O lugar do acesso (ou não acesso) ao lazer e a cultura na relação que os jovens rurais tem com os territórios do interior catarinense

July 7, 2017 | Autor: Hélène Chauveau | Categoria: Rural Sociology, Cultural Geography, Youth Studies, Rural Development, Youth Culture, Southern Brazil
Share Embed


Descrição do Produto

O lugar do acesso (ou não - acesso) ao lazer e à cultura na relação que os jovens rurais tem com os territórios do interior catarinense Esse artigo foi escrito por uma estudante francesa de mestrado que fez uma pesquisa durante 8 meses em vários territórios rurais de Santa Catarina em 2012. Seu olhar vem da área da geografia rural, uma geografia humana que tenta de compreender os fenômenos socioespaciais dos meios rurais baseando-se essencialmente em entrevistas com jovens, atores e profissionais que trabalham nessa área, em observações e em leituras da bibliografia brasileira. Esse texto tem a intenção de resumir para o publico brasileiro um trabalho maior que constitui a dissertação de mestrado apresentada à Université Lyon 2. Não se pretende a exaustividade cientifica, mas sim a apresentar alguns traços e resultados dessa pesquisa de maneira concisa, mesmo que sem muitos detalhes conceituais e descritivos. Antes de começar, é muito importante lembrar também que não se entende aqui a palavra «cultura» no seu sentido amplo, antropológico e envolvendo muitas das atividades dos povos. Opta-se aqui (não porque a primeira definição não é legitima, mas porque não corresponde ao eixo dessa pesquisa) por uma definição restrita, compreendendo bens culturais, produção cultural e artes, assim como pressupõe acesso a música, teatro, artes plásticas, dança, cinema, circo e outros elementos desse tipo.

O êxodo dos jovens rurais é uma realidade ainda muito forte no Brasil. Centenas deles vão embora de suas comunidades de origem para trabalhar ou estudar nas cidades e, na maioria das vezes, nunca mais voltam para a vida rural, quer seja nas suas comunidades ou em outros lugares. Entre eles, as moças são particularmente suscetíveis à vida urbana, o que cria situações difíceis em várias comunidades (especialmente no Oeste Catarinense, como mostra muito bem o filme-documentário Celibato no campo de Cassemiro VITORINO e Ilka GOLDSCMIDT, 2010) e põe em dúvida a reprodução do modelo

da agricultura familiar, e mais amplamente, o equilibro geral de uma sociedade onde o meio rural ocupa um lugar insubstituível. Mas o modelo de vida urbana sofre hoje várias questionamentos: crise de superpovoamento, dificuldade de integração, exclusão, valores, condições de vida... A sustentabilidade de um modelo que esvazia os campos para inchar as cidades indefinidamente está agora sendo indagada. Quando se vem de outro continente, como foi o meu caso, é marcante a realidade muito dual da oposição rural / urbano no contexto brasileiro. Morar nas zonas rurais de Santa Catarina não significa só ter um ambiente natural e morar em núcleos populacionais menores... significa também, na maioria das vezes, não ter outra escolha de trabalho que a agricultura, não ter acesso a um rede de mobilidade e de comunicação eficiente, morar em casas muito distantes umas das outras e ainda mais distantes de qualquer centro urbano, e ter muita dificuldade de acesso a qualquer serviço ou infraestrutura. Entre essas coisas que parecerem essenciais a uma vida contemporânea,

eu escolhi de trabalhar sobre o acesso ao lazer e à cultura. Do ponto de vista brasileiro talvez pareça estranho : há tantos problemas que parecem mais prioritários no campo e na relação cidade-campo. É justamente porque eu vim de um continente onde a maioria das necessidades digamos «básicas» são acessíveis tanto aos urbanos quanto aos rurais que sempre gostei de trabalhar nessa questão da difusão cultural. Também porque, me parece, ela pode ser um valor agregado muito grande para as zonas rurais que pretendem oferecer uma qualidade de vida melhor que os grandes centros urbanos que não correspondem mais às expectativas de nossos contemporâneos. Com efeito, hoje na Europa se nota um processo que nasceu depois de uma estagnação do êxodo rural : o «renascimento rural» ou «recampesinação» que faz emergir um «novo rural» (que tem várias definições segundo os autores). Nesse processo, que se acentua hoje com a crise (particularmente em Portugal, por exemplo, onde muito jovens escolhem de mudar de vida, indo por isso para as zonas mais rurais do país, consideradas como «lugar dos possíveis») o desequilibro entre a oferta cultural farta do meio urbano e o «deserto cultural» rural se faz sentir cada vez mais. Salvo que os meios rurais não são desertos culturais... há coisas para ver, coisas para fazer, lugares onde sair, ou pelo menos, há pessoas que tem essas expectativas. Então, tem várias associações, municipalidades, etc, que se esforçam de organizar eventos culturais, salas de espetáculos, de shows, oficinas de artes, representações teatrais nas comunidades, mostras de arte, cinema itinerante... porque esses jovens que viviam nas cidades se acostumaram a ter acesso a um lazer diversificado, aberto sobre o mundo, denso. E se eles querem mudar de vida, escolher um ritmo diferente que esteja mais de acordo com os valores que eles defendem e com suas necessidades, isso não deve significar abandonar os lados bons da vida contemporânea. Não deve significar morar igualmente a seus avôs campesinos, esquecendo que foram inventados a internet, o rock and roll, que hoje a possibilidade de acesso às artes produzidas no mundo todo, em todas as épocas, em todas formas de artes, é possível nas cidades. Não deve significar escolher a vida rural em sua definição antiga, quando as vilas estavam cortadas do mundo por falta de meios de mobilidade e de comunicação, quando não havia outra escolha além de ser agricultor e de ir a um baile de vez em quando, sem escolher o estilo. Essa é a reflexão de muito movimentos e pesquisadores na Europa de hoje, pelo rural de amanha, para que ele nem morra nem seja engolido pelo urbano. Para que ele fique um lugar singular, com suas qualidades e propriedades, mas que seja adaptado a um mundo que muda, e para que ele seja mesmo um motor, e um lugar das alternativas possíveis nessa sociedade. Depois de 8 meses na realidade brasileira e mais de 70 entrevistas, estou convencida de que essa reflexão deve ser feita no Brasil também desde hoje. Claro, nos

territórios onde fui, a questão ainda não é atrair pessoas. Muitas vezes não há escola, nem asfalto, nem outras opções de empregos que a roça, onde já é difícil obter uma renda suficiente... então, seria visto como uma loucura abrir um teatro ou um bar com rock ao vivo. Portanto, ouvimos os jovens rurais, ouvimos os adultos que tem medo que todos saiam e entre os argumentos mais clássicos (falta de renda, dificuldades do trabalho agrícola, vontade de estudar, desejo de «ser alguém na vida», necessidade de ficar mais independente a relação com os pais), há também, às vezes formulado, as vezes de maneira quase inconsciente, a questão da inveja do «modo de vida urbano». Nessa inveja podem estar vários aspectos (o papel da mulher, os horários de trabalho e as férias por exemplo), mas volta muitas vezes o direito ao lazer e ao acesso a uma oferta cultural diversificada. «Poder sair no sábado a noite» «Ir no cinema» «Assistir um espetáculo» «Ir a um bar com amigos» «Ver coisas novas» «Viajar de vez em quando» «Ter um lugar onde encontrar outros jovens» «Ter acesso à aprendizagem de uma prática artística original» «Ver uma banda tocar ao vivo» «Poder ir e voltar da cidade para passar noite» «Ter acesso a internet» «Poder me divertir com os amigos» são algumas das pedidas dos jovens que eu entrevistei tanto no Oeste Catarinense quanto no Planalto e na área rural do litoral de Santa Catarina. Esses são direitos fundamentais que esses jovens tem, e eles não deveriam ter que morar em cidades para poder ter acesso a tudo isso. Ainda mais porque esses mesmos jovens são muito ligados à vida rural, curtem dela e gostariam ficar : «não gosto do barulho da cidade» «eu tenho toda minha família, meus amigos na comunidade» «é difícil encontrar pessoas no contexto urbano» «gosto da tranqüilidade e convivência que existe no campo» «eu preferiria ficar mas quero estudar também» «fora de um baile por ano não tem nada aqui, mas são bailes bem melhores que lá na loucura da cidade». Claro, há cultura e lazer no campo: a maioria desses jovens jogam bola, tocam violão, vão aos bailes ainda freqüentes em varias comunidades, até praticam dança tradicional ou já ouviram um contador de historia, porque o campo catarinense é muito rico de tudo isso e claro que não precisa da cultura «urbana» para se divertir. Mas fica essa injusta ausência fundamental de paridade desses jovens em relação com seus homólogos urbanos. Porque teriam que escolher quando iniciativas boas ou políticas publicas eficientes poderiam dar a esses jovens (que merecem toda a atenção para quem se preocupa do futuro dos campos brasileiros) o «melhor dos dois mundos» (expressão de Maria José Carneiro falando dessa expectativa cada vez mas intensa dos jovens rurais) ? É isso mesmo que eu observei em três territórios de Santa Catarina. Eu escolhei 3 SDR (Secretarias de Desenvolvimento Regional, por ser uma das únicas escalas políticas entre o município e o estado, e mesmo com muitos defeitos, até hoje é a mais pertinente)

com 3 ruralidade muita diferentes : SDR do Grande Florianópolis, SDR de Lages, SDR de Xanxerê. A primeira é quase uma ruralidade europeia no sentido de que ela é bastante «desenvolvida», já tem em alguns lugares aspectos do «novo rural» (urbanos que vem morar no campo, preocupação pela agricultura orgânica, percepção do rural como um lugar de lazer e descanso, acesso mais fácil as infraestruturas). A segunda é as mais pobre das 3, tem muita servidão devido a presença de uma agricultura mais latifundiária (mesmo de forma bastante relativa, porque estamos no Sul do Brasil) e um povoamento pouco denso do rural, muita de sua população fugindo para o litoral próximo ou estados vizinhos. A terceira não tem exatamente todas as características do Oeste catarinense tradicional mas lá se nota uma densidade rural importante, um povo de agricultores familiares trabalhando em parte em parceria com industria agroalimentar acostumados a lutar e a organizarem-se socialmente. O que esses três territórios tem em comum ? Tem áreas rurais que se esvaziam, tem dificuldade de manter seus jovens e tem atores que tentam de fazer coisas, diretamente ou não, para oferecer lazer e cultura para essa população. Eu observei vários deles : setores da cultura de alguns SDR e municípios, Pontos de Cultura (entidades ligadas ao programa nacional Cultura Viva), SESC, membros do Movimento dos Sem Terra. Dessas observações nascem varias constatações, que, mesmo que sejam tiradas de uma experiência bem pequenina e que talvez não seja representativa de toda a complexidade da realidade de cada um desses atores, me parecem reveladoras do que é feito, ou não, para atender as expectativas culturais e de lazer de nossos jovens rurais. Primeiro, no campo das políticas publicas, é muita nova a preocupação de cuidar dos jovens moradores das áreas rurais do país, e ainda mais de cuidar de seu tempo livre ou de seu acesso na cultura. Desde o governo Lula, algumas coisas já mudaram, mas ainda bem pouco. Há vários programas que, ocasionalmente, poderiam atuar na área da cultura e do lazer pelos jovens rurais (Microbacias, SCRural, Pronera, Programa Territórios da Cidadania), mas que não o fazem ou fazem bem pouco justamente porque a cultura e desconsiderada. O programa mais significativo foi o dos Pontos de Cultura, criado por Gilberto Gil. Tem 60 dessas entidades em Santa Catarina, encontrei 10 quem trabalham mais ou menos diretamente nas áreas rurais dos nossos 3 territórios. Entre eles, alguns realizam um trabalho muito bom de difusão de teatro profissional, de oficinas de dança ou música, de registro da cultura rural, de atividades intergeracionais. Mas muitas vezes (mesmo se é um elemento intrínseco à concepção da «cultura» muita tradicional e comunitária exaltada por esse Ministério) se limita a uma pratica da cultura quase folclórica, que não atende sempre à variedade das expectativas dos jovens rurais de hoje. Ademais, esse Pontos sofrem das disfunções próprias ao setor publico brasileiro :

falta de rigor nos editais, falta nos prazos de pagamento, qualidade inegável dos projetos. Essas «disfunções sistêmicas» são também as que impedem os SDR ou secretarias municipais de fazer um verdadeiro trabalho cultural nos seus territórios, e vindo de um país onde o «serviço público» tem ainda um lugar importante (apesar das destruições que ele recentemente sofreu) eu fiquei chocada as vezes. Não somente há corrupção verdadeira, não somente há troca de favores e clientelismo político mas ainda há muita incompetência (geralmente as pessoas responsáveis por esses serviços são também responsáveis pelos setores de esporte, de turismo e as vezes de outros, e eles não vem do mundo da cultura), uma descentralização mal feita (os SDR não tem quase nenhum poder e orçamento próprio mas devem se referir muitas vezes no nível estadual) e tem as consequências de um pais onde a falta de preocupação com uma cultura que participe do desenvolvimento dos territórios e onde a ausência de infraestrutura para isso não é problema exclusivo das zonas rurais, mas é uma mazela nacional. Sobre nossos três territórios recebemos as mesmas pergunta: porque estudar a falta de oferta cultural no campo num país onde essa também há falta nas cidades, mesmo nas maiores? Justamente porque temos a convicção de que se o campo pode ser inovador em algumas áreas, porque não seria na área da oferta cultural e das oportunidades de lazer pelos jovens? Mas o caminho para isso ainda é muito grande. Esse caminho, eu observei alguns atores que, fora das políticas publicas, tentam de fazer-lo. Entre eles o SESC, uma instituição privada (mesmo se ela recebe o dinheiro dos comerciantes via o Estado), onde trabalham verdadeiros profissionais da cultura em serviços exclusivamente dedicados a uma difusão cultural de qualidade. Claro, não é perfeito e o fato de ser a única instituição a atuar nessa área leva a um monopólio que nunca é desejável. Mas pelo menos, os membros dessa instituição, apesar de trabalhar na área privada (o que, na França nunca inspira grande confiança, ao contrário daqui) tentam de trazer espetáculos de qualidade, cinema alternativo, às comunidades mais distantes do nossos 3 territórios. A oferta rural não e a prioridade dos SESC (tanto pela unidade de Xanxerê quanto de Lages e de Florianópolis) nem a maioria das ações deles mas eles são bem conscientes da importância de trazer essa possibilidade para essas pessoas, especialmente os jovens. E eles tentam de fazer um trabalho ao longo prazo, rigoroso de um ponto de vista da gestão, e que promove os artistas profissionais locais. Nesses atores que estão também no caminho, achamos também o Movimentos dos Sem Terra. Apesar de sua concepção da cultura, onde prima muito a criação sobre o acesso ou mesmo a difusão e onde a cultura urbana é muitas vezes vista como pervertida, eles entendem a importância da cultura e do lazer para reter ou atrair os jovens ao campo. Assim, eles desenvolvem muitas atividades de oficinas diversas, de reflexão sobre a

cultura de massa quem levam os jovens a pensar sua singularidade rural e o direito a cultura e as infraestruturas geralmente injustamente reservadas as cidades. Os jovens são puxados a participar, exprimir seus desejos, criar eles mesmos, o que não pode ser negativo para inserção deles nas suas comunidades. Através dessa reflexão (que esta aqui resumida e não rebuscada em todas as suas nuanças, complexidades, descrições mais completas e debates mais discutidos) queríamos mostrar que o caminho é ainda muito longo para que os jovens rurais do Santa Catarina cheguem a fazer ouvir seus desejos de lazer e de acesso na cultura nos seus territórios do campo. Porém, seria essencial que o poder publico e os outros atores da esfera cultural e rural se deem conta da importância dessas expectativas para reter os jovens nas comunidade e oferecer um futuro aos campos catarinenses. No século XXI, não se pode mais considerar essas áreas apenas como lugares de produção agrícola onde o menor acesso a uma conforto «urbano» seria um perigo para a conservação das especificidades. Há que se tomar consciência de que os futuros adultos que vão fazer o mundo rural brasileiro de amanhã são jovens que hoje querem ter acesso aos meios de comunicação modernos, a variedade cultural na qual seus homólogos urbanos tem acesso (ou deveriam ter), que querem ter tempos de lazer cheios e ricos, infraestruturas adaptadas e dedicadas a eles, e que isso não vai puxá-los para as cidades mas, ao contrário, incitar eles a fixar suas famílias no lugar que eles gostam sem renunciar a se enriquecerem com as possibilidades culturais do mundo contemporâneo. Hélène CHAUVEAU - 02/05/2013 Livros brasileiros importantes sobre esse assunto : –

ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni. Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo (SP): Instituto Cidadania: Fundação Perseu Abramo, 2005. 446 p.



CARNEIRO, Maria José; CASTRO, Elisa Guaraná de (Orgs). Juventude rural em perspectiva, Rio de Janeiro : Mauad X, 2007, 311 p.



CASTRO, Mary Garcia, Cultivando vida, desarmando violências : experiências em educação, cultura, lazer, esporte e cidadania com jovens em situação de pobreza. Brasília: UNESCO, 2001. 583p.



CASTRO, Elisa Guaraná, Entre Ficar e Sair: uma etnografia da construção social da categoria jovem rural. Rio de Janeiro: UFRJ/PPGAS, 2005. Tese de Doutorado de Sociologia



NOVAES, Regina; VANNUCHI, Paulo; RIBEIRO, Renato Janine. Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Instituto Cidadania: Fundação Perseu Abramo, 2004. 303p.



STROPASOLAS, Valmir Luiz, O mundo rural no horizonte dos jovens. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006, 346 p

– LOCALISAÇAO DOS SESC E DOS PONTOS DE CULTURA NO SANTACATARINA

– LOCALISAÇAO DOS MEUS 3 TERITORIOS DE ESTUDO

– O TRATAMENTO DESSE ASSUNTO

POR ALGUMS JORNAIS NACIONAIS NO ULTIMO ANO

– EXEMPLOS DE ATIVIDADES E INFRAESTRUCTURAS DE LAZER NUMA COMUNIDADE CATARINENSE (ASSENTAMENTO 25 DE MAIO – ABELARDO LUZ)

– IMAGENS DE UMA ATIVIDADE CULTURAL DESENVOLVIDA COM JOVENS NO CAMPO : O GRUPO TEATRAL DO ASSENTAMENTO 25 DE MAIO (ABELARDO LUZ)

– EXEMPLO DA AÇAO DE UM PONTO DE CULTURA PELA DIFFUSAO CULTURAL AO LADO DOS JOVENS RURAIS : O TEATRO CIRCULA DÔ QUE LEVA AS CRIAÇOES DO GRUPO TEATRAL MENESTREL FAZÊ DÔ NAS ESCOLAS RURAL DA SDR DE LAGES (AQUI NA COMUNIDADE DE TRÊS ARVORES)

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.