adequada para leitura, suporte para tablets, aquecedor, luminária) que beneficie a saúde.

Por quê: Melhor se adéqua aos requisitos do público e da situação do mercado.

Preço de venda: Valor estimado de R$ 6.000,00 – 8.000,00, tendo como referência produtos semelhantes no mercado e repostas da pesquisa sobre mobiliário.

Como ele é feito (materiais e acessórios): Estrutura de alumínio, vidro fino, termoplástico ABS, estrado inteligente - motor a gás, colchão viscoelástico com magnetos.

Quais partes são customizadas: Cor e o material (tecido do colchão).

80

Onde é usado: Espaço urbano: dormitórios pessoais, apartamento/casa, hotéis.

Qual a ideia central (conceito) que o produto deve ter: Comodidade sem sair da cama, todo o conforto e praticidade de uma forma saudável que não prejudique o usuário.

Qual a imagem que o produto deve passar: Elegante, saudável, prazeroso, leve, interativo.

Mercado Sazonalidade: O ano inteiro

Principais concorrentes: Arquitetura do Sono, Auping, Vittale Colchões, Colchões Center, ProHouse Colchões, Ortobom.

Produtos similares: Camas articuladas, massageadores.

Pontos de venda: Lojas especializadas em camas e colchões, própria loja.

Público Alvo

Faixa etária: 22- 40 anos.

Gênero (masculino feminino): Ambos

Como vê o produto: 81

Confortável, tecnológico, versátil, saudável.

Classe social: AeB Motivos de compra/uso do produto: Cansado (a) de dormir mal, multifuncionalidade, preocupação com a saúde, atualizar móveis, mudança.

82

7 PAINES SEMÂNTICOS 7.1 PÚBLICO ALVO

Imagem 19. Público Alvo. Elaborado pelo autor.

83

7.2 EXPRESSÃO DO PRODUTO

Imagem 20.Expressão do Produto. Elaborado pelo autor.

84

7.3 ATRIBUTOS ESTÉTICOS

Imagem 21. Atributos Estéticos. Elaborado pelo autor.

8 CONCEITO

8.1 ILUSTRAÇÕES Foram levantadas diversas alternativas que, ao longo do projeto, foram filtradas e aprimoradas: 85

GERAÇÃO 1

GERAÇÃO 2

86

GERAÇÃO 3

GERAÇÃO 4

87

GERAÇÃO 5

GERAÇÃO 6

88

8.2 ANALISE DAS ALTERNATIVAS Segundo as necessidades do usuário repassado ao requisito do produto, é notado a características importantes abordadas nas alternativas como: ajuste de inclinação, boa iluminação; aquecedor bem posicionado, onde fique evidente; porta alimentos (sucos e pães, pratos rápidos para serem usufruídos na cama), onde os braços esticados alcance o porta alimentos; diapositivos para acoplar a TV, tablete ou smarthphone ( celulares), de forma que a pessoa possa articular; baús simples e práticas ( embaixo do colchão) ; colchão com espuma RH ( possui diferentes densidades conforme o peso necessário sobre a espuma – quadriculado), cogumelos de carga anatômicos para absorver o peso – junto com o estrado de madeira; articulação com pistão pneumático , duplo ou simples. Almofada especial para o joelho, estimulando o usuário a deitar na posição correta. Dispositivo anti-inseto, com sensor vibratório para espantar os insetos (posicionado o mais perto da pessoa e no meio da cama). E por o último assento para momentos rápidos como trocar de tênis ou de roupa, posicionado sempre na frente da cama. As primeiras alternativas têm a colocação do dispositivo de pressão para a inclinação conforme o QFD (80 – 85 graus) de uma forma simples e que não seja visível como as que existem no mercado, onde o estrado, estrutura e o colchão, são partes separadas unidas por parafuso. O aquecedor de ambiente foi posicionado em baixo no usuário onde o ar é mais frio, e não esquenta a espuma diretamente e sim o ambiente e a iluminação rebatendo na parede para melhor leitura no encosto (que foi seu destaque onde o aquecedor, iluminação e o motor ficaram no mesmo dispositivo). O travesseiro para joelho foi adequado na posição mais próxima à perna e podendo ser flexível. E por fim, o assento e o suporte para alimentos que segue a forma da cama, tendo área proposta conforme os requisitos do produto. Assim, a que melhor atende essas questões foi à última alternativa, pois seu design e estética permite a flutuação da cama, bem como o aquecedor interno pelo sistema de placas, onde permite o usuário o controle da temperatura e da angulação. De uma forma mais limpa e com base que sustente o peso da cama mais o do usuário.

9 AMBIENTAÇÃO

89

As figuras abaixo ilustra o uso efetivo do produto para o usuário.

Imagem 22. Montagens- Ambientação Cama Bocejo. Elaborado pelo autor. 90

10 DETALHAMENTO

10.1 DESENHOS TÉCNICOS

91

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

25 24

B

23

22 20

21

C

19 17

18

14

16

11

15

D

10

13

9 12

E

6

7

5

2

4

8

3

B

Nº DO ITEM

Nº DA PEÇA

1 2 3 4 5

Base Direita Base Esquerda Atuador Linear 6000N Suporte Base do A. Base do Atuador

1500x504x310 fibra de vidro 1500x404x310 fibra de vidro 170x96x211 Elétrico D 55mm 340x80x4 MDF 340x74x180 Chapa de Aço 5mm

1 1 1 1 1

6

Pistão 45 mm

380x65 Tubo Pneumático Aço Inox

1

7

Lâmpada Fluorescente

600x37 220v, 20W

3

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

DESCRIÇÃO (mm)

Tampa Iluminação Suporte Alimentos Corrediça Fixação Suporte A. Barra G. Cortada Barra Grande Barra Pequena Parafuso do Eixo Parafuso Fix. Pistão

590x360x6 Polipropileno Translúcido 500x310x40 ABS Acabamento Liso 380x28x17 Aço Galvanizado 1mm 270x38x17 Aço Galvanizado 1mm 820x36x56 Barra Aço 3mm 820x36x56 Barra Aço 3mm 770x36x56 Barra Aço 3mm 90x25 Aço eixo liso 50x15 Parafuso Fixação Cromado Ultrasom Anti- Mosquitos 180x95x38 ABS, 0.5w - 30m² Grade G. Cerâmica 810x680x30 MDF Grade P. Cerâmica 820x680x30 MDF Parafuso Fix. Grade 50x15 Fenda Philips CH Placa G. Cerâmica 740x620x40 Cerâmica e Fio Condutor Placa P. Cerâmica 744x590x40 Cerâmica e Fio Condutor Colchão HR 2000x1000x200 Espuma HR Cortada Corda Metal Maleável 600x20x400 Aço Inox Maleável Suporte Tablet/Cel 250x23x120 ABS acabamento Liso

UDESC- CEART

QDT.

C

4 1 2 2 1 1 2 2 4 1 1 1 27 1 1 1 4 1

D

Design Industrial Projeto de Graduação

Nome:

1

Yago Weschenfelder Rodrigues

TÍTULO:

Cama Bocejo

F DES. Nº

Perspectiva Explodida Lista de Materias

1

2

3

ESCALA 1:50

FOLHA 1 DE 1

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

824

665

886

A

B

B

800

295

R 23

C

756

537

203

848

°

11



132

C

1300

1000

2000 D

866

116

D

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

VERIF. APROV. MANUF. QUALID

1

2

3

4

REVISÃO

TÍTULO:

DES.

F

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

MATERIAL:

PESO:

80 kg

DES. Nº

Cama Bocejo

ESCALA 1:20

FOLHA 1 DE 2

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

432 111

0 R2

303

B

B

343

R5

60

940 304

68

4

R90

C

504

193°

393

400

R85

C

5

R47 100

1298 1493 R 27,5

69

D

357

15

81 13 125

D

31

75 R 40

°

87

E

1494 SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

Pintado - Preto

ASSINATURA

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Fibra de Vidro 1

2

3

4

PESO:

4 kg

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

1- Base direita

DES. Nº

ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 3

A3

2

4

3

6

5

15

373

402

8

33

A

354

31

A

7

334

1

B

B

940

381 R1 5

4

R5

44 R47

310

57

R 40

400

67

70

297 C

366

5

C

65 404

3

351 1298

87°

D

15

D

90

°

134

150

R 27,5

E

527

1497 SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

Pintado - Preto

ASSINATURA

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

DES. Nº

Fibra de Vidro 1

2

3

4

PESO:

4kg

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

2- Base esquerda

ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 4

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

170 96,819 B

211,476

B

6

3 8,1

C

C

55

D

D

55

45

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

Peça Terceirizada

ASSINATURA

DATA

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

3-Atuador Linear

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

PESO:

REVISÃO

ESCALA 1:2

FOLHA 1 DE 5

A3

1

2

3

4

6

5

7

8

A

A

282

31

0 R2

B

4

B

C

C

303

D

80

D

343 E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

MDF

PESO: 400 g

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

4-Suporte da Base do Atuador FOLHA 1 DE 6

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

303

15

282 343 B

B

74

175 182

C

113

5

75

°

34

134

C

10



22

88

215

D

D

0 R2 27

54

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

DES. Nº

Chapa de Aço 1

2

3

4

PESO:

1 kg

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

5-Base do Atuador

ESCALA 1:2

FOLHA 1 DE 7

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

5

A

B

B

363

65

16

65

35

45

C

6

6

45

C

D

D

382

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Aço Inox 1

2

3

4

PESO: 2 kg

DES. Nº

ESCALA 1:5

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

6 - Pistão FOLHA 1 DE 8

A3

1

2

3

4

6

5

7

8

A

A

B

B

37

604

C

4

C

D

D

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

Peça Terceirizada ASSINATURA

DATA

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Vidro 1

2

3

4

PESO:

DES. Nº

ESCALA 1:5

7-Lâmpada Fluorescente FOLHA 1 DE 9

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

6

A

R4 0

B

514

C

C

280

360

B

D

D

594

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

Polido

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Polipropileno Translúcido 1

2

3

4

PESO:

500g

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

8-Tampa Iluminação

ESCALA 1:5

FOLHA 1 DE 10

A3

1

2

4

3

A

6

5

7

8

A

40

163

6 16 351

B

R 15

104

B

312 310

276

14 66

C

C

20

44

249

361 20 D

D

96

5

26

24 449

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

Polido

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

ABS 1

2

3

4

PESO:

800g

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

9- Suporte de Alimentos

ESCALA 1:5

FOLHA 1 DE 11

A3

1

2

3

4

6

5

7

8

A

17

A

B

B

5

206

96

1

28

14

R4

39

C

C

D

D

380

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

Peça Tercerizada

ASSINATURA

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

DES. Nº

Aço Galvanizado 1

2

3

4

PESO:

ESCALA 1:5

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

10- Corrediça FOLHA 1 DE 12

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

B

B

270 38

38

R4

C

5

5

20,500 C

D

5

8,467

D

196

E

28

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

ASSINATURA

Peça Terceirizada

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Aço Galvanizado 1

2

3

4

PESO:

REVISÃO

DES. Nº

11- Fixação Suporte Alimentos

ESCALA 1:5

FOLHA 1 DE 13

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

B

B

298

338

156

36 56

49

25

C

7

C

75

D

18

D

3

15

640

49

820

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

Aço PESO:

1kg

REVISÃO

DES. Nº

12- Barra Grande Cortada ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 14

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

150

15

36

215

B

B

8 R2 36 56

25

C

3

C

640

D

D

820

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

Aço PESO:

1kg

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

13- Barra Grande

ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 15

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

B

B

8 R2

742 56

25

162

C

3

C

770

15 D

36

D

210

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

14-Barra Pequena

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

Aço PESO:

1kg

REVISÃO

ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 16

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

50

A

B

2

B

0 R2

5

38

R45

140

C

C

40

3

38

10

55

D

10

D

95

18

180

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

ASSINATURA

Liso

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

ABS 1

2

3

4

PESO: 130g

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

17- Ultrasom Anti-Mosquitos

ESCALA 1:2

FOLHA 1 DE 17

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

30

A

40

B

B

C

R356

150 697

792

120

30

105

R396

298

394

202

60

D

15

5

D

C

817

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

PESO:

MDF

3kg

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

18-Grade Grande Cerâmica

ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 18

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

824

B

B

20

R33 8

15 210

145

295

679

R298 C

C

30 10

40

20

60 D

D

6

68 E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

1

2

3

4

MATERIAL:

MDF PESO:

3kg

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

19-Grade Pequena Cerâmica

ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 19

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

40

A

B

B

5

624

R356

C

C

10 D

R4827

D

737

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Cerâmica e Fios Condutores 1

2

3

4

PESO:

2kg

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

21- Placa Grande Ceramica ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 20

A3

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

744

B

B

595

R29 8

C

C

R4827

10

D

40

6

D

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Cerâmica e Fios Condutores 1

2

3

4

PESO: 2kg

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

22- Placa Pequena Cerâmica ESCALA 1:10

FOLHA 1 DE 21

A3

2

4

3

6

5

7

8

R4677

1

A

A

813

15

R506

769

75 R 18

R448

53

104

B

R4677

B

36

R5181

739

530

C

202

C

382

1012

R4211

2000 D

R373

737

866

D

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Espuma HR 1

2

3

4

PESO: 7kg

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

A3

23- Colchão HR

ESCALA 1:20

FOLHA 1 DE 22

1

2

4

3

6

5

7

8

A

A

B

B

R2 1

8

C

303

399

C

20

D

D

602

E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

ACABAMENTO:

ASSINATURA

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

Aço Inox Maleável 1

2

3

4

PESO: 500g

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

DES. Nº

24- Corda Metal Maleável ESCALA 1:5

FOLHA 1 DE 23

A3

1

2

4

3

6

5

A

7

8

A

23

250

B

B

150

0 R5

R3 9

56

R7,500

226

C

C

23

70

3

120

37

58

D

D

R 25

250 E

SE NÃO ESPECIFICADO: DIMENSÕES EM MILÍMETROS ACABAM. SUPERFÍCIE: TOLERÂNCIAS: LINEAR: ANGULAR: NOME

ACABAMENTO:

ASSINATURA

REBARBAR E QUEBRAR ARESTAS AGUDAS

Liso

DATA

NÃO MUDAR A ESCALA DO DESENHO

TÍTULO:

DES. VERIF. APROV.

F

MANUF. QUALID

MATERIAL:

ABS 1

2

3

4

PESO: 500g

DES. Nº

REVISÃO

UDESC- CEART Design Industrial Projeto de Graduação Yago Weschenfelder Rodrigues

25- Suporte Tablet/Celular

ESCALA 1:2

FOLHA 1 DE 24

A3

10.2 TECNOLOGIA E MATERIAIS Neste projeto os materiais usados foram aplicados onde o produto ganhasse resistência e valor estético, trabalhando com o ABS e a fibra de vidro, com bom acabamento, polido e pintado (materiais sintéticos), com alto brilho. A espuma HR foi aplicada ao colchão pela sua variação da densidade, distribuindo melhor o peso do corpo e sendo sua fabricação mais fácil de aplicação ao produto proposto, pois ela envolve a estrutura interna da cama ( espuma expandida). Os demais materias são de fixação e estrutura, como as barras de aço, o MDF de base da placa cerâmica. A placa cerâmica é de fácil aplicação, pois ela permite variadas formas com o circuito de aquecimento implantado. Conectado com o sistema de blutooth dentro da carcaça de fibra de vidro. Dentro da carcaça oca, também foi estruturado o atuador linear angulado, que está conectado ao sistema interno e ao colchão, que também pode ser controlado por tablete e celular via blutooth conectados. O sensor anti-mosquitos funciona via ultrassom numa frequência 38hz, acoplado a estrutura de base interna, assim como o porta alimentos e o suporte para tablete em aço flexível. A base de fibra é realizada pelo processo de infusão, que é um processo de laminação, que os cascos ficam mais leves, mais resistentes e mais baratos; a infusão a vácuo é uma tecnologia nova, de injeção de resina em molde aberto ( todo os materiais , tecidos espumas , fibras de vidro são colocados no molde , é selado com um plástico super resistente, como se fosse uma forma de bolo , depois algumas bombas a vácuo são instaladas em lugares estratégicos do molde , para sugar todos o ar , em seguinte começa injetar a resina, feito com as mesmas bombas, só que agora elas empurram a resina para dentro do molde, espera secar):

116

Imagem 23. Placa cerâmica.. Acessado em: https://www.dompepeud.com.br/loja/product_info.php?cPath=102_221&products_id=2186.

Imagem 23. Atuado Leninear 6000N. Acessado em: http://www.az-armaturen.com.br/port/produtos/85_atuadores.htm

Imagem 24. Dispositivo Bluetooth. Acessado em: http://www.cyberpontocom.com.br/products.php?product=Dispositivo+Bluetooth 117

10.2 ERGONOMIA Conforme as imagens, a cama foi adaptada para que os usuários possam se alimentar, assistir vídeo, ler, descansar, se aquecer e principalmente dormir. Possui variadas posições, conforme desejado, com ajuste do eixo central em até 85º de inclinação a partir do 180º mais o ajuste do suporte para tabletes/celular, que se movimenta livremente com o toque. Outro ajuste importe é do suporte de alimento que chega a sair completamente favorecendo a pega dos objetos. Implementado perto do alcance do usuário na posição sentada (de comer). O colchão de espuma HR, sofre um ajuste simples de curvatura proporcionando melhor adequação da coluna, numa forma mais anatômica. A altura total da cama é de 500 mm, onde o usuário consegue sentar confortavelmente, tocando os pés no chão. Seu comprimento é de 2000mm comportando qualquer altura humana ( antropométrica da média de brasileiros). E a largura de 1000mm que permite varias posições durante o sono, aumento de comodidade e funcionalidade na cama:

Imagem 25. Ergonomia na cama Bocejo. Elaborado pelo Autor.

118

Imagem 26. Recorte – posição 180º. Elaborado pelo Autor.

Imagem 27. Vista suporta para alimentação. Elaborado pelo Autor.

119

Imagem 28. Posição 210º Cama Bocejo. Elaborado pelo Autor.

10.3 MODELO DE ESTUDO Ao longo do projeto foi desenvolvido modelos de estudo, para melhor visualização da proporção, escala, aspecto ergonômicos e estruturais:

120

Imagem 29. Montagem - Modelo de estudo em papel - Cama Bocejo. Elaborado pelo Autor.

Imagem 30. Modelo de estudo em isopor - Cama Bocejo. Elaborado pelo Autor. 121

Imagem 31. Modelo de estudo com tecido - Cama Bocejo. Elaborado pelo Autor.

11 CONCLUSÃO O produto atingiu os requisitos do projeto, pois atende os atributos emocionais e sensoriais geradores de conforto, existindo uma busca cada vez maior por materiais e forma diferenciadas. Uma residência será mais valorizada por sua atmosfera do que pela ostentação de riqueza, a qualidade e a beleza tem uma importância fundamental estabelecida pelo equilíbrio entre o passado e o futuro do mobiliário de dormir. A cama é vista atualmente como um móvel interativo e de poder no dormitório, assim o produto criado possui formas mais interativas e intuitivas ao público - não vendo a cama como algo para apenas dormir, mas como integração, novos valores e novas tecnologias, para o entretenimento e uso. 122

Assim, a cama projetada possui um bom posicionamento no mercado e será adquirida sob encomenda, seus componentes internos terceirizados (lâmpadas, atuador, dispositivos), facilitam a produção, existindo padrões no mercado. Por fim, trabalhar um design mais contemporâneo e fora do padrão das camas domésticas convencionais, que ocupa menos espaço do quarto e oferece maior conforto e qualidade de vida. Onde a multifuncionalidade ganha espaço e atende os requisitos e necessidades dos usuários. Uma grande dificuldade é de unir esses aspectos de forma harmônica e funcional, sem perder a integralidade da cama.

123

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129

APÊNDICES 1 Questionário

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE ARTES DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE DESIGN DESIGN INDUSTRIAL

Questionário que será aplicado aos usuários, em áreas domésticas, com devidas orientações e individualmente:

Esse questionário foi elaborado para a pesquisa de Projeto de Graduação em Design Industrial 7° fase – 2013

1 ) Qual sua idade? 18 – 22 ( ) 23 – 27 ( ) 28 – 32 ( ) 33 – 37 ( ) 38 – 42 ( ) 43 – 47 ( ) 48 – 52 ( ) 53 – 57 ( ) 58 – 62 ( ) Acima de 63 ( )

2) Reside em: Casa ( ) Apartamento ( ) 130

3) Renda familiar: ( ) Menos de 1 salário mínimo ( ) 1 a 3 salários mínimos ( ) 4 a 6 salários mínimos ( ) 7 a 11 salários mínimos ( ) Mais de 11 salários mínimos

4) Lazer pode ser identificado para você como: Liberdade ( ) Jogo ( ) Prazer ( ) Divertimento ( ) Não fazer nada ( ) Satisfação ( ) Relaxar ( ) Paz ( )

5) O que você faz na cama? Dormir ( ) Descansar ( ) Ver TV ( ) Conversar ( ) Comer ( ) Ler ( ) Transar ( ) Estudar ( ) Todas as Alternativas ( ) Outras( ) ______________

131

6 ) Fica muito tempo na cama em outras atividades que não seja dormir ( mais de uma hora) ? Sim ( ) Não ( )

7) Quanto tempo costuma dormir? 4h ( ) 5h ( ) 6h ( ) 7h ( ) 8h ( ) 10h ( ) Outra _____________ 8) Com que frequência você dorme bem?

Mais de uma vez na semana ( ) Cinco vezes na semana ( ) Quatro vezes na semana ( ) Três vezes na semana ( ) Outro ______________

9) O que te incomoda ao dormir? ________________________

10) Possui algum problema de saúde que interfere no sono? Ex: insônia, escoliose, obesidade. ______________________________________________

11) Você gosta de sua cama? Sim ( ) Não ( ) 132

12) A cama possui algum defeito, qual ? Ex: Muito estreita, desconfortável, pesada, etc ________________________________________________________

13) O que você mudaria nela?

14) Qual é o tipo da sua cama? (colchão, tamanho etc),? ________________________________________________________

15) Qual o seu trabalho? ________________________________________________________

16) Quanto tempo livre disponível por dia (horas)? _______________________________________________________

17) Prefere qual época do ano para ficar em casa? Outono ( ) Inverno ( ) Primavera ( ) Verão ( )

18) Selecione sua preferência estética:

( ) Orgânico

( ) Angular

( ) Aerodinâmico

( ) Estático

( ) Equilibrada

( ) Desequilibrada

( ) Simetria

( ) Assimetria

19) Prefere comprar pessoalmente ou pela Internet? Pessoalmente ( ) Internet ( )

133

20) Gosta de colecionar algo? O quê? ___________________________________________________________________________

21) Existe algo com qual não consiga viver sem (algum vício)? ___________________________________________________________________________

22) Compra camas, colchões e travesseiros em lojas específicas? ___________________________________________________________________________

23) Costuma trocar de cama ou colchão (com que frequência)? ___________________________________________________________________________ 24) Possui algum animal de estimação? Cão ( ) Gato ( ) Pássaro ( ) Outros: ____________________________ 25) Quanto que você pagaria numa cama perfeita?

( ) 2 mil reais ( ) 3 mil reais ( ) 4 mil reais ( ) 5 mil reais ( ) Mais de 5 mil reais

26) Qual é o seu nome?

27) Algum comentário ou observação?

Obrigado!

134

2 Entrevista

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE ARTES DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE DESIGN DESIGN INDUSTRIAL

Entrevista elaborada para a pesquisa de Projeto de Graduação em Design Industrial 7° fase 2013

Idade: ___________________ Profissão:_________________ Estado Civil: ______________ Cama: ___________________ Características: _________________________________

Perguntas:

1) O que te incomoda ao dormir? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 2) A cama possui algum defeito? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 3) Existe algo com qual não consiga viver sem? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

135

4) Como você dorme/sente? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 5) O que você acha de uma cama multifuncional? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

Fotografias da cama do usuário retirada pelo autor

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