O meu trabalho final de Escrita de textos Tecnicos e cientificos, feito no 1º ano

June 24, 2017 | Autor: Helena Pereira | Categoria: Research Methodology
Share Embed


Descrição do Produto

Nome Helena Mendes Marinho Canilho Pereira
Número 69289
Turma LLCT7 1º Ano





Curso Sociologia pós-laboral

Os alimentos transgénicos em Portugal

Trabalho final ETTC

Docente: Vanessa Figueiredo










Introdução

Neste trabalho vou falar sobre o que são os alimentos geneticamente modificados ou transgénicos, os conhecimentos que a população portuguesa tem deles, porquê esses conhecimentos, o que se faz com alimentos transgénicos em Portugal e qual é a preferência geral das pessoas.
Escolhi este tema porque acho interessante, e importante, as pessoas estarem informadas sobre isto. É um tema muito actual, e, com o desenvolvimento tanto da tecnologia como do conhecimento científico, tornar-se-á cada vez mais actual.
Usei, para fazer este trabalho, artigos, relatórios e dissertações de mestrado que encontrei pesquisando no B-on, no Psycharticles, no RCAAP e no Scielo e também usando o Google Académico.
















Desenvolvimento

O que são os alimentos geneticamente modificados ou transgénicos?
Nos alimentos geneticamente modificados são introduzidos genes de outros alimentos, para lhes acrescentar características consideradas benéficas.

Riscos
Quando são produzidos alimentos transgénicos, as vezes são alterados involuntariamente características do produto. Os efeitos das alterações que forem feitas não podem ser previstos na sua totalidade.
Os perigos potenciais dos OGM podem estar associados com toxicidade, alergias, alterações nutricionais (Costa, Dias, Scheideger, Marin, 2011).
O diálogo sobre as plantas transgénicas apenas recentemente se tornou público.
Os alimentos transgénicos começaram a ser comercializados em 1996 (Costa, Dias, Scheideger, Marin, 2011).

Prática em Portugal
Desde 1993, têm sido realizados ensaios de campo em Portugal, em que ocorreu libertação deliberada no ambiente de plantas GM. A partir de 2005, os agricultores portugueses já podem cultivar qualquer uma de 17 variedades de milho transgénico (Tavares, 2005).
Opiniões sobre estes alimentos
Foi feito um estudo sobre este assunto para avaliar a concordância e a intenção de compra de frutas geneticamente modificadas em Agosto de 2010 fazendo perguntas a estudantes universitários de várias áreas: 18,4% humanas, 31,4% exactas, 50,2% biológicas e da saúde. Concluiu-se que dentre os 390 estudantes que participaram no estudo, 49,8% dos entrevistados estavam de acordo com o uso de modificação genética para a produção de alimentos, 26,3% afirmaram não serem favoráveis nem contrários, e 23,9% declararam ser contrários (Siqueira, Araújo, 2010).


Conhecimentos actuais sobre estes alimentos
Sendo produtos disponíveis para todos, os clientes devem ser sempre informados da origem dos produtos que têm disponíveis para consumo. Como os produtos da ciência e da tecnologia deixaram de estar restritos a uma elite e passaram a estar acessíveis a um maior número de pessoas, é fundamental promover uma melhoria na cultura científica e tecnológica dos cidadãos com vista à tomada de decisões (Santos, Martins, 2009)
Em 2000 e 2003, através do estudo internacional PISA os alunos portugueses de 15 anos "alcançaram um desempenho médio em literacia científica, abaixo da média da OCDE" (Santos e Martins, 2009, p.835). Em 2006, foram novamente avaliados quanto as suas competências. "Apesar de se verificar uma evolução positiva nos resultados desde 2000, Portugal obteve novamente resultados gerais abaixo da média da OCDE" (Santos e Martins, 2009, p. 2)
Portugal tem sido, desde 1991, avaliado relativamente as atitudes e conhecimentos dos seus cidadãos (Santos e Martins, 2009). Durante os primeiros dez anos os estudos desenvolvidos colocaram Portugal nas últimas posições no que diz respeito ao
conhecimento da Biotecnologia.
Foi apontado o nível de educação como a variável mais importante para estes resultados (Santos e Martins, 2009). No estudo de 2002, "Portugal obtém a percentagem mais elevada de cidadãos que não sabe responder às questões relacionadas com as implicações da Biotecnologia" (Santos e Martins, 2009, p.836). Segundo os resultados do estudo feito pelos autores anteriormente referidos, existe um baixo nível de conhecimento sobre alimentos GM, a informação existente em rótulos que indicam a presença de alimentos ou ingredientes GM não é compreendida. Seria importante estarem rotulados.
Para a população estar informada sobre este assunto, é importante receber uma formação que tenha esse efeito.
Foram realizados 1 estudo sobre a relação entre a formação escolar e a literacia científica dos jovens.
Para a formação dos jovens, são muito importantes os manuais escolares (Dourado e Matos, 2014). Muitos manuais têm uma insuficiente relação entre os temas que apresentam, o que dificulta a compreensão do carácter transversal de muitos problemas com que a humanidade atualmente se depara (Dourado e Matos, 2014). Snyder e Broadway (2004) referem ainda que a relação entre o quotidiano do aluno e a abordagem feita nos manuais nem sempre é evidente (citados por Dourado e Matos, 2014). A informação apresentada nos manuais nem sempre é correcta e está incompleta.
Assim, torna-se evidente que o manual deve ser utilizado de forma crítica e flexível,
de modo a facilitar a aprendizagem dos conteúdos científicos pelos alunos (Dourado e Matos, 2014, p.835).
Os manuais dedicam poucas páginas aos OGMs e às suas implicações. No que concerne às vantagens e desvantagens dos OGMs, elas são apresentadas de forma pontual, ilustrativa, genérica e com baixa estimulação da indagação, sendo apresentadas mais como factos do que como elementos de debate.

Também há a hipótese de saber mais sobre este assunto através de organizações que saibam. Porém foi feito um estudo em Portugal que mostra que a maioria das organizações não sabe exactamente o que são alimentos geneticamente modificados.

Concordância
As pessoas poderão comprar alimentos transgénicos porque estão mais baratos; pode ser por algum benefício nutricional ter sido acrescentado ao produto; pode ser pelo aumento do tempo de vida na prateleira; ou podem não se aperceber que estão a fazer isso, porque não percebem o rótulo da embalagem, como mencionei mais acima.
Foi feito um estudo sobre isto em 2010. Uma das perguntas era qual é o seu conhecimento sobre alimentos GM (Siqueira e Araújo, 2010). Concluíram que a maioria das pessoas que se consideravam informados sobre os alimentos GM, "57,4 e 59,9, respectivamente, foram favoráveis ao uso da modificação genética na produção de alimentos" (Siqueira e Araújo, 2010, p. 126). Concluíram também que todas as pessoas que se caracterizaram como profundamente informadas sobre o assunto não foram favoráveis ao seu uso (Siqueira e Araújo, 2010).




Conclusão
A população em geral sabe pouco sobre os alimentos GM ou transgénicos. As pessoas mais informadas não preferem os alimentos transgénicos.
As pessoas devem ser instruídas sobre o assunto para tomarem decisões racionais e correctas e não serem facilmente vítimas de falta de informação e divulgação. Para isso, estes assuntos devem ser mais divulgados, tanto na escola como fora dela. Este é um primeiro passo importante.





















Referências:

Siqueira, R A; Araujo , A M de, Barros Marcelini, A M de; Deliza, R; Marcelini, P S; Moreira, M M; Jaeger, S R (2011); "Percepção dos riscos e benefícios dos alimentos geneticamente modificados: efeitos na intenção de compra", Brazilian Journal of food tecnology, 6º SENSIBER, 19-21 de agosto de 2010, p.121-130

TERSI, Michelle Junqueira (2011), A ambivalência da técnica: os alimentos transgénicos e o direito a informação do consumidor, Dissertação de mestrado em Direito, Franaca, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho".

Santos, Eunice e Martins, Isabel (2009), Ensinar sobre alimentos geneticamente modificados, Contribuições para uma cidadania responsável; Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, Vol.8 Nº3. Retrieved from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232011000100035&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Costa, Thadeu, Estevan, Moreira, Marmaldo; Dias, Aline; Scheideger, Érica e Marin, Victor (2011), "Avaliação do risco dos organismos geneticamente modificados", Ciência e saúde colectiva, vol.16 no1, p327-336

Dourado, Luis e Matos, Luis (2014), "A problemática dos organismos geneticamente modificados e a formação científica", Ciência e educação, v.20, n.4, p.883-852

Tavares, Celina Freitas (2005), Alimentos geneticamente modificados em Portugal - avaliação do nível de conhecimento de organizações portuguesas, Tese em Ciências da nutrição, Universidade do Porto. Retrieved from: http://repositorioaberto.up.pt/handle/10216/54502

Cunha, Elza (2007), Organismos geneticamente modificados (OMGs): obstáculos a obtenção e uso no Brasil, Dissertação de mestrado em Agronegócios, Brasilia, universidade de Brasilia


Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.