O Matriarcado nos Estudos de Religião e no Feminismo

May 29, 2017 | Autor: A. Ferreira | Categoria: Folklore, Feminismo, Matriarchy, Ciências da Religião
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O MATRIARCADO NOS ESTUDOS DE RELIGIÃO E NO FEMINISMO Andressa Furlan Ferreira (PPGCR-UFPB/NEVE/VIVARIUM NE)

O MATRIARCADO NOS ESTUDOS DE RELIGIÃO E NO FEMINISMO

1. Noções do conceito de matriarcado 2. Cynthia Eller



O mito da Pré-História matriarcal



Apropriações do mito da Pré-História matriarcal

3. Aili Nenola •

O folclore como um instrumento de consenso e contestação



O mito do matriarcado como folclore de consenso



O folclore feminista

4. Considerações finais

O QUE É MATRIARCADO?

NOÇÕES DO CONCEITO DE MATRIARCADO

“O matriarcado foi tradicionalmente definido como uma sociedade ou grupo no qual as mulheres têm poder sobre os homens. Antropólogos têm debatido até

que ponto tais sociedades existem. Matriarcados realmente existem, mas não da forma que a definição habitual implica. Com base em seu estudo da sociedade matriarcal Minangkabau (Sumatra Ocidental, Indonésia), a antropóloga Peggy Sanday defende que os acadêmicos têm usado uma definição ocidental de

poder para definir matriarcado, que não se aplica a sociedades não-ocidentais. Os Minangkabau definem a si mesmos como uma sociedade matriarcal, significando que as mulheres têm poder econômico e social. Entretanto, os Minangkabau não são governados por mulheres. As pessoas acreditam que a ordem deveria ser consensual, incluindo homens e mulheres. Matriarcado existe, mas não como espelho do patriarcado (Sanday 2002).”

ANDERSEN, Margaret; TAYLOR, Howard; LOGIO, Kim. Sociology: The Essentials. 9th edition. Cengage Learning, 2015, p. 266.

NOÇÕES DO CONCEITO DE MATRIARCADO Merriam-Webster Dictionary: •

a family, group, or government controlled by a woman or a group of women



a social system in which family members are related to each other through their mothers

Cambridge Dictionary: •

a type of society in which women have most of the authority and power, or a society in

which property belongs to women and is given to children by women rather than men

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: •

Tipo de organização social em que a autoridade é exercida pelas mulheres.

Dicionário Online de Português: •

Sociologia. Sistema social em que o poder predominante seria o da mulher. (Acreditou-se, no século XIX, que este sistema teria dominado algumas civilizações antigas, entretanto não foram

encontrados registros empíricos que comprovem esta teoria).

Fonte: http://www.mapsofworld.com/around-the-world/matriarchy.html

NOÇÕES DO CONCEITO DE MATRIARCADO •

Ginecocracia  predominância das mulheres no governo.



Matrilinearidade  classificação de uma sociedade cuja descendência é pautada pela linhagem materna.



Matriarcado  organização social em que a mulher-mãe teria uma posição dominante em todas as esferas sociais.



Culto a divindades femininas

O MATRIARCADO NOS ESTUDOS DE RELIGIÃO E NO FEMINISMO

Cynthia Eller Claremont Graduate University (EUA)

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

O MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL  Mito da Pré-História matriarcal: •

Culturas de dominação masculina foram precedidas por culturas matriarcais



Sociedades pré-históricas eram caracterizadas pela superioridade feminina

ou igualdade de gênero e foram destruídas por sociedades patriarcais entre 3000 e 1000 a.C. •

Implausível da perspectiva da História e da Arqueologia

 Origens intelectuais: século XIX  Bachofen (1861), McLennan (1865)  O mito da história matriarcal tem um apelo óbvio para as feministas por afirmar que o patriarcado não é universal no tempo e no espaço, que não é nem inevitável nem é a única maneira de os seres humanos se organizarem.

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

APROPRIAÇÕES DO MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL (SÉCULO XIX)

 Friedrich Engels (1884):

Friedrich Engels (1820-1895)



Influência de Lewis Henry Morgan e August Bebel



Morgan (1878)  meios de subsistência como importante marcador de relações entre os sexos



Bebel (1879)  análise do status das mulheres em

Lewis H. Morgan (1818-1881)

sociedades de dominância masculina e apelo à igualdade

sexual •

Engels (1884)  a sociedade humana teria começado maravilhosamente, mas tomado um rumo muito errado; oportunidade de instituir uma igualdade há muito tempo

perdida entre mulheres e homens August Bebel (1840-1913)

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

APROPRIAÇÕES DO MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL (SÉCULO XIX)

Primeira onda feminista

 Stanton (1888) e Gage (1891) afirmaram que:



Uma sociedade governada por mulheres seria uma sociedade centrada em torno da maternidade, e, devido às tendências benéficas "naturais" das mães, tal sociedade seria um bom lugar para se estar.



A Pré-História foi caracterizada pela "supremacia" das mulheres: as mulheres eram "as governantes" e os homens seus inferiores sociais.

Elizabeth Cady Stanton (1815-1902)

Matilda Joslyn Gage (1826-1898)

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

APROPRIAÇÕES DO MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL (SÉCULO XIX-XX)

Primeira onda feminista

 Expansões do mito: •

Argumentos “darwinianos”  adaptação da teoria da seleção sexual; mulheres designadas pela natureza para escolher os melhores parceiros



Ênfase

na

ideia

de

culto

à

deusa

como

característica das sociedades matriarcais  Matilda Gage (século XIX)  sociedades matriarcais também seriam sociedades de culto à deusa; mulheres como sacerdotisas e homens como filhos e amantes

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

APROPRIAÇÕES DO MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL (SÉCULO XIX-XX)  Rosa Frances Emily Swiney (1847-1922): •

Sufragista; influente no feminismo eduardiano



The League of Isis (sociedade teosófica)  material religioso, médico e antropológico



supremacia biológica da mulher; a espécie humana estaria

em

um

processo

rumo

à

androginia;

necessidade do retorno à sociedade matriarcal

MORT, Frank. Dangerous Sexualities – Medico-moral politics in England since 1830. 2nd edition. New York: Routledge, 2000, p. 109. ROBB, George. Between Science and Spiritualism: Frances Swiney’s Vision of a Sexless Future. In: Diogenes, vol. 52, n. 4, 2005.

APROPRIAÇÕES DO MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL (SÉCULO XX) Segunda onda feminista

 Início dos anos 1970; EUA

 Kate Millett, Robin Morgan, Gloria Steinem, Phyllis Chesler  breves menções ao mito; preocupação em explicar a natureza e a incerteza da autoridade patriarcal

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

APROPRIAÇÕES DO MITO DA PRÉ-HISTÓRIA MATRIARCAL (SÉCULO XX) Movimento feminista de espiritualidade

 Ápice da popularidade: anos 1980-90  Wiccas individuais (Zsuzsanna Budapest, Morgan McFarland)  O culto à deusa prevalece sobre a soberania política da mulher Z. Budapest (1979)

Margot Adler (1979)

 Menos ênfase na maternidade  Era matriarcal enaltecida pela harmonia com a natureza e pela

liberdade sexual  Rejeição às religiões monoteístas (Merlin Stone, Mary Daly), por manter a autoridade patriarcal  Deusa: idealização do feminino Starhawk (1979)

Riane Eisler (1987)

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

AS ESTATUETAS DE VÊNUS (SÉCULO XX-XXI)  Anos 1970  as teorias da arqueologia se distanciam dos cultos de fertilidade e dos cultos à deusa  Marija Gimbutas, incentivada por feministas espirituais, continua a defender o mito; encontrou epifanias da Deusa em tudo e acreditou ter desvendado o simbolismo religioso do período Neolítico  Estudos recentes: •

Pamela Russell (1998); Olga Soffer, James M. Adovasio, David C. Hyland (2000); Richard Lesure (2002); Douglass Bailey (2009); Kaylea Vandewettering (2015)

ELLER, Cynthia. The Feminist Appropriation of Matriarcal Myth in the 19th and 20th Centuries. In: History Compass 3, NA 179, 2005.

HAGIA – INTERNATIONAL ACADEMY FOR MODERN MATRIARCHAL STUDIES

 Fundada em 1986

 Heide Goettner-Abendroth  Cécile Keller

HAGIA – INTERNATIONAL ACADEMY FOR MODERN MATRIARCHAL STUDIES “Matriarcados não são simplesmente o contrário do patriarcado, com mulheres governando sobre homens — conforme interpretações errôneas e usuais. Matriarcados são sociedades centradas na mãe e têm base em valores maternais: cuidado, alimentação, maternalidade, que se aplicam para todos: para mães e aqueles que não são mães, para mulheres e homens. Sociedades matriarcais são conscientemente construídas em cima desses valores maternais e função maternal, por isso são muito mais realistas do que patriarcados. Elas são, a princípio, orientadas pela necessidade. Seus preceitos almejam atender as necessidades de todos com o maior benefício. Assim, nos matriarcados, a maternidade — que se origina como um fato biológico — é transformada em um modelo cultural. Esse modelo é muito mais apropriado à condição humana do que o modo como os patriarcados conceitualizam maternidade e a utilizam para tornar as mulheres, especialmente mães, em escravas.” Fonte: http://www.hagia.de/en/matriarchy.html

O MATRIARCADO NOS ESTUDOS DE RELIGIÃO E NO FEMINISMO

Aili Annikki Nenola University of Helsinki (Finlândia)

NENOLA, Aili. Gender, Culture, and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

GÊNERO, CULTURA E FOLCLORE

 Tradições culturais e as mulheres  Folclore como um instrumento de consenso e contestação  O status das mulheres e o mito do matriarcado  Uma tradição de contestação?

 Mulheres e tradições culturais

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

TRADIÇÕES CULTURAIS E AS MULHERES  Práticas, divisão de trabalho e respectivos deveres associados, imagens, conceitos e ideais  cultura

tradicional

de

qualquer

sociedade;

“instituições

masculinas”  Objetivos dos estudos feministas: •

Entender como funcionam as estruturas e práticas que oprimem as mulheres, inclusive seus métodos e estratégias



Demonstrar

o

que

as

mulheres

tem

sido

historicamente e o que são no presente  Invisibilidade da mulher

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

TRADIÇÕES CULTURAIS E AS MULHERES

 O nascimento da cultura escrita significou a exclusão das “pessoas comuns”, inclusive das mulheres; elite mantenedora da cultura dominante

 Objetivo do feminismo folclórico: •

identificar o papel das mulheres na tradição oral



identificar quais tipos de tradições elas usaram



identificar como elas usaram as tradições

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

FOLCLORE COMO UM INSTRUMENTO DE CONSENSO E CONTESTAÇÃO  O folclore pode ser usado tanto para manter quanto para desafiar um status quo dentro de uma comunidade.  Folclore como cultura de contestação, (Luigi Lombardi-Satriani, 1974)  O folclore reflete e suporta a integridade de uma comunidade e sua cultura de uma geração para outra ao transmitir um senso de continuidade em termos de valores, normas e estrutura social.

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

FOLCLORE COMO UM INSTRUMENTO DE CONSENSO E CONTESTAÇÃO

 Perspectiva funcionalista (William Bascom, 1965)  o folclore é usado para socializar os membros de uma comunidade e mantê-los em seus lugares  Nenola critica a perspectiva funcionalista  como instrumento de contestação, o folclore é uma “arma” usada pelos oprimidos contra os opressores, a fim de questionar, ridicularizar ou invalidar ideias e perspectivas dominantes

 O folclore de contestação pode surgir a partir de um contexto de dominação

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

FOLCLORE COMO UM INSTRUMENTO DE CONSENSO E CONTESTAÇÃO

 As relações de dominação entre os gêneros e etnias são frequentemente baseadas em condições políticas e econômicas, racionalizadas pela cultura e religião

 A maioria do folclore das mulheres reflete valores masculinos; a percepção “geral” do mundo é definida e avaliada pelos homens

 Para haver um folclore de contestação, deve haver um grupo que se veja como parte de uma entidade maior e que seja unido pela experiência comum da opressão

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

O STATUS DAS MULHERES E O MITO DO MATRIARCADO

 A abordagem interpretativa que prevalece na antropologia após Malinowski tem sido a funcionalista: mitos justificam e reforçam a

organização da sociedade e suas instituições culturais

 Para os narradores, os mitos representam histórias verdadeiras, mas, ao contrário do que propôs Bachofen, o valor dessa verdade é sociológico em vez de histórico

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

O STATUS DAS MULHERES E O MITO DO MATRIARCADO

 Mitos

são

“história

sagrada”

(sacred

history)  eles consentem o presente ao oferecer uma explicação “histórica” para o que aconteceu em algum momento no passado

 Os criadores e preservadores da maioria das tradições sagradas são homens; o retrato que eles oferecem da situação atual e sua continuidade é seletiva, vista e racionalizada

por

uma

perspectiva

subjetiva masculina

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

O STATUS DAS MULHERES E O MITO DO MATRIARCADO

Joan Bamberger (1974):

“Os mitos constantemente reiteram que as mulheres não sabiam como manejar o poder quando elas o tinham. A perda é justificada desde que as mulheres escolham aceitar o mito. Em vez de apresentar um futuro promissor, as mulheres remetem a um passado de falhas repetidas. Na verdade, se as mulheres liderarem algum dia, elas precisam, primeiramente, se livrar do mito que declara que elas foram incapazes de assumir papéis de liderança.”

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

O STATUS DAS MULHERES E O MITO DO MATRIARCADO

Martha Weigle (1986) faz referência a figuras de deusas e alerta contra tomá-las como exemplos, pois

as deusas que nos foram legadas no decorrer do tempo e de diferentes fontes “foram definidas e celebradas

por

homens”

e

“aparecem

mais

frequentemente como monstruosas e perigosas do

que criadoras primordiais e heroínas culturais”.

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

O STATUS DAS MULHERES E O MITO DO MATRIARCADO

 Os

mitos

dos

matriarcados

podem

ser

classificados como folclore de consenso, pois eles foram e ainda são usados para explicar e reiterar a justificação do poder masculino

 O folclore das mulheres também reflete valores masculinos; através do folclore, as mulheres podem ser doutrinadas para aceitarem seus postos na vida e considerá-los naturais

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

UMA TRADIÇÃO DE CONTESTAÇÃO?

 Costumes e celebrações das mulheres (povos fino-úgricos):



Vótios  likopäivä e klaccina (Paul Ariste, 1966; Ilmar Talve, 1981)



Setos  paaba-praasnik



Mordovianos  bratsina e akkojen kalja-juhla

 A tradição dos festivais das mulheres não é uma tradição feminista, pois seu objetivo não é emancipação nem revolução, mas, em uma cultura masculina centrada no patriarcado,

certamente

oferece

uma

imagem

da

contracultura feminina.

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

Ucranianas bebendo vodka caseira durante um festival na vila Pirogovo (2004)

UMA TRADIÇÃO DE CONTESTAÇÃO?

 A cultura das mulheres e seus significados e valores estão presentes no folclore de muitas maneiras (ex.: o papel das mulheres na produção e performance do folclore reflete a divisão sexual do trabalho)  Quando

um

gênero

folclórico

é

produzido

completamente ou majoritariamente por mulheres, suas possibilidades para revelar aspectos que são importantes para as mulheres ou para a comunidade feminina é maior  Ex.: lamento

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

MULHERES E TRADIÇÕES CULTURAIS  A vantagem da tradição oral é que, a partir dela, temos informação a respeito de tradições produzidas tanto por homens quanto por mulheres

 As mulheres enquanto sujeitos produtores de cultura, antes da era das escritoras, são mais facilmente alcançadas através do folclore do que de fontes escritas

 Nos estudos das mulheres e nos estudos de gênero, há tentativas de esclarecer se as mulheres realmente foram vítimas complacentes dentro de uma cultura masculina ou se os sinais de sua busca ativa por expressões alternativas podem ser identificados a partir de suas tradições orais

NENOLA, Aili. Gender, Culture and Folklore. Translated by Laura Stark-Arola. In: ELO – Estudos de Literatura Oral, n. 5, 1999.

O MATRIARCADO NOS ESTUDOS DE RELIGIÃO E NO FEMINISMO 1. Noções do conceito de matriarcado 2. Cynthia Eller •

O mito da Pré-História matriarcal



Apropriações do mito da Pré-História matriarcal

3. Aili Nenola •

O folclore como um instrumento de consenso e contestação



O mito do matriarcado como folclore de consenso



O folclore feminista

4. Considerações finais

O MATRIARCADO NOS ESTUDOS DE RELIGIÃO E NO FEMINISMO

Considerações finais: •

Ideologia vs pesquisa acadêmica



Investigar o passado sem julgá-lo



Desmistificar o passado e projetar o futuro

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