O Fim do Imperio Português. A cena internacional, a guerra colonial e a descolonização, 1961-1975

June 8, 2017 | Autor: António Costa Pinto | Categoria: International Relations, Democratization, Colonialism, Decolonization
Share Embed


Descrição do Produto

o Fim do Império Português / 25 24/ António Costa Pinto

portuguesa,,41. Um sector relativamente coeso nas suas críticas a Portugal era o Escandinavo, sobretudo a partir do final dos anos 60, que aliás passará rapidamente a apoiante humanitário e político dos movimentos de libertiü';:ãb das colónias portuguesas. Com a chegada da dupla Nixon-Kissinger ao poder, no final dos anos 60, Portugal contou com uma posição mais benigna da parte norte-americana, à medida que as vozes dos movimentos de libertação chegavam ainda mais fortemente à ONU. Os EUA eram cada mais criticados por apoiar Portugal, mas, 42 como referia o embaixador na ONU, "we can live with the portuguese problem" . No início dos anos 70, a ONU continuaria a radicalização das suas posições perante o colonialismo português, no geral com a abstenção dos EUA, França e Inglaterra. Um dos mais conhecidos exemplos desta posição foi a atitude passiva da delegação americana perante a invasão da Guiné por um comando português, em 1970, que foi obviamente tema de críticas generalizadas a Portugal. A contas com ataques terceiro-mundistas crescentes, os EUA decidiram mesmo sair do comité dos 24 das Nações Unidas. Algumas agências da ONU tinham contactos com os movimentos de libertação e reforçaram-nos, levando Portugal à saída, caso da UNESCO, que 43 Lisboa abandonou nas vésperas do 25 de Abril de 1974 . Algum tempo antes, a Assembleia Geral aprovou uma moção, por 99 votos contra 5 (EUA, França, Inglaterra, África do Sul e Portugal), apelando para o apoio aos partidos em luta contra Portugal, dando-lhes a colaboração das suas agências. Em 1972, a ONU enviou uma delegação às zonas libertadas da Guiné-Bissau e, em Dezembro, Amílcar Cabral anunciava eleições e uma futura declaração de independência. Com 105 votos contra 5, a Assembleia Geral da ONU reconheceu o PAIGC como único representante do povo da Guiné. Em 1973, o PAIGC declarava unilateralmente a independência, sendo reconhecido por 80 Estados.

UMA GUERRA DISCRETA NO CAMPO INTERNACIONAL: 1963-1968

Em meados de 1963, Portugal tinha controlado a revolta em Angola. A actividade militar da UPA!FNLAera mínima e a do MPLA nunca tinha sido significativa até aí. Apesar do PAIGC ter aberto uma frente na minúscula Guiné-Bissau, reinava uma atmosfera mais calma. Com a independência da Tangânica (depois designada por Tanzânia) em 1961, Salazar já tinha antecipado o seu impacto em Moçambique. Eduardo Mondlane, o líder da recém-formada FRELIMO, tinha-se licenciado nos EUA onde ensinava ciências sociais na Universidade de Siracusa, quando avançou para a direcção do movimento, inicialmente bastame dividido.

Apesar de enfraquecido, o sector africano do departamento de Estado propôs a expansão discreta dos contactos com os nacionalistas moçambicanos. Em 1963, Mondlane foi recebido por Robert Kennedy-e-AverellHariman, entretanto nomeado subsecretário de estado para os Assuntos Políticos. Estes ficaram bem impressionados e deram algum apoio clandestino. No final desse ano, a CIA já subsidiava Mondlane em Dar es Salaam, ajudando a consoli44. d~Ção d,a.sua chefia Em 1964, a FRELIMO introduziu com alguma pressa diplomátíca 250 homens em Moçambique, mas aqui os portugueses estavam preparados e a verdadeira guerra demorou a emergir45. Os observadores internacionais, que sistematicamente prenunciavam o colapso do sistema colonial português por impossibilidade de resistência e o seu núm~ro não era pequeno, começavam a reconhecer a tenacidade do Estado Novo . A mai~ ?obre das nações da Europa Ocidental estava-se a aguentar no campo militar, ao mesmo tempo que os indicadores económicos começavam a reflectir um crescimento acelerado, acompanhando a restante Europa do Sul. ~ integração na EFTA, a abertura ao investimento estrangeiro, quer da metropole quer das colónias, o turismo e a emigração de mão-de-obra para a Europa, começaram discretamente a mudar o país. Chester Bowles ainda apresentaria uma versão moderada do plano Sakwa, em 1963, prevendo a contrapartida de 500 milhões de dólares de apoio a dividir entre os EUA e a NATO, mas quando Ball a apresentou a Salazar obteve uma ~esposta mais curta: "Portugal não está à venda?". As colónias portuguesas, t~nham entretanto deixado de ser uma questão importante da agenda da política externa norte-americana, perdendo, pois, progressivamente relevo, como .aliá~ P~~tugal, nos anos ,seguintes. Lyndon [ohnson consagrou a secundanzaçao ja em curso de Africa e concentrou-se na escalada do Vietname: "Muito mais do que Berlim ou Cuba, o Vietname desviou a atenção americana de todos os outros assuntos,,48. Alguns dos amigos do sector africanista iam entretanto desaparecendo, como ~obert Kennedy, e o próprio Mennem Williams, que se demitirá em 1966. E significativo também que o recém-nomeado embaixador em Lisboa, Tapley Bennet, não se lembre de alguma vez ter falado das colónias portugue49 sas quando se encontrava com o presidente [ohnson em Washington • Em meados da década de 60, os movimentos de libertação das colónias portuguesas estavam em processo de consolidação das suas frentes militares e de fixação dos seus apoios internacionais. A FRELIMO, que tinha conseguido ser o produto da unificação de vários movimentos, era reconhecida pela OUA, e começava a obter um apoio extremamente diversificado, incluindo a Holanda e os países nórdicos, para além da China e do bloco de Leste. Da parte norte-americana, no entanto, a secundarização era evidente, negando qualquer atenção a Mondlane acima de um pequeno apoio fínanceíro'".

26/ António Costa Pinto

Em 1964, o GRAE de Holden sofreu uma crise interna importante com a saída de Savimbi e a hostilidade de Tshombe no Congo, de que só a instalação de Mobutu no poder o salvou, perriiifindõ-lhe a eliminação dos seus oponentes, mas reforçando também a sua dependência. O apoio norte-americano era escasso, e apesar das constantes manobras de Roberto, fingindo mudar para o campo dos chineses, os EUA não se impressionaram. O MPLA recuperava da crise e conseguia finalmente o reconhecimento da OUA, retomando o apoio soviético e começando também a ter apoio militar cubano. Após dois anos de reorganização e algum treino militar na China, Savimbi reapareceria em cena dois anos depois, com a UNITA atacando o caminho-de-ferro de Benguela, vital para as exportações da Zâmbia. Expulso deste país, começou a dirigir a UNITA da zona fronteiriça. Na Primavera de 1965, o embaixador americano em Lisboa, aliás discreto admirador do regime, esboçou o último plano de iniciativa americana para pôr fim às hostilidades nas colónias portuguesas. Conhecido como o "plano Andersen", por ter sido gerado em grande parte em Lisboa pelo velho almirante do mesmo nome, este previa uma negociação entre africanos e portugueses sobre um período de transição para a autodeterminação, a ser decidida em plebiscito, e o apoio económico externo à África colonial portuguesa. Nenhum tema era novo, mas a aproximação negocial foi muito mais moderada. Aprovado por Ball e Harrriman, que sugeriram um período de 8 anos de transição, ele foi apresentado a Franco Nogueira em Setembro de 1965 e este, mostrando-se colaborante, propôs a sua discussão com Salazar. O ditador, como sempre, ligou pouco à proposta, limitando-se a responder aos velhos pressupostos norte-americanos de que os nacionalismos africanos. eram sérios e que poderiam dar lugar a Estados independentes, com a teona dos "indígenas primitivos". O sinal do pouco empenho da administração norte-americana veio do próprio Dean Rusk, que nem mencionou o plano quando se encontrou com Franco Nogueira no mês seguinte. Poucos meses depois, 51 este seria oficialmente rejeitado por Portugal . Aquela que seria a última tentativa americana no sentido de Portugal reconhecer o direito à autodeterminação das suas colónias, deu-se quando este tema já estava "no fundo da agenda da política externa norte-americana". Nos oito anos seguintes, os EUA iriam seguir o conselho que o próprio Anderson daria antes de partir: "não precipitar desnecessariamente fricções nas relações luso-americanas,,52. Portugal continuava em 1965 tão renitente a qualquer negociação como em 1961, repetindo a sua determinação em lutar eternamente pelas suas "províncias ultramarinas". Os EUA tinham entretanto retomado alguma assistência militar a Lisboa e, tão importante como isso, o investimento privado nas colónias começou a aumentar, nomeadamente no petróleo angolano. Masalguns megaprojectos do

o Fim do Império Português / 27 regime não tiveram eco na administração norte-americana, caso da Barragem de Cabora Bassa, em Moçambique. A FRELIMO e alguma diplomacia africana tentaram-inviabilizal" a sua construção, mas sem resultado. Dos potenciais in-vestidores, pelo menos a Itália desistiu, e os EUA, pela mão de Dean Rusk, não autorizaram a participação do Export-Import Bank no projecto. Com a declaração unilateral de independência pela minoria branca da Rodésia, em 1965, a fronteira da resistência branca ficou estabelecida na África Austral, com alguns Estados negros por ele dominados, caso do Malawi. A Ditadura portuguesa apoiou a Rodésia aquando do bloqueio britânico, e votou contra as sanções nas Nações Unidas, reforçando também os seus contactos com a África do Sul, muito embora se tente demarcar do sistema de aparthsíd", Com o desenvolvimento de estratégias militares de ataque a santuários da guerrilha em países vizinhos, generalizaram-se as queixas de alguns países contra Portugal, como a Tanzânia, a Zâmbia, o Senegal ou a Guiné-Conacrí, ao mesmo tempo que a Ditadura reforçava a sua colaboração militar e policial com a Rodésia e a África do Sul, com o qual passou a ser associada internacionalmente. Portugal tentou explorar para si os conflitos entre os países fronteiriços e a guerrilha, como no Congo-Brazaville e no Congo-Kinshasa, e ainda a dependência de Portugal para vias de acesso ao mar, caso da Zâmbia. Em certos casos, a própria rivalidade entre eles não precisava de mão portuguesa para provocar efeitos debilitadores na guerrilha. No início dos anos 60, sobretudo em Angola, as interferências dos dois Congos potenciaram os conflitos já agudos entre MPLA e FNLA, para além de inspirarem múltiplas cisões e pequenos movimentos, como por exemplo, os de Cabinda. Por outro lado Portugal não deixou de aproveitar a permanente instabilidade no Congo, particularmente durante a secessão do Catanga e a posterior liderança de Moisés Tshombé, em 1964_65 54. Para além de uma rápida utilização política, militar e policial dos múltiplos grupos de exilados, quer no Congo, quer na Guiné-Conacri, Portugal uma tentativa de invasão e derrube do regime de Sékou chegaria a promover 55 Touré, em 1970 •

O PRECIOSO ESCUDO DA NATO A condição de membro da Aliança Atlântica pode ter sido irrelevante e incómoda para os restantes parceiros, mas foi um poderoso instrumento de estabilidade da Ditadura portuguesa, oferecendo-lhe um escudo protector na sua derradeira aventura colonial. Para os norte-americanos sobretudo, a importância de Portugal continuava a residir "na base dos EUA nos Açores" e

o Fim do Império Português / 29

28/ António Costa Pinto

apenas "secundariamente na NATO,,5., mas era difícil separar um elemento do outro. Ainda que sendo o mais anónimo dos membros fundadores da organização, os EUA, a Inglaterra, a Fráüçaea RepúblicaFederal Alerr:ã: defenderam Portugal no seio da Aliança, perante as crescentes criticas ao colonialismo lusitano por parte da Holanda, da Dinamarca e da Noruega. A resposta militar à revolta de Angola em 1961 pa~sou pelo envio im:diato de tropas e armamento que deveriam estar ao serviço da NATO. A Alíança autorizou a mudança, no seu encontro de Oslo em Maio de 196~, co~o aliás tinha feito a De Gaulle para a guerra da Argélia, mas Kennedy Instruiu Dean Rusk para cessar toda a assistência militar norte-americana para as divisões da NATO portuguesas e exigir o regresso ao continente do material envíado". Mais do que estratégia de longo prazo, o endurecimento norte-americano visava dividir o poder de Lisboa, provocando uma eventual pressão militar sobre Salazar para renovar o acordo das Lages. Transformada pouco tempo depois em interdição para utilização nas colónias, aquilo que chegou a ser anunciado como um "completo embargo de armas" a Portugal teve con58

sequências práticas menores . . Em 1965, por exemplo. como acto de boa vontade perante uma negociação em curso, os EUA forneceram ilegalmente aviões B-26 a Portugal. Mas do lado português as queixas eram sempre iguais porque os envi~s er~m se~~re mais limitados do que os pedidos realizados, que. neste caso, incluíam aVIOe.s a jacto de combate e napalm'. Na realidade, os EUA tinham quase normal~­ zado o apoio militar a Portugal. Entre 1963 e 19.68, S~Jazar recebeu 33 milhões de dólares de ajuda militar norte-amencana . Quando os norte-americanos moderaram a sua posição perante o colonialismo português na segunda metade dos anos 60, os países nórdicos aumentar~m,as crítica~ ~ Portugal. Aconselhando silêncio cada vez que se colocava a hipótese de CrItIcar Portugal na NATO, o embaixador norte-americano em Lisboa, Tapley ,,61 Benett, sugeria a Washington em 1967: "let us leave it to t h e Danes . A chegada de Nixon ao poder foi ainda mais benéfica para portu~al. ~pe­ sar de sempre aquém dos desejos portugueses, a situação melhorou significativamente. Autorizou-se então o fornecimento de material não letal para as colónias e mais um fornecimento de aviões de transporte. helicópteros e outro material foi desbloqueado. Apesar dos sucessivos pedidos portu~eses. no entanto a NATO nunca autorizou a utilização de material seu em Africa e não apoio~ politicamente a guerra colonial portuguesa. Convém ~ambé~ não subestimar as críticas a Portugal no interior da Aliança e o apoio político e financeiro de alguns membros aos movimentos de libertação, sobretudo a partir do final dos anos 60. . A questão central do fornecimento de armas a Portugal fOI sempre um exemplo de duplo jogo para com o seu aliado lusitano. Formalmente, cum-

pria-se O embargo às armas para a guerra colonial, mas a metrópole não era obviamente incluída. Os EUA resistiram mais vezes do que se supõe ao fornecimento de material-militar-a-Portugal, sendo a Inglaterra,,a França B a RFA bastante mais generosas na venda de armas. Alguns tratados bilaterais mostraram-se também importantes, como o feito com a República Federal Alemã, em 1963. Em troco de uma base aérea de treino em Beja, os alemães pagavam com assistência. Durante os anos 60, o acumular das críticas à NATO por associação com a guerra colonial portuguesa "produziu", segundo alguns observadores, "um largo consenso sobre o embaraço para a NATO representado pela condição 62 de membro de Portugal" . Alguns especialistas de estratégia colaboradores da NATO consideravam que, com a abertura da Espanha franquista a bases militares norte-americanas, a importância de Portugal tinha diminuído bas63 tante . Apesar da sua eventual expulsão nunca ter sido equacionada seriamente no início dos anos 60, alturas houve em que foi Portugal que tentou jogar a cartada do distanciamento. Quando De Gaulle retirou a França da área militar da Aliança em 1966, e se discutia a passagem do comando naval de Brest para Lisboa, Salazar aproveitou pata reafirmar que a NATO também se tinha tornado desadequada à segurança de Portugal, acusando novamente os EUA e excluindo-o da lista de países com os quais Portugal mantinha relações satisfatórias, onde se encontrava a França ou a República Federal Alemã. No entanto, com a decisão de instalar em Lisboa a sede do Comando da Área Ibero-Atlântica (COMIBERLAND),Portugal saiu mais reforçado. Desde os anos 50 que Portugal tentava convencer os seus parceiros de que a área da NATO deveria incluir também o flanco sul-africano, para abranger Cabo Verde e Angola, ao mesmo tempo que aumentava a sua disponibilidade, "na esperança de se tornar um aliado índíspensável't'". No entanto, para além da retórica discursiva, esta oferta interessada do governo português mereceu por vezes alguma atenção. No caso da oferta de bases em Cabo Verde e S. Tomé, no quadro do SACLAND,como possivelmente na Guiné e em Angola, a retórica foi devidamente ponderada pelos comandos da NATO no início dos anos 70, dado que o Atlântico Sul seria obviamente melhor controlado daqui do que dos Açores. A utilização de Nacala, em Moçambique, foi também ponderada, sendo aliás oferecida aos EUA como alternativa a Diego Garcia, em 1974, pouco antes do inesperado fim da guerra colonial. Com o acelerar da rivalidade naval com os soviéticos, o retórico flanco Sul deixou de ser mera propaganda portuguesa para entrar com seriedade nos planos da NATO, sendo visível em várias declarações de responsáveis militares. Por outro lado, sobretudo durante a administração Nixon, muitos oficiais da NATO continuaram a elogiar Portugal, pela sua dedicação na luta contra o comunismo. expressando mesmo 65. admiração pelo combate dos portugues~em África

30/ António Costa Pinto

Alguns estudiosos consideram que a invasão da Guiné em 1970, foi o "momento mais embaraçoso da NATO em África", opinião provavelmente e~cessi~~ô6. Os países africanos e a OUA exigiram mais uma vez aexpulsãt) de Portugal da NATO e, nos debates na ONU, choveram críticas aos aliados de Portugal. Até a Inglaterra e a França se demarcaram então da acção portuguesa, dando garantias discretas de que tal não se repetiria. Os países nórdicos, como se referiu anteriormente, foram os mais activos no apoio aos movimentos de libertação. No campo mais restrito da NATO, onde apenas participavam a Dinamarca e a Noruega, ambos os países serão, com a Holanda e com o Canadá, os mais críticos da Ditadura portuguesa. Logo em 1961, a Noruega bloqueou qualquer venda de armas a Portugal e daqui, como do Canadá, partiram alguns projectos de expulsão do país da 67. própria NAT0 Os noruegueses chegaram a colocar a hipótese do apoio humanitário aos movimentos de libertação numa reunião da NATO em Lisboa, em 1971, e os holandeses voltaram à carga na reunião seguinte, em Copenhaga, sem sucesso. Individualmente, ambos os países seriam contribuintes líquidos da guerrilha anticolonial portuguesa e, no caso da Holanda, ultrapassando a mera ajuda humanitária. Mais grave para Lisboa seria o anúncio de que a República Federal Alemã, um importante fornecedor militar de Portugal desde o início da guerra, iria deixar de vender armas a Lisboa no quadro da NATO. A Alemanha começou também a estreitar contactos discretos com os movimentos de libertação, nomeadamente com a FRELIMO.

Os ANOS DE MARCELO CAETANO, 1968-1974 Marcelo Caetano herdou um País diferente no Verão de 1968, mais europeu, em termos de trocas económicas, e esboçou inicialmente algum ímpeto liberalizador. Caetano tinha sido um dos raros notáveis da Ditadura a propor a evolução para um federalismo prudente em 1962, mas, quando chegou ao poder, nenhuma alteração foi esboçada na frente colonial, optando-se pelo continuismo da guerra, quer no discurso político quer no empenho estratégico, reafirmado pela sua viagem às colónias, em 1969. O esforço de guerra não deixava de aumentar, muito embora num quadro de crescimento económico. Em 1970, Portugal despendia 45% do orçamento em defesa e segurança. Com uma força militar de 140.000 homens, só Israel e os dois Vietnames o batiam em percentagem perante o total da população. A vitória de Nixon nas eleições presidenciais, em finais de 1968, foi vista como uma benção por Lisboa. Republicano conservador, Nixon tinha experiência internacional e conhecia bem o problema das colónias portuguesas, tendo criticado várias vezes a política africana de Kennedy, o que prognosti-

O Fim do Império Português / 31

cava que à "~:utrali.~ade benigna" de Iohnson talvez se seguisse o apoio sem reserv~s. FOI ISSO aliás que o novo presidente americano prometeu a Franco Nogueira, em 1969; segundo o testemunho_deste último+Nixonter-lhe-ia assegurado que .este nunca se comportaria com Portugal como Kenned/ 8 • Uma medida tomada de imediato pela nova administração norte-americana foi a de ordenar o encerramento de todos os contactos com os movimentos de libertação das colónias portuguesas69. Roberto, protegido por Mobutu e com ~lgum material chinês, sobreviveria razoavelmente. Quanto à FRELIMO, envolvida numa luta pelo poder após o assassinato de Mondlane, os contactos seriam então totalmente cortados. Muito rapidamente o controlo de Kissinger sob a política externa e o seu domínio sO,bre a máquina de Washington foi quase total. Para o poder branco no S~l_de Africa, a conjuntura foi boa, ~ado o relaxamento generalizado da~ restnçoes aos contactos com Portugal, Africa do Sul e Rodésia. Os relatórios do Conselho Nac~onal de Segurança sobre a região confirmavam que "os branaqui para durar" e "que a mudança construtiva só poderia VI'r cos estavam 1 ,,70. • por e es . O investimento norte-americano nas colónias portuguesas era já signific.ativo, sobretudo em Angola, com a descoberta de petróleo em Cabinda, e a opça~ de recurso da FNLA atingiria o período mais baixo em assístêncía", No final dos anos 60, algumas opiniões optimistas como as atrás citadas já reflectiam mal a situação nas colónias portuguesas, e as "menores" estavam ausentes de qualquer consideração nos relatórios, caso da Guiné-Bissau. N~ meio da indiferença perante o conflito português, havia pelo menos uma atituds de maior simpatia. A Ditadura era, finalmente, nas palavras de Kissinger, "um aliado da NATO defendendo o Ocidente e os seus flancos afrícanos'' Política Externa do Estado Novo, o Ultramar e a ONU. Uma Doutrina Histórico-Jurídica (1955-68)", Penélope, n.? 18,1998, pp. 189-206. 26 Cf., David W. Wainhouse, Remnants of Empire. The United Nations and the end of colonialism, New York and Evanston, Harper and Row, 1964, pp. 10-11. 27 Vide Richard D. Mahoney, Op. Cit., pp. 17-33. 28 Cito in David W. Wainhouse, Op. Cit., p. 13. 29 Vide Glyn Stone, "Britain and the Angolan Revolt of 1961", The Journal of Imperial and Commonwealth History, Vol. 27, n." 1, [anuary 1999, pp. 109-137. 3. Cf. Thomas J. Noer, Op. Cit., pp. 73 e 77. 31 Cf. Richard D. Mahoney, Op. Cit., pp. 238-240. 32 Cf. John Marcurn, Op. Cit., Vol. II, p. 25. 33 Cit. in Idem, p. 25. 34 Cf. John Marcum, Op. cu.. Vol. II, pp. 100-103; Thomas J. Noer, Op. Cit., pp. 100-101. 35 Cf. Dennis Charles Beller, The Portuguese Territories Issue in the United Nations: An Analysis of Debates, Ph. D. Dissertation, University of California-Los Angeles, 1970. 36 Sobre as origens das posições pró-portuguesas do Brasil vide, Williams Gonçalves, "Brasil e Portugal nos anos 50: interesses e fraternidade", Revista da Cátedra Jaime Cortesão, 1, Julho de 1997, pp. 26-34. Sobre a prudência posterior do Brasil, já sob a Ditadura Militar, vide Paulo Fagundes Vizentini, A Política Externa do Regime Militar Brasileiro. Multilateralização, desenvolvimento e construção de uma potência média (1964-1985), Porto Alegre, Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998, pp. 59-61. 37 Vide Dennis Charles Beller, Op. Cit, pp. 103-106. 38 Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 126; Thomas J. Noer, Op. Cit, p. 103. 3. Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cit., pp. 133-134. 4. Cf. Dennis Charles Beller, Op. Cit., pp. 129-130. 41 Cf. Idem, p. 134. 42 Cít. in Witney Wright Schneidman, Op. Cit, p. 293. 43 Vide José Freire Antunes (org.), A Guerra de África, 1961-1974, Vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995. 44 Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cii., pp. 111-113. 45 Cf. Thomas H. Heriksen, Revolution and Counterrevolution. Mozambique's war of independence, 1964-1974, Westport, Conn., Greenwood Press, 1983, pp. 24-25.

46 Vide L. H. Gann, "Portugal, Africa, and the Future", The Journal ofModern African Studies, 13, I (1975). p. 1. 4'Cil. in Witney Wright SchneidmanLQp, Git., p. 111:11~. 48 cr, Thomas J. Noer, Op. cu.. pp. 122-123. 4. Cito in Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 230. ec Cf. Richard D. Mahoney, Op. Cit., pp. 236-237. 51 Cf. sobre este plano, Michael A. Samuels and Stephen M. Haykin, "The Anderson Plan: an American attempt to seduce Portugal out of África", Otbis, VoI. 23, 3, Fali 1979, pp. 649-669. 52 Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cit, p. 183. 53 Cf. sobre as atitudes portuguesas perante o apartheid na África do Sul, Maria Isabel de Oliveira Faria Moita "Portugal Perante a Política do Apartheid - A Visão da Diplomacia Portuguesa", Penélope, n.022, Junho de 2000, pp. 7-34. 54 Cf. John Marcum, Op. cu.. pp. 141-142. 55 Vide o testemunho de um dos cérebros da operação, Alpoim Calvão, De Conacry ao M.D.L.P., Lisboa, Intervenção, 1976. 58 Citoin Christopher Coker, Nato, the Warsaw Pact andAfrica, London, Macmillan, 1985, p. 64. 57 Cf. Idem, p. 51. 58 Cf. Witney Wright Schneldman, Op. Cit, pp. 78-81. 5· Cf.ldem, p. 177-178. 6. Cf. Idem, p. 232. 61 Cit, in Thomas J. Noer, Op. Cit., p. 125. 62 Cf. Christopher Coker, Op. Cit., p. 48. 63 Cf. John Marcum, Dp.Cit., Vol. II, p. 23. 64 Cf. Christopher Coker, Op. cu, p. 51. 65 Cf. Idem, pp. 52 e 55-56. 66 Cf. Idem, p. 56. 67 Cf. Idem, p. 66-70. 68 Vide Richard D. Mahoney, Op. Cit., p. 243; José Freire Antunes, DsAmericanos e Portugal. Os anos de Richard Nixon, Lisboa, D. Quixote, 1986. 6. Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 279. zo Cít, in Richard D. Mahoney, Op. Cit., p. 243. Como introdução ao tema da política externa norte-americana perante o Sul de África nos anos 70 e 80, vide, Peter J. Schreader, United States Foreign Policy Toward Africa. Incrementalism, crisis and change, Cambridge, Cambridge University Press, 1994. 71 Cf. John Marcum, Op. Cit., p. 237. 72 Cit. in Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 228. 73 Cf. R. F. Holland, European DecoIonization, 1918-1981: An introductory survey, New York, SI. Martin's Press, 1985, p. 294; John Marcum, Op. Cit., p. 240; João Hall Themido, Dez Anos em Washington, 1971-1981, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1995, pp. 76-83. 74 Vide Paradela de Abreu (Coord. de), Os Últimos Governadores do Império, Lisboa, Edições Neptuno, 1994, p. 40. 75 Vide José Manuel Tavares Castilho, A Ideia de Europa no Marcelismo, 1968-1974, Porto, Afrontamento, 2000. 76 Cf, Kenneth Maxwell, "Portugal and Africa: The Last Empire", Prosser Gifford and Wm. Roger Louis (Editedy By), The Transfer ofPower in Africa. Decolonization 1940-1960, New Haven and London, Yale University Press, 1982, pp. 351-352. _

--------~---- - - - - - - -

" Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 362. 118-129.

'9 Cit. in Dalila CabritaMat.e.us,ALuta-p-ela Independência. A Formação das F;litJI§flJncladQ,_ ros da FRELIMO, MPLA e PAIGC, Lisboa, Inquérito, 1999, p. 69. 80 Lúcio Lara (Org., Prefácio e Notas), Um Amplo Movimento... Itinerário do MPLA através de documentos e anotações de Lúcio Lara, Vol. I, Luanda, Edição do Autor, 1997, pp. 15-16. 81 Lúcio Lara, Op. Cit., pp. 16-17; Dalila Cabrita Mateus, Op. Cit., p.p. 78-79. 82 Cf. Idem, p. 84. 83 Lúcio Lara, Op. Cit., pp. 38-39. 84 Dalila Cabrita Mateus, Op. Cit., p. 86. 85 Lúcio Lara, Op. cu., p. 32. 86 Cf. Dalila Cabrita Mateus, Op. Cit., p. 96. 87 Cf. Idem, p. 110-111. 88 Vide Carlos Pacheco. MPLA. Um nascimento polémico, Lisboa, Vega, 1997. 89 Lúcio Lara, Op. Cit., pp. 23-29. 90 Cf. José Vicente Lopes, Cabo Verde nos Bastidores da Independência, Praia, Instituto Camões, 1996, pp. 41-55. 91 Cf. Patrick Chabal, Amilcar Cabral. Revolutionary Leadership and People's War, Cambridge, Cambridge University Press, 1983, p. 54. 92 Idem, p. 50. 93 Lúcio Lara, Op. Cit., pp. 238-239. 94 Cf. John Marcum, The Angolan Revolution, Vol. I (1950-1962), Cambridge, MIT Press, 1969, p. 43. 95 Cf. David M. Abshire and Michael A. Samuels (Edited by), Pottuguese Africa. A Handbook, New York, Praeger, 1969, p. 402. 90 John Marcum, Op. Cit., Vol. I, pp. 194-199. 97 Vide Malyn Newitt, A History of Mozambique, Bloomington, Indiana University Press, 1995, pp. 520-523. 98 Vide John Marcum, Op. cu., Vol. I, pp. 49-64. '9 Vide Lúcio Lara, Op. Cit., pp. 370-409. 100 Vide a versão de Holden Roberto in Drumond Jaime e Helder Barber (org. de), Angola: Depoimentos para a História Recentê, 1.0 Volume, Luanda, Edição dos Autores, 1999, pp. 16-20. 101 Cf. Idem, pp. 410-424. 102 Cf. Mustafah Dhada, Warriors at Work. How Guinea Was Really Set lTee, Niwot, University of Colorado Press, 1993, pp. 6-18. 103 Vide Richard A. Lobban, [r., Cape Verde. Crioulo Colony to Independent Nation, Boulder, Westview Press, 1995, p. 89; Patrick Chabal, Amilcar Cabral. .. , Cit., p. 84; José Vicente Lopes, Op. Cit., pp. 97-98. 164 Cf. José Vicente Lopes, Op. Cit., pp. 145-147. 105 Vide Patrick Chabal, Op. Cit., p. 54-78. 100 Vide Thomas H. Heriksen, Op. Cit., pp. 20-21; Malyn Newitt, Op. Cit., p. 522. 107 Vide José Vicente Lopes, Op. Cit., pp. 151-160. 108 Vide Richard A. Lobban, [r, Op. Cit., p. 94; José Vicente Lopes, Op. Cit. 109 Vide Tony Hodges and Malyn Newitt, São Tomé and Príncipe. From Plantatioti Colony to Microstate, Boulder, CoI., Westview Press, 1988, p. 44, e sobretudo Gerhard Seibert, "Le massacre de Février 1953 à São Tomé. Raison d'être du nationalisme santoméen", Lusoiopie, 1997, pp. 173-192.

----- - - - - - - ~ - - - - - -

o Fim do Império Português / 95

94/ António Costa Pinto

'8 Cf. João HaU Themido, Op. Cit., pp.

- -

110 Vide Gerhard Seibert, Comrades, Clients and Cousins. Colonialism, Socialism and Democratization in São Tomé atul Príncipe, Leiden, Leiden University, 1999, pp. 75-81. _ __ 111 Cit._iIl ParadeladeAbreu (Coord, deJ,91'.Cit, p, 177.___ _ _ 112 Salazar cito in Franco Nogueira, Salazar, Vol. V. Porto, Civilização, 1984, pp. 80-82. Vide Valentim Alexandre, ''A África no Imaginário Politico Português", Penélope n.? 15, 1995, pp. 39-52 e sobretudo Claúdia Castelo, "O Modo Português de estar no mundo". O Luso-tropicalismo e a ideologia colonialportuguesa, 1933-1961, Porto, Afrontamento, 1999. Para uma contestação politico-académica dos anos 60, vide Roger Bastide, "Lusotropicology, Race, and Nationalism, and Class Protest and Development in Brazil and Portuguese Afríca", Ronald Chi/cote (Edited by), Protest and Resistance in Angola and Brazil. Comparative Studies, Berkeley, University ofCalifornia Press, 1972, pp. 225-240. 113 Vide sobre o tema Jack Snyder, Myths of Empire. Domestic Politics and lntemoiionol Ambitions, Ithaca and London, CorneU University Press, 1991. 114 Vide Miles Kahler, Decolonization in Britain and lTance. The domestic consequences of international relations, Princeton, Princeton University Press, 1984. 115 Cf. Jack Snyder, Op. Cit., p. 540. 116 Ministro do Exército português cito in Nuno Mira Vaz, Opiniões Públicas durante as Guerras de África, Lisboa, Quetzal editores, 1997, p. 158. 117 Vide José Freire Antunes (org.), A Guerra de África, 1961-1974, Vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995; Anne Cova e Antónío Costa Pinto, "O Salazarismo e as Mulheres - uma abordagem comparativa", Penélope, n.? 17, 1997, pp. H,.94. 118 Vide Maria Carrílho, Forças Armadas e mudança politica em Portugal no século XX, Lisboa, Imprensa Nacional, 1985. "' Vide Fernando Rosas (Coord. de), O Estado Novo, VaI. 7 de José Mattoso (Dir. de), História de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994. 120 Vide Nuno Estêvão, "O Tempo e o Modo. Revista de Pensamento e Accão, 1963-1967", Lusitania Sacra, 2.· série (6), 1994, pp. 129-294. 121 José Freire Antunes, Os Americanos e Portugal. Os anos de Richard Nixon, Lisboa, D. Quixote, 1986, p. 175. m Cf. Fernando Rosas (Coord. de), Op. Cit., p. 547. 123 Para uma versão moderada desta tese, citando Adriano Moreira, vide Marvin Harris, "Portugal's Contribution to the Underdevelopment of Africa and Brazíl", Ronald Chilcote (Edited by), Op. Cit., p. 222. 124 Vide Edgar Rocha, Cit.. .• pp. 595-597; Gervase Clarence-Smith,The Third Portuguese Empire, 1825-1975. A study in economic impetialism, Manchester, Manchester University Press, 1985, pp. 194-195; Pedro Laíns, "Causas do colonialismo português em África, 1822-1975",Análise Social, vol. XXXIII (146-147), 1998, pp. 488-493. 125 Vide F. H. Heímer, 11Ie Decolonizotioti Conflict in Angola, 1974-76, Geneva, IHEI, 1979. 126 Cf. Willem S. Van der Waals, Portugal's War in Angola, 1961-1974, Rivonia, Ashanti Publishers, 1993, p. 216. 127 Cf. Gervase Clarence-Srnith, Op. Cit., p. 196. 126 Cf. Idem, p. 193. 129 Cf. John P. Cann, Counterinsurgency in Africa. The Portuguese Way ~f War, 1961-1974, Westport: Conn., Greenwood Press, 1997, p. 106. 130 Vide sobre o tema, Douglas L. Wheeler, ''African Elements in Portugal's Armies in Africa (1961-1974)", Armed Forces and Society. Vol. 2, n.? 2, February 1976, pp, 235-250. 131 Cf. Estado Maior do Exército, Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974),1. 0 Vol., Lisboa, 1988, pp. 259-263.

96 / António Costa Pinto

132 Cf. John P. Cann, Op. Cit., p. 98. 133 Cf. Idem, p. 103. 134 Cf. Idem. p. 189. 135 Cf. Estado Maior do Exército, Op. Cit., pp. 264-266. 136 Vide sobre o tema José Marques, Dario Paez, Alexandra E Serra, "Social Sharing, Emotional Clímate, and the Transgenerational Transmisssion of Memories: The Portuguese Colonial War", James w. Pennebaker, Dario Paez, Bernard Rimé (Edited by), Collective Memory ofPoliticaI Events. Social Psychological Perspectives, Mahwah: NJ, Lawrence Erlbaum Associates Publishers, 1997, pp. 253-275. 137 Cf. Willem S. Van der Waals, Op. Cit., p. 120. 138 Vide Gerald J. Bender, Angola Under the Portuguese. The myth and the reality, Berkeley, University of Califomia Press, 1978, pp. 156-196; John P. Cann, Op. Cit., p. 161. 139 Cf. John P. Cann, Op. Cit., p. 161. 140 Vide José Pedro Castanheira, Quem mandou matar Amílcar Cabral?, Lisboa, Relógio de Água, 1995. 141 Cít, in AlfHelgesson, Church, State and People in Mozambique. An Historical Study with Special Emphasis on Methodist Developments in the Inhambane Region, Uppsala, 1994, p. 327. 142 Cf. Idem, pp. 378-379. 143 Vide D. Manuel Vieira Pinto, A Igreja e o Tempo, Lisboa, Ulmeiro, 1979. 144 Vide depoimento deste in José Freire Antunes [org.], A Guerra de África, 1961-.1974, VaI. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995. 145 Cf. Alf Helgesson, Op. Cit., p. 368-369. 146 Cf. David Birmingham, The Decolonization ofAfrica, Athens, Ohio University Press, 1995; Norrie MacQueen, The Decolonization of Portuguese Africa. Metrapolitan Revolution and the Dissolution ofEmpire. London, Longman, 1997, p. 23. 147 Cf. John Marcum, Op. Cit., Vol. II, p. 113. 148 Cf. Douglas L. Wheeler and René Pélíssier, Angola, New York, Praeger Publishers, 1971,

p.207. 149 Cf. Douglas L. Wheeler andRené Pélissíer, Op. Cit., p. 217; John Marcum, Op. Cit., VaI. II, pp. 176-177. 150 Cf. Cf. Douglas L. Wheeler and René Pélissier, Op. Cit., pp. 216-218. 151 Cf. John Marcum, Op. Cit., VaI. II, pp. 160-169. 152 Cf. Idem, pp. 214-218. 153 Cf. Idem, p. 213. 154 Cf. Idem, pp. 200-204. 155 Cf. Idem, p. 237. 158 Cf. Douglas L. Wheeler and René Pélissier, Op. Cit., p. 226. 151 Cf. Norríe MacQueen, Op. Cit., p. 35. 158 Vide Thomas H. Heríksen, Op. Cit., pp. 28-29. 159 David M. Abshire and Michael A. Samuels (Edited by), Op. Cit., p. 402. 160 Vide Alf Helgesson, Op. Cit., p. 355; Malyn Newítt, Op. Cit., pp. 525-527. 161 Vide Thomas H. Heriksen, Op. Cit., p. 30. 162 Vide Keith Míddlemas, Cabora Bassa: engeneering and politics in Southern Africa, London, Weidenfeld and Nicholson, 1975. 163 Thomas H. Heriksen, Op. Cit., p. 35. 164 Víde Adrian Hastings, Wiryamu: My Ly in Mozambique, Maryknoll, Orbís Books, 1974. 165 Vide Jorge [ardím, Moçambique. Terra queimada, Lisboa, Intervenção, 1976_.__

O Fim do Império Português / 97

166 Para uma contestação vide Patrick Chabal, Op. Cit., pp. 192-193. 167 Cf. Idem, p. 201.

168CLMustafahllhadJl~DpLCi.t.~p~1..o.. 169 Vide sobre o tema a versão de Alpoim Calvão, Op. Cit. 170 Luís Cabral. Crónica da libertação, Lisboa, O Jornal, 1984; José Vicente Lopes, Op. Cit., pp. 365-367. 171 Cf. Mustafah Dhada, Op. Cit., p. 48; José Pedro Castanheira, Op. Cito 172 Cf. Patrick Chabal, Op. Cit., pp. 132-135; Mustafah Dhada, Op. Cit., p. pp. 46-48; José Vicente Lopes, Op. Cit., pp. 197-220. 173 Vide Philippe C. Schmitter, Portugal: do autoritarismo à democracia, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 1999; António Costa Pinto, "AGuerra Colonial e o Fim do Império Português", Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhury (Dir. de), História da Expansão Portuguesa, Vol. 5, Lisboa, Circulo de Leitores, 1999, pp. 65-98. 174 Cít, in José Medeiros Ferreira (Coord. de), Portugal em Transe, Vol B de José Mattoso (Dir. de) História de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994, p. 55. 175 Cf. Idem, p. 54. 176 Vide Grupo de Pesquisa sobre a Descolonização Portuguesa, A Descolonização Portuguesa. Aproximação a um estudo, Lisboa, Instituto Democracia e Liberdade, 1979, pp. 392-420. 177 Cf. Norrie MacQueen, Op. Ctt.. p. 212. 178 José Medeiros Ferreira (Coord.de),Dp. Cit.,-p. S 3. 179 Cf. A. E. Duarte Silva, A Independência da Guiné Bissau e a Descolonização Portuguesa, Porto, Afrontamento, 1997. 160 António de Spínola, Ao Serviço de Portugal, Lisboa, Ãtíca, 1976. 161 Vide A. E. Duarte Silva, Op. Cito 182 Cf. Idem. 183 Vide José Vicente Lopes, Op. Cit., p. 358. 184 Vide A. E. Duarte Silva, Op. Cito 185 Cf. José Medeiros Ferreira (Coord. de), Op. Cit., p. 62. 186 Vide capítulo anterior. 187 Vide José Vicente Lopes, Op. Cit. 188 Cf. Idem, pp. 331-342. 189 Paul Wayne Barrows, The Historical Roots ofCape Verdean Dependency, 1460-1990, Ph. D. Díssertatíon, University of Minnesota, 1990, pp. 199-217. O problema da identidade cabo verdiana e da sua relação com os portugueses foi sempre mais complicado do que a ideologia independentista expressava. Para um exemplo interessante na comunidade cabo verdiana nos EUA, vide Maria Luísa Nunes, A Portuguese Colonial in America: Belmira Nunes Lopes. The Autobiography of a Cape Verdian-American, Pittsburgh, Latin American Literary Review Press, 1982. 190 Cf. José Vicente Lopes, Op. Cit., pp. 370-371. 191 Cf. Idem, p. 373. 192 Cf. Idem, pp. 385-400. 193 Para uma visão optimista da descolonização de Cabo Verde vide, Basil Davinson, The Fortunate Island. A Study in African Transformation, Trenton: NJ, Africa World Press, 1989. 194 Cf. José Vicente Lopes, Op. Cit., p. 430. 195 Cf. Tony Hodges and Malyn Newitt, São Tomé and Príncipe. From Plantation Colony to Microstate, Boulder, CoI., Westview Press, 1988, p. 93; Gerhard Seíbert, Op. Cit., pp. 84-85. 196 Vide Gerhard Seibert, Op. Cit., pp. 86-101. _

~-------

--

~~

--

--------~------------

98/ António Costa Pinto

197 Vide Norrie MacQueen, Op. Cit., p. 126. 19.Vide José Medeiros Ferreira, Op. Cit. 199-Vide António de Spínola, Pais sem Rumo. Contributos-para a hisuuiadeumaievolução, Lisboa, Scire, 1978. '00 Cf. Aquino de Bragança, "Independence Without decolonization: Mozambique 1974-1975", Prosser Gifford and Wm Roger Louis (Edited by), Decolonization and African lndependence: the transfere ofpower 1960-1980, New Haven, Yale University Press, 1987, p. 437. '01Vide Jorge Jardim, Op. Cit. 'o, Cf. Nome MacQueen, Op. Cit., p. 139. 10'Cf. Thomas H. Heriksen, Mozambique. A History, London, Rex Collings, 1978, pp. 222-223. 'cu António de Spínola, Puls sem Rumo. Contributos para a história de uma revolução, Lisboa, Scíre, 1978. 'o, Cf. José Medeiros Ferreira, Op. Cit., p. 85. 206 Çf, Malyn Newitt, Op. Cii., p. 540. 207 Cf. Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 439. 20. CC. David Bírmíngham, Op. Cit., p. 68. '09 Cf. John Marcurn, Gp. cu., Voi. II, pp. 248-251. "0 Vide o seu depoimento in Drumond Jaime e Helder Barber (org. de), Op. Cit., pp. 145-150. 211 Cf. Kenneth Maxwell, "Portugal and Afríca: The Last Empire", Prosser Gifford and Wm. Roger Louis (Editedy By), The Transfer ofPower in Africa. Decolonization 1940-1960, New Haven and London, Yale University Press, 1982, p. 374. m CC. Grupo de Pesquisa sobre a Descolonização Portuguesa, A Descolonização Portuguesa. Aproximação a um estudo, Lisboa, Instituto Democracia e Liberdade, Vol, 1, 1979, pp. 419-420. 213 Cf. José Medeiros Ferreira, Op. Cit., p. 71. 'u Cf. Douglas L. Wheeler, "Portuguese Withdrawal frorn Africa: The Angolan Case", John Seiler (Edited By), Southern Africa after the Portuguese Coup, Boulder, Westview Press, 1980, p. 6. 115 110 117

Cf. David Bírmíngham, Op. Cit., p. 67. Cf. Witney Wright Schneídman, Op. Cit., pp. 441-442. Vide Daniel Spikes, Angola and the Politics of ln terven tion , Jefferson, MacFarland & COo

Publishers, 1993, pp. 131-132. 110 Vide John Marcum, Op. Cit., Vol, II, p. 263. 119 Vide Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 449. 220 Vide José Medeiros Ferreira, Op. Cit., p. 75. 221 Vide Grupo de Pesquisa sobre a Descolonização Portuguesa, A Descolonização Portuguesa. Aproximação a um estudo, Lisboa, Instituto Democracia e Liberdade, Vol. 2, 1982. 222 Vide César Oliveira, Portugal. Dos quatro cantos do mundo à descolonização, 1974-76, Lisboa, Cosmos, 1996, p. 105. m Vide Witney Wright Schneidman, Op. Cit., p. 426. 22. Vide o depoimento do último governador português. Mário Lemos Pires, Descolonização de Timor. Missão impossível?, Lisboa, D. Quixote, 1991. ZZ5 Cf. César Oliveira, Op. Cit., pp. 161-165. 220 CC. David Corkil (Edited by). The Portuguese Economy since 1947, Edinburgh, Edinburgh University Press, 1993, p. 16. 227 Vide José Manuel Tavares Castilho, Op. Cito 228 Vide Nuno G. Monteiro e António Costa Pinto, "Mitos Culturais e Identidade Nacional Portuguesa", António-Costa Pinto (Coord. de), Op. Cit., pp. 232-245.

O Fim do Império Português /99

229 Cf. António Costa Pinto, "Dealing with the Legacy of Authoritarianism: Politicai Purge in Portugal's Transition to Democracy (1974-76]". Stein U. Larsen et alli (Edited by], Modern Europe after Fàscism, 1945-191lQ's. New York.SSM-Columbia Un!y.e,,ªity I'J:'~ 1998, pp. 16 79-1717. ~~ "0 CC. Bacalhau, Mário, Atitudes, Opiniões e Comportamentos Políticos dos Portugueses: 1973-1993, Lisboa, Heptágono, 1994, p. 257. '31 Cf. Idem. aaa Cf. John

Hargreaves, Decolonization in Africa, London, Longman, 1988, p. 229. Wm. Roger Louis, "The European Colonial Empires", Michel Howard and Wm. Roger Louis (Edited by), The Oxford History of the Twentieth Century, Oxford, Oxford University Press, 1998, p. 101. 2" Cf. John Hargreaves, Op. Cit. '" Cf. Jack Snyder, Op. Cit., p. 540. 236 Ch. Patrick Chabal, "Emergencies and Nationalists Wars in Portuguese Africa", Robert Holland (Edited By), Op. Cit., p. 237. 237 Cf. Idem, p_ 238; Patrick Chabal, "The end of Empire in Lusophone Africa: Portugal and the Anticolonial Wars, 1960-1974", T. F. Earl and Nigel Griffin (Edited by), Pottuguese, Brazilian and African Studies. Studies Presented to Clive Willis on his Betirement, Warminster, Aris & Phillips LTD, 1995, pp. 324-325. ". Vide Douglas L. Wheeler, "Portuguese Colonial Governors in Africa, 1870-1974", L. H. Gann andPeter Duignan (Edited by), African Proconsuls: European-Governors in A/rica, New York, Free Press and Hoover Institution, 1978, pp. 415-426. ". Cf. Marvin Harris, "Portugal's Contribution to the Underdevelopment of Africa and Brazil", Ronald Chilcote (Edited by). Op. Cit., p. 223. "0 Cf. R. F. Holland, Op. Cit., pp. 298 e 301. 241 Cf. Norrie MacQueen, Op. Cit., p. 58. 233

Bibliografia comentada

M. VV., Estudos sobre as Campanhas de África, Atena e Instituto de Altos Estudos Militares, S. Pedro do Estoril, 2000. Paradela de Abreu (Coord. de), Os Últimos Governadores do Império, Lisboa, Edições Neptuno, 1994. David M. Abshire and Michael A. Samuels (Edited by), Portuguese Africa. A Handbook, New York, Praeger, 1969. Charles-Robert Ageron et Marc Michel (SOliS la direction de), Eêre des décolonisations, Paris, Karthala, 1995. Valentim Alexandre, '~África no Imaginário Político Português", Penélope n.? 15, 1995, pp. 39-52. Valentim Alexandre, "O Império Colonial", António Costa Pinto (Coord. de), Portugal Contemporâneo, Madrid, Sequitur, 2000, pp. 39-60. Valentim Alexandre, Velho Brasil, Novas Áfricas, Porto, Afrontamento, 2000. Mário Pinto de Andrade, Origens do Nacionalismo Africano, Lisboa, D. Quixote, 1997. José Freire Antunes, Os Americanos e Portugal. Os anos de Richard Nixoti, Lisboa, D. Quixote, 1986. José Freire Antunes, Kennedy e Salazar. O Leão e a Raposa, Lisboa, Difusão Cultural, 1991. José Freire Antunes (Org.), A Guerra de África, 1961-1974, Vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995. Eric Baklanoff, The Economic Transformation of Spain and Portugal, New York, Praeger, 1978. Paul Wayne Barrows, The Historical Roots of Cape Verdean Dependency, 1460-1990, Ph. D. Dissertation, University of Minnesota. Roger Bastide, "Lusotropicology, Race, and Nationalism, and Class Protest and Development in Brazil and Portuguese Africa", Ronald Chilcote (Edited by), Protest and Resistance in Angola and Brazil. Comparative Studies, Berkeley, University of California Press, 1972, pp. 225-240. Dennis Charles Beller, The Portuguese Territories Issue in lhe United Nations: An Analysis of Debates, Ph. D. Dissertation, University of California-Los Angeles, 1970. Trata-se do primeiro estudo sobre os comportamentos da ONU perante o colonialismo português, desde a sua fundação até meados dos anos 60. Ainda que datada em termos metodológicos, esta dissertação inédita contém informação útil. Gerald J. Bender, Angola Under lhe Portuguese. The myth and lhe reality, Berkeley, University of California Press, 1978 (edição Portuguesa, Angola sob o Domínio Português: Mito e Realidade, Lisboa, Sá da Costa, 1980).

102/ António Costa Pinto

Gerald J. Bender, James S. Colernan, Richard L. Sklar (Edited by), African Crisis Areas and U. S. Foreign Policy, Berkeley, University of California Press, 1985. Francisco Bethencourt .e Kírti Chaudhury LDir. de)LBj~tória dSI Expansão Portuguesa, SQl. 5, Lisboa, Círculo de Leitores, 1999. David Bírmingham, lTontline Nationalism in Angola &' Mozambique, London, James Currey, 1992. David Birmingham, The Decolonization ofAfrica, Athens, Ohio University Press, 1995. David Bírrningham, Portugal andAfrica, London, Macmillan, 1999. Aquino de Bragança, "Independence Without decolonization: Mozambique 1974-1975", Prosser Gifford and Wm Roger Louis (Edited by), Decolonization and African Independence: the transfers ofpower 1960-1980, New Haven, Yale University Press, 1987, pp. 427-443. Luís Cabral, Crónica da Libertação, Lisboa, O Jornal, 1984. Alpoim Calvão, De Conacry ao M.D.L.P., Lisboa, Intervenção, 1976. John P. Cann, Counterinsurgency in Africa. The Portuguese Way of Vlór, 1961-1974, Westport: Conn., Greenwood Press, 1997 (edição portuguesa, A Contra-Insurreição em Africa. O modo português de fazer a guerra, 1961-1974, S. Pedro do Estoril, Atena, 1998). É a primeira síntese de história militar sobre a guerra colonial, baseada quase exclusivamente nos volumes do Estado Maior do exército português. Iko Carreira, O Pensamento Estratégico de Agostinho Neto, Lisboa, D. Quixote, 1996. Maria Carrilho, ForçasArmadas e mudança politica em Portugal no século XX, Lisboa, Imprensa Nacional, 1985. José Pedro Castanheira, Quem mandou matar Amílcar Cabral?, Lisboa, Relógio de Água, 1995. Claúdia Castelo, "O Modo Português de estar no mundo". O Luso-tropicalismo e a ideologia colonial portuguesa, 1933-1961, Porto, Afrontamento, 1999. José Castilho, A Ideia de Europa no Marcelismo, 1968-1974, Porto, Afrontamento, 2000. Patrick Chabal, Amilcar Cabral. Revolutionary Leadership and People's war, Cambridge, Cambridge University Press, 1983. O primeiro estudo académico sobre a Guiné-Bissau, o PAIGC e a guerrilha independentista, hoje um pouco datado. Patrick Chabal, "Emergencies and Nationalists Wars in Portuguese Africa", Robert Holland (Edited By), Emergencies and Disorder in the European Empires After 1945, London, Frank Cass, 1994, pp. 234-249. Patrick Chabal, "The end of Empire in Lusophone Africa: Portugal and the Anticolonial Wars, 1960-1974", T. F.Earl and Nigel Griffin (Edited by), Portuguese, Brazilian and African Studies. Studies Presented to Clive Willis on bis Retirement, Warminster, Aris & Phillips LTD, 1995, pp. 319-333. Ronald Chilcote (Edited by), Protest and Resistance in Angola and Brazil. Comparative Studies, Berkeley, University of California Press, 1972. Ronald Chílcote, Amilcar Cabral's Revolutionary Theory and Pratice. A criticaI guide, Boulder, Lynne Rienner, 1991. Gervase Clarence-Smíth, The Third Portuguese Empire, 1825-1975. A study in economic imperialism, Manchester, Manchester University Press, 1985 (edição portuguesa, Lisboa, Teorema, 1990). Christopher Coker, Nato, the Warsaw Pact and Africa, London, Macmíllan, 1985. Esta obra, também raramente citada, tem informação sobre a guerra colonial portuguesa (cap. 3) e a descolonização de Angola, na perspectiva da NATO. Pedro Pesarat Correia, Descolonização de Angola: a jóia da coroa do império português, Lisboa, Inquérito, 1991.

o Fim do Império Português / 103 Pedro Pesarat Correia, Angola. Do Alvor a Lusoka, Lisboa, Hugin, 1996. Anne Cova e António Costa Pinto, "O Salazarismo e as Mulheres - uma abordagem comparativa", Penélope, n." 17, 1997, pp. 71-94. Michael CrowderTEdÚed by), -flie Cambridge History of Afilca, V()l. li (firom c. 1940 to c. 1975), Cambridge, Cambridge University Press, 1984. Basil Davinson, The Fortunate lsland. A Study in African 'Ttansformation, Trenton: NJ, Afríca World Press, 1989. Mustafah Dhada, Warriorsat Work. How Guinea WasReally Set lTee, Niwot, University of Colorado Press, 1993. Esta obra é bastante informativa e menos "datada" por estigmas ideológicos optimistas, do que os estudos anteriores. Peter Duignan and L. H. Gann, The United States and Africa. A Hisiory, Cambridge, Cambridge University Press, 1984. Nuno Estêvão, "O Tempo e o Modo. Revista de Pensamento e Accão, 1963-1967", Lusitania Sacra, 2.a série (6), 1994, pp. 129-294. Estado Maior do Exército, Resenha Histórico-Militar das Campanhas de Africa (1961-1974), 1.0 VaI., Lisboa, 1988. José Medeiros Ferreira, O Comportamento Político dos Militares. ForçasArmadas e regimes políticos em Portugal no séc. XX .. Lisboa, Editorial Estampa, 1992. José Medeiros Ferreira (Coor~de), Portugal em 'Ttanse, VoI. 8 de José Mattoso (Dir. de) História de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994. [oshua Forrest, Guinea-Bissau. Power, Conflict, and Renewal in a West African Nation, Boulder, Westview Press, 1992. Alpoim GaIvão, De Conakry ao MDLP-Dossiersecreto, Lisboa, Intervenção, 1976. L. H. Gann, "Portugal. Mica, and the Future", The [oumal ofModemAfrican Studies, 13, I (1975), pp. 1-18. Prosser Gifford and Wm. Roger Louis (Edited by), The 'Ttansfer ofPower in Africa. Decolonization 1940-1960, New Haven and London, Yale University Press, 1982. Prosser Gifford and Wm Roger Louis (Edited by), Decolonization and African lndependence: the transfers ofpower 1960-1980, New Haven, Yale University Press, 1987. Williams Gonçalves, "Brasil e Portugal nos anos 50: interesses e fraternidade", Revista da Cátedra [aime Cortesão, 1, Julho de 1997, pp. 26-34. Petra M. H. Groen, "Militant Response: The Dutch use of Military Force and the Decolonization ofthe Dutch East Indies, 1945-50", Robert Holland (Edited By), Emergencies and Disorder in the European Empires Afier 1945, London, Frank Cass, 1994. Fernando Andersen Guimarães, The Origins of the Angolan Civil War. Foreign Intervention and Domestic PoliticaI Conflict, London, Macmillan, 1998. J. D. Hargreaves, Decolonization in Africa, London, Longman, 1988. Marvin Harris, "Portugal's Contribution to the Underdevelopment of Africa and Brazil", Ronald Chilcote (Edited by), Protest and Resistance in Angola and Brazil. Compara tive Studies, Berkeley, University of California Press, 1972. Adrian Hastings, Wiryamu: My Ly in Mozambique, Maryknoll, Orbis Books, 1974 (tradução portuguesa Wiryamu, Porto, Afrontamento, 1974). F. H. Heimer, The Decolonization Conflict in Angola, 1974-76, Ceneva, lHEI, 1979 (tradução portuguesa, O Processo de Descolonização em Angola, 1974-76, Lisboa, A Regra do Jogo, 1980). Alf Helgesson, Church, State and Peoplein Mozambique. An Hisiotical Study with Special Emphasis on Methodist Developments in the lnhambane Region, Uppsala, 1994.

. - - - - . --~---- - ~ ~ - - ~ ~ ~ - ~ - ~ - ~ ~ ~ ~ ~ -

104/ António Costa Pinto

Thomas H. Heríksen, Mozambique. A History, London, Rex Collings, 1978. Thomas H. Heriksen, Revolution ond Countettevolution. Mozambique's war of independence, 1964-1974, Westport, Conn., Greenwood Press, 1983. Tori.yHodges and l'VIiliyiiNewItt, 5aii1&lIIê onâ Príncipe. From Plantation Colonyto Microstate, Boulder, Cal., Westview Press, 1988. R. F. Holland, Eurapeon Decolonizotion, 1918-1981: on introductory survey, New York, St. Martin's Press, 1985. Robert Holland (Edited By], Emergencies ond Disorder in the Eurapeon EmpiresAfter 1945, London, Frank Cass, 1994. Drumond Jaime e Helder Barber (org. de), Angola: Depoimentos para a História Recente, 1. 0 Volume, Luanda, Edição dos Autores, 1999. Jorge Jardim, Moçambique. Terra queimada, Lisboa, Intervenção, 1976. Miles Kahler, Decolonization in Britain and France. The domestic consequences ofinternational relations, Princeton, Princeton UniversityPress, 1984. Leonard T. Kapungu, 11IeUnited Nations and the Economic Sanctions Against Rhodesia, Lexington: mass., Lexington Books, 1973. Pedro Laíns, "Causas do colonialismo português em África, 1822-1975", Análise Social, vol. XXXIII (146-147),1998, pp. 463-493. Lúcio Lara (Org., Perfácio e Notas), Um Amplo Movimento... Itinerário do MPLA através de documentos e anotações de Lúcio Lara, VaI. I, Luanda, Edição do Autor, 1997. Yves Léonard, "O Ultramar Português", Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhury (Dir. de), História da Expansão Portuguesa, VaI. 5, Lisboa, Círculo de Leitores, 1999, pp. 31-50. Juan J. Linz and Alfred Stepan, Problems ofDemocratic Transition and Consolidation, Baltimore, [ohns Hopkins University Press, 1996. Richard A. Lobban, [r., Cape Verde. Crioulo Colony to Independent Nation, Boulder, Westview Press, 1995. José Vicente Lopes, Cabo Verde nos Bastidores da Independência, Praia, Instituto Camões, 1996. Esta obra é uma excelente referência informativa sobre o PAIGC e a independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau. Wm. Roger Louis, "The European Colonial Empires", Michel Howard and Wm. Roger Louis (Edited by), The Oxford History of the 1lventieth Century, Oxford, Oxford University Press, 1998, pp. 91-102. Wm. Roger Louis, "British and Portuguese Decolonization: The Historiographical Dimention", Paper presented to the conference "The Historiography of Empires", Cursos da Arrábida, Julho de 1999. Norrie MacQueen, The Decolonization of Portuguese Africa. Metropoliton Revolution and lhe Dissolution ofEmpire, London, Longman, 1997 (tradução portuguesa, Inquérito, 1998). Richard D. Mahoney, JFK. Ordeal in Africa, New York, Oxford University Press, 1983. O primeiro estudo a utilizar fontes norte-americanas desclassificadas sobre as relações entre a administração Kennedy e o Salazarismo. Valeria a pena tê-lo traduzido para português na época. John Marcum, TheAngolan Revolution, VaI. I (1950-1962], Cambridge, MIT Press, 1969. Esta obra pioneira é ainda de grande utilidade factual. John Marcum, The Angolan Revolution, VaI. II (1962-1976), Cambridge, MIT Press, 1978. Este segundo volume, já parcialmente desactualizado por investigações posteriores, é ainda uma excelente síntese sobre a história dos movimentos independentistas em Angola.

O Fim do Império Português / 105

José Marques, Dario Paez, Alexandra F. Serra, "Social Sharíng, Emotional Climate, and the Transgenerational Transmisssion of Memories: The Portuguese Colonial War", James W. Pennebaker, Dario Paez, Bernard Rimé (Edited by), Col1ective Memory of PoliticaI Events.

soci~Tp;y~hologicalPerspeetives,M~h~ah:NJ,-Gwr~;;~e Erlb~um Ass~ciates PUhlisb.e~~: 1997, pp. 253-275. Fernando Martins, "A Política Externa do Estado Novo, o Ultramar e a ONU. Uma Doutrina His-

tórico-Jurídica (1955-68)", Penélope, n.? 18, 1998, pp. 189-206. Dalila Cabrita Mateus, A Luta pela Independência. A Formação das Elites FUndadoras da FREUMO, MPLA e PAIGC, Lisboa, Inquérito, 1999. Kenneth Maxwell, "Portugal and Africa: The Last Empire", Prosser Gifford and Wm. Roger Louis (Editedy By), The 'Iransfer of Power in Africa. Decolonization 1940-1960, New Haven and London, Yale University Press, 1982, pp. 337-385. Kenneth Maxwell, The Making ofPortuguese Democracy, Cambridge, Cambridge University Press, 1995 (edição portuguesa, A Construção da Democracia Portuguesa, Lisboa, Presença, 1999). Keith Middlemas, Cabora Bassa: engeneering and politics in Southetn Africa, London, Weidenfeld and Nicholson, 1975. Maria Isabel de Oliveira Faria Moita, "Portugal Perante a Política do Apartheid - A Visão da Diplomacia Portuguesa" Penélope, n.? 22, Junho de 2000, pp. 7-34. Nuno G. Monteiro e António Costa Pinto, "Mitos Culturais e Identidade Nacional Portuguesa", AntónioCosta Pinto (Coord. ele), OP. Ci:.. pp. 232-245. Michael Morris, Armed Conflict in Southem Africa. A survey of regional terrorisms fram their beginnings to the present, with a compreensive examination ofthe portuguese position, Cape Town, Jeremy Spencer, 1974. Malyn Newitt, A History ofMozambique, Bloomington, Indiana University Press, 1995 (tradução portuguesa, História de Moçambique, Lisboa, Publicações Europa América, 1997). Já traduzida em português, esta é urna excelente história de Moçambique, mas bastante breve sobre o período da guerra colonial e da descolonização. Thomas J. Noer, Black Liberation. The United States and White Rule in Africa, 1948-1968, Columbia, University ofMissouri Press, 1985. Esta obra, que inclui abundante informação sobre a política externa norte-americana sobre a questão colonial portuguesa é pioneira neste domínio, e desenvolveu a de Richard Mahoney, Franco Nogueira, Diálogos Interditos. A Politica Externa Portuguesa e a Guerra de África, VaI. 2, Lisboa, Intervenção, 1979. Franco Nogueira, Salazar, VaI. V, Porto, Civilização, 1984. Maria Luísa Nunes, A Portuguese Colonial in America: Belmira Nunes Lopes. The Autobiography of a Cape Verdian-American, Pittsburgh, Latin American Literary Review Press, 1982. Guillermo O'Donell, Philippe C. Schmitter and Laurence Whitehead (Edited by), Transitions from Autbotitarian Bule, Baltimore, John Hopkins University Press, 1986. Alaba Ogunsanwo, China 's Policy in Africa, 1958-71, Cambridge, Cambridge University Press, 1974. César Oliveira, Portugal. Dos quatro cantos do mundo à descolonização, 1974-76, Lisboa, Cosmos, 1996. Carlos Pacheco, MPLA. Um nascimento polémico, Lisboa, Vega, 1997. René Pélissier, Le naufrage des carovelles. Études sur la fin de l'empire portugais {1961-1975}, Orgeval, Editions Pélissier, 1979. António Costa Pinto, "Dealing with the Legacy of Authoritarianism: PoliticaI Purge in Portugal's Transition to Democracy (1974-76)", Stein U. Larsen et alli (Edited by), Modem Europe after Fascism, 1945-1980's, New York, SSM-Columbia University Press, 1998, pp. 1679-1717.

106/ António Costa Pinto

António Costa Pinto, "Portugal e a Resistência à Descolonização", Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhury (Dir. de), História da Expansão Portuguesa, Vol. 5, Lisboa, Circulo de Leitores, 1999, pp.51-64. AntÓnio Costa Pinto, ':A Guerra Colonial e o Fim do Império Português" j"rancisco Betliencourt e Kirti Chaudhury (Dir. de), História da Expansão Portuguesa, Vol. 5, Lisboa, Círculo de Leitores, 1999, pp. 65-98. António Costa Pinto, "Da África à Europa", Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhury (Dir. de), História da Expansão Portuguesa, Vol, 5, Lisboa, Círculo de Leitores. 1999, pp. 414-420. António Costa Pinto (Coord. de), Portugal Contemporâneo, Madrid, Sequitur, 2000. D. Manuel Vieira Pinto, A Igreja e o Tempo, Lisboa, Ulmeiro, 1979. Mário Lemos Pires, Descolonização de Timor. Missão impossível?, Lisboa, D. Quixote, 1991. Rui Pena Pires, "O Regresso das Colónias", Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhury (Dir. de), História da Expansão Portuguesa, Vol. 5, Lisboa, Círculo de Leitores, 1999, pp. 182-196. Grupo de Pesquisa sobre a Descolonização Portuguesa, A Descolonização Portuguesa. Aproximação a um estudo, Lisboa, Instituto Democracia e Liberdade, 2 Vols, 1979 e 1982. Edgar Rocha, "Portugal, anos 60: crescimento económico acelerado e papel das relações com as colónias", Análíse Social, Vol. XIII (51), 1977, pp. 593-617. Luís Nuno Rodrigues, ':As Negociações que nunca acabaram: a renovação do acordo das Lages em 1962", Penélope, n.? 22, 2000, pp. 3-70. Luís Nuno Rodrigues, To the "Top of the Mountain" and "Down to the Valley": The United States and Portugal during the Kennedy Presidency, Ph. D. Dissertation, University of Wisconsin-Madison, 2000. Rui Rodrigues (Coordenação de), Os Últimos Guerreiros do Império, Amadora, Editora Erasmos, 1995. Fernanda Rolo, Portugal e o Plano Marshall, Lisboa, Estampa, 1994. Fernando Rosas (Coord. de), O Estado Novo, Vol. 7 de José Mattoso (Dir. de), História de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994. Michael A. Samuels and Stephen M. Haykin, "The Anderson Plan: an American attempt to seduce Portugal out of Afríca", Otbis, Vol. 23, 3, Fali 1979, pp. 649-669. Michael A. Samuels and Stephen M. Haykin, "The Anderson Plan: an American attempt to seduce Portugal out of Afríca", Otbis, Vol. 23, 3, Fali 1979, pp. 649-669. Philippe C. Schmitter, Portugal: do autoritarismo á democracia, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 1999. Witney Wright Schneidman, American Foreign Policy and The FalI of the Portuguese Empire, 1961-1976, Ph. D. Dissertation, University of Southern California, 1987. Esta tese, raramente citada pela historiografia portuguesa de relações internacionais, representa ainda hoje a melhor introdução ao tema. Peter J. Schreader, United States Foreign Policy Towards Africa. Incrementalísm, crisis and change, Cambridge, Cambridge University Press, 1994. Benedict Schubert, A Guerra e as Igrejas, Angola, 1961-1991, P. Schlettwein Publishing, Basel, 2000. Gerhard Seíbert, "Le massacre de Février 1953 à São Tomé. Raison d'être du nationalisme santornéen", Lusotopie, 1997, pp. 173-192. Gerhard Seibert, Comrades, Clients and Cousins. Colotüalism, Socialisin and Democratization in São Tomé and Príncipe, Leiden, Leiden University, 1999. Este livro, muito embora dedicado sobretudo à análise do período após a independência, é a melhor síntese sobre a história política de S. Tomé no século xx.

o Fim do Império Português / 107 Tor SeJlstrõm (Edited by], Liberation in Southern Africa - Regional and Swedish Voices, Uppsala, Nordiska Afrika Institutet, 1999. A. E.puai"t(J SilvavA lndejJendênciada_GuiIlé Bis~au_e a Descolonização Portuguesa, Porto, Afrontamento, 1997. Rui Ferreira da Silva, "Sob o Signo do Império", Fernando Rosas [Coord. de). Portugal e o Estado Novo, Vol. XII de Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques (Dir. de) Nova História de Portugal, Lisboa, Presença, pp. 355-387. Jack Snyder, Myths ofEmpire. Domestic Politics and International Ambitions, Ithaca and London, Cornell University Press, 1991. Daniel Spikes, Angola and the Politics of Intervention, Jefferson, MacFarland & COo Publishers, 1993. António de Spínola, Ao Serviço de Portugal, Lisboa, Ática, 1976. António de Spínola, País sem Rumo. Contributos para a história de uma revolução, Lisboa, Scíre, 1978. Maria Manuel Stoker, Portugal na Rota da Descolonização: A Queda da Índia, (A Sair: 2002). Glyn Stone, "Britain and the AngolanRevolt of 1961", Thejournal oflmperial and Commonwealth History, Vol. 27, n.? 1, [anuary 1999, pp. 109-137. Este artigo é, creio, a primeira exploração dos arquivos britânicos sobre a posição inglesa perante o início da guerra colonial em Angola. António José Crystêllo Tavares, Marcas Fundamentais da Presença Portuguesa no Daotné, Lisboa, Universitária Editora, 1999. Nuno Severiano Teixeira, "Da neutralidade ao alinhamento: Portugal na fundação do pacto do Atlântico", Análise Social, Vol. XXVIII (120), 1993, pp. 55-80. Nuno Severiano Teixeira, "Entre a África e a Europa: A Política Externa Portuguesa, 1890-1986", António Costa Pinto (coord. de), Portugal Contemporâneo, Madrid, Sequitur, 2000, pp. 61-92. António José Tela, Os Açores e o Controlo do Atlântico, Lisboa, Edições Asa, 1993. João Hall Themído, Dez Anos em Washington, 1971-1981, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1995. Inge Tvenden, Angola. Stiuggle for Peace and Beconstruction, Boulder, Westview Press, 1997. Nuno Mira Vaz, Opiniões Públicas durante as Guerras de África, Lisboa, Quetzal editores, 1997. Willem S. Van der Waals, Portugal's Wár in Angola, 1961-1974, Rivonia, Ashanti Publíshers, 1993. Paulo Fagundes Vizentini, A Política Externa do Regime Militar Brasileiro. Multilateralizoção, desenvolvimento e construção de uma potência média (1964-1985], Porto Alegre, Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998. David W. Wainhouse, Remnants of Empire. The United Nations and the end of colonialism, New York and Evanston, Harper and Row, 1964. Douglas L. Wheeler and René Pélissier, Angola, New York, Praeger Publíshers, 1971. Douglas L. Wheeler, 'African Elements in Portugal's Armies in Africa (1961-1974)", Armed Forces and Society, Vol. 2, n.? 2, February 1976, pp. 235-250. Douglas L. Wheeler, "Portuguese Colonial Governors in Africa, 1870-1974", L. H. Gann and Peter Duignan (edited by), African Proconsuls: European Governors in Africa, New York, Free Press and Hoover Instítution, 1978, pp. 415-426. Douglas L. Wheeler, "Portuguese Withdrawal from Africa: The Angolan Case", John Seiler (Edited By). Southern Africa after the Portuguese Coup, Boulder, Westview Press, 1980, pp. 3-21.

-----~-

--

----------~----~-~-

Índice Onomástico e Toponímico

Açores, 14,15, 18, 19,27,31.32, 33.86 Acra.41 Adoula, Cyríle, 17 África. 13. 15. 16, 18, 25, 29. 30. 31, 33, 38, 40. 48,61,77,80,82.85.88.89 África do Sul, 21,24, 27. 31, 40, 61, 75, 77, 78, 79,88 Aldridge, 43 Alemanha, 30, 49 Algarve. 77 Almeida, Júlio. 39 Alves, Padre Felicidade, 47 Alvor, 77, 78 Ambriz.79 Andersen, 26 Andrade, Joaquim Pinto de, 38. 76 Andrade, Mário de, 36, 37, 38, 58, 76 Angola. 13, 17, 18. 20,22,23,24, 27, 28.29, 31, 32,35,37,38,39,40,41,42,50,52.53,54,55, 56,57,58,59,61,66.67.72,75,76.77.78,79, 82,86,87,88 Antunes, Melo, 74, 78 APODETI (Associação Popular Democrática Timorense), 79. 80 Argel. 69. 71, 72 Argélia. 15,43,51, 52, 59.68 Arriaga, Kaúlza de, 32, 61 Ásia, 15, 88 Ataúro,80 Bacongo,56 Bal!, George, 25, 26 Barbosa, Rafael, 39, 63 Batepá,44 Beira, 60, 61, 75 Beja, 29 Belém, 46, 47 Benguela, 26 Bennet, Tapley, 25, 28 Berlim. 18, 25

Bethencourt, Francisco, 10 Bissau, 39. 68. 69 BR (Brigadas Revolucionárias), 46 Brasil,22 Brazzaville, 76 Brest,29 Bruno, Almeida, 68 Bucareste, 37 Cabinda, 27,31,42, 56, 57 Cabo Delgado. 60 Cabo Verde, 29, 37, 40. 43, 44, 68, 69, 70, 71, 88 Cabora Bassa, 27, 61 Cabral, Amílcar, 24, 32, 36, 37, 39, 40. 53, 62, 63, 64 Cabral, Daniel de Pina. 55 Cabral, Luís, 39 Cabral, Vasco, 36, 37 Caetano, Marcelo. 13, 3D,32, 33, 47, 61, 81, 86, 87 Canadá,30 Cassacá,62 Catanga,27 CDS (Centro Democrático Social), 82 CEE (Comunidade Económica Europeia), 16, 23. 32,81,83 CEI (Casa dos Estudantes do Império), 36, 37. 40 Cerejeira, Cardeal, 47 Chabal, Patrick, 87 Chai,43 Chester, Bowles, 25 China,25,26,43.60 Chipenda, Daniel, 32,57,58,76,77,78,79 Chissano, Joaquim. 75 CIA (Central Intelligence Agency), 17, 18, 25, 59, 78 CLSTP (Comité de Libertação de S. Tomé e Príncipe), 40, 44 Coimbra, 36 COMIBERLAND (Comando da Área Ibero-Atlântica),29

O Fim do Império Português / 111 110/ António Costa Pinto

Conacri, 41, 42, 53, 62, 63 CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas), 40, 41, 43, 44, 88 Congo, 17,26,27,41,42, 56 Congo-Brazzaville, 27, 42,57 Congo-Kinshasa, 27,53, 57 Copenhaga, 16, 30 COREMO (Comité Revolucionário de Moçambique), 60, 73, 74 Costa, Pinto da, 71, 72 Coutinho, Almirante Rosa, 76, 77 Crespo, Vítor, 72, 75 Cruz, Viriato da, 38, 39, 57 Cuba, 25, 77 Dakar,43 Damão,15 Daomé,18 Dar es Salaam, 25, 40, 43, 60, 73, 74, 75 De Gaulle, General, 19, 21, 29 DGS (Direcção Geral de Segurança), 55 Dinamarca, 28, 30 Diu, 15 Dolisie,57 Easum, Donald, 75 EFTA (Associação Europeia do Comércio Livre), 13,16,25,81 Eisenhower, 16, 20 ENLA (Exército Nacional de Libertação de Angola),56 Espanha, 14, 22,23,29 Espírito Santo, Guilherme do, 39 EUA, 13,14, 15,16,17, 18,19,20,21,23,24,25, 26,27,28,29,31,37,38,40,42,43,44,51,60, 70,77,79,86 Europa, 13, 14, IS, 18, 19, 20,23,25,40,42, 48, 49,65,80,81,82,86 Fabíão, Carlos, 68, 69 Ferreira, José Medeiros, 66, 67 FICO (Frente Independente de Convergência Ocidental), 73, 74 FLING (Frente de Luta pela Independência da Guiné-Bissau), 43, 68 FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), 24,27,31,32,42,50,56,57,58,59,76,77,78,79 Ford, Gerald, 78 Fortes, Fernando, 39 FRAIN (Frente Revolucionária Africana para a Independência das Colónias Portuguesas), 39 França, 13, 15, 21,24,28, 29,30,38,49 FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), 24,25,27,30,31,32,37,40,43,59,60,61,72, 73, 74-25, 87

FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), 79, 80 Gabão, 44, 71 Gâlbraifh, JóhiiXeiirieffi~T8 Gaivão, Henrique, 17 Garcia, Diego, 29 Goa, 15,17, 18 Gomes, Costa, 73, 74 Gonçalves, Vasco, 67 Gouveia, Cardeal, 54 Grã-Bretanha, 13, 21 Graça, Leitão da, 70 GRAE (Governo Revolucionário de Angola no Exílio), 22, 26, 56, 58 Guiné, 13, 24,29,30,32, 33, 37,39,40,42,43, 50,52,62,63,64,68,69,70,72,87,88 Guiné-Bissau, 24, 31, 35, 43, 44, 67, 69, 70, 82, 88 Guiné-Conacri, 27, 38, 39, 62,63 Gumane, Paulo, 43, 60, 74 GUMO (Grupo Unido de Moçambique), 74 Gwambe, Adelino, 40, 43, 60 Harríman, 26 Harríman, Averell, 25 Harris, Marvin, 88 Hastings, Adrian, 32, 61 Holanda, 15, 28, 30, 44, 79 Holland, R. F., 31, 88 Ilha de Como, 43 índia, 15, 16 Indochina, 52 Indonésia, 15, 79, 80 Inglaterra, 16, 21, 24, 28, 29, 30, 81 Israel, 30, 33, 48 Itãlia,27 Jacinto, António, 38 Jardim, Jorge, 61, 73 JEC (Juventude Escolar Católica), 46 Johnson, Lyndon, 25 JUC (Juventude Universitária Católica), 46 Judas, José, 70 Kani, Inocêncio, 63, 64 Kavandame, Lázaro, 60, 74 Kennedy, John F., 13, 16, 18, 20, 23, 30, 31, 86 Kennedy, Robert, 17, 25 Kenyatta, [orno, 78 Kinkuso, 56, 59 Kíppur, Yorn, 33 Kissinger, Henry, 24, 31, 33, 75, 79 Labéry, Henry, 43 Lages, 28, 31, 33 Lara, Lúcio, 36, 39 Leopoldville, 41, 42, 56, 57

Libervílle, 71 Lisboa, 16, 17, 24, 26, 28, 29. 30, 33, 36, 37, 39, 42,48,63,68,70,71,72,73 Lonarês,-:f2,lra Lourenço Marques, 43, 74, 75 LP (Legião Portuguesa), 46 Luanda, 38,41, 76,77,78, 79 LUAR (Liga de União e Acção Revolucionária), 46 Lusaca, 73, 74, 75, 76 MAC (Movimento Anti-Colonial), 39 Machado, Ilídio, 38 Machava, 55, 74 Machel, Samora, 60, 61, 73, 75, 87 MacMillan, 16, 85 Malásia, 15, 52 Malawi,27 Manganhela, Zedequías. 55 Manica, 61 MANU (União Nacional Africana e Moçambicana),40 Marrocos, 15, 37, 43 Marshall, 14, 15 Mateus, Álvaro, 37 MDP/CDE (Movimento Democrático Português/ /Centro Democrático Eleitoral), 66 Mendy, François, 43 MFA (Movimento das Forças Armadas), 65, 66, 67,68,70,72,73,74.76 MING (Movimento da Independência Nacional da Guiné Portuguesa), 39, 43, 68 MLSTP (Movimento de Libertação de S. Tomé e Príncipe), 71, 72 Mobutu, 26,31, 56,57,59,76, 77 Moçambique, 13, 18, 24, 25, 27, 29, 32, 35, 37, 40,43,50,52,54,55,60,61,67,71,72,73,74, 75,82,86,87,88 Mombaça,77 Mondlane, Eduardo, 18, 24, 25, 31, 37, 38, 40, 43,53,60,63,75 Moniz, Botelho, 17, 86 Monteiro, João Baptista, 70 Moreira, Adriano, 17 Moxico,57 MP (Mocidade Portuguesa), 46 MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), 17, 22, 24, 26, 27, 32, 37, 38,40,41, 42,56,57,58,76,77,78,79,87 Mucumbura, 55 MUD Juvenil (Movimento de Unidade Democrática), 35, 36, 37 Nabuangongo, 57 Nacala,29

NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), H, 15, 18, 19, 23, 25, 27,28,29,30,31,33. 69,81,86 Necaca-;ftarros, 41 NESAM (Núcleo dos Estudantes Secundários de Moçambique), 40 Neto, Agostinho, 32, 36, 37, 38, 39, 40, 42, 57. 58,76, 77, 78 Nixon, Richard, 13,24,28,29,30, 31,32,86 Nogueira, D. Eurico Dias, 54 Nogueira, Franco, 18, 19, 26, 31 Noruega, 23, 28, 30 Nova Iorque, 23 OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica),81 ONU (Organização das Nações Unidas), 15, 17, 20,21,22,23,24,30 Oslo, 28 OUA (Organização de União Africana), 21, 22, 25, 26,30,43,56,57,68,71,76,77 PAI (Partido Africano de Independência), 39 PAIGC (Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde), 24, 32, 33, 39,40, 42, 43, 44,50,62,63,64,68,69,70,71,87 Paris, 38, 39 Patrício, Rui, 33 Paulo VI, Papa, 32 PCP (Partido Comunista Português), 36, 37,46, 66,82, Pereira, Arestídes, 39, 64 PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), 36,43,44,46,53,54,55,60,61,68,74 Pídjíguítí, 39 Pinto, D. Manuel Vieira, 55 Pires, Lemos, 79, 80 Pires, Pedro, 70 PLUAA (Partido da Luta Unida dos Africanos de Angola),38 Pompidou, Georges, 32 Porto, 36 Portugal, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24,25,26,27,28,29,30,31,33,35,36,37,39, 40,42,45,47,48,53,54,56,64,65,69,70,71, 76,77,78,79,80,81,82,83,86 PRAGMA,47 PS (Partido Socialista), 66 PSD (Partido Social Democrata), 82 Quénia, 78 Rabat,40 Rato, 47 RDA,78 República do Congo, 57 Resende, D. Sebastião Soares de, 54

112

I António Costa Pinto

RFA,13,28,29,33 Roberto, Holden, 17, 18, 19, 21, 22, 26, 31, 38, 39,41,50,56,57,59,63,77,78 Rodésia, 27, 31, 40, 75, 88 Rodrigues, Bettencourt, 68 Roma, 16, 22, 81 Rusk,Dean, 18, 19,26,27 S. Francisco, 14 S. Salvador, 41 S. Tomé e Príncipe, 43, 44, 29, 40, 71, 72, 88 SACLAND,29 Sakwa, Paul, 19, 25 Salazar, António Oliveira, 13, H, 16, 17,18,19, 25,26,28,29,41,45,47,87 Santana, Bispo Altino Ribeiro, 55 Santos, Almeida, 66, 67, 71, 73, 74, 79 Santos, Loureiro dos, 70 Santos, Marcelino dos, 32, 36, 37, 39, 40, 60 São João Baptista de Ajudã, 18 Savimbi, Jonas, 25, 26, 37,38,42,58, 77, 78 Schultz, Arnaldo, 63 SEDES, 82 Senegw, 27,32,43,62 Senghor, Leopold, 32, 43, 62, 63, 68 Simango, Urías, 60, 74 Simeão, Joana, 74 Soares, Mário, 66, 67, 68, 73, 74 Sofala,61 Sousa, Teixeira de, 58 Spínola, Genera\' 32, 63, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 73,74, 76, 77, 88 Suharto,80 Suiça,42 Tangãnica, 24, 40 Tanzânia, 24, 27, 40, 59

Taty, Alexandre, 50, 56, 57 Tete, 61 Timor, 4:!•.19.,.80 Touré,Sekou,42,43,63 Trovoada, Miguel, 44 Tshombé, Moisés, 26, 27, 56 1\mis,39 Tunísia, 43, 56 'Iurpín, Eliseu, 39 UDC (União Democrática de Cabo Verde), 70 UDENAMO (União Democrática Nacional de Moçambique), 40 UDT (União Democrática TImorense), 79, 80 UN (United Nations), 17, 19, 42 UNAMI (União Nacional Africana de Moçambique), 40 UNESCO, 24 UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), 26, 32. 58, 76, 77, 78, 79 UPA (União dos Povos Angolanos), 17,21, 24J 38, 39, 41, 42, 57 UPICV (União das Populações das Ilhas d.e Cabo Verde), 44, 70 UPNA (União dos Povos do Norte de AngoIa),41 URSS, 14, 15,58,60,64,77, 78,79 Vaticano, 32 Vietname, 13, 15, 25, 44, 51, 52, 79 Washington, 16, 19, 20, 25, 28. 31 Williams, Mennem, 18, 25 Wiryamu, 32, 61 Zaire, 56, 59, 76, 77 Zambézia, 59, 61, 72 Zãmbia, 26,27, 57,58,60, 73, 74

!

I

\

II ! I

Instituto de Ciências Sociais

Ill~ IIUIII ~ll ~ ULICS35805

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.