O mercado do livro brasileiro em Portugal: o contributo do editor Ernesto Chardron

Share Embed


Descrição do Produto

O mercado do livro brasileiro em Portugal: o contributo de Ernesto Chardron Patrícia de Jesus Palma (UNL FCSH CHC) «[…] a face do mundo estava começada a mudar: as antigas barreiras que a política e os preconceitos erguiam entre povo e povo quase desapareciam; as mútuas necessidades, e até o mesmo luxo, faziam quase indispensável precisão as permutações do comércio; e o comércio fraternizou as nações. Reciprocamente se estudaram as línguas, generalizou-se esse estudo: então é que exactamente os sábios começaram a ser de todos os países: os bons livros pertenceram a todas as línguas; e verdadeiramente se formou dentro de todos os estados um estado que (sem os inconvenientes do status in statu dos ultramontanos) com justiça e exacção obteve e mereceu o nome de república das letras, a qual é uma, universal, e sem perigo de cisma.»

Almeida Garrett, «Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa»1 «Desconhecimento»,

«desdém»,

«indiferença»,

«silêncio»

são

palavras

frequentemente utilizadas pelos escritores do século XIX para descrevem a atitude portuguesa relativamente à produção intelectual do Brasil. Comuns, de resto, tanto nos lamentos de brasileiros quanto nos dos poucos portugueses atentos à cultura intelectual das letras e das ciências de além-mar. Entre os de cá, contam-se Almeida Garrett2, Alexandre Herculano3, Camilo Castelo Branco4, Manuel Pinheiro Chagas5, Rodrigo Veloso6, Guimarães Fonseca7, Gervásio Lobato8, Ernesto Biester9, Luciano Cordeiro10, José Silvestre Ribeiro11 ou Inocêncio Francisco da Silva12. Uns regozijam-se com a 1

In RIBEIRO, Maria Aparecida (1994 [1826]: 313-320). Op. cit., nota 1. 3 A título de exemplo: «Futuro Litterario de Portugal e do Brazil», Revista Universal Lisbonense, Tomo 7, ano de 1847/1848. 4 A título de exemplo: Noites de Insomnia offerecidas a quem não póde dormir, n.os 4 e 6, Porto e Braga, Livraria Internacional de Ernesto Chardron e Eugenio Chardron, 1874. Curso de literatura portuguesa, Lisboa, 1875. 5 A título de exemplo: «A. Gonçalves Dias», Revista Contemporanea de Portugal e Brasil, Quinto ano, Lisboa, 1865. 6 A título de exemplo: «Aviso prévio», in MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves, Confederação dos Tamoyos, Coimbra, Imp. Litteraria, 1864. 7 A título de exemplo: Diario Illustrado, 3.º ano, n.º 761, Lisboa, 10/11/1874. 8 A título de exemplo: «Lyrica: sonetos e rimas de Luiz Guimarães Júnior», Bibliographia de Portugal e Brazil: Jornal das Livrarias, 1.º ano, n.º 5, Lisboa, Maximiano & Azevedo, 29/10/1881, pp. 39-41. 9 A título de exemplo: Dir. e prop., Revista Contemporânea de Portugal e Brazil, Lisboa, Typ. da Sociedade Typographica Franco-portugueza, 1859-1865. 10 A título de exemplo: «Factos artisticos do Brazil», Revista de Portugal e Brazil, 1.º vol., Lisboa, 1874, pp. 125-126. 11 A título de exemplo: «O Resumo de Historia Litteraria do Cónego Doutor Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro», Revista de Portugal e Brazil, 1.º vol., Lisboa, 1874, pp. 206-208. 2

Página 1 de 19

divulgação de novos talentos, augurando felizes destinos – casos de Alexandre Herculano, Rodrigo Veloso, Guimarães Fonseca, Camilo ou Gervásio Lobato – outros comprazem-se na divulgação de desenvolvidos estudos biobibliográficos acerca de autores brasileiros contemporâneos – casos de Inocêncio ou de Pinheiro Chagas. Atentando nesta plêiade de escritores, bem pode dizer-se que o Brasil teve, com efeito, a atenção de alguns dos mais proeminentes vultos da intelectualidade portuguesa, quer fosse em nome da «República das Letras», quer por interesses mais ou menos manifestos no mercado brasileiro. Mas não criemos ilusões: todos reforçavam a ideia da existência de «uma barreira de desdenhosos e injustos silêncios», como refere Luciano Cordeiro13. Trabalhos recentes sobre as relações lusobrasileiras têm confirmado esta realidade, sublinhando que, nos casos em que existe divulgação, ela intenta, citando Valéria Augusti, «reforçar os laços entre os autores brasileiros e antiga metrópole, enfatizando o papel desta última em sua formação»14, num esforço, aliás, por manter a liderança espiritual sobre o Brasil, o que justificou frequentemente a censura portuguesa às inovações linguísticas praticadas pelos escritores brasileiros. Estava em causa a formação da literatura pátria, foco de acirradas discussões tanto entre escritores brasileiros, quanto entre portugueses e brasileiros15. Um dos exemplos que considero emblemático deste relacionamento cultural e que introduz o problema que aqui pretendo desenvolver – o do mercado do livro brasileiro em Portugal – é o Diccionario Bibliographico Portuguez, produto do persistente labor de Inocêncio Francisco da Silva (tomos I-IX [1855-1870]). Apesar dos seus esforços, os resultados não foram poupados à crítica do estudioso alemão, Ferdinand Wolf, que em 1863, lamentava, no seu Brésil littéraire, as parcas informações referentes aos autores brasileiros. Inocêncio retorquia apelando à leitura das páginas iniciais do 1.º tomo, onde já aí apresentava desculpas pelas eventuais faltas, explicando, depois, as razões de tal lacuna: «Já, como ahi digo, estava determinada e em começo a impressão d’elle, quando resolvi dar á obra maior amplidão, reunindo aos escriptores portuguezes os brasileiros nascidos depois da epocha da separação e independência do império. Mas para isso havia apenas escassos e mingoados subsídios, que só 12

A título de exemplo: «Domingos José Gonçalves de Magalhães», Revista Contemporanea de Portugal e Brazil, 5.º anno [Abr./1864], Lisboa, Typ. Franco-Portugueza, pp. 285-301, 1865. 13 CORDEIRO (1873: 125). 14 AUGUSTI (2009: 78). 15 Cf. PELOGGIO (2008: 1-5). Página 2 de 19

affluiram em maior cópia depois da publicação do vol. II, e cresceram succesiva e abundantemente, graças á zelosíssima e tão prestadia quanto desinteressada cooperação de dois dos nossos patricios residentes no Rio de Janeiro16 […]» (subl. meu)17.

Ainda assim, Inocêncio empenhar-se-ia em ressarcir o público, dando à estampa na Revista Contemporânea de Portugal e Brazil e no Archivo Pittoresco desenvolvidos esboços biobibliográficos de autores brasileiros. Na Revista Contemporânea de Portugal e Brazil, onde substituiu o brasileiro João Francisco Lisboa18, dedicou Inocêncio um desenvolvido estudo biobibliográfico a Gonçalves de Magalhães, denunciando aquele que era à altura o maior obstáculo a ultrapassar: o acesso aos livros brasileiros. A páginas 292, diz-nos o erudito bibliógrafo: «[…] appareceram as primeiras manifestações da sua vocação poética, vulgarisadas em um livro que no Rio se fez imprimir em 1832, e que sob o titulo de Poesias comprehendia em ensaios e tentativas juvenis as inspirações precoces da musa que o acalentara. Inutilmente diligenciámos ter á vista esse volume, que nos consta ser hoje mui raro, até no Brasil […]» (subl. meu)19.

E, mais adiante, referindo-se à Confederação dos Tamoyos, declarou: «Sentimos deveras, que a indole e dimensões do presente ensaio não deem margem para tratarmos mais de espaço d’este poema, que poucos leitores portuguezes terão visto, pois que d’elle não chegaram talvez a Portugal dez ou doze exemplares!» (subl. meu)20.

Nas informações suplementares sobre Domingos J. Gonçalves de Magalhães, publicadas no IX tomo do Diccionario, deu-nos Inocêncio outra notícia assaz importante: perante, palavras suas, a «extrema escassez no mercado» e atendendo ao «mérito da obra», diligenciou o redactor do jornal Aurora do Cávado, Rodrigo Veloso, empreender uma segunda edição do referido poema, de tiragem reduzida, que saiu em 16

Os srs. Joaquim & Manuel da Silva Mello Guimarães. SILVA (1867: 207). 18 Nasceu do Maranhão em 1812 e faleceu em Lisboa, a 26 de Abril de 1863. Era comendadr da ordem imperial da Rosa. No seu único artigo, publicado no 4.º ano de publicação da Revista (1862), a páginas 329-353, dedicado a Manuel Odorico Mendes (1799-1864), João Francisco Lisboa fez uma interessante recensão ao estado da literatura brasileira em Portugal, exprimindo de forma inequívoca o descontentamento brasileiro face a tal realidade. Na verdade, tendo a Revista aberto espaço para os assuntos de índole brasileira no terceiro ano, designadamente com a secção de «Correspondência do Brasil», assinada por F. X. de Novaes, é só no V e último ano de publicação que denota um maior equilíbrio entre as matérias, com os artigos de Inocêncio F. da Silva dedicados a Domingos José Gonçalves Magalhães e ao Visconde de Uruguay, Paulino José Soares de Sousa; com o de M. Pinheiro Chagas referente a António Gonçalves Dias e publicações de escritores brasileiros: «Versos a Corina», de Machado de Assis», e «A noiva de Messina», de A. Gonçalves Dias. 19 SILVA (1865: 298). 20 Ibidem. 17

Página 3 de 19

1864 da Imprensa Litteraria de Coimbra. Nessa mesma altura, o poeta corrigia e aumentava aquela que viria a ser a verdadeira segunda edição, saída dos prelos de Viena de Áustria; contudo, tal circunstância era do completo desconhecimento do estudioso de Barcelos, Dr. Rodrigo Veloso21. Já nesses textos da década de 60, Inocêncio assinalava os prestimosos serviços que Baptiste-Louis Garnier prestava à cultura brasileira, levando a cabo a edição de antigos e contemporâneos, promovendo «o gosto e commercio da livraria»22. Com uma literatura nacional em formação, o mercado editorial a expandir-se, o Brasil era então, sobretudo, um espaço privilegiado para a produção portuguesa e, no caso das publicações sublinhe-se, salvo raras excepções, o título Portugal e Brazil, apenas significava a sua distribuição nos dois países e não a efectiva colaboração de escritores oriundos dos dois lados do Oceano ou mesmo notícias do Brasil. Esta situação não se manteria ad infinitum, como já previra Alexandre Herculano em 1847, no seu conhecido «Futuro litterario de Portugal e do Brazil», dedicado a António Gonçalves Dias23. Como, quando e quem iniciou uma alteração de paradigma nas trocas culturais entre Portugal e Brasil, tornando-as recíprocas? E que público-leitor as sustentou? Sobre o «como» demos já algumas notas: aumentava paulatinamente na imprensa o espaço dedicado a este ou àquele autor brasileiro mais conceituado e a tempos intercalados surgia o lamento de ser aquela uma literatura condenada ao silêncio português. O ano de 1874 trouxe aquela que foi, em meu entender, uma acção pioneira no quadro que aqui venho traçando. Em Janeiro desse ano, o director da Revista de Portugal e Brazil, Luciano Cordeiro, professor de filosofia e literatura, denunciava claramente o que designou como a «conspiração do silêncio» e dirigia um apelo inflamado à mudança de atitude nas relações entre os dois países: 21

SILVA (1870: 142-143). SILVA (1865: 299). 23 Alexandre Herculano no conhecido texto «Futuro litterario de Portugal e do Brazil», publicado inicialmente na Revista Universal Lisbonense, tomo 7, ano de 1847-48, já aí reconhecia o esforço brasileiro rumo ao desenvolvimento, anunciando a superação relativamente à ex-metrópole: «A imprensa na antiga América portugueza, balbuciante ha dois dias, ja ultrapassa a imprensa da terra que foi metropole. Ás publicações periódicas, primeira expressão de uma cultura intellectual que se desinvolve, começam a associar-se as composições de mais alento – os livros. Ajuncte-se a este facto outro, o ser o Brazil o mercado principal do pouco que entre nós se imprime, e será facil conjecturar que no dominio das lettras, como em importancia e prosperidade, as nossas emancipadas colónias nos vão levando rapidamente de vencida.» apud DIAS (1857: XV). 22

Página 4 de 19

«O Brazil, que deixou há tanto de ser politicamente colónia nossa, parece a muitos que o é ainda litterariamente. Tem havido d’este lado, na litteratura nacional, uma barreira de desdenhosos e injustos silêncios. É ver: quem conhece, quem falla aqui de Alencar ou de Varella, ou de Macedo ou de Bernardo Guimarães, ou de Teixeira de Sousa ou de Joaquim Celso, ou de Rosendo Moniz ou de Guimarães Júnior? Quem deu aqui pela existência de Gonçalves Dias ou de Guilherme d’Azevedo, ou de Junqueira Freire ou de Casimiro d’Abreu, antes que a reputação d’elles se nos impozesse de fóra, e ainda assim se nos impozesse com a brutalidade d’um facto, sem que procurassemos justifical-o para comnosco próprios pela serena legitimidade da critica? […] É natural a admiração d’uns e a má vontade d’outros quando vemos todos ir-nos disputando a dianteira áquella vigorosíssima creança chamada – o Brazil – a quem demos no berço mais as asperesas de padrasto do que os mimos de pae e que julgávamos fadada apenas para nos amassar e fornecer o barro á nossa olaria de fidalguias alarves e ricassas. Que se admire é lógico, mas que se admire, applauda e aprenda sem reservas nem despeitos; - que admiremos e nos regosijemos; - que seja boa a admiração […]. Olhemos pois desassombradamente, alegremente para aquelles progressos e valentias – sigamos com o alvoroço de boa estima e recebamos com a imparcialidade da critica honesta os productos d’aquelles talentos, os trabalhos d’aquelles obreiros, que são trabalhos portuguezes também. E trabalhos notaveis alguns. Rompa-se e dissolva-se d’este lado como se tem ido rompendo e fustigando d’outros, a acção injusta, odienda e petulante das camarilhas litterarias, que o mais que tem dado de genuinamente seu, é a conspiração do silencio, esta coisa ridícula, que como há pouco dizia Hoppe no seio de um dos primeiros congressos scientificos da Europa, é o recurso extremo dos dogmas e das escolas caducas e condemnadas.»24.

Tem tanto de longa quanto de esclarecedora esta citação. E o apelo sortiria efeitos. Três meses depois, em Abril de 1874, Camilo Castelo Branco, incluía no número quatro das suas Noites de Insomnia offerecidas a quem não póde dormir, um capítulo intitulado «Litteratura Brazileira», que abre do seguinte modo: «Longo tempo se queixaram os estudiosos do descuido dos livreiros portuguezes em se fornecerem de livros brazileiros. Nomeavam-se de outiva os escriptores distinctos do império, e raro havia quem os tivesse nas suas livrarias. Nas bibliothecas publicas era escusado procural-os. Em compensação, sobravam n’ellas as edições raras de obras seculares que ninguém consulta.»

Feito o diagnóstico, Camilo anunciava:

24

CORDEIRO (1873: 125-126). Página 5 de 19

«O mercado dos livros brazileiros abriu-se, há poucos mezes, em Portugal. Devemol-o á actividade inteligente do snr Ernesto Chardron. Foi elle quem primeiro divulgou um catalogo de variada litteratura, em que realçam os nomes de mais voga n’aquelle florentissimo paiz. […] Em varia sciencia, em livros elementares, em lexicologia, e ainda sobre motivos de religião é copioso o catalogo da livraria Chardron.»

Camilo continuava recomendando e deixando apontamentos críticos à obra de alguns dos autores inclusos, não olvidando o papel determinante de Garnier: «Não esqueçamos, todavia, que o impulsor d’este brilhante movimento litterario no Rio de Janeiro, e por isso em todo o império, é o livreiro-editor Garnier, espírito emprehendedor que tanto faz luzir os talentos que divulga, quanto lucra para si a honra de os fazer conhecidos e laureados.»

Ora, sendo à época Camilo Castelo Branco editado pela «Livraria Internacional» de Ernesto Chardron, situada nos n.os 96 e 98 do Largo do Clérigos, no Porto, poderemos nós tomar como objectiva a afirmação de que coubera ao livreiro e editor francês, Ernesto Chardron, a primazia na importação e comercialização da literatura brasileira? Ou tratar-se-ia de um impressionismo próprio da linguagem publicitária? A resposta a estas questões passa pela análise cronológica aos catálogos dos diferentes livreiros coevos. Atendendo aos recursos disponíveis, materiais e temporais, constituí um corpus de catálogos, abrangendo o período compreendido entre 1852 e 189525. Reuni na totalidade vinte e cinco catálogos, de dezasseis livreiros, instalados entre Lisboa, Coimbra e Porto, conforme a seguir se enunciam26:

25

A fundação da «Livraria Internacional» de Ernesto Chardron data de 1869 e a gerência daquele editor prolonga-se até 1885, data da sua morte. 26 A constituição deste corpus foi possível graças à gentileza do Sr. Prof. Dr. Artur Anselmo, a quem agradeço, que me disponibilizou o seu arquivo referente aos editores portugueses do século XIX. Página 6 de 19

Corpus de Catálogos: 1852-189527 Data

Livreiros

Localização

1852 1859, 1876 s.d [>1875 e 1875 e < 1878], Livraria Bertrand, Edicões [sic] Brasileiras á venda n’esta livraria, Lisboa, Chiado, 73 e 75, fl. solta. 1876, Viúva Bertrand & C.ª Successores Carvalho & C.ª, Catalogo (extracto) de Livros Portuguezes antigos e modernos á venda n’esta livraria, Lisboa (Chiado, 73), Imprensa Nacional, 1876, 86pp. 1877, Algumas obras editadas pela casa de Mattos Moreira & C.ª, Lisboa, Praça de D. Pedro, 68, 4pp. 1877, Nova Livraria Internacional, Bibliotheca Republicana Democratica, Lisboa, Rua do Arsenal, 96, 2pp. 1877, Obras que se acham á venda em casa do editor Francisco Arthur da Silva, Lisboa, Rua dos Douradores, 72, sobre-loja, 6pp. 1879-1883, Bibliographia portugueza e estrangeira. Publicação mensal, Ernesto Chardron, editor. Por anno 500 réis. Livraria internacional de Ernesto Chardron, Porto, e Eugénio Chardron, Braga, 1879, Porto, Typ. de A. J. da Silva Teixeira, 228pp., 216pp., 208pp., 208pp., respectivamente. Não se publicou em 1882. 1880, Empreza editora de Francisco Arthur da Silva, Algumas obras de fundo publicadas por esta empreza, Lisboa, Rua dos Douradores, 72, 2pp. 1881, Á venda na Nova Livraria Internacional, Lisboa, Rua do Arsenal, 96, 4pp. 1881, Livraria Bertrand, Edições e diversas obras á venda na mesma livraria, Lisboa, Chiado, 73 e 75, 1881, 18pp. 1881, Magalhães & Moniz, Editores, Edições feitas no anno de 1881, Porto, Largo dos Loyos, 12, 2pp. 1884, Catalogo da Casa Editora David Corazzi. Empreza Horas Românticas. Fundada em 1870. Premiada com medalhas de ouro nas exposições Portugueza do Rio de Janeiro e Sociedade Giambattista Vico, de Nápoles. Catalogo de 1884, Lisboa, Rua da Atalaya, 40, 52 (adm.), e Rua dos Retrozeiros, 153 (depósito); filial no Brazil, Rio de Janeiro, 40, Rua da Quintanda, Sobrado, gerente: José de Mello, 66pp. 1888, Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Casa editora Lugan & Genelioux, Successores, Catalogo Geral das edições e obras de fundo. Litteratura, Romance, poesia, Viagens, etc. – Theatro – Educação e Ensino – Livros úteis e instructivos – Commercio –

Página 17 de 19

Agricultura – Direito e Legislação – Publicações officiaes. A secção religiosa acha-se publicada em separado, Porto, Typ. de A. J. da Silva Teixeira, 351pp. 1895, Diário Illustrado, Nova Bibliotheca Económica Leitura para Todos, Lisboa, Travessa da Queimada, 35, fl. solta. 1895?, Livraria Luso-brazileira Editora, Bibliotheca Popular Luso-Brazileira, Porto, Rua dos Caldeireiros, n.º 22, fl. solta. S.d., Bibliotheca Moré, [Porto e Coimbra], 1 p. S.d., Bibliotheca dos Dois Mundos, Lisboa, rua larga de S. Roque, 25, 2pp. Levantamentos: 1913, FONSECA, Martinho, «Catalogos de livreiros», Boletim da Sociedade de Bibliophilos Barbosa Machado, vol. 2, Lisboa, pp. 89-184. ESTUDOS ABREU, Casimiro de (1867), As Primaveras, accrescentada com novas poesias, O Camões e o Jáo e Dois Romances em Prosa, o Juízo critico de varios escriptores brazileiros e um prologo por M. Pinheiro Chagas, 2.ª ed. (3.ª de Lisboa), Lisboa, Typ. do Panorama, pp.V-XII. ALENCAR, José de (1865), «Pós-escrito», in Diva, Rio de Janeiro, pp. 559-563, apud RIBEIRO, Maria Aparecida, Literatura Brasileira, Lisboa, Universidade Aberta, 1994, pp. 351355. ALENCAR, José de (1872?), «Bênção paterna», in Obra Completa, vol. I, pp. 691-702, apud RIBEIRO, Maria Aparecida, Literatura Brasileira, Lisboa, Universidade Aberta, 1994, pp. 359364. AZEVEDO, Augusto Feio Soares de (red. e resp.), Gazeta do Algarve («Folha semanal»), Lagos, 1873-1877. AUGUSTI, Valéria (2009), «Biografias de escritores brasileiras em publicações portuguesas (1860-1890)», Boitatá: Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL, n.º 7, Jan.Jun., pp. 69-80. Consultado em http://www.uel.br. BELDEMÓNIO, «Os Grandes Editores: Ernesto Chardron», O Arauto («Semanal»), Lisboa, ed. de Barros, n.º 3, 21/01/1886. BIESTER, Ernesto (dir. e prop.) (1859-1865), Revista Contemporânea de Portugal e Brazil, Lisboa, Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portugueza. BRAGA, Teófilo (1875), Manual da história da literatura portuguesa: desde as suas origens até ao presente, Porto, Livraria Universal de Magalhães & Moniz. BRANCO, Camilo Castelo (1986 [1876]), Curso de literatura portuguesa, Lisboa, Editorial Caminho. BRANCO, Camilo Castelo (1874), Noites de insomnia offerecidas a quem não póde dormir, n.os 4 e 6, Porto / Braga, Livraria Internacional de Ernesto Chardron e Eugénio Chardron. CHAGAS, M. Pinheiro (1866) «A. Gonçalves Dias», in Ensaios críticos, Porto, Viúva Moré – Editora, pp.161-180. Primeiramente publicado na Revista Contemporânea de Portugal e Brazil, 5.º ano, Lisboa, 1865.

CHAGAS, M. Pinheiro (prólogo) (1867), «A Casimiro de Abreu», in ABREU, Casimiro J. M. de, As Primaveras, 2.ª edição (3.ª de Lisboa), accrescentada com novas poesias, O Camões e o Jáo e Dois Romances em Prosa, Lisboa, Typ. do Panorama, pp. V-XII. CORDEIRO, Luciano (1874), «Factos Artisticos do Brazil», Revista de Portugal e Brazil, Lisboa, Empresa Revista de Portugal e Brazil, n.º 7, Jan., pp. 125-126. DIAS, A. Gonçalves (1848), «Prologo», in Segundos Cantos e Sextilhas de frei Antão, Rio de Janeiro, pp. 13-15, apud RIBEIRO, Maria Aparecida, Literatura Brasileira, Lisboa, Universidade Aberta, 1994, pp. 347-348. DIAS, A. Gonçalves (1857), Cantos: colleção de poezias, 2.ª edição, Leipzig, F. A. Brockhaus, 1857. DIAS, A. Gonçalves (1907), «Carta ao Dr. Pedro Nunes Leal», in Poesia Completa e Prosa: Correspondência, pp. 823-826, apud RIBEIRO, Maria Aparecida, Literatura Brasileira, Lisboa, Universidade Aberta, pp. 341-344. Carta redigida provavelmente em 1857.

Página 18 de 19

FONSECA, Guimarães (1874), «Luiz Guimarães», Diario Illustrado, Porto, n.º 761, 10/Nov., pp. 1-2. GARRETT, Almeida (1984 [1826]), «Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa», in RIBEIRO, Maria Aparecida, Literatura Brasileira, Lisboa, Universidade Aberta, pp. 315-320. GUEDES, Fernando, O livro e a leitura em Portugal: subsídios para a sua história - séculos XVIII e XIX, Lisboa e São Paulo, Editorial Verbo, 1987, pp. 13-69. A parte referente a E. Chardron encontra-se entre as páginas 61-69. HERCULANO, Alexandre (1857 [1847/48]), «Futuro literário de Portugal e do Brazil: por occasião da leitura dos Primeiros Cantos: Poezias do Sr A. Gonçalves Dias», in DIAS, A. Gonçalves, Cantos: Collecção de Poezias, 2.ª ed., Leipzig, F.A. Brockhaus, pp. VIII-XVIII. Artigo publicado inicialmente na Revista Universal Lisbonense – Tom. 7, pág. 5, ano de 1847-1848.

LIMA, Magalhães (1881), Commercio e industria, sciencias, artes e lettras, galeria biographico-contemporanea, Lisboa, n.º 8, 4pp. LISBOA, João Francisco (1862), «Manuel Odorico Mendes», Revista Contemporanea de Portugal e Brazil, 4.º ano, Lisboa, Typ. Franco-Portugueza, pp. 329-353. MAGALHÃES, Joaquim Romero (2000), Os Brasileiros de Torna-Viagem no Noroeste de Portugal, Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa. LOBATO, Gervásio (1881), «Lyrica: Sonetos e Rimas de Luiz Gumarães Júnior», Bibliographia de Portugal e Brazil, 1.º ano, n.º 5, 29/Out., pp. 39-41. NOVAES, F. X. de, «Correspondência do Brazil», Revista Contemporanea de Portugal e Brazil, 3.º ano, Lisboa, Typ. Franco-Portugueza, pp. 320-323 e 426-429. ORTIGÃO, Ramalho, As Farpas, tomo III. PELOGGIO, Marcelo (2008), «Santiago Nunes Ribeiro e José de Alencar: filhos presentes da literatura brasileira», Revista dos Encontros Literários Moreira Campos, Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, n.º 1, Abr.-Jul., pp. 1-10. Consultado em http://encontrosliterarios.ufc.br. PIMENTEL, Alberto de [1888], «O editor Chardron», in Atravez do Passado, Paris / Lisboa, Guillard Aillaud & C.ª, p. 36. RIBEIRO, José Silvestre, (1874), «O Resumo de Historia Litteraria do Conego Doutor Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro», Revista de Portugal e Brazil, Lisboa, Empresa Revista de Portugal e Brazil, pp. 206-208. RIBEIRO, Maria Aparecida (1994), Literatura Brasileira, Lisboa, Universidade Aberta. SARAIVA, Arnaldo, 2002, «A causa da literatura brasileira em Portugal», Revista do Centro de Estudos Brasileiros, Porto, Universidade do Porto – Faculdade de Letras/Centro de Estudos Brasileiros, pp. 7-14. Consultado em http://ler.letras.up.pt. SILVA, Inocêncio Francisco da (1865), «Domingos José Gonçalves de Magalhães», Revista Contemporanea de Portugal e Brazil, 5.º ano, Lisboa, Typ. Franco-Portugueza, pp. 285-301. SILVA, Inocêncio Francisco da (1867), «Apontamentos para a vida e trágica morte do insigne poeta brasileiro António Gonçalves Dias», Archivo Pittoresco («Semanário Illustrado»), vol. X, Lisboa, Castro Irmão & C.ª, Editores Proprietários, pp. 206-208, 230-231, 243-244, 377-379, 293-294. SILVA, Inocêncio Francisco da (1867), Diccionario Bibliographico Portuguez, Tomo VIII (primeiro suplemento), Lisboa, Imprensa Nacional, pp. XXVII-XXXI e 157-164. SILVA, Inocêncio Francisco da (1870), Diccionario Bibliographico Portuguez, Tomo IX (segundo suplemento), Lisboa, Imprensa Nacional, pp. 142-144. VELOSO, Rodrigo (1864), «Aviso prévio», in MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves, Confederação dos Tamoyos, Coimbra, Imp. Litteraria.

Página 19 de 19

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.