O modelo da Hélice Tripla sob a perspectiva das lógicas institucionais: um estudo de caso das ações de incubadoras do Paraná

June 19, 2017 | Autor: T. Bach | Categoria: Institutional Theory
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OM Modelo da Hélice H Trip pla sob a Peerspectiva das Lógica as Institucioonais: um Estudo E de Ca aso das Açõões de Incu ubadoras do o Paraná A Autoria: Tatian na Marceda B Bach, Claudineeia Kudlawiczz, Carlos Olavvo Quandt

Resu umo: Ao approximar a universidad u de, a empressa e o governo, a aborrdagem da hélice h triplaa forneece um conntexto favorrável para a inovação e contribui para o deesenvolvimeento de um m país. Na perspecctiva das lóg gicas instituucionais esttes atores po odem interfferir um no trabalho doo outroo. Este estuddo objetiva analisar as ações estraatégicas das incubadoraas e se estass conduzem m à innovação. Fooi realizado o um estuudo de casso comparaativo, compposto por entrevistass semiestruturadas em três incubadoraas, vinculad das à um centro c de ppesquisa, universidadee públiica e univerrsidade pública tecnolóógica. As en ntrevistas fo oram gravaddas, e transccritas e, porr meioo de análisee documentaal, se fez a triangulaçãão dos dado os. As açõess estratégiccas refletem m princcipalmente no n fortaleciimento da reelação univ versidade-em mpresa, na rrealização de d parceriass em eeventos, na participaçãão em bancaas de seleçãão de empresas e na trroca de con nhecimento.. As inncubadoras atuam com mo mediadooras entre a empresa, a universiddade e o go overno, seuu papel é ativo quuando repasssa informaações sobre editais, cap pacita as em mpresas e as a aproximaa dos ppesquisadorres, além diisso, concedde a estrutu ura física paara que a reelação ocorrra de modoo efetivvo. As incuubadoras atu uam nas lóggicas instituccionais das empresas qquando prestam auxílioo nas vvendas dos produtos/seerviços inovvadores e, do d governo, quando reaaliza ações para captarr recurrsos com o intuito de manter m sua estrutura. Os O achados do estudo ppermitem in nferir que a inovaação se dessenvolve naa medida eem que as incubadoraas puderem gerir seus recursos e realizzar maioress investimen ntos em pe squisa. As ações identtificadas neeste estudo contribuem m de m modo prático para que gestorees de incub badoras e demais geestores vin nculados àss univeersidades possam p visu ualizar as ppráticas quee contribuem m para a innovação ad dotadas porr estess. A contribbuição teóricca, por sua vez, se con ncentra na junção de du duas abordag gens para o estuddo da relaçãão universid dade-empressa.  Palaavras-chavee: Ações esttratégicas. Inncubadorass. Relação universidadee-empresa-g governo. 1 INTRODUÇÃ ÃO Uma daas formas de d favorecerr a aproxim mação entre a teoria e a prática, no os cursos dee graduuação e dee pós-gradu uação, é poor meio da interação entre e univeersidade-em mpresa. Estaa relaçção contribuui para que alunos a posssam vivenciiar experiên ncias práticaas, aliadas ao a conteúdoo teóricco explorado em salaa de aula. Esse proccesso é faccilitado porr meio da criação dee incubbadoras e de parquess tecnológiccos. Interaçções desta natureza, uuniversidad de-empresa,, contrribuem paraa que se possam, p a ppartir das atividades a desenvolvid d das nestas instituições, i , elaboorar e ampliar pesquisaas científicaas, por meio o da interaçção, do apreendizado e da troca dee experiências enttre os atoress envolvidoos, neste casso, os professores, os aalunos e os gestores dee emprresas incubaadas. Estas reelações, uniiversidade-eempresa, prromovem vaantagens paara as empreesas, que see favorrecem ao appresentarem m menores ccustos relaccionadas à pesquisa p e aao desenvollvimento dee novoos produtos,, ao terem acesso a aos rrecursos teccnológicos disponibiliz d zados às inccubadoras e parquues tecnolóógicos, podeem comparttilhar com seus s pares os o riscos e ccustos das pesquisas p e aindaa, ter acesso mais faacilmente à inovação promovidaa pela inseerção da un niversidadee (WEBSTER; ET TZKOWITZ Z, 1991). U Um dos ponttos ressaltad dos por Portto (2000) é de que, porr meioo desta coopperação, a organizaçãoo poderá so olucionar oss problemass organizaccionais com m maioor facilidadee e, além disso, d terá amparo parra melhorarr sua tecnoologia. Além m disso, ass emprresas possueem a oportu unidade de ddesenvolverr produtos/sserviços inoovadores e com c auxílioo

 

de innvestimentos do govern no e da univversidade, dispor de aco ompanhameento durantee a inserçãoo destees no mercaado. O goveerno, por sua vez, ao foomentar estaa relação see torna bem visto pela sociedade s e peloss demais attores que faazem parte deste ambiente (emprresas, univeersidades e centros dee pesquuisa). Sua aceitação a na n sociedadee é um ind dicativo de que a gestãão se direciiona para o benefício sociall, nos quaiis são favoorecidos a universidad de, a empreesa e a sociedade noo mom mento em quue o produto o final dest a cooperaçãão, que pod de ser o connhecimento científico e o prooduto gerado, será apreesentado à eela. Os bennefícios se estendem ttambém para as univeersidades quue, ao deseenvolverem m ações de interaçções com empresas, e aampliam seu us acessos aos investim mentos do governo, à uma maior facilidade de aquisição a dee equipameentos, obten nção de maiis bolsas dee estudos e recurrsos financeeiros. Os esttudantes dee graduação e pós-gradu uação têm a possibilidade de umaa form mação difereenciada, a imagem daa universid dade passa a ser maiss respeitada, além dee fomeentar o coonhecimento o em seuu entorno (SEGATTO O-MENDE ES; MEND DES, 2006;; SEG GATTO-ME ENDES; SBR RAGIA, 20002). Este coontexto se torna favoorável para o surgimento da inoovação, poiss aproximaa relevvantes esferaas, que unid das, contribuuem para o desenvolviimento do ppaís. Assim,, quando háá uma interação entre seus membros, por meio da troca dee experiênccias, da reaalização dee pesquuisas, em incentivos i financeiross e a estruttura física para desennvolvê-los se cria um m ambiiente no quaal a inovaçãão é o resulttado desta associação a (V VALENTE E, 2010). Por meeio da abord dagem da hhélice triplaa de Etzkow witz (2000),, esta relaçãão pode serr analiisada, pois a partir desstas três esfferas institu ucionais, se intenciona unificar a ciência porr meioo da universsidade, a teccnologia porr meio das empresas e e o desenvolvvimento eco onômico aoo consiiderar a atuação do gov verno (ETZ ZKOWITZ; LEYDERSDORFF, 20000). Uma aproximação a o teórica ppode ser reealçada ao integrar a hélice triipla com a persppectiva das lógicas insttitucionais. A lógica deeclarada no o curso interrativo da un niversidade,, emprresa e goveerno consistte, em sua ffase inicial,, consiste na n crença soocial compaartilhada dee que a produçãoo de conh hecimento, de tecnolo ogia e de inovação ssão essenciiais para o cresccimento ecoonômico (CA AI, 2013). As uniiversidades se aproxim mam da ló ógica instittucional daa empresa quando see orienntam para o mercado e para proceessos organ nizacionais, assim senddo, atuam na n venda dee produutos e/ou serviços, s deesenvolvenddo habilidad des em profissionais oou em gesto ores. Dessaa form ma, realizam m ações adiicionais às suas ativid dades tradiccionais de ensino e pesquisa. p A respeeito disso, Thornton, T Ocasio O e Louunsbury (20 012) salienttam que socciedades mo odernas sãoo influuenciadas peela lógica do o Estado, daas profissõees, das corpo orações e doo mercado. Ao aliaar as perspectivas teóriccas da hélicce tripla e daas lógicas innstitucionaiis pretende-se coontribuir parra a identifiicação das aações adotad das pelas in ncubadoras que contrib buem para o desennvolvimento dessas insstituições, aalém disso, ocorre a traansferência da lógica in nstitucionall das iincubadorass para a emp presa. Tenddo em vista que não se localizaram m estudos, no n contextoo brasiileiro, que aproximasssem essas duas abord dagens, se intenciona responder o seguintee probllema de peesquisa: Como as açõees estratégiicas são reaalizadas nass incubadorras e, estass podeem conduzirr à inovação o? Portanto,, se busca analisar a as ações a estratéégicas das incubadorass e se eestas conduuzem à inovação. Este esstudo se enccontra estruuturado em mais quatrro seções, aalém desta introdução.. Na seguinte, é realizada r a revisão r de lliteratura so obre a hélicee tripla, as llógicas institucionais e as aações estrattégicas em m incubadorras. Na seequência, são s descrittos os procedimentoss metoodológicos empregadoss para a reealização deeste estudo. Na quartaa seção, é realizada a análiise dos dadoos e resultad dos e, por fiim, se realizza as consid derações finnais a respeiito de comoo 2  

 

as açções estratéggicas são co onstruídas nnas incubado oras e como o estas influuenciam o desempenho d o destaas instituiçõões. 2 BA ASE TEÓR RICA-EMP PÍRICA 2.1 A HÉLICE TRIPLA SOB A PER RSPECIVA DAS D LÓGIICAS INST TITUCIONA AIS h tripla,, desenvolvida nos Estaados Unido s por Henry y Etzkowitzz A aborddagem da hélice e Loeet Laydesdoorff em meaados de 19990, considerra que a inovação se orrigina em um m ambientee de innter-relação entre as essferas goverrno, universsidade e em mpresas. O ggoverno disssemina suaa particcipação ao conceder os o recursos financeiros para que a inovação ocorra, a un niversidadee dispoonibiliza oss recursos humanos h e tecnológico os e, a indústria ou a empresa participa p aoo oporttunizar a innserção da inovação nno mercado o (ADAM; HOHENDO ORFF; EN NGELMAN,, 20133). Assim seendo, a inov vação é obtiida por meiio de um prrocesso de iinteração co ontínua, nass relaçções entre a ciência, a tecnologia,, a pesquisaa e o desen nvolvimentoo nas univerrsidades ouu instittutos de pessquisa, as in ndústrias e eempresas e o governo. Por connseguinte, é papel da uuniversidadee delegar seeus pesquisaadores paraa realizarem m pesquuisas, da inndústria offerecer o suuporte prod dutivo paraa que isso ocorra e, do d governoo interm mediar estaa relação ao a oferecerr recursos e incentivos para quee ambos oss interessess possaam ser obbjetivados. À vista ddisso, a aplicação da hélice trippla ocorre quando a univeersidade, poor meio de professoress, pesquisad dores e alun nos, realizaa pesquisas científicas,, logo,, os resultaados gerado os são agreggadas às in ndústrias peela transferêência de tecnologia e,, comoo apoio na realização desse proccesso, surgeem as esferaas governam mentais que atuam aoo conceder bolsass de pesquisa oriundas do Conselh ho Nacional de Desenvo volvimento Científico C e Tecnnológico (C CNPQ), Co oordenação de Aperfeeiçoamento de Pessoaal de Níveel Superiorr (CAP PES), Finannciadora de Estudos e P Projetos (FIINEP), Fun ndo Nacionaal de Desen nvolvimentoo Cienntífico e Teccnológico (F FNDCT), enntre outros (GONÇAL LO; ZANLU UCHI, 2011 1). Para quee essa relação ocoorra é imporrtante que ttodos os eleementos atu uem em conj njunto, prop porcionandoo ações e recursoss para que possa p se des envolver. As unniversidadess, ao estaabelecerem relações dessa natuureza, amp pliam suass possiibilidades de d acesso à mais recuursos do governo, g au umentam seeu prestígio o diante daa socieedade quanndo resultaados práticcos para problemas p organizacio o onais são externados,, amplliam seus accessos à maais equipameentos, os alu unos possueem um deseenvolvimen nto maior aoo realizzarem o coontato práttico, os proofessores possuem p accesso para a realizaçãão de suass pesquuisas cientííficas ao reeceber a abbertura das empresas e a universsidade passa a ter suaa imaggem respeiitada e legitimada ppela socied dade (SEG GATTO, 11996; POR RTO 2000;; SILV VEIRA, 20005). As emp presas são bbeneficiadass quando seus problem mas organizaacionais sãoo soluccionados, na n inserção de produtoos e/ou serv viços inovaadores e noo ganho de tempo em m relaçção às demaais empresass que não inntegram estaa relação. O goveerno, por su ua vez, ao reealizar cond dutas de apo oio nesta reelação repreesenta o seuu papel de fomeentador da inovação no país, ao a promover o desennvolvimento o regional,, estim mulado por essa inovaçção, gera um m maior deesenvolvimeento da ativvidade produ utiva e, porr conseequência, da d geração da d riqueza dde um país. Nessa visão o Etzkowitzz e Leydesd dorff (2000)) enfattizam que as a relações estabelecida e as entre uniiversidades, empresas e governo possibilitam p m o desenvolvimeento de umaa nação porr promoverrem aliançaas estratégiccas entre ass empresas,, laborratórios de pesquisa e grupos aacadêmicos. Essa relaçção é facillitada pela criação dee incubbadoras e de d parques tecnológicoos, uma vezz que a uniiversidade ppoderia atuaar ao cederr seus pesquisadoores, professsores e alunnos para dessenvolverem m suas pesqquisas em um m ambientee ( E, 2010). organnizacional (VALENTE 3  

 

As univversidades realizam r peesquisas nass quais seus resultados são repassaados para ass indússtrias por meio m da tran nsferência dde tecnologia, além dissso, o conheecimento geerado e suass impliicações sãoo conduzidass para a socciedade, de modo que esta e espera que o governo atue noo sentiido de dispoonibilizar mais m fontes de financiaamento paraa fortalecer o desenvollvimento dee novaas pesquisass (CAI, 2014 4; ETZKOW WITZ, 2000 0). A hélicce tripla pod de ser avaliaada consideerando-se trêês modelos de análise. O primeiroo modeelo, laissez-faire, conssidera a míínima interfferência do Estado na relação un niversidade-emprresa, dessa forma sua atuação see restringe no cumprimento da llei e da ord dem, a suaa relaçção com uniiversidades e empresass é realizada em separaado, o que ttorna a inteeração entree essess atores ineexistente (E ETZKOWIT TZ, 2000). Característticas da atuuação com base nessee modeelo podem ser observaadas nos paaíses da Am mérica Latina, da Frannça e da an ntiga Uniãoo Soviéética. No seegundo mod delo, designnado como estadista, o governo atu tua com o propósito p dee contrrolar a univversidade e a indústriaa, principalm mente no desenvolvim d mento de reccursos paraa que a relação sejja sustentad da, por consseguinte, sua relação accontece na rrelação entrre estes doiss atorees e, esse modo de atuação é visualizaado em paaíses comoo os Estad dos Unidoss (ETZ ZKOWITZ, 2000). En ntretanto, um m terceiro modelo é visualizado v como umaa tendênciaa munddial ao prom mover uma flexibilidadde na inter-rrelação entrre os atores,, formando um sistemaa interaativo no qual exista um ma sobrepossição de pap péis desses atores a (ETZ ZKOWITZ, 2002). Umas das d críticas do modelo da hélice tripla é que sua atuaçãoo se refere ao a contextoo nortee-americanoo e sua aplicação em ooutros paísees e contexttos ainda é pouco conh hecida. Sobb essa ótica Cai (22013) ressaalta que o enntendimento o de um sisstema de inoovação ocorre além dee interaações entree os atores,, principalm mente ao considerar elementos e rrelacionados às outrass instittuições com mo, políticass governameentais, órgããos de classee e às norma mas sociais presentes p noo ambiiente em quue eles se reelacionam (C CAI, 2013)). No contex xto chinês o autor obseervou que a apliccação do modelo m da hélice h triplaa possui su ua dinâmicaa alterada, em virtudee de serem m consiideradas as lógicas insttitucionais llocais preseentes no con ntexto únicoo. A lógiica institucional na innteração universidade u e-empresa-ggoverno compõe umaa crençça social compartilhad da entre o governo, universidad u e e a indúústria de qu ue produzirr conhhecimento, tecnologia t e inovaçãoo são essen nciais para o crescimeento econôm mico (CAI,, 20133). Somado à isso, a universidade u e compartillha da crença de que, por meio de d recursoss finannceiros e um ma entidade que promoova a realizaação da experiência, elaa poderá atu uar. Apesarr de allgumas univversidades terem t seu orrçamento co ontrolado pelo p governoo, estas reallizam açõess de caaptação de recursos r para fomentarrem seus in nteresses e, a transferênncia de tecn nologia, quee é um ma das fontes que facilitta esse aces so adicionaal (CAI, 2014). mam da lóg gica instituccional da em mpresa e do d mercadoo As universidades se aproxim quanndo são orieentadas para o mercaddo, atuam na n venda dee produtos/sserviços, deesenvolvem m habillidades dos profissionaais ou de geestores, além m de suas atividades a trradicionais de ensino e pesquuisa. A resppeito disso,, Thornton,, Ocasio e Lounsbury L (2012) saliientam que sociedadess modeernas são influenciada i as pela lóggica do Esttado, das profissões, p ddas corporaações e doo merccado. Socieddades em qu ue o proces so de consttrução da naação e do Esstado foi deesenvolvidoo pelo ordenamennto racionall-legal, sãoo mais prop pensas a traansmitirem a autoridade legal àss instittuições com m estruturas particularees legítimas (MEYER; ROWAN, 1977). Na perspectivaa da lóógica instituucional as ordens o instiitucionais da d sociedad de são consttituídas porr elementoss mateeriais, comppostos por estruturas e práticas das institu uições como mo valores e regras e,, simbbólicos, que compreend dem aos siggnificados, símbolos e conceitos aatribuídos pelos p atoress (THO ORNTON; OCASIO, 2008). A Ambos os elementos são integgrados, sím mbolos sãoo incorrporados naa estrutura e nas prááticas e esttas expresssam o signnificado dos símboloss (ZIL LBER, 2006).

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2.2 A AÇÕES EST TRATÉGIC CAS EM IN NCUBADOR RAS As univversidades estão imerssas em um ambiente institucionaal, sofrem pressões p doo camppo organizaacional exerrcidas pela Coordenaçção de Pesssoal de Nívvel Superiorr (CAPES),, pelo governo e pela socieedade para que promo ovam açõess do tipo innteração un niversidade-emprresa, entre outros o e, se conformarrem às estass pressões, as a instituiçõões visam ser aceitas e respeeitadas por estas. e A buscca pela legittimidade, naa interação universidad de-empresa,, se revela pela p adoçãoo de condutas favoráveis f as pressõões, na criação c de um ambbiente prop pício paraa internnacionalizaação, no in ncentivo a alunos reealizarem intercâmbioo e na reaalização dee publiicações inteernacionais.. Em adiçãoo à isto estaas instituiçõ ões, por meeio de parceerias, visam m se approximar daa sociedade com o proppósito de firm mar sua ideentidade frennte à esta. As ativvidades hab bituais destaas instituiçõ ões são man ntidas quanndo realizam m parcerias,, compplementarm mente à issso, são inccrementadass novas açções relativvas ao con ntato entree profeessores e empresas e e consequenntemente, a redução da distânccia entre estes e atoress possiibilita um acréscimo a no n número de publicaações (KAN NNEBLEY JÚNIOR; CAROLO;; NEG GRI, 2013). A inserção o de ações eempreended doras nestass instituiçõees fomenta sua s cultura,, logo,, novas esstruturas (iincubadoress e parquees tecnológ gicos) podeem surgir dentro dee univeersidades, uma vez que o am mbiente institucional possibilita p a entrada de novass organnizações e oportunidades (E ETZKOWIT TZ; LEYD DESDORFFF, 2000; BRUTON;; AHL LSTROM; LI, L 2010). Meyer e Rowan (1977) resssaltam quee as organizações sãoo regulameentadas porr instittuições pressentes no am mbiente e qque estas, ao o exercerem m determinaadas pressõees, moldam m o com mportamentto dos indiv víduos por m meio da traansmissão de d normas e valores sociais. Além m dissoo, as organnizações sãão influenciiadas pelo contexto instituciona i al formado por mitoss racioonalizados e por conduttas considerradas adequ uadas, deste modo, ao aadotarem deeterminadass ações se tornam m isomórficaas ao contexxto social co omo um meeio de atinggir aprovaçãão social ouu MEYER; RO OWAN, 19777). legitiimidade (M O entenndimento de d como esttas instituiçções agem em e relação às pressõees exercidass pelo ambiente pode p ser melhor esclareecido ao se considerar o aspecto dda cognição e da mentee m uso de seus significaados, valorees e normass dos ggestores, prrincipalmentte em comoo eles fazem aprenndidos em algum mom mento de suua vida (CALORI; JO OHNSON; SARIN, 19 994). Dessee modoo, o esclarecimento sob bre como ass crenças e os valores compartilha c ados são tran nsformadoss em eesquemas innterpretativ vos e orienttandos na ação a organiizacional, ppode contrib buir para o entenndimento do d comportaamento da organizaçãão gerado a partir dass pressões ambientaiss (CAL LORI; JOH HSON; SAR RIN, 1994). Compllementarmeente a isso, Giddens (1989) contrib bui ao defeender que ass atividadess sociaais humanass são recurssivas e connstantementee recriadas pelos meioos e expressadas peloss atorees. Assim seendo, essas atividades são repassaadas para novas geraçõões de atorees, os quaiss as reecriam e ass socializam m para as futuras gerrações. As atividades sociais hu umanas sãoo reinteerpretadas pelos atores sociais em seu siignificado original e propagadaas entre oss indivvíduos, além m disso, em m virtude dee sua característica já não n ser maiis questionaada entre oss mem mbros, eles a consideraam a maneiira correta de realizar,, pois no paassado, suaa realizaçãoo semppre ocorreu nesses messmos modellos (GIDDE ENS, 1989). As ações iinstitucionaalizadas sãoo repasssadas, aceiitas e resisteentes à muddança (DIMA AGGIO; PO OWELL, 19983). Nessa perspectivaa, as estrutuuras formaiis possuem propriedaddes simbóliccas capazess de ggerar ação, são imbuídas de siggnificados que, q ao serrem socialm mente comp partilhadas,, transsmitem infoormações internas i e externas à organizaçção e aos seus mem mbros. Umaa organnização inserida no am mbiente insttitucional po ode ser bem m sucedida se for adap ptável à ele,, 5  

 

princcipalmente se adotarr condutass isomórficcas ao am mbiente insstitucional, ganhandoo legitiimidade peerante ao ambiente a em m que estáá inserida (MEYER; ( R m ROWAN, 1977). Em contrrapartida, é desenvolv vido um coomplexo am mbiente de interação entre os attores dessee nais que o ccompõem possibilitam camppo, o qual, em e virtude das diferenttes formas organizacio o p m com que conflittos sejam gerados, além m disso, no ovas estrutu uras organizzacionais po odem surgirr nessee contexto (MEYER; ( ROWAN, R 19977). As inccubadoras se configuuram como o um agen nte condutoor para ap proximar a univeersidade, a empresa e o governo ee, como ressultado desssa aproximaação, surge o ambientee propíício para innovações. Po odem ser dee base tecno ológica, quaando o produ duto final offerecido porr ela ffor tecnológgico, tradiccionais ao ttrabalharem m com os setores tradiicionais da economia,, mistaas quando oferecem o su uporte paraa produtos tecnológico t s e de setoores tradicio onais e, porr fim, podem ser sociais ao traballharem com m cooperaativas e aassociações popularess PROTEC, 2015). 2 (ANP O papeel das incu ubadoras sse torna esssencial parra que ideeias inovadoras sejam m desennvolvidas, pois alia a neces sidade do empresárrio na sollução de problemass organnizacionais,, aliados ao o conhecimeento da univ versidade co om o suporrte governam mental paraa realizzação do investimento o (ANPRO OTEC, 2015 5). Essas in nstituições atuam no sentido dee propoorcionarem m a infraestru utura, dispeendem de caapacitação e gerenciam mento das attividades dee gestãão relativas à empresaa incubada, formando uma ponte de ligação entre os gestores g dass emprresas incubbadas e os pesquisadoores (ANP PROTEC, 2015). 2 Nesssa ponte, é papel daa incubbadora dar suporte s adm ministrativo,, gerencial, financeiro e jurídico àss empresas incubadas. 3 DE ELINEAME ENTO ME ETODOLÓ ÓGICO Este esstudo, de natureza n quaalitativa e descritiva, d analisa as aações estraatégicas dass incubbadoras e como c estas influenciam i m na inovaçção. Deste modo, m foi reealizado um m estudo dee caso comparativvo em três instituições que, em sua concepção o, interagem m com o go overno, com m mpresa e com c a univ versidade. Assim, o nível de análise a quee compreen nde a estaa a em invesstigação é o organizacional. Entreviistas semiestruturadas foram reaalizadas com gestoress e diretorees das trêss instittuições, aliaado à isso, também sse fez análiise documeental de rellatórios, rep portagens e docuumentos inteernos. No to otal, foram rrealizadas quatro q entrevistas com gestores no os cargos dee coorddenador de propriedad de intelectuual e transfeerência de tecnologia, gestor da incubadoraa tecnoológica, cooordenador de d empreenndedorismo e incubação de empreesas e com o chefe dee depaartamento de apoio a projeto p tecnnológico. As A entrevistaas tiveram duração méédia, de 400 minuutos, foram m transcritaas de form ma literal e totalizaraam 81 pág áginas de transcrição. t . Trianngularam-see os dados considerand c do 33 docum mentos. A finallidade das entrevistas e sse concentro ou em identtificar comoo as ações estratégicas e s eram m realizadass e se contrribuía para o desenvo olvimento da d inovaçãoo. Com base na teoriaa foram m elencadaas duas categorias de análise: açções estratéégicas e innovação. O Quadro 1 apressenta as cateegorias, bem m como a suua definição o teórica e operacional o para esta pesquisa.

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  Quadrro 1 – Definiçção teórica e operacional o daas categorias de d análise Cateegoria Definição D teórrica Como sserá analisada a As universidadess realizam ppesquisas nas quais s repassado s para as ind dústrias seuss resultados são por meio da traansferência dde tecnologia,, além disso, o conheciimento geradoo e as impliicações Açõess realizadas pela incubaadora para desssa relação é conduzido paara a sociedaade, de Ações fomen ntar a relação ão entre as empresas, e o estratéégicas moddo que esta espera que o governo attue no goverrno e os pesquuisadores das instituições. i senttido de disponibilizar mais fontees de finaanciamento paara fortalecer o desenvolviimento de novas n pesquisas (CAI, 20014; ETZKOW WITZ, 20022). Ressultado da inteeração entre oos atores orgganizacionais, por meio da ttroca de Açõess estratégicas realizadas que objetivam Inovaçção expperiências, da realização de pesquisas, em m melho orar o desemppenho das instituições e incentivos financceiros e a estruutura física fomen ntar a inovaçãão nessas instituições. (VA ALENTE, 201 10). Fontee: Elaborado pelos p autores.

Procedeu-se a análise seguinddo-se as reccomendaçõees de Bardinn (2010) paara a análisee de coonteúdo e, como c suporte, se fez usso do softw ware Atlas.ti versão 6.0.. Para análisse de dadoss qualiitativos Straaus e Corbin (2008) ssugerem trêês etapas paara a codifiicação dos dados: i) a codifficação abeerta, que co onsiste na iddentificação o de conceiitos, das suuas propried dades e dass dimeensões, ii) a codificaçção axial, qque visa relacionar caategorias dee dados asssociadas àss dimeensões e, por p fim, iii)) a codificaação seletiv va que se destina a rreavaliar oss esquemass interppretativos formados na etapa aanterior, com a inttenção de identificar falhas ouu compplementar categorias c paara que o essquema lógiico formado o seja validaado. A escolha das trêss incubadorras se aplicaa por se enccontrarem vvinculadas a diferentess instittuições: a um u centro de pesquisaa ligado à um órgão de pesquissa do goverrno; a umaa univeersidade púública e; a um u centro teecnológico que recenteemente tevee sua estrutu ura alteradaa para universidadde tecnológ gica. O centrro de pesqu uisa foi fund dado em 19989 e incubo ou um totall de 755 empresas. A incubad dora vinculaada a universidade púb blica foi criaada em 200 08, possui 7 emprresas incubaadas, 3 grad duadas e 3 em fase de prospecção o. O centro tecnológico o foi criadoo em 22008, possuui um hoteel tecnológiico de incu ubação de empresas, tem 8 emp presas pré-incubbadas e 5 inncubadas. 4 AN NÁLISE DO OS DADOS S E RESUL LTADOS ncubadoras e se estas cconduzem a inovação,, Para annalisar as açções estratéégicas das in se appresentam os o resultados em separaado para cad da uma das instituiçõees e, por con nseguinte, a visãoo analítica a respeitto das açõões estratéégicas e da d inovaçãoo. As uniiversidades,, princcipalmente a partir da lei l de incenntivos à inov vação e à peesquisa cienntífica e teccnológica nºº 10.7993 de 20004, foram instruídas i a criarem incubadoraas ou parqu ques tecnoló ógicos quee fomeentassem o desenvolviimento inovvador do paaís (BRASIIL, 2004). A As ações estratégicas, e , por sua vez, são ativid dades realiizadas pelaas incubad doras visanndo obter resultadoss diferrenciados naa sua gestão o e que conntribuem parra o desenv volvimento econômico, financeiroo e estrrutural destas instituiçõ ões. É apressentado na Figura F 1 oss resultados das ações estratégicas e s e inovação o realizadass pelo centro de pesquisa. p

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  Figuraa 1 – Ações esstratégicas da incubadora vvinculada ao ceentro de pesqu uisa

Fontee: Dados da peesquisa (2015).

As açõões estratégiicas da incuubadora se refletem, em e sua maiioria, na realização dee b de recursos r e no fortaleecimento daa relação uuniversidad de-empresa,, parceerias, na busca interm mediado pela p incubaadora, paraa isso são o trocadas informaçõões sobre formas dee gerennciamento com c outras instituiçõess. As parcerias se refleetem na reaalização de workshops,, que oobjetivam instruir as empresas e inccubadas sob bre a relevâância da inoovação, sob bre aspectoss tecnoológicos quue conduzem m a inovaç ão, sobre a disseminação do emppreendedorismo, entree outroos. A particcipação dass incubadorras na assocciação de classe c oporttuniza a intteração e a trocaa de conheccimento entrre os gestorres das incu ubadoras e, a partir de uum encontrro realizadoo nestaa associaçãoo foi elencaada a necesssidade da criação de um espaçoo característico de co-workking, na qual, q empresas incubbadas se estabeleceri e iam em uum mesmo o ambientee comppartilhado, composto c por p ilhas de empresas, na n qual seriam evidencciados o con nhecimento,, a trocca de experriências e metodologias m s de incubaçção. A atuação da incu ubadora, facce às emprresas incubaadas, se oriienta em cin nco esferass relatiivas à gestãão, ao merccado, à tecnnologia, ao desenvolvim d mento do em mpresário e à situaçãoo finannceira das empresas e incubadas. A Assim sendo o, a atuação ocorre connjuntamentee à todos oss proceessos que compreende c m a fase dee incubação o e, por conseguinte, a sua operacionalizaçãoo ocorrre mediantte a realizaação de reuuniões perriódicas e conversas c iinformais, que visam m identtificar comoo as atividaades internnas são reallizadas, se há necessiddade de reaalização dee consuultorias, see as empressas incubaddas necessitam de aux xílio na proocura de editais e e naa 8  

 

form matação das propostas, se o supoorte da incu ubadora como intermeediador na relação daa emprresa com oss pesquisado ores envolviidos deva seer mais atuaante ou não . A mennção da criação c doo espaço em co-working pode de contribu uir para o desennvolvimento do sistem ma de inovaação, pois se s desenvollve pela criiação de um m ambientee interaativo entre atores e na n presença de elemen ntos adicion nais relativoos ao caso específico,, comoo a formaçção de norm mas sociaiss compartillhadas nessse ambientee, que se refletem r naa adoção de mettodologias com o fooco nos prrocessos reelativos ao desenvolv vimento dee emprreendimentoos inovadorres (CAI, 20013). Em suua maioria, as empressas que visam ser in ncubadas, nnecessitam de auxílioo finannceiro para formalizaçãão da sua inntenção em m incubar. À vista dissoo o gestor salienta s quee “99% % dos empreesários tem uma brilhaante ideia do o negócio mas m não tem m dinheiro, aí a procura a incubbadora paraa ver se a gente g tem ddinheiro, mas m a incubaadora, por sser parte dee um órgãoo públiico, não podde colocar dinheiro naas empresas”. Nesse seentido existee uma ambiiguidade naa visãoo do futuro empresário sobre a inccubadora, po ois sua atuaação se limiita na cobrança de umaa taxa mensal paraa as empressas incubadaas residentees e, para em mpresas quee utilizam o espaço co-workking um valor mais ellevado. Dessse modo, a atuação do d gestor see orienta na n busca dee recurrsos via eddital para as a empresass incubadass, principallmente em sugerir os órgãos dee fomeento nos quuais os pro ojetos poderriam ser en nquadrados e quais innformações relevantess devem constar nele. n Assim o escopo de atuaçãão da incu ubadora con nsiste na pprospecção de novoss emprreendimentoos, na realizzação de reuuniões e no o acompanh hamento dass atividades realizadas,, somaado à isso, após seu esstágio de inncubação qu ue configuraa o momentto de inserir o produtoo e/ou a inovaçãoo no mercad do, a atuaçãão consiste em auxiliaar os aspecttos mercado ológicos doo negóócio para deesenvolver o produto/sserviço. Apó ós a inserçãão da inovaação no mercado, umaa partee do faturaamento gerado pela innovação é repassado para a doo centro dee pesquisa.. Recoorrente à essa e situaçãão é de intteresse da incubadoraa atuar no desenvolviimento dass emprresas incubaadas, uma vez v que a vvenda do prroduto ou serviço s inovvador gerad do por elas,, acarrretará em maior m receitaa financeiraa para a inccubadora. Um U sistema de inovaçãão é melhorr oporttunizado dee acordo com m Cai (20133) quando as a lógicas in nstitucionaiss forem inco orporadas a diferrentes elemeentos, quand do a univerrsidade passsa a incorpo orar lógicas da empresaa, presentess na coomercializaçção da tecnologia e no potencial in novador. A adooção da metodologiia Centro de Referência parra Apoio a Novoss Empreendimenttos (CERNE) foi oriuunda a parrtir de uma pressão de ordem normativa,, impuulsionada peela associaçção das inccubadoras e parques teecnológicos,, vistas a execução dee uma metodologiia de boas práticas p de iincubação e apoio a em mpresas inovvadoras. Asssim sendo,, incubbadoras quee a aplicarem m ampliam m suas possib bilidades naa busca por recursos financeiros e na buusca por suaa sustentabiilidade. Sobb essa persp pectiva, as ações a da inccubadora see restringem m na addoção dessaa metodolog gia em: agrregar valor aos empreeendimentos , o foco em m processoss que gerem meelhores ressultados, éética nas ações da incubadoraa, na busca de serr econnomicamente viáveis e promover a sustentaabilidade am mbiental, naa responsab bilidade, naa melhhoria contínnua de seus processos,, no desenv volvimento humano e na realizaçção de umaa gestãão transparrente e paarticipativa. Na persp pectiva da lógica insstitucional as ordenss instittucionais daa sociedade são constituuídas por ellementos materiais, m com mpostos po or estruturass e prááticas das instituiçõess como vaalores e reg gras e, sim mbólicos, qu que compreendem aoss signiificados, sím mbolos e conceitos atribbuídos pelo os atores (TH HORNTON N; OCASIO, 2008). 9  

 

Ademaais, a gestão o se reflete na aproxim mação entre a universiddade e os em mpresários,, pois há uma difiiculdade de entendimennto entre am mbos “eu peercebo que o objetivo dos d dois é o mesm mo, é comuum, mas falam línguas totalmente diferentes, então preccisam de um m tradutor”.. Assim m a incubaddora atua co omo um esppaço para reealização dee discussõess e aproxim mações entree a em mpresa, que se s interessaa em como o negócio seerá executado, e os pessquisadoress com vistass para realização de d pesquisaas científicass. As ações em sua maioria m por parte da inccubadora, see destinam à captação de recursoss v o para o desenvollvimento daas empresass, uma vez o maior dessafio se conncentra na viabilização econnômica da inncubadora, de esta serr autossustentável. Entrretanto umaa das preoccupações daa instittuição se reeflete no momento m dee inflexão em e que a economia e bbrasileira see configuraa atuallmente, poiis em virtud de de recenntes cortes no orçameento de insstituições de pesquisa,, receiia-se que poossa ter refflexos na reeceita dessaas instituiçõ ões. Em um m momento econômicoo desfaavorável, poodem haverr estagnações no desen nvolvimento o de entidad ades e da prromoção daa inovaação do paíís, pois quan ndo estas reelações ocorrrem de forma conjuntta, entre uniiversidades,, emprresas e govverno existeem maioress chances de d desenvo olver uma nnação (ETZ ZKOWITZ;; LEY YDESDORF FF, 2000). A Figuura 2 apressenta a cateegoria açõees estratégiicas e inovvação para incubadoraa vincuulada a univversidade pú ública. Figuraa 2 – Ações esstratégicas da incubadora vvinculada à universidade púb blica

Fontee: Dados da peesquisa (2015).

As prinncipais açõees da incubaadora vincu ulada a univ versidade púública se deestinaram à realizzação de paarcerias com m instituiçõees e na dissseminação da d cultura em mpreendedo ora entre ass 100  

 

emprresas incubaadas e a socciedade. Ass parcerias são s realizad das com órggãos como SEBRAE e FIEP P (Federação das Indússtrias do Esstado do Paaraná) na reealização dee eventos, e em outross órgãoos na trocaa de inform mações rellativas aos assuntos sobre s gestãão, na reav valiação dee metoodologias, como c a adoção da certtificação CE ERNE tamb bém incorpoorada pela incubadoraa vincuulada à unniversidade pública. A busca dee certificaçãão se conffigurou com mo pressãoo exerccida pelas instituições i (e.g. associiação de claasse) com vistas v a mooldar o com mportamentoo dos iindivíduos a partir da trransmissão de normas e valores so ociais (MEY YER; ROW WAN,1977). Há um interesse dos d pesquisaadores da instituição na n aproximaação com a empresa e esse processo é facilitado pela p incubaddora que oss aproxima. Visando m melhorias neessa relaçãoo a inccubadora criiou o sistem ma SIGUE (S Sistema Geerencial Universidade E Empresa) caaracterizadoo comoo uma plataaforma de in nteração enttre empresa e pesquisad dor. Sua opperacionalizaação ocorree pelo acesso no site s da instittuição, na quual, o emprresário podee acessar a pplataforma contendo c ass áreass de interesse, bem como, c os ppesquisadorees cadastraados na linh nha de pesq quisa e, aoo ingreessar nesse ambiente pode entrar eem contato direto com m os pesquissadores. Estta ação visaa melhhorar a aproxximação daas esferas enntre a univerrsidade e a empresa. Os gesstores destaa incubadorra compartilham a ideia de quee a inovaçãão somentee podeerá ser desennvolvida see houver pessquisa colab borativa entre o pesquuisador e o empresário, e , no seentido de am mbos desenv volverem em m conjunto a ideia e prrojetarem o produto fin nal, para em m seguiida ser caraacterizada como c proprriedade inteelectual e in nserção do pproduto ou do serviçoo inovaador no mercado. O paapel das inccubadoras é intermediaar a necessiddade do em mpresário naa soluçção de prooblemas org ganizacionaais, aliados ao conheccimento daa universidaade com o suporte governaamental paraa realizaçãoo do investim mento (ANP PROTEC, 22015). As açõões da incu ubadora foccam na reaalização dee reuniões com os geestores dass emprresas, para tal, são av valiados asspectos relaativos ao processo p dee incubação o, como see confi figura o desenvolvimen nto dos emppreendedorees, se estes participaram am de capaccitação pelaa incubbadora ou por p outras in nstituições, como está o estágio de desenvolvvimento da tecnologia,, se a inovaçãoo foi testada, se o produto e/ou e serviço se encoontra em estágio dee comeercializaçãoo, como os empre sários estãão conduzzindo aspeectos de burocraciaa admiinistrativa e se há ou não desenvvolvimento financeiro. Em adiçãoo à isso, paara suprir a necessidade finaanceira das empresas e da incubaadora, são realizadas r bbuscas sobree os editaiss em eexecução noos sites dass agências ooficiais de captação c dee recursos ccomo CNPQ Q, CAPES,, FINE EP, Fundaçãão Araucáriia, entre outtros. A cultuura empreen ndedora é ddisseminada pela publlicação de livros sobre temáticass relatiivas ao empreended e dorismo, ccomo a economia e criativa e educação o para o emprreendedorissmo. A teemática de economiaa criativa é desenvoolvida poiss existe a possiibilidade dee empresass classificaddas neste segmento s serem incubbadas. Umaa ação quee atuallmente se encontra e em m fase de pplanejamento é a publiicação de uum livro, que q objetivaa relataar a experiêência dos professores p e das emprresas no pro ocesso de iincubação, para tal, see preteende mencioonar o ponto de vista de ambos os atores durante d o pprocesso de incubação.. Desssa forma, a incubadorra disseminna também sua culturaa empreenddedora quan ndo realizaa palesstras, eventoos e lança livros l para aas empresass incubadass, para os inndivíduos vinculados à univeersidade, paara os parceeiros externoos e para o público p em geral. Uma daas dificuldaades informaadas pelos gestores g reffere-se à carrência de recursos paraa realizzação das atividades, a na n falta da mão-de-obrra, e em vissualizar um ma futura am mpliação daa sua eestrutura. Os gestores salientem a nnecessidadee de o espaçço da incubaadora atuar também naa captaação de fuuturas empresas incubbadas, no desenvolviimento de novas ferrramentas e metoodologias dee incubação o. Uma açãão que pod deria dissolv ver, em um m primeiro momento m a escasssez de recuursos, seriaa a sua diss ociação da universidad de e vincullação à umaa fundação,, pois além da caarência de recursos, r háá necessidad de dos recu ursos obtidoos por elas retornarem m para a instituiçãão no findar do ano. Ouutro apontam mento refere-se ao mom mento da fo ormalizaçãoo 11  

 

da reelação univversidade-em mpresa peloo professor, segundo os o gestores existe dificculdades noo aspeccto legal deesta relação, pois são eexigidos differentes tipo os de docum mentos que, em muitoss casoss, não são de d conhecim mento do prrofessor. Essa dificuld dade poderiaa ser elimin nada com a preseença de um quadro pesssoal maior.. Além disso, a estrutura da incubbadora é dissociada dass emprresas incubaadas, sendo o estruturadaas em difereentes locaiss físicos, o qque consequ uentementee dificuulta uma atuuação mais direta dos ggestores dass incubadoras. Na Figgura 3 são visualizaddas as cateegorias ações estratéggicas e inov vação paraa incubbadora vincculada a univ versidade teecnológica. Figuraa 3 – Ações esstratégicas da incubadora vvinculada à universidade teccnológica

Fontee: Dados da peesquisa (2015).

As açõões estratég gicas da inncubadora vinculada à universiidade tecno ológica sãoo mentar a rellação entre a universid dade-empressa. Uma dass ações quee realizzadas no inntuito de fom ocasiionam a approximação entre os attores é reallizado por meio de um m evento denominado d o “Caffé Empresaarial”. Este evento obj bjetiva criarr um ambieente própriio para quee empresass incubbadas possaam dialogarr com parceeiros, clienttes e futuro os parceiross. Na sua dinâmica d dee realizzação, as empresas incubadass recebem uma quaantidade dee convitess a serem m dispoonibilizadoss para conv vidados dee seu intereesse (e.g. clientes, c foornecedores, potenciass clienntes), são coonvidadas en ntidades coomo o SEBR RAE, banco os públicos, investidorees externos,, parceeiros internoos à universsidade tecnoológica (e.g g. chefes de departamennto, diretorees de área e diretoor de camppus) no inttuito de reaalizar um ambiente a de encontro que fomen nte algumaa parceeria entre eles. e Nesse café, as em mpresas incu ubadas apreesentam suaa ideia de negócio, n oss bancos apresenttam linhas de crédito s para emp preendimentos inovadoores com custos c maiss baixoos e é realiizada uma confraterniz c zação que visa v gerar parcerias p dee negócios. Uma açãoo comuum é a realiização de paarcerias em m bancas de seleção de empresas coom outras incubadorass e na realização de d congresssos. 122  

 

Outra ação a estratéégica conduuziu a criaçãão de um hotel h tecnolóógico na un niversidade.. Por m meio dele, os o processo os de pré-inccubação e incubação i são s realizaddos em sepaarado, dessee modoo, na fase inicial (préé-incubaçãoo) os aluno os e professsores desennvolvem e selecionam m ideiaas de projetos com vistas à possibbilitar o desenvolvimeento do neggócio. Esta é a fase dee aceittação da ideeia. Para a próxima p fasse é necessáário que a empresa, quee anteriorm mente estavaa no hotel tecnolóógico, passee por novo processo seletivo, con ncorrendo ccom empressas que nãoo faziaam parte do hotel tecno ológico. A fa fase final compreende à graduaçãoo das empressas, quandoo estass adquirem m sua indep pendência e deixam as depend dências ou os víncullos com a incubbadora. Em algguns casos a relação unniversidade--empresa é viabilizadaa pelo professor, pois o mesm mo já pode ter o conheecimento préévio a respeeito de deteerminada leii ou incentivo, assim o contaato inicial com c o empreesário é reallizado entree o pesquisaador e a univversidade concentra-see em fformalizar esta e relação. Nesse conntexto, o gestor ressaltaa a importân ância de disp por de umaa pessooa que atuaasse na iden ntificação dde futuros parceiros, p além disso, qque também m realizassee buscaas em editaais de fomen nto tanto paara a empreesa, quanto para a univversidade, o que nem a incubbadora nem m o hotel tecnológico nãão possuem. Tendo em vista qu ue a univerrsidade mod dificou seu perfil de ceentro tecnológico paraa univeersidade teecnológica, houve alteeração no perfil dos professoress. Desse modo, m estess passaaram a atuaar 120 horas mensais eem regime de dedicaçãão exclusivaa, logo, em m virtude dee uma maior carga horária em m pesquisass, passaram m a selecionaar mais as aatividades que q desejam m realizzar. Anterioormente à mudança m dde perfil, oss professorees que atuaavam na reaalização dee pesquuisas, expeerimentos de d base tecnnológica e realização de parceriaas com em mpresas, em m razãoo da mudannça de perfiil das instituuições, tiveeram que reeadequar suuas atividadees a fim dee tambbém realizarrem publicaações científficas, pois passaram p a ser s gerenciaados pela CA APES. Outra ação a objetiva expandiir a área daas empresaas incubadaas, pois atu ualmente háá carênncia de esppaço físico para incubaar mais em mpresas. Parra tanto, disspõe-se de um espaçoo físicoo que futurramente abrrigará um m maior númeero de emprresas, em toorno de 30 a 40. Essaa ação possibilitarrá a ampliaação dos reccursos receebidos pela incubadoraa, por meio da taxa dee incubbação menssal cobrada. E, também m existe a po ossibilidadee de mais em mpresas se graduarem,, ocasiionando um m aumento no n ganho daas receitas provenientess de parte dee seu faturamento. As açõões dos gesttores se lim mitam à quantidade dee recursos rrecebidos por p elas viaa goveerno, além disso, d esses recursos nãão cobrem atividades a primárias de senvolvidass, como porr exem mplo a realização de treinament ntos para as a empresass incubadaas, a particcipação em m conggressos e coom os materriais necesssários. A incubadora to orna-se susttentável em m virtude daa estruutura física e de dem mais aportees financeirros provind dos da univ iversidade a que estáá vincuulada. Entrretanto, apeesar das diificuldades apresentadas, ações ssão realizadas com o objettivo de melhhorar o seu desempenhho, a univerrsidade vislu umbra na inncubadora um u fomentoo ao deesenvolvimeento social. 5 CO ONSIDERA AÇÕES FIN NAIS Este esstudo objettivou analissar as açõees estratégiicas das inncubadoras e se estass condduzem a innovação. Um U pilar relevante mencionado o nos trêss casos reefere-se aoo fortaalecimento da relaçção univeersidade-em mpresa, co onsiderado propício para o desennvolvimento da inovaçção. Além ddisso, são reealizadas paarcerias e trroca de con nhecimentoss a resppeito de novvas ideias e novos proccessos. O propósito da atu uação das inncubadoras é fomentar a inovação e fazer com m que ela see reflitta na socieedade, à viista disso eelas adotam m condutas de interm mediar a rellação entree emprresário e professores p . É de innteresse daas incubado oras que o conhecim mento sejaa comppartilhado nesta n relaçãão, de modoo que, tanto o a empresaa quanto os pesquisado ores tenham m 133  

 

papel ativo em m todas as fases de aatuação. Allém disso, mesmo appós a transfferência dee vidade prod dutiva, as açções da inccubadora see tecnoologia, o gaanho da pattente e o innício da ativ concentram em auxiliar a inserção ddo produto no mercad do e que esste obtenha os ganhoss finannceiros. Uma pressão de ordem o norm mativa foi ocasionada nos n casos aanalisados, por p isso, ass incubbadoras adootaram cond dutas favorááveis à ela ao a aderir à uma u metodoologia de bo oas práticass de inncubação. Assim A send do, visou m melhorias em m seu proceesso de gesstão e a bu usca de suaa susteentabilidadee, o que con nsequentem mente se refflete também m em melhhorias do desempenho d o inovaador destas instituiçõess. Verificcou-se que a atuação dda incubad dora se vinccula princippalmente naa mediaçãoo entree empresa-uuniversidade-governo, seu papel passa a seer ativo ao oferecer in nformaçõess relatiivas ao proocesso de gestão g e aoo ceder o lo ocal para que q esta rellação ocorrra de modoo efetivvo. Somadoo à isso, as a incubadooras atuaram m na buscaa de editaiss de fomen nto para ass emprresas incubaadas e são consultadoss sites do governo fedeeral e estaddual com o objetivo dee arreccadar mais recursos. Nesse senntido Cai (2014) saalienta quee apesar de d algumass univeersidades teerem seu orrçamento coontrolado pelo p governo, realizam m ações de captação c dee maioores recursoos para fomeentarem seuus interesses e, a transfferência de tecnologia,, é uma dass fontees que faciliita esse acessso adicionaal. De moodo geral as ações realizadass por elass se refere rem também m na suaa susteentabilidadee, entretanto o, em razãoo dos recurssos oferecid dos pelo gooverno serem m restritos,, existtem dificulddades relativ vas à falta de estrutura física quee abriga as empresas incubadas i e falta de pessoal. No conteexto das em mpresas, háá uma carêência de reecursos paraa que maiss atividdades (evenntos) possam m ser desenvvolvidas vissando a capacitação doos atores env volvidos. Ficou evidenciado e o na entrevvista da inccubadora vin nculada ao centro de pesquisa e implíícito nas deemais (univeersidade púbblica e univ versidade pú ública tecnoológica) quee um campoo ideall para atuação dessas in nstituições sseria a existtência de um ma estruturaa física prep parada paraa gerennciar, em um u mesmo local, l a inccubadora, ass empresas incubadas e as graduaadas, sendoo assim m, após a sua s graduação o espaaço físico da d universidade fosse utilizado também t naa fabricação do prroduto inovador. A lógicca institucio onal inicial presente na relação universidade u e-empresa-g governo é a o econômicco somente é possívell crençça compartiilhada entree os atores de que o crescimento quanndo for prooduzido conhecimentoo, tecnologia e inovaação, que ssão essenciiais para o cresccimento ecoonômico (C CAI, 2013)). A univerrsidade pod derá atuar de modo mais m eficazz quanndo dispor de uma en ntidade que pretenda solucionar s algum probblema no universo u daa emprresa, e possuir os reecursos neccessários para p que isso ocorra e, por su ua vez, oss pesquuisadores caapacitados para p desenvvolver a solu ução. O desennvolvimentto de mais pprodutos e/o ou serviços inovadoress se torna mais m eficaz a mediida que inccubadoras podem p geriir seus recursos e reaalizar maioores investim mentos em m pesquuisa. A parrtir da anállise dos ca sos se veriificou que a falta de recursos é um agentee restriitivo para o desenvolvimento de m mais produttos e/ou serrviços inovaadores, poiss se poderiaa invesstir mais em m pesquisas científicas e ampliação o do número o de empressas incubad das para quee a inoovação de faato, aconteccesse. Mesm mo as incubadoras não sendo susteentáveis e com falta dee recurrsos financeiros, as empresas e viinculadas à elas realiizam inovaações. Além m disso, ass emprresas graduadas nem sempre conttinuam inov vando, assim m sendo, a iinovação po ode ocorrerr em uum determinnado momen nto na emprresa, ou ainda ser a essência de seuu surgimentto. O desenvolvimentto da inovaçção ocorre pela interaçção entre oss atores (un niversidade-emprresa-governno) e também m quando ssua estruturra possuir co ondições dee executar melhor m suass atividdades. Situuações nas quais há interação entre os membros m (uuniversidad de-empresa-goveerno), por meio m da tro oca de expperiências, da realizaçção de pesqquisas, em incentivoss 144  

 

finannceiros e a estrutura e física para dessenvolvê-lo os se criam um u ambientte no qual a inovação é o ressultado destaa associação o (VALENT TE, 2010). Nesse sentido qu uando a creença compaartilhada en ntre todos em consid derar que o invesstimento em m conhecim mento é a bbase para o desenvolv vimento ecconômico e as lógicass instittucionais doo governo também t puuderem atuaar nas incub badoras e nnas empresaas, maioress serãoo as condiçõões para a inovação. A As ações ideentificadas neste n estudoo contribuem m de formaa práticca para quue gestores de incubaadoras e deemais gesto ores vinculaados às un niversidadess possaam visualizzar práticas adotadas poor estes quee contribuem m para a inoovação. A contribuiçãoo teóricca, por suaa vez, se co oncentra naa junção de duas abord dagens teórricas para o estudo daa relaçção universidade-empreesa. A limittação destee estudo see encontra ao a apresenttar casos reelativos ao Estado doo Paranná, sendo assim, a este estudo e podeeria recomeendar a realiização de uuma etapa quantitativa, q , elenccando-se ass ações enco ontradas neeste estudo, e sua verifficação em uum contextto nacional,, elenccando quaiss são as açõees mais recoorrentes dass incubadoraas de empreesas. FERÊNCIA AS REF ADA AM, A. P.; HOHENDO H ORFF, R. voon; ENGEL LMAN, W. Da D tríplice hhélice à héliice quáddrupla: desennhando os pressuposto p os para instaalação da ino ovação nanootecnológicca no Brasiil. In: SIMP PÓSIO DIR REITO E IN NOVAÇÃO,, 02., 2013, Rio de Janeeiro, RJ. An nais... Rio de Jaaneiro: UFJF F, 2013. ANP PROTEC. ASSOCIAÇÃ A ÃO NACIO ONAL DAS S ENTIDAD DES PROM MOTORAS DE D EMP PREENDIM MENTOS IN NOVADOR RES. Pergun ntas frequeentes. Dispoonível em: . Acesso em: 06 fev. 20155. BAR RDIN, Laureence. Análiise de conteeúdo. Lisbo oa: Edições 70, 2010. BRA ASIL. Presiddência da Reepública. L Lei nº 10.973 3 de 2 de dezembro dee 2004. Disspõe sobre incenntivos à inovvação e à pesquisa cienntífica e teccnológica no o ambiente pprodutivo e dá outras proviidências. Disponível em m: >. Acesso em m: 10 mar. 2015. BRU UTON, G. D.; D AHLSTR ROM, D.; L LI, H-L. Insttitutional theory and enntrepreneuerrship: wherre are we noow and wheere do we neeed to movee in the futu ure? Entreppreneuershiip: Theory & Prractice, v. 34, 3 n. 3, p. 421-440, 4 20010. CAI,, Y. Implem menting the triple t helix model in a non-Westerrn context: an institutio onal logics persppective. Triiple Helix, v. v 1, n. 1, p.. 1-20, 2014 4. CAI,, Y. Enhanccing contextt sensitivity of the Triple Helix mo odel: an insttitutional lo ogics persppective. In: THE TRIPL LE HELIX INTERNA ATIONAL CONFEREN C NCE, 11, 20 013. Procceedings... London, L 2013. CAL LORI, R.; JO OHNSON, G.; G SARNIN N, P. CEO'ss cognitive maps and thhe scope off the organnization. Sttrategic Ma anagement Journal, v. 15, n. 6, p. 437-457, 11994.

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