O Latim arcaico nas Noites Áticas de Aulo Gélio

July 4, 2017 | Autor: L. Carpinetti | Categoria: Rhetoric
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O Latim Arcaico nas Noites Áticas de Aulo Gélio




Fernando Adão de Sá Freitas (UFJF)
[email protected]
Luís Carlos Lima Carpinetti (UFJF)
[email protected]

1. Introdução


Os textos plautinos marcam um período importante da história e da
cultura latina, pois retratam a língua e a literatura em seus primeiros
momentos. Esses textos estão inseridos no "término do período proto-
histórico[1] e no início do republicano" (FARIA, 1970, p. 40), período este
que marca o início da helenização da cultura romana. Outros autores da
mesma época que Plauto ou próximos deste também contribuíram de forma
singular para que o fluxo de ideias e ideais que chegavam da Grécia
pudessem ser incorporados pela cultura latina (HARVEY, 1998, p. 400).


Sobre essa observação faz-se necessário abordar a relevância e
influência de autores renomados da época arcaica latina como Lívio
Andronico, Névio e Ênio, autores que constam nas anotações, do grande
erudito, do século II d.C., Aulo Gélio, em sua obra, intitulada pelo mesmo,
de Noites Áticas.


As Noctes Atticae (Noites Áticas) são um compêndio de vinte
livros, nos quais o autor fazia citações de fragmentos de textos latinos e
gregos e também de epígrafes deixadas por autores e poetas da época
arcaica. Aulo Gélio citava textos tanto em prosa quanto em verso, fazia
análises sobre vários aspectos da língua latina e notas sobre autores quase
desconhecidos, como Pacúvio e Ácio. (CONTE, 1999, pp. 583 – 584).


O compêndio elaborado por Aulo Gélio é um dos trabalhos mais
expressivos sobre a literatura e língua do período arcaico. Fato que pode
ser observado com o estudo da obra no projeto de iniciação cientifica "A
construção da irrealidade nas arengas judiciárias da latinidade clássica",
orientado pelo Prof. Dr. Luís Carlos Lima Carpinetti. No o presente
trabalho trazemos trechos de textos citados por Aulo Gélio, discussões
travadas pelo autor quanto a procedência de alguns textos latinos, análises
literária e gramatical feitas pelo mesmo. Além disso, fizemos algumas
observações sobre a morfologia e sintaxe do latim arcaico nas epígrafes
citadas por Aulo Gélio.





2. Lívio Andronico e a representação da Literatura


O período Arcaico da literatura latina iniciou-se com a tradução que
Lívio Andronico fez da Odisseia no ano de 240 a.C. O que fez o ex-escravo
de origem grega nascido em Tarento tornar-se o Presidente do Collegium
Poetarum, Academia de Poetas, (HARVEY, 1998, p. 309). Após esse trabalho o
poeta passou a integrar a vida e os costumes de Roma.

Além da tradução da Odisseia, Andronico também possuiu outros
trabalhos como tragédias e comédias palliatas. Alguns autores costumam
salientar que o poeta e tradutor "já escrevia com intenções literárias e
desempenhou um papel importante na helenização da cultura romana." (SOUZA,
1989, p. 10).

Sobre esse autor da época mais remota de Roma, no livro III, 16, das
Noites Áticas, Aulo Gélio discursa que certa vez um varão, muito douto,
chamado Cesélio Vindex[2] discorreu contrariamente às palavras de Marco
Varrão[3]. Dizia aquele, segundo Gélio, que as Parcas[4] determinavam a
vida do indivíduo desde seu nascimento, e Vindex tomando-se de palavras de
ilustres, cita o poeta Lívio Andronico supracitado, o qual traduziu assim
um verso da Odisseia:

Quando dies adueniet quem profata Morta est.
Quando chegará o dia que Morta tem profetizado.

A citação presente, nas Noites Áticas, demonstra que Vindex utilizou
das palavras e dos pensamentos de homens que outrora foram responsáveis
pela formação da língua e da literatura latina para explicar sua concepção
a respeito das Parcas, em seu livro Leituras Antigas, porém à interpretação
feita por Vindex foi equivocada, de acordo com Aulo Gélio que teceu a
seguinte critica sobre as palavras de Vindex, dizendo: "mas homem de
maneira nenhuma malicioso, Cesélio tomou Morta por nome /próprio/, quando
deveria acolher como se tradução de Moera". (SEABRA, 2010, p. 113).

Sobre a observação de Aulo Gélio, vê-se que Vindex não considerou a
transliteração da palavra MOIRA do grego para o latim Moera e por isso
incorreu em uma explicação falha. Para Aulo Gélio, a explicação de Cesélio
Vindex sobre as palavras de Lívio Andronico foram inocentes e sem um estudo
etimológico mais aprofundado do termo. Percebe-se, então, que Aulo Gélio ao
tratar da literatura e da língua arcaica faz comentários incisivos e cheios
de minúcias.

A importância dada por Aulo Gélio aos autores da época arcaica pode
ser observada na citação de María Felisa Del Barrio Vega, em seu artigo,
Sobre los arcaísmos en Aulo Gelio, que diz:



"... Aulo Gelio ama profundamente la literatura antigua y
admira a sus autores, constantemente acude a ellos y se
demora em sus peculiaridades linguisticas..." (1986 – 87,
p, 69).







3. Epigramas arcaicos nas Noites Áticas

No livro I, 24, das Noites Áticas, encontram-se os epigramas dos
autores latinos da época arcaica conhecidos como Névio, Plauto e Pacúvio. O
primeiro epigrama citado por Aulo Gélio é o de Névio.


1. Naevi Epigramma
Immortales mortales si foret fas flere
flerent divae Camenae Naevium poetam.
Itaque postquamst Orchi traditus thesauro,
obliti sunt Romae loquier lingua latina.
Epigrama de Névio
Se aos imortais fosse permitido chorar
pelos mortais, chorariam as deusas Camenas pelo poeta Névio.
E assim, é que depois que ele foi entregue ao acervo de Plutão,
esqueceram, em Roma, a Língua Latina.


Segundo Aulo Gélio, o epigrama de Névio: "é pleno de soberba da
Campânia o que poderia ser um testemunho justo, se pelo próprio /Névio/ não
tivesse sido dito" (SEABRA, 2010, p. 55). As palavras de Aulo Gélio
representam a sua impressão diante do Campanus[5] Névio, que segundo a
introdução da obra de Warmington, Remains of Old Latin II, "essa
característica seria dada a qualquer um quer fosse campaniano ou não"
(1936, p. xiv), pois Gélio teve como referência a obra De Poetas de Marcos
Varrão.

Entre os escritos de Névio, Aulo Gélio não se limitou ao epigrama do
primeiro poeta de Roma. O escritor das Noites Áticas conhecia bem as
peculiaridades das obras e da vida de Névio. É sabido pelas palavras de
Gélio, que Névio teria escrito mais duas peças enquanto esteve preso. No
livro III, 3, Aulo Gélio revela o nome das outras duas supostas peças de
Névio, uma intitulada O adivinho (Ariolus) e a outra Leonte (SEABRA, 2010,
p. 116).


As obras de Névio são variadas, pois este escreveu peças nos moldes
gregos e romanos, compôs a primeira épica latina e inventou as fábulas
pretextas. Em vista ao imenso número de obras:

"Névio é um dos poetas mais citados e estudados pelos
gramáticos e eruditos desde Lampádio até Prisciano[6]. E
este fato conservou e revelou as estranhezas de natureza
lexical, morfológica e sintática presentes em seus
trabalhos" (SOUZA, 1989, p. 30).




2. Análise gramatical do epigrama de Névio

No epigrama Neviano há duas características gramaticais que nos chama
a atenção.


1. A utilização da conjunção temporal postquamst não possui evidências no
texto das Noites Áticas, em sua versão espanhola compilada por
Santiago López Moreda (2009), nem em sua versão portuguesa compilada
por José Rodrigues Seabra Filho (2010). A obra de Warmington, Remains
of Old Latin II, é a única que apresenta a conjunção citada na forma
arcaica. Fato que pode ser considerado devido ao teor da obra.


Em nenhuma das obras críticas sobre este tema há referências a este
uso, nem na obra critica de Ernout, Recueil De Textes Latins
Archaïques, nem na obra Latin Verse, de Frank Smalley. Esta traz a
forma postquam ést e aquela apresenta forma postquam est (SMALLEY,
1884, p. 40 / ERNOUT, 1916, p. 140). A forma representada por Smalley
traz uma explicação mais criteriosa do verso saturnino, primando a
possível tonalidade da lingua latina e não a quantidade entre breves e
longas.

A conjunção postquamst sofreu dois processos o primeiro foi fonético
em que ocorreu a sincope da preposição de acusativo passando de postea
para a forma post; a segunda foi devido à métrica em que as palavras
terminadas em /–m/ e a palavra seguida iniciada por vogal ou pela
letra /h/ não são contadas na hora de escandir o verso, ocorrendo
assim um fenômeno denominado sinalefa, ou seja, a conjunção postquam
mais est torna-se postquamst devido à regra da métrica e da prosódia
da língua latina.

2. Tradução do verbo flerent (chorassem), que se encontra no modo
subjuntivo no tempo imperfeito, foi traduzido para o português no
futuro do pretérito (chorariam), modo indicativo, pois a forma do
subjuntivo latino não apresenta a mesma nuance semântica da forma
verbal em português no modo subjuntivo, então para que o epigrama do
autor latino não perdesse sua intenção linguístico---literária algumas
adaptações de cunho gramatical são sempre recorrentes.






3. Plauti Epigramma
Postquam est mortem aptus Plautus, Comoedia luget,
scaena est deserta, dein Risus, Ludus Iocusque
et Numeri innumeri simul omnes conlacrimarunt.
Epigrama de Plauto
Depois da morte de Plauto, a Comédia entrou de luto,
a cena está deserta, em seguida o Riso, o Jogo e o Divertimento
e os Ritmos sem compassos, todos simultaneamente choraram em conjunto.

Por ser um grande conhecedor da língua e da literatura latina, Aulo
Gélio abre uma discussão interessante sobre a procedência do epigrama
plautino. Gélio discursa que o epitáfio de Plauto[7] seria falso se este
não tivesse sido colocado no De Poetas de Marco Varrão. Sobre essa
observação, vê-se que o autor teve a necessidade de esclarecer a fonte
relativa ao epigrama de Plauto, fato que não ocorreu com epigrama de Névio.
No epigrama plautino, a expressão "et numeri innumeri" pode
representar tanto os ritmos variados empregados quanto o grande número de
versos escritos pelo poeta da época arcaica.(SEABRA, 2010, p. 76).


4. Pacuvi Epigramma
Adulescens, tam etsi properas te hoc saxum (saxilum) rogat
Ut sese aspicias, deinde quod scriptum est legas.
Hic sunt poetae Pacuvi Marci sita
ossa. Hoc volebam nescius ne esses. Vale.
Epigrama de Pacúvio
Adolescente, tão apressado, ainda esta pedra te roga
que tu observes e depois leia o que está escrito.
Aqui estão os ossos, do poeta Marcos Pacúvio.
Isso, eu desejei que soubessem. Adeus.

Segundo Aulo Gélio, "o epigrama de Pacúvio é o mais puro, elegante e
digno de respeito" (SEABRA, 2010, p. 56). Sobre essa afirmação, Gélio
demonstra sua preferência por este autor, assim como Cícero[8] em sua obra
De Amicitia em que o eloquente orador romano relata "o entusiasmo que a
população romana teve com a obra "Orestes" de Pacúvio" (HARVEY, 1998, p.
375).

Marcus Pacúvio (Marcus Pacuvius) nasceu em 220 a.C. na província de
Brundisium área de influência cultural Grego-Osca. Era sobrinho de Ênio[9]
e seu discípulo (CONTE 1999, p. 104). Seus trabalhos são reconhecidos como
tragédias devido aos títulos das obras que são de fontes gregas.

No epigrama de Pacúvio, observa-se mais usos do latim arcaico. O uso
pronome reflexivo sese (se). Este pronome pessoal é típico nas comédias
Terêncio e de Plauto, segundo Ernout em sua obra Morphologie Historique Du
Latin, que o descreve como:



"um pronome ablativo – acusativo de redobro, reforçado
palas partículas enfáticas como –te, -met, -pse, -pte:
egomet, mihipte, memet, tute, sepse, etc. Como no exemplo
de Terêncio, Andr. 954: Qui? Quia habet aliud magis ex
sese et maius..."(1953, p. 103).




4. As referências de Aulo Gélio a Lúcio Ácio

Aulo Gélio demonstra-se muito interessado quando o assunto é sobre
gramática ou é, de certa forma, sobre filologia (SEABRA, 2010). Sobre esse
aspecto, destaca-se nas Noites Áticas o nome do autor Lucio Ácio (Lucius
Accius) que nasceu no ano de 170 a.C., na cidade de Pisaurum. Suas obras,
em quase a totalidade, são de tragédias assim como as de Pacúvio, seu
antecessor.

No livro XX, 3, Aulo Gélio discursa sobre o vocábulo siccinnistae,
utilizado corretamente por Ácio, em Os Pragmáticos, pois devido à postura
de "gramaticus" do autor das Noites Áticas o vocábulo não estava sendo
empregado de forma correta por muito, que o utilizavam com uma única letra
n, sicinistae. O termo empregado por Ácio é dúbio, mas preciso para Gélio.
Fato que é eslarecido por Warmington dessa forma: "It is clear from Gellius
that the Romans did not know exactly what Accius meant by nebulosum
nomen..." (1936, p. 590). Além do redobro consonantais, Ácio também propôs
outras modificações, segundo a obra crítica de Warmington:



"foi Ácio que empregou o redobro das vogais (aa, ee, uu),
colocou o som gg expressado por ng como seguindo os moldes
gregos "agguis" por "anguis". As características deixadas
por Ácio indicam que este escreveu uma obra chamada De
Orthographia, porém não há evidências dessa obra nos
fragmentos que restaram das obras de Ácio" (1936, p. xxiv)
.
Aulo Gélio faz inúmeras referências a vida e obra de Lucio Ácio,
chega até a relatar, no livro XIII, 2, como precedeu o encontro "familiar"
entre Pacúvio e Ácio, na cidade de Tarento (SEABRA, 2010, pp. 428-429).

5. Conclusão

Após a leitura e estudos das Noites Àticas fica quase que inevitável
a necessidade de abordar os aspectos arcaizantes presentes neste volumoso
compêndio elaborado por Aulo Gélio. Nesse sentido, concluímos que a obra de
Aulo Gélio está imersa em um ambiente, especialmente, arcaico e erudito,
pronta para nos servir com dados e reflexões da cultura greco-romana,
colocando a disposição dos estudiosos do grego e do latim inúmeros aspectos
da língua e da literatura do período mais remoto da civilização romana.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONTE, Gian Biagio. Latin Literature a History. Translated by J. B.
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FARIA, E. Dicionário Escolar Latim – Português. Rio de Janeiro: Ministério
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_______. Fonética Histórica do Latim. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1970.
_______. Gramática da Lingua Latina. Brasília: Ministério da Educação e da
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GELLIUS, A . Noctes Atticae. The Latin Library.com
HARVEY, P. Dicionário Oxford de termos gregos e Latinos. Traduzido por
Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
LIPPARINI, G. Sintaxe Latina. Traduzida e Adaptada pelo Pe. Alípio de
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ROSTAGNI, A. Storia Della Letteratura Latina I; La Repiblica. Torino:
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SOUZA, Sebastião, G. Fragmentos de Névio e Ênio: tese de doutorado. Rio de
Janeiro: UFRJ, 1989.
SMALLEY, F. Latin Verse. New York: D.Appleton and Company, 1884.
VEGA, María Felisa Del Barrio. Sobre Los Arcaísmos en Aulo Gelio. Artigo.
Cuadernos de Filología Clássica, XX, 1986-1987.
WARMINGTON, H, B. Remains of Old Latin; Volume II. Massachusetts: Harvard,
1936.




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[1] O período Proto-histórico data-se do século VII? – 240 a.C. (FARIA, E.
Fonética histórica do Latim. Rio, Acadêmia, 2ª. ed., 1970, p.40).

[2] Cesélio Vindex (Caeselius Vindex, século II d.C.) foi gramático e viveu
na mesma época de Adriano; Supício Apolinário, um dos mestres de Aulo
Gélio. (SEABRA, J. Noites Áticas. 2010, p. 78).
[3] Marcos Varrão (Marcus Terentius Varro, nasceu em 116 a.C.) foi um dos
maiores eruditos romanos, em 85 foi Quaestor e em datas desconhecidas foi
tribuno da plebe e Praetor. Escreveu inúmeras obras, dentre elas De Lingua
Latinae, De Poetas. Em 25 livros, em que os primeiros livros são dedicados
a Cícero. (CONTE, G. Latin Literature a history. 1999, pp. 210 –11).

[4] As Parcas provavelmente eram de início espíritos do nascimento. O nome
Parcae vem do verbo parere(parir). (HARVEY, P. Dicionário Oxford de
Literatura Clássica Grega e Latina, 1998, p 379).
[5] Se o sentido do epigrama fosse realmente de Gélio, o adjetivo Campanus
teria um significado diverso daquele que teve no tempo de Varrão. É
simples: o adjetivo Campanus até à época de Cícero, talvez até Tito Lívio,
tinha o significado de "habitante de Cápua, cidadão de Cápua", só no tempo
do império é que o adjetivo teve amplificado o seu sentido, ou seja, o de
campaniano, o que ainda não tinha acontecido no tempo de Varrão. Se Gélio
teve Varrão como fonte, podemos identificar com segurança, a cidade natal
de Névio: Cápua. (SOUZA, S. Fragmentos de Névio e Ênio.Tese de Doutorado.
1989, p. 23).
[6] Lampádio (Gaius Octavius Lampadio) foi o gramático que dividiu em sete
partes o Bellum Poenicum, pois como nos é conhecido, Névio tinha publicado
o texto de forma continua. (CONTE. Latin Literature a history. 1999, p.
573). Prisciano (Priscianus Caesariensis) gramático do tempo de Justiniano
(Oriente 527 – 562) viveu e ensinou gramática em Constantinopla. Sua obra é
rica em citações de autores clássicos, cujo titulo é Institutiones
Gramaticae. (SOUZA, S. Fragmentos de Névio e Ênio. Tese de Doutorado. 1989,
p. 282).

[7]Plauto (Titus Maccius Plautus) nasceu em Sarsina, situada na fronteira
da Úmbria no ano de aproximadamente 255 – 184 a.C. Suas peças têm um
espírito unicamente cômico. Sua obra é vasta e chegou quase completa a
nossa época, sendo no total de vinte livros e a obra "Vidularia" ( A
bolsa), resta-nos fragmentos. (ROSTAGNI. A. Storia Della Letteratura
Latina.1949, pp. 131-141).

[8] Cícero (Marcus Tulius Cicerus) foi o mais eloqüente orador de Roma
nasceu em 106-43 a.C, foi um advogado famoso em Roma. A estréia de Cícero
se deu quando o jovem advogado de vinte e cinco anos defrontou-se com o
experiente Hortênsio, defendendo Quíncio num processo de espoliação.
(CARDOSO.Literatura Latina. São Paulo: Martins Fontes.2003, p.152).
[9] Quinto Ênio (Quintus Ennius) nasceu em 239 a.C, na Rudia, é uma pequena
cidade do lado de Lecce, na região romana, chamada Calábria – não confundir
com Calábria dos dias atuais. Ênio é o poeta mais notável os poetas
arcaicos. Sua obra é conhecida como Anais, nome dado por Ácio aos
hexâmetros de Ênio, além dos fragmentos dos Anais, há fragmentos de suas
tragédias. (CONTE, Latin Literature a history. 1999, p. 75-77e 110).
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