O futuro dos nossos Ciganos

June 3, 2017 | Autor: Pedro Rocha e Melo | Categoria: Social Inclusion, Gypsies, Inclusão social, Ciganos
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O futuro dos nossos Ciganos

Pedro Rocha e Melo Educação e Multiculturalismo Mestrado em Ciências da Educação

Faculdade Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa Dezembro 2013

ÍNDICE O tema e a sua pertinência ......................................................................................................................... 3 Objectivos .................................................................................................................................................... 3 Palavras-chave ............................................................................................................................................ 3 Enquadramento teórico ............................................................................................................................. 3 Para desenvolver o tema ............................................................................................................................ 4 Relatos de vivências na ERG ..................................................................................................................... 4 Referências Bibliográficas ......................................................................................................................... 7 Anexos ......................................................................................................................................................... 8 1 - Revisão literatura .............................................................................................................................. 8 2 – Estrutura do Modelo ERG............................................................................................................. 10 3 -O que é a ERG? ................................................................................................................................ 11

Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

O TEMA E A SUA PERTINÊNCIA O título dado a este projecto sugere que se pretende falar sobre a comunidade Cigana Portuguesa. O nome é muito inspirado no livro recente “Ciganos Portugueses” que pretende provocar para a cidadania portuguesa das comunidades Ciganas que habitam o nosso território e formam a nossa sociedade e dar algumas luzes sobre os desafios à integração social desta população. A ideia por trás deste título é a mesma – pessoas Ciganas nascidas em Portugal são, naturalmente, Portuguesas. Pessoalmente, o contacto que tenho tido a oportunidade e o privilégio de ter com várias pessoas Ciganas pela ligação que tenho há alguns anos à Escolinha de Rugby da Galiza, no Estoril, motivoume a partilhar algumas experiências que vivi e que, quando reflectidas, podem sugerir pistas neste caminho da maior integração desta comunidade na nossa sociedade. OBJECTIVOS O estudo apresentado tem por objectivo dar a conhecer ao leitor um pouco da literatura existente relativa à inclusão social da comunidade Cigana, especificamente em Portugal – quais os desafios encontrados de parte a parte para que a integração destas pessoas na sociedade Portuguesa seja mais eficiente. É necessário dar a conhecer histórias reais de sucesso e tentar definir o que se podem assumir como boas práticas a seguir neste tipo de intervenção. Assim, tenta-se, de seguida, contar um pouco da experiência feita pela Escolinha de Rugby da Galiza (ERG) no antigo Bairro do Fim do Mundo, conhecido pela enorme diversidade cultural nas comunidades que assiste e pela forte presença de famílias Ciganas. A sua intervenção, em parceria com as famílias, escolas e outras instituições e entidades locais, tem originado algumas histórias felizes que merecem ser dadas a conhecer. PALAVRAS-CHAVE Comunidade Cigana, inclusão social, sociedade, educação, rugby ENQUADRAMENTO TEÓRICO Para melhor descortinar o potencial do modelo da ERG na integração social da comunidade Cigana faz sentido passar por alguns conceitos e ideias relativos ao tema que nos vão ajudar a enquadrar no estudo deste caso. Para esses efeitos foi consultada alguma biografia, tendo servido de especial apoio alguns estudos da Profª. Olga Magano (2000; 2008; 2013) e ainda a Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades

Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Ciganas 2013 – 2020 (ENICC). Em anexo (anexo 1) apresentam-se alguns dos pontos considerados mais relevantes na análise do estudo aqui proposto. PARA DESENVOLVER O TEMA Para aprofundar este estudo propõe-se dois métodos de observação. O primeiro dos quais através da entrevista de algumas famílias ligadas ao projecto, conseguindo recolher o parecer tanto dos jovens que usufruem dos serviços da Escolinha de Rugby mas também confrontando as suas respostas com as dos familiares e amigos próximos que os acompanham. Desse modo, teríamos em nossa posse as perspectivas da intervenção da ERG da parte de pessoas Ciganas com maior e menor proximidade. Seria, talvez, possível tirar algumas conclusões sobre a perspectiva que os membros desta comunidade que participam das actividades têm dos efeitos das mesmas nas suas vidas e, ao mesmo tempo, a perspectiva que têm aqueles que apenas acompanham o projecto pelo que vêem e sabem da vida de algumas famílias da sua comunidade. Como segunda metodologia para aprofundar este tema é sugerido o acompanhamento durante um período de tempo significante – entenda-se 3 a 5 anos – de um ou mais jovens Ciganos envolvidos com a ERG, testando a eficácia da eventual integração destes cidadãos na sociedade onde se inserem. Interessante seria ainda, havendo possibilidade, fazer o mesmo acompanhamento de outros jovens do mesmo contexto mas que nenhuma, ou pouca, relação têm com a ERG. Privilegia-se a opção por jovens ainda de pouca idade para que possam fazer uma experiência profunda do projecto. É necessário construir, ou definir, quais os indicadores que, ao longo do tempo, pudessem avaliar a progressão. As linhas que se seguem partilham algumas experiências vividas que podem servir de luzes para encontrar os principais factores que podem caracterizar a intervenção da ERG na integração social das famílias Ciganas nos bairros onde actua e daí tirar os indicadores fundamentais à avaliação do seu impacto nas vidas das pessoas em análise. RELATOS DE VIVÊNCIAS NA ERG Antes de partir para observação através de qualquer uma das metodologias acima apresentadas, ou outras, gostaria de antecipar quais os possíveis trunfos da ERG no propósito de integrar as famílias Ciganas que acompanha, fruto da avaliação que faço das minhas vivências pessoais neste projecto. Assim, apresento algumas linhas que dão a conhecer um pouco do que tem sido a minha experiência pessoal em mais de seis anos de contacto com esta comunidade. Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

O trabalho desenvolvido pela ERG tem, nos seus alicerces, uma relação de 30 anos, aquando da fundação ATL da Galiza, casa-mãe deste projecto, com muitas das famílias que hoje fazem parte da nossa comunidade. Assim, hoje, muitas das raparigas e rapazes Ciganos que se juntam a nós diariamente são filhos de crianças dos primeiros tempos de ATL. É relevante ter esta informação em conta para que se perceba que há uma proximidade grande, prévia ao nascimento da ERG, com algumas destas famílias. Quando se fala em relação próxima, quando se aspira a confiança e respeito mútuo, quando se procura partilha, acolhimento, compreensão ou, pelo menos, aceitação recíproca… desengane-se quem pense que não exige tempo, uma presença fiel e constante e uma disponibilidade generosa para os diversos acontecimentos da vida. Hoje, na ERG, trabalhamos muito em cada dia mas recebemos à partida uma valiosa herança em relações positivas e que deixaram recordações felizes naqueles que hoje caminham ao nosso lado, confiando-nos parte da educação dos seus filhos. Relativamente à intervenção em si destacam-se algumas características importantes. Em primeiro lugar, salta a vista a complementaridade do modelo (anexo2). Acedendo à totalidade dos serviços à sua disposição, o jovem pratica o Rugby duas a quatro vezes por semana; frequenta a Sala de Estudo cinco dias por semana e tem acesso a apoios escolares individualizados; recebe da fisioterapia e osteopatia o acompanhamento necessário à prática desportiva intensa, assim como lhe é garantida supervisão por nutricionista e preparador físico; vê reforçadas as suas refeições em dias de treino; usufrui de diversas facilidades logísticas, nomeadamente de transporte, gestão de equipamento, etc. Todas estas vertentes são controladas, em última instância, de forma centralizada, permitindo ter um domínio geral sobre o comportamento e atitudes de cada miúdo. Estas serão informações que interessam, obviamente, aos pais, e a confrontação dos dados de cada uma das áreas permite conhecer bem cada um, estando perto dos episódios do dia-a-dia, estando a postos para intervir sempre que necessário, tentando ter uma presença discreta mas fiel e permanente. Por outro lado, o que tem de especial a sua intervenção? Realçam-se três aspectos: 

A oportunidade de convívio entre diferentes culturas – nesta casa juntam-se famílias vindas de sítios muito diferentes e a ERG oferece oportunidades de convívio e partilha que são muito importantes. O que se tem verificado, sobretudo nos mais pequenos, é que as diferenças se tornam menos relevantes quando brincamos da mesma maneira, quando formamos uma equipa e, aos poucos, vamos descobrindo a mais-valia de cada um. Com o tempo, as diferenças, apesar de tantas Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

vezes desafiantes, tornam-se em riqueza, em património que um grupo pode e deve usar em seu favor. Dar-me a conhecer, deixar-me surpreender pela novidade do outro, aprendermos, juntos, a construir uma comunidade aberta à diversidade são lições úteis a todos e que fazem a diferença na relação com os Ciganos; 

A motivação para a escola – e sabemos quão desafiante (muitas vezes frustrante) é tentar

convencer

populações

economicamente

desfavorecidas,

socialmente

discriminadas, e quase sempre iliteradas, a confiarem na relevância da escola e das aprendizagens que esta proporciona para o futuro das suas novas gerações. Por vezes os pais sabem-no reconhecer mas como transmiti-lo aos seus filhos quando tantas coisas à sua volta verdadeiramente tentadoras os afastam das salas de aula? O rugby, para aqueles que se apaixonam, é uma ponte sólida para os estudos, não só pelas exigências escolares feitas a quem quer jogar connosco mas, principalmente, porque aprendem, na experiência própria, que não bastam as capacidades físicas quando o jogo pede que se entendam as dinâmicas ofensivas e defensivas, quando tento vencer estrategicamente um adversário, quando preciso de comunicar com aqueles que “combatem” ao meu lado, etc. Quem realmente quer progredir entende a necessidade de estudar, de evoluir no seu raciocínio, de ser competitivo nos processos mentais. Por fim, o rugby desperta uma série de processos cognitivos sejam a reacção, tomada de decisão, entre outros – e outros emotivos – como a persistência, a resiliência, a coragem, a humildade, etc. – que ajudam a melhores desempenhos escolares. 

Novas referências – finalmente, a ERG, nas pessoas de algumas figuras específicas, que vão desde os seus directores, aos técnicos de saúde ou estudo e, sobretudo, aos treinadores das equipas de rugby, tem representado relações de autoridade e referência essenciais no são desenvolvimento das crianças e jovens. Não se fala de substituição dos pais e outros familiares, nem imposição de qualquer tipo de ideias… Entende-se, insisto, por uma presença fiel e dedicada que abre os corações destes pequenos a novos mundos, isto é, a novas formas de amar, de se manifestar, novos sonhos e ambições… Nada disto rompe com o que já existia e é nesta ampliação de perspectivas que o Cigano, como todos os outros, melhor escolherá o que quer para a sua vida.

Ficam algumas ideias breves sobre o que a ERG procura fazer em cada dia de empenho no futuro de cada um dos seus jovens. Outras coisas se poderiam dizer mas fiquemo-nos por estas, que já nos fornecem algumas pistas de como este projecto pode representar Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

uma resposta a algumas das preocupações da estratégia nacional para a integração dos Ciganos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Magano, Olga; Silva, Luisa Ferreira. 2000. «A integração / exclusão social de uma comunidade cigana residente na cidade do Porto», Actas do IV Congresso Português de Sociologia "Sociedade portuguesa: passados recentes/futuros próximos", Associação Portuguesa de Sociologia, Universidade de Coimbra, 17-19 Abril Magano, Olga. 2008. «Percursos de integração social de origem cigana: alguns dados preliminares». VI Congresso Português de Sociologia. Lisboa. Associação Portuguesa de Sociologia Magano, Olga; Mendes, Maria Manuela. 2013. «Ciganos Portugueses: Olhares plurais e novos desafios numa sociedade em transição». Mundos Sociais «Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas 2013-2020». Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares | Governo de Portugal; Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural.

Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

ANEXOS 1 - REVISÃO LITERATURA O primeiro conceito é o de integração, originalmente muito conectado com a ideia de coesão social. Mais tarde foi também assumido como a aprendizagem contínua que o indivíduo sobre as normas colectivas (Parsons citado por Magano, 2008). Diferentes definições de integração podem afectar a precisão da discussão por isso, para efeitos do estudo aqui estruturado, considera-se integração social como a “dynamic and principled process where all members participate in dialogue to achieve and maintain peaceful social relations" (Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais da Organização das Nações Unidas). Por outro lado, analisemos alguns dados conhecidos para a comunidade Cigana. Os Ciganos estão em Portugal há 500 anos oriundos do Nordeste da Índia, tendo passado por diversos outros países desde os inícios dos seus movimentos migratórios no séc. III (ENICC). As influências culturais destes vários lugares pelos quais passaram explicam, de certa forma, as diferenças de tradições e rituais entre comunidades Ciganas distintas. Sabe-se que desde a sua chegada que foram discriminados e até perseguidos sendo a sua cidadania Portuguesa apenas reconhecida na Constituição de 1822 (ENICC). Certamente marcadas por estes percursos, as comunidades Ciganas sempre se manifestaram como coesas mas insubmissas, conservando sempre os seus valores fundamentais como o valor da família, o respeito pelas pessoas mais velhas e a protecção das crianças (ENICC). O seu estilo de vida nómada e o não acolhimento destes grupos por parte das populações locais, nomeadamente no nosso país, condenará os Ciganos há marginalização, isto é, à exclusão social. Outros factores da exclusão dos mesmos usualmente referidos são a resistência à escolarização, a perda de recursos económicos, o declínio das profissões tradicionais, índice elevado de detenções e a obediência a regras internas muito fortes (ENICC). As consequências são claras: participação não activa nas actividades da sociedade, desemprego, não acesso à habitação, pouca informação da sociedade sobre a sua cultura. Todos estes factores estão relacionados com comportamentos de risco, violência, consumo de narcóticos, etc. A modernidade trouxe novas perspectivas de integração dos grupos Ciganos. A evolução tecnológica, no que representa de acesso a informação e contacto com outras realidades, tem mitigado, de certa forma, e nalguns casos, o isolamento das famílias Ciganas e pode representar uma janela de oportunidade, sobretudo para os mais jovens. Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Algumas entrevistas com Ciganos revelam que para alguns se torna claro que a cultura Cigana tem de evoluir de modo a traduzir-se em mais envolvimento com a sociedade e que a escolarização é uma peça chave neste processo. (Magano, 2008). Conclui o mencionado estudo que o convívio precoce frequente com não Ciganos, a escolarização e os casamentos com não Ciganos são os principais potenciadores da pretendida integração. Para terminar esta contextualização, há que referir as áreas detectadas pela ENICC como as mais carenciadas de intervenção: Educação, Habitação, Saúde e Emprego. Centrando-nos mais na educação, apenas por motivos de interesse deste estudo, encontramos no documento algumas dimensões a considerar no tipo de intervenções que queiram ser relevantes – educação para a cidadania, sobretudo na proposta de momentos de formação e intervenção cívica; o combate à discriminação, nomeadamente através de formação e da valorização de diferentes culturas; a insistência na escolarização e combate à iliteracia; entre outras. Com base nestes dados e reflexões é proposto aprofundar a proposta da ERG como ferramenta da melhor integração da comunidade Cigana em São João do Estoril, no antigo Bairro do Fim do Mundo.

Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

2 – ESTRUTURA DO MODELO ERG

SAÚDE

ESCOLA

Criança/Jovem

APOIO ESCOLAR

RUGBY

EXPRESSÃO ARTÍSTICA

Os Players: 

 





 



Família o Principais Educadores o Associação das Famílias Escola o Apoio à formação pessoal e profissional Rugby (ERG) o Treinos, jogos e preparação física  Experiência de equipa  Motivação/paixão  Formação pessoal – valores e competências ERG Apoio Escolar (ERG) o Sala de Estudo  Apoio Individualizado  Ponte com a Escola: aproveitamento e comportamento Saúde (ERG) o Exames Médicos o Fisioterapia/Osteopatia o Nutrição o Reforço Alimentar Expressão Artística (ERG) o Caminhos de Barro Acompanhamento Individual (ERG) o Contrato trimestral global de objectivos o Ficha individual do jogador Extras (ERG) o Digressões o Campos de Férias o Peregrinação a Fátima, etc Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Acompanhamento Personalizado

FAMÍLIA

3 -O QUE É A ERG? i A Escolinha de Rugby da Galiza, da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, surgiu a 30 de Setembro de 2006, no âmbito do projecto desportivo da Casa Grande da Galiza, sendo um espaço de formação, humana e desportiva, para cerca de 140 crianças e adolescentes, entre os 3 e os 18 anos, “fragilizados” por ausência de estrutura familiar e/ou comunitária. A Escolinha de Rugby da Galiza é um projecto que visa proporcionar aos jovens praticantes, a possibilidade de aprender e, sobretudo, jogar rugby, sem nunca esquecer a componente lúdica, num correcto enquadramento técnico e com um adequado apetrechamento didáctico. Temos por objectivos: 

Motivar através do Rugby a apreensão e interiorização de valores próprios desta modalidade;



Promover a partilha, vivência e a transmissão de valores morais, éticos, sociais;



Envolver e mobilizar as famílias e a comunidade através da criação de rede social;



Integrar socialmente crianças e adolescentes em risco.

Definimo-nos como um projecto… Social, porque trabalhamos com famílias muito fragilizadas e que vivem, muitas delas, em grandes dificuldades, tendo pouca capacidade de recorrer a este tipo de serviços. Assim, procuramos junto dos nossos amigos e financiadores encontrar soluções para as necessidades destas pessoas que merecem a oportunidade de dignamente procurar o melhor para as suas vidas. Educativo, porque o nosso foco é o desenvolvimento integral das crianças que vêm ter connosco. Usamos o rugby como uma ferramenta que atrai as crianças e jovens e os agarra e compromete com algo que gostam e penetra fundo nos seus corações. Aí sim aprofundamos uma relação única e pessoal entre educador e educando que permite propor valores e competências que podem ser extremamente valiosas na vida de cada um. Católico, porque é a nossa Fé que nos dá forças para nos entregarmos e dedicarmos a cada um dos nossos miúdos e é nosso objectivo dar-lhes a conhecer o amor de Deus. Esse será sempre para nós o maior contributo que possamos dar a alguém - a Pedro Rocha e Melo – Dezembro 2013 – Mestrado em Ciências da Educação Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

possibilidade de desenvolver uma relação profunda e verdadeira com Maria e Seu filho Jesus. i

o texto em baixo é autobiográfico, escrito para a apresentação do futuro site do projecto

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