O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO NA APRENDIZAGEM DA ELECTRICIDADE NO ENSINO DE FÍSICA

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CAPÍTULO I

Este capitulo, visa apresentar a introdução, justificativa, definição do
problema de pesquisa, delimitação do tema, objectivos, definição de
hipóteses e as respectivas variáveis.

1. Introdução

O presente trabalho tem como propósito avaliar se o uso de actividades
experimentais na sala de aula facilita a aprendizagem significativa dos
alunos do ensino técnico básico do ramo da Electricidade.
Pretende-se com este estudo promover a integração teoria/prática no ensino
de Física no nível básico, para proporcionar uma melhor compreensão dos
conceitos científicos, promover o interesse pela experimentação no ensino
da Física e o desenvolvimento de competências para a realização dessas
actividades. Trata-se de uma proposta de experimentos que despertem o
interesse e a atenção de fenómenos e a explanação do professor, para
minimizar problemas enfrentados nas escolas de ensino técnico-básico, por
professores e alunos durante o processo de ensino aprendizagem.
É comum nas escolas ouvir alguns professores de Física dizendo que
enfrentam grandes dificuldades em construir o conhecimento aos seus alunos
de maneira prazerosa, contextualizada e funcional. Tem sido hábito ouvir
muitos alunos considerarem a Física como sendo uma disciplina difícil de
ser aprendida e com isso os alunos desinteressam-se e apresentam
dificuldades de aprendizagem dos conteúdos. O sistema de formação de
Professores actual não prioriza a leccionação de aulas exclusivamente
expositivas e exige do professor aulas dinâmicas e criativas como forma de
despertar o interesse dos educandos.
O acto de experimentar no ensino de Física é de fundamental importância no
processo ensino-aprendizagem e tem sido enfatizado por muitos autores a
exemplo de LUNETTA (1998). A esta ênfase por um ensino experimental
adicionam-se importantes contribuições da teoria da aprendizagem em busca
da contribuição do conhecimento.
O propósito principal desse trabalho foi de promover a experimentação, na
aprendizagem da Física, na sala de aulas aplicado à electricidade e
apresentar alternativas para despertar o senso crítico científico nos
alunos do Ensino Técnico. Isto foi facilitado por meio de aulas
experimentais desenvolvidas com dispositivos confeccionados através de
material reciclado ou de baixo custo, que priorizaram as competências
desenvolvidas.
Este trabalho dividide-se em três partes: A primeira corresponde a parte
introdutória onde se faz a alusão aos objectivos, à justificativa e às
hipóteses. A segunda parte centra-se na metodologia onde se encontram
descritos os métodos usados durante a pesquisa e a última parte refere-se a
análise e discussão dos resultados experimentais e conclusão.














1.1. Justificativa

O presente trabalho tem como essência, a análise do ensino da disciplina de
Física na Escola Industrial e Comercial Eduardo Mondlane de Inhambane com
base na experimentação. Esta é uma tentativa de fazer uma análise detalhada
da situação do ensino de uma disciplina concrecta, visando possíveis linhas
de actuação para o melhoramento da situação actual.
A escolha deste tema, justifica-se pelo facto de se pretender trilhar com
os ideais do sistema de formação de Professores que exige do professor
aulas dinâmicas e criativas como forma de despertar o interesse dos
educandos; pelo desejo de fazer com que o aluno não se limite a decorar
definições muito formais sem compreensão do seu conteúdo físico e sem
percepção da sua utilidade no ambiente em que ele vive; do baixo
aproveitamento audio-difundido nos últimos anos nesta disciplina em
comparação com outras do ensino técnico; pelas enormes despesas ligadas à
aquisição de equipamento laboratorial para a Escola Industrial e Comercial
Eduardo Mondlane em Inhambane.
Das exigências actuais do processo de ensino e aprendizagem, preconiza-se
que o ensino deva-se centrar no saber fazer do aluno, onde este constrói o
seu conhecimento a partir da interacção com experimentos no acto da
experimentação na sala de aulas ou num outro ambiente para o seu
desenvolvimento e da sua comunidade sem necessariamente a intervenção do
professor.
Assim, a decisão de fazer o trabalho sobre o papel da experimentação na
aprendizagem da electricidade no ensino de Física, é de capital importância
para contribuir na melhoria do rendimento pedagógico dos alunos.





1.2. Definição do Problema de Pesquisa

De acordo com o estudo exploratório feito na Escola Industrial e Comercial
Eduardo Mondlane em Inhambane, pouca atenção se atribui à aplicação prática
ou experimental, à sua orientação para a solução dos problemas comuns da
vida diária.
O uso exagerado do manual de ensino como instrumento de leccionação na sala
de aulas por parte dos professores de Física torna as aulas bastante
teóricas, com conteúdo limitado e até pouco interessantes.
Com este tipo de abordagem, não se proporciona ao aluno o desenvolvimento
das habilidades práticas de realização das observações, sistematização e
fixação de dados, sua análise e comprovação experimental.
Portanto, deste problema versa a seguinte questão cientifica:
Como promover a experimentação na aprendizagem da Física na sala de aulas
aplicada à Electricidade?
Desta forma, pensa-se ser pertinente colocar a seguinte questão de
reflexão, para a qual espera-se que esta investigação contribua no sentido
de encontrar resposta:
i. O que o professor pode fazer para melhorar o seu trabalho com
experiências de electricidade na sala de aulas?

1.3. Delimitação do Tema

Um dos desafios da Universidade Pedagógica em Moçambique é de formar
Professores com gosto pela experiência e capazes de usar e criar
experimentos nas aulas, doravante, nem todas as escolas possuem
laboratórios para aulas experimentais. Hoje, prioriza-se o saber fazer, ser
e estar do aluno, dai "o papel da experimentação na aprendizagem da
electricidade no ensino de Física" caso da Escola Industrial e Comercial
Eduardo Mondlane em Inhambane, feita com alunos do 2º ano do curso de
Electricidade, turno diurno, e tendo como base o aproveitamento de recursos
recicláveis e ou de baixo custo que torne compreensíveis os fenómenos
Físicos. Este tema serviu de pesquisa para a defesa de monografia
científica para a conclusão do curso de Licenciatura em Ensino de Física.

1.4. Objectivos

Os objectivos preconizados para este trabalho classificam-se em objectivo
geral e específicos.

1.4.1. Objectivo geral

i. Promover o Trabalho Experimental aplicado à aprendizagem da
electricidade no ensino da Física, na sala de aulas.

1.4.2. Objectivos específicos

i. Esboçar estratégias que tornam a Experimentação mais eficaz na
aprendizagem através de experiências em electricidade;
ii. Propor acções concretas sobre o desenvolvimento da experimentação na
Escola Industrial e Comercial Eduardo Mondlane Inhambane;
iii. Fazer um levantamento do tipo de Experimentação que é, geralmente,
implementado na sala de aulas, na Escola Industrial e Comercial
Eduardo Mondlane Inhambane.

1.5. Hipóteses

A experimentação no ensino de Física é uma actividade que exige para além
das condições que a escola deve proporcionar, uma maior criatividade por
parte do professor em construir experimentos em função da incerção do
aluno, para as demonstrações durante a leccinção das aulas. Nisto,
avançamos para como hipóteses para pesquisa:
i. A construção de experimentos com recurso a materiais recicláveis e/ou
de baixo custo pode proporcionar o uso da experimentação na sala de
aulas;
ii. Caso não se ultrapasse o défice da experimentação na sala de aulas,
poderá se formar apenas um aluno altamente teórico e sem bases
práticas para as defender.

1.6. Variáveis

Pretende-se nesta parte do trabalho arrolar a independência e a dependência
das variáveis

1.6.1. Variável independente

i. Trabalho Experimental; dado que ela por si só, independe da
aprendizagem significativa mas influência significativamente para uma
percepção de conteúdo.

1.6.2. Variável dependente

i. A aprendizagem significativa dos alunos; depende em parte da
experimentação uma vez que com ela, o aluno consegue ver fenómenos a
ocorrerem na prática aliando-os com o seu dia-a-dia e dando
cientificidade de algumas pré-concepções trazidas de casa.

CAPÍTULO II

O capítulo II visa de uma forma sintéctica, descrever os métodos, meios,
procedimentos, técnicas e instrumentos de recolha de dados na qual nos
baseamos para poder realizar com sucesso o trabalho de pesquisa aqui
descrito.

2. Metodologia

Para o alcance dos objectivos preconizados na pesquisa, o trabalho esteve
dividido em fases a saber: a fase preparatória que consistiu na revisão
bibliográfica; elaboração de proposta de pesquisa; escolha da escola onde
implementou-se o trabalho; elaboração de testes e inquéritos; deslocação à
escola para contactos iniciais.
Depois de uma revisão da literatura apropriada sobre o trabalho
experimental, electricidade e do programa do Ensino Técnico Básico
elaborou-se um projecto de pesquisa quantitativa e qualitativamente por
entender que essas modalidades se adequam com maior fluidez ao quotidiano
da sala de aula onde a intervenção do pesquisador promoveu transformações
no comportamento dos sujeitos da pesquisa, transformações estas, que são
importantes para a compreensão dos processos de desenvolvimento; elaboraram-
se dois testes para os alunos, o pré-teste e o pós-teste, e inquérito para
professores da disciplina de Física.
A fase preparatória terminou com a deslocação do autor à Escola Industrial
e Comercial Eduardo Mondlane de Inhambane visada para contactos iniciais
com a direcção desta de modo a recolher dados sobre as condições de
trabalho existentes. Na escola, tomou-se da população dos alunos que
frenquentam o 2º Ano, uma amostra aleatória de duas turmas, sendo uma
composta por 35 alunos (turma G), designada por turma de pesquisa ou de
teste e a outra (turma H) de controlo composta por 34 alunos.
A Fase seguinte foi a de intervenção, onde implementou-se o pré-teste por
todos os alunos da amostra. Este teste, serviu para avaliação do nível
inicial dos alunos no que se refere ao saber sobre electricidade, para
verificar se o nível inicial entre os alunos era ou não relativamente o
mesmo, condição importante para a comparação dos níveis pós pesquisa.
A seguir, leccionou-se aulas sobre circuitos eléctricos e associação de
lâmpadas em série e em paralelo. Estas aulas tiveram como objectivos:
i. Exemplificar a composição de um circuito eléctrico simples com fonte
de tensão, condutores, órgão de comando e receptor;
ii. Caracterizar o circuito eléctrico constituído de lâmpadas associadas
em série, explorando os conceitos de corrente eléctrica, resistência
eléctrica, tensão eléctrica e as relações entre estas grandezas;
iii. Caracterizar o circuito eléctrico de lâmpadas associadas em paralelo,
explorando os conceitos de corrente eléctrica, resistência eléctrica,
tensão eléctrica e as relações entre estas grandezas.
A fase de intervenção terminou com a realização do pós-teste pelos alunos,
com objectivo de avaliar os conhecimentos adiquiridos pelos mesmos durante
a intervenção, o que posteriormente permitiu uma avaliação do impacto do
uso da experiência na sala de aulas.
Além dos testes, os inquéritos e as entrevistas foram elementos
fundamentais na metodologia deste trabalho de investigação. Na fase de
inqueritos e entrevistas, os professores de Física desta escola responderam
a um inquérito que visava a recolha de dados sobre as dificuldades e
experiência de cada um no ensino da electricidade.
Após seleccionar os tópicos a serem abordados experimentalmente no 2ºAno do
Ensino Básico em Electricidade; conceber e seleccionar os experimentos a
serem realizados; desenvolver o material didáctico a ser aplicado em cada
aula; eleger a colecta de dados no campo, com a observação participativa do
pesquisador frente à aplicação de três actividades experimentais no
decorrer do desenvolvimento teórico do conteúdo de Electricidade,
sistematizou-se os dados colhidos no pré-teste, pós-teste e posteriormente
elaborou-se gráficos que ilustram o grau de assimilação dos conteúdos das
aulas em questão.
Como instrumentos de trabalho de pesquisa, foram usados, máquina
fotográfica para extracção de fotografias das actividades de campo, papel
para a produção dos inquéritos, bloco de tomada de notas, esferográficas.
Foram utilizadas as anotações de campo efectuadas pelo pesquisador;
Inquéritos para o apuramento da veracidade dos factos quanto a utilização
ou não de experimentos na sala de aula e questionários para o pré-teste que
serviram de sinalizadores de rendimento na aprendizagem como técnicas de
recolha de dados, pois foram reaplicados depois da realização das
actividades, constituindo um pós-teste.

CAPÍTULO III

Sabe-se que todo trabalho cientifico deve ser acompanhado de uma base de
sustentação, dai o facto deste capítulo III aparecer a fazer mensão ao
referencial teórico.

3. Referencial Teórico


3.1. Trabalho Experimental

Segundo HEGARTY-HAZEL, citada por LAZAROWITZ e TAMIR (1994), Trabalho
Experimental "é a actividade desenvolvida num ambiente criado para esse
fim, envolvendo-se os alunos em experiências de aprendizagem planeada,
interagindo com materiais para observar e compreender fenómenos".

O Trabalho Experimental é uma componente fundamental no ensino das
ciências, reconhecido por modelos ou tendências de ensino mais
representativos, apesar de estes lhe atribuirem ênfases e objectivos
diferentes. Para o modelo construtivista, o Trabalho Exprimental constitui
um "banco de provas" que permite aos alunos avaliar as suas ideias e os
modelos científicos, favorecendo a aprendizagem.

De acordo com uma lista elaborada por HODSON (2000), existem basicamente
cinco motivos para envolver os alunos em Trabalho Experimenta:

i. Motivar, estimulando o interesse e o prazer de investigar;

ii. Treinar destrezas laboratoriais;

iii. Enfatizar a aprendizagem do conhecimento cientifico;

iv. Percepcionar o método científico e adquirir perícia na sua utilização
e

v. Desenvolver certas " atitudes cientificas" como abertura de espirito e
objectividade.


3.2 Actividades Experimental no Ensino de Física


HODSON (1994) aponta algumas das dificuldades que ocorrem devido à maneira
que os organizadores de planos de estudos e professores fazem uso do
trabalho prático. Este, da maneira como é feito, levanta demasiadas
barreiras desnecessárias que dificultam a aprendizagem, pois acabaram
gerando muitas interferências sobre o trabalho dos alunos. Esta série de
interferências faz com que os estudantes muitas vezes sofram uma sobrecarga
de informação e sejam incapazes de perceber claramente o sinal de
prendizagem. Segundo o mesmo autor, como consequência disso, é possivel
adoptar uma das seguintes estratégias:


Adoptar um enfoque de receitas[1], seguindo simplesmente as instruções
passo a passo;


Concentrar-se em um único aspecto do experimento, com a virtual
exclusão do resto;


Exibir um comportamento aleatório que os faça parecerem muito ocupados
quando não têm nada que fazer.

Este autor ainda, argumenta que:
"As actividades experimentais são super utilizada e infra-
utilizadas. É usado em demasia no sentido de que os professores
empregam as práticas como algo normal e não como algo
extraordinário, com a ideia de servir de ajuda para alcançar
todos os Objectivos de aprendizagem".
É infra-utilizado no sentido de que só em poucas ocasiões se explora
completamente seu verdadeiro potencial. Ao contrário, grande parte das
práticas que oferecemos está mal concebida, são confusas e carecem de valor
educativo real.
De acordo com este, é conveniente considerar que o ensino da Ciência possui
três aspectos principais:
i. A aprendizagem da Ciência, adquirindo e desenvolvendo conhecimentos
teóricos e conceituais;
ii. A aprendizagem sobre a natureza da Ciência, desenvolvendo um
entendimento da natureza e os métodos das Ciências, sendo conscientes
das interacções complexas entre Ciência e sociedade;
iii. A prática da Ciência, desenvolvendo os conhecimentos técnicos sobre a
investigação científica e a resolução de problemas.
HODSON (1994) acredita que "a experiência é um elemento fundamental na
Ciência; muitos crêem que deveria ser igualmente essencial para educação
científica".
Ao assumir esse fato, os professores e organizadores de estudo não fazem a
distinção crucial entre a prática da Ciência e o Ensino-Aprendizagem da
Ciência. Além disso, existe a suposição geral de que o trabalho prático
equivale necessariamente, ao trabalho sobre um banco de laboratório e que
este tipo de trabalho sempre inclui a experimentação.

3.3. O papel do trabalho experimental e o ensino de Física

De acordo com PINHO-ALVES (2000), "o quotidiano do ser humano é bastante
ligado à experiência, às suas interacções sócio-ambientais". Já a
experimentação é atitude do homem que busca organizar seus pensamentos na
construção de elementos que lhe forneçam respostas sobre as coisas que o
rodeiam e sobre si mesmo. Portanto, a experiência está ligada ao que
vivemos no nosso dia-a-dia e a experimentação ao processo científico.

3.4. Papel do trabalho experimental no ensino de Ciências

AXT (1991) argumenta que: "a experimentação contribui para uma melhor
qualidade de ensino e que mesmo com algumas inserções de actividades
experimentais no ensino moçambicano desde a segunda metade do século
passado o ensino ainda é mais teórico do que experimental". Este autor
aponta as principais dificuldades para adopção de actividades experimentais
nas escolas:
i. A primeira e mais importante restrição ao ensino experimental é a
falta de equipamento e a impossibilidade de fazer reparos ou
reposições;
ii. A segunda restrição imposta ao ensino experimental é a pouca
qualificação dos professores que representa para o ensino de ciências,
particularmente para o ensino experimental de Ciências, uma séria
limitação.
A adopção dos experimentos não pode ser sem critério. Para SÉRÉ et al
(2003), "há diferentes abordagens através das quais um experimento pode ser
concebido no ensino". Esse é um ponto importante a ser levantado, pois não
é simplesmente a adopção de actividades experimentais que faz com que haja
melhorias no aprendizado do aluno; a forma como se procura relacionar as
práticas experimentais com os conteúdos é o que se apresenta como decisivo
no sucesso do trabalho.
A experimentação pode ser descrita considerando como pólos o referencial
empírico, os conceitos, leis e teorias, e as diferentes linguagens e
simbolismos utilizados em Física.
Segundo SÉRÉ et al, (2003):
"As actividades experimentais têm o papel de permitir o
estabelecimento de relações entre esses pólos Graças às
actividades experimentais, o aluno é levado a não permanecer
apenas no mundo dos conceitos e no mundo das linguagens, tem a
oportunidade de relacionar esses dois mundos com o mundo
empírico".
THOMAZ (2000) argumenta que "o papel da componente experimental na
aprendizagem em ciências é importante na formação do futuro cidadão,
tornando-o, assim, capaz de actuar com eficácia na sociedade em que ele
está inserido". Mas essa eficácia irá depender, em grande escala, do papel
do professor no desenvolvimento da sua actividade docente e das suas
perspectivas em relação a essa componente.
Caso se pretenda que os alunos estejam motivados para a execução de
trabalhos experimentais, em qualquer nível de ensino, é preciso que a
tarefa que o professor os proporciona seja apelativa, que constitua um
desafio, um problema ou uma questão que o aluno ganhe interesse em resolver
e, que se sinta motivado para encontrar uma solução.
"A experimentação também preenche outros objectivos importantes
na formação científica do cidadão, como o de despertar
habilidades técnicas de investigação experimental. Pode ainda
ser usada para estreitar o elo de ligação com a teoria, embora
com limitações, com muitas observações na natureza Física do
nosso quotidiano, e até para motivar o aluno para o estudo da
Física". (FARIAS, 1992: 34).
Assim sendo, a experimentação proporciona o ensino de Física uma
aprendizagem significativa.

3.5. Objectivos do trabalho experimental

LUNETTA (1998) afirma que "Os objectivos que cada professor espera que os
seus alunos atinjam quando realizam trabalho experimental têm variado ao
longo do século XX e provavelmente variam de professor para professor".
"As razões mais vulgarmente apontadas por professores e
responsáveis pelo desenvolvimento de currículos para a
realização de trabalho experimental prendem-se com a consecução
de objectivos relacionados com a motivação dos alunos, o
desenvolvimento de capacidades experimentais e técnicas e o
ganho de uma melhor compreensão de aspectos teóricos".
(WOOLNOUGH E ALLSOP 1985: 44)
No entanto estes autores não consideram que sejam estas as razões para a
realização de trabalho experimental e fornecem argumentos contra a
utilização do trabalho experimental para atingir este tipo de objectivos.
Relativamente aos objectivos que se prendem com factores motivacionais,
WOOLNOUGH E ALLSOP (1985) dizem-nos que "muitos professores consideram que
o trabalho experimental deve ser feito para interessar e motivar os alunos
nas aulas de ciências".
Em relação a objectivos ligados ao desenvolvimento de capacidades
experimentais e técnicas, embora a maior parte do trabalho dos cientistas
envolva "fazer experiências", sendo por isso natural que capacidades como
observação e medida, assim como técnicas para o manuseamento seguro e
sistemático de aparelhos, necessitem de ser desenvolvidas.
Para WOOLNOUGH E ALLSOP (1985) "o uso do trabalho experimental, está
intimamente ligado ao alcance de dois tipos de objectivos":
i. Desenvolvimento de capacidades e técnicas científicas práticas
As capacidades que se referem são de: observação, medida, estimativa e
manipulação. As técnicas são: experimentais, de planeamento, de execução e
de interpretação de resultados. HODSON (1994b), refere que "a aquisição de
habilidades de trabalho no laboratório é uma das razões mais óbvias para a
prática de trabalho experimental".
ii. Obter um sentido do fenómeno
A finalidade é de permitir ao aluno "experimentar" o fenómeno que está a
estudar. É importante que os alunos construam um reservatório de
conhecimento tácito que possam usar directamente na resolução de problemas.
A experiência é também um percursor necessário à compreensão de conceitos
teóricos por trás do fenómeno, e pode dar realidade a modelos e teorias
depois destes terem sido introduzidos. Portanto o tipo de fenómenos a que
os alunos são expostos será determinado, pelo menos em parte, pelos
conceitos teóricos que é importante que o aluno domine. HODSON (1994b)
também considera que "a experiência em primeira mão de um fenómeno é
essencial para a familiarização com o mundo à nossa volta e que para isso o
trabalho experimental é crucial, pois essa experiência directa não pode ser
adquirida de outra maneira".
KIRSCHNER (1992) reforça esta posição, concordando basicamente com as
razões apresentadas por WOOLNOUGH E ALLSOP (1985) para o uso do trabalho
experimental na educação em ciências pois considera que o trabalho
experimental é o veículo apropriado para o ensino/aprendizagem do domínio
científico.
"A acrescer aos objectivos que mais vulgarmente os professores
pensam conseguir que os seus alunos atinjam com a realização de
trabalho experimental, surgem mais recentemente, ligados à
educação através da ciência, outros três tipos de objectivos:
relacionados com a consideração da relação entre ciência e
sociedade, relacionados com a aquisição de capacidades de tomada
de decisão e relacionados com o desenvolvimento da
personalidade dos alunos". (WOOLNOUGH E ALLSOP 1985: 17)
WOOLNOUGH E ALLSOP (1985) consideram que "se pode utilizar o trabalho
experimental para atingir mais do que um objectivo simultaneamente mas que
o aluno necessita de estar tão consciente como o professor dos objectivos
do trabalho experimental".
MIGUÉNS E GARRETT (1991) acrescentam aos objectivos do trabalho
experimental avançados por WOOLNOUGH E ALLSOP (1985) mais alguns: ajudar os
alunos a ampliar o seu conhecimento sobre fenómenos naturais através de
novas experiências referenciando DRIVER et al. (1985), dar oportunidades
para explorar a extensão e os limites de determinados modelos e teorias,
comprovar ideias alternativas experimentalmente e aumentar a confiança ao
aplicá-las na prática referenciando REID & HODSON (1987), e explorar e
comprovar as estruturas teóricas através da experimentação referenciando
BROOK et al. (1989)
Também TAMIR (1991) procura uma "taxonomia[2]" para objectivos do trabalho
prático. Este autor enquadra os vários objectivos em cinco grupos:
compreensão de conceitos, aquisição de hábitos e capacidades, aquisição de
capacidades como planificação de experiências ou análise e interpretação de
dados (conhecimento processual), apreciação da natureza da ciência e
desenvolvimento de atitudes.
WHITE (1991) considera que "não existe consenso sobre o objectivo do
trabalho experimental, ou sobre qual possa ser a dimensão especial de
aprendizagem que promove".
Todos estes objectivos são importantes numa cultura orientada para a
ciência e para a tecnologia, e todos necessitam tempo e atenção. É
importante rever tanto os nossos objectivos como as nossas actividades de
tempos a tempos de modo a assegurar que estamos a tornar possível que os
nossos alunos se empenhem nas actividades que são consistentes com os
objectivos mais importantes.

3.6. Modalidades de trabalho experimental

Segundo WOOLNOUGH E ALLSOP (1985) "a modalidade de trabalho experimental a
utilizar na sala de aula depende do objectivo a atingir". Assim, propõem
como modalidades de trabalho experimental:


Investigações
São planeadas para dar prática aos alunos e consequentemente a oportunidade
de desenvolver a competência de trabalhar para solucionar problemas reais.
Todas investigações começam com um problema ou uma questão que é real para
os alunos. O empenho dos alunos na resolução do problema é muito forte e
leva a um envolvimento que não é vulgar quando estão a fazer "o trabalho
experimental do professor". A qualidade do trabalho é significativamente
maior do que a produzida em resposta às tarefas práticas mais convergentes.
A aprendizagem e o conhecimento que se ganha deste modo é frequentemente
muito profundo porque se torna personalizado. "Este tipo de investigações
são capazes de encorajar e levar os alunos a desenvolver diversos, e por
vezes inesperados, talentos de originalidade, criatividade, autonomia, e
ajudar – consequentemente a desenvolver aspectos afectivos de auto-
realização, autoconfiança, perseverança e empenho que são tão importantes
nos aspectos mais amplos de uma educação em geral".
Experiências
Quando se pretende atingir objectivos relacionados com obter um "sentido"
do fenómeno, têm como objectivo permitir aos alunos "experimentar" o
fenómeno a ser estudado.
São frequentemente muito curtas, rápidas, experiências exploratórias e em
consequência a sua importância é frequentemente subestimada. Mas alguns
minutos experimentando um certo fenómeno, dando tempo para pensar e
discutir sobre ele, é frequentemente tempo muito bem gasto. A experiência
simples, com oportunidade para contemplar, assimilar e discutir, é
inestimável. "Sentir" o fenómeno básico leva à compreensão e a acreditar. É
importante também ter em mente que os alunos têm uma vida de experiência de
fenómenos científicos fora do contexto do laboratório escolar e essas
experiências devem ser relembradas e utilizadas na discussão dos conceitos
subjacentes. WOOLNOUGH & ALLSOP (1985) entendem que "muitas das teorias
básicas em ciências não são difíceis, mas elegantemente simples". É um
facto triste que frequentemente as fazemos parecer desnecessariamente
complicadas por causa da maneira como as ensinamos.
Para MIGUÉNS (1991) "o tipo de actividades ou modalidades de trabalho
experimental são diferentes em função da sua natureza e dos objectivos que,
com a sua realização, se pretende atingir". Considera que existem seis
tipos diferentes (exercícios, experiências, experimentações de descoberta
guiada, demonstrações, trabalho de campo e investigações ou projectos) que
passamos a definir:
Exercícios
WOOLNOUGH & ALLSOP, (1985), dizem que:
"os alunos realizam a actividade sob a orientação de
procedimentos e instruções precisas, seguindo os passos
indicados nas fichas. Estão ligados a objectivos de ilustração
ou verificação. Os exercícios de observação, medição e
manipulação podem servir o desenvolvimento de práticas básicos e
envolver os alunos no trabalho com algumas técnicas usadas pelos
cientistas"
Experiências
Os memos autores, referencia que "Experimentações exploratórias simples,
geralmente qualitativas, curtas e rápidas podem proporcionar aos alunos uma
abordagem em primeira mão dos fenómenos científicos e obter ou ganhar o
sentido do fenómeno".
Segundo WELLINGTON, (1981) "Experimentações de descoberta guiada – os
procedimentos são realizados pelos alunos em direcção a uma pré-determinada
e única resposta certa sabendo que, a natureza convergente destas
actividades conduzem aos alunos ao jogo de encontrar a resposta certa".
Demonstrações
"As experimentações São realizadas pelo professor envolvendo ou
não alguma discussão com os alunos sobre o que vai fazendo e
acerca dos conceitos envolvidos. São necessárias e desejáveis
quando estão envolvidos custos de realização particularmente
elevados, procedimentos perigosos e a manipulação apropriada do
equipamento" (GARRETT & ROBERTS, 1982: 20)
LOCK, (1987) afirma que no "Trabalho de campo - os alunos saem da sala de
aula e da própria escola e observam, exploram recolhem material e dados,
experimentam no terreno tal qual um geólogo faria".
Investigações ou Projectos
Os alunos resolvem problemas, pesquisam, experimentam, estudam um problema
particular e trabalham as possíveis soluções. São actividades de fim aberto
e podem ser realizadas pelos alunos tanto individualmente como em pequenos
grupos, podendo ou não estar directamente ligadas aos conteúdos a ser
estudados. Requerem que os alunos assumam e reconheçam os problemas em
estudo como problemas reais e permitem que eles se envolvam no planeamento,
execução, interpretação e avaliação da evidência e das soluções possíveis,
para além de comunicarem os seus resultados tanto verbalmente como por
escrito.
Segundo LOCK (1987), "as investigações ou projecto estão ligadas a uma
abordagem investigativa do ensino/aprendizagem das ciências".
Estrutura de uma lanterna eléctrica
Esta actividade foi desenvolvida com o objectivo de exemplificar a
composição de um circuito eléctrico simples com fonte de tensão,
condutores, órgão de comando e receptor.
Material a usar: uma base de bambu, Pilhas, condutores, um interruptor e
uma lâmpada.

Figura 1: Circuito eléctrico simples.
A figura 1 mostra o caminho percorrido por cargas eléctricas ordenadas e
contínuas, passando por vários elementos do circuito desde o início, isto
é, a fonte de tensão (Pilhas) até o fim, ou seja, o receptor(Lâmpada).
Circuito de lâmpadas associadas em série
Esta actividade foi desenvolvida com o objectivo de caracterizar o circuito
eléctrico constituído de lâmpadas associadas em série, explorando o
conceitos de corrente e resistência Eléctrica.

Figura 2: Circuito eléctrico. Lâmpadas associadas em série
A figura 2 ilustra uma situação em que temos uma associação de lâmpadas em
série(cascata), ou seja, o fim da primeira lâmpada é ligada ao início da
segunda lâmpada, o fim da segunda lâmpada é ligada ao início da terceira
lâmpada e, o início da primeira lâmpada e o fim da terceira são ligados a
fonte de tensão. Nesta associação, a intensidade de corrente que passa por
uma das lâmpadas é a mesma para todas as lâmpadas da série e verifica-se
ainda que o brilho da luz por elas emitido é bastante reduzido.
Deste modo a intensidade de corrente é a mesma nas lâmpadas a
tensão em cada lâmpada vai depender da sua resistência.
Pela lei de Ohm, ; então: ; ;
Como a intensidade de corrente não varia, a resistência de maior valor
ficará submetida a maior tensão.
Os resistores das lâmpadas que compõem a série podem ser substituídos por
um único resistor, chamado equivalente, que produzirá o mesmo efeito de
todos resistores de cada lâmpada da série.
No circuito, a tensão fornecida pelo gerador é igual a soma das quedas
de tensão, ou seja, das voltagens de cada um dos resistores das lâmpadas:
= .
Como , temos que . Dividindo ambos os membros por , temos:
. Concluiu-se, então, que:
A resistência equivalente de uma associação de resistores em série é igual
a soma de resistores das lâmpadas da série.
Circuito de lâmpadas associadas em paralelo
Esta actividade foi desenvolvida com o objectivo de explorar o conceito de
corrente caracterizar o circuito eléctrico de lâmpadas associadas em
paralelo, explorando novamente o conceitos de corrente eléctrica.,
resistência eléctrica, tensão eléctrica e as relações entre estas
grandezas.

Figura 3: Circuito elécrtico. Lâmpadas associadas em paralelo

A figura 3 ilustra uma ligação em paralelo(Derivação), ou seja, o início de
todas as lâmpadas são conectados ao mesmo ponto e o fim de todas as
lâmpadas também são conectados ao mesmo ponto e tanto o primeiro terminal
assim como o último da ligação conjunta, são ligados a fonte de tensão.
Nesta associação, a corrente que passa pelo ponto inicial da ligação
subdivide-se entre os resistores das lâmpadas e chega ao outro ponto da
associação.
Assim, a corrente que chega ao nó da entrada, subdivide-se pelas lâmpadas
, de tal forma que .
Pela lei de Ohm, ; então: ; ;
Como o valor de tensão é o mesmo para todos os resistores, temos:
. Assim, a corrente de maior intensidade passará pelo
resistor de menor resistência.
Os resistores das lâmpadas que compõem o paralelo também podem ser
substituídos por um único resistor equivalente da associação em paralelo.
Como , pela lei de Ohm temos . Dividindo ambos os membros por
, temos: . Assim sendo, concluiu-se, que: o inverso da
resistência equivalente de uma associação em paralelo é igual a soma dos
inversos das resistências da associação.




CAPÍTULO IV

Neste parte do trabalho, descreve-se toda actividade desenvolvida durante a
pesquisa de uma forma mais generalizada, a partir da recolha de dados,
resultados, análise e descussão, conclusão e sugestões.

4. Trabalho de Campo

O desenvolvimento do estudo e o seu contexto
O estudo foi realizado em uma escola do Ensino Básico Técnico, A Escola
Industrial e Comercial Eduardo Mondlane que tem quatro turmas do 2º Ano,
tendo uma turma G de pesquisa e uma turma H de controlo.







O objectivo principal do estudo não foi o de aumentar o rendimento dos
alunos em termos de notas, mas sim o de promover a experimentação, na
aprendizagem da Física, na sala de aulas aplicado à electricidade,
diminuindo, assim, o estigma de que Física é uma disciplina difícil.


Actividades Experimentais Realizadas
As actividades Experimentais foram realizadas no decorrer das aulas
teóricas de Electricidade, desenvolvidas numa carga horária de duas aulas
semanais geminadas (noventa minutos), para duas turmas, uma turma G de
pesquisa composta por trinta e cinco alunos e outra turma H de controlo
composta por trinta e quatro alunos. As figuras cinco e seis, ilustram o
momento em que as turmas de pesquisa e de controlo realizavam o teste.

Nas figuras cinco e seis do trabalho, podemos ver as turmas de pesquisa e
de control a realizarem testes diagnósticos onde constactou-se que os
alunos respondiam correctamente as perguntas meramente teóricas e a maioria
deles, se não respondessem erradamente as questões de certa maneira
prática, limitavam-se apenas por deixar em branco, enquanto isso, o
professor controlava a realização do teste.

oito já ilustra a experiência de lâmpadas associadas em paralelo onde
verificou-se o fenómeno A figura sete ilustra o momento em que a turma de
pesquisa realizava a experiência de lâmpadas associadas em série e pode
verificar que a associação em série, a luminosidade ou brilho das lâmpadas
é reduzido e sempre que os alunos interrompessem ou desenroscassem um dos
pontos, ou seja, uma das lâmpadas, as restantes lâmpadas já não acendiam; a
medida que reduzisse o número de lâmpadas na associação, o brilho das
lâmpadas aumentava o que indicava que a intensidade da corrente aumentava
dado que a resistência total do circuito diminuia e elas continuavam a
acender simultaneamente enquanto que a figura totalmente contrário ao
anterior, ou seja, o brilho ou luminosidade das lâmpadas era maior em
paralelo e em caso de interrupção de um dos pontos de junção das lâmpadas,
ou seja, desligar uma das lâmpadas, as outras duas lâmpadas acendem
mantendo o mesmo brilho e se sobrar apenas uma lâmpada na ligação, esta
acende de novo e o brilho dela mantem-se o mesmo em todos os casos. Notava-
se que não hávia interrupção dos pontos luminosos. Durante a
experimentação, o professor orientava a realização das experiências.

4.1. Apresentação e Discussão dos Resultados de Pesquisa

No primeiro momento aplicou-se nos alunos um pré-teste a fim de fazer uma
melhor análise do grau de conhecimento acerca dos conteúdos abordados e
também para se fazer uma comparação da situação antes e depois do trabalho.
Este pré-teste era composto por quatro questões de quatro alternativas cada
relacionadas com a corrente eléctrica, circuito eléctrico e aparelhos de
medição de grandezas eléctricas, onde o aluno devia colocar (X) apenas na
alternativa correcta.
Tabela 1: Resultados do pré-teste para Turma de Teste
"Pergunta"Número de alunos "
" "Resposta "Resposta "Avaliados "Positivas "Negativas (%)"
" "correcta "incorrecta " "(%) " "
"1 "15 "20 "35 "42,9 "57,1 "
"2 "21 "14 "35 "60 "40 "
"3 "13 "22 "35 "37,1 "62,9 "
"4 "19 "16 "35 "54,3 "45,7 "
"Total "17 "18 "35 "48,6 "51,4 "

Tabela 2: Resultados do pré-teste para a Turma de Controlo
"Pergunta"Número de alunos "
" "Resposta "Resposta "Avaliados "Positivas "Negativas (%)"
" "correcta "incorrecta " "(%) " "
"1 "13 "21 "34 "38,2 "61,8 "
"2 "20 "14 "34 "58,8 "41,2 "
"3 "11 "23 "34 "32,4 "67,6 "
"4 "19 "15 "34 "55,9 "44,1 "
"Total "15,75 "18,25 "34 "46,3 "53,7 "


O gráfico um ilustra os resultados percentuais das respostas correctas das
duas turmas em estudo, em relação ao pré-teste constante das tabelas um e
dois a cima.

Gráfico 1: Comparação dos resultados do pré-teste das turmas de pesquisa e
de controlo
Como se pode constatar, o gráfico ilustra os resultados positivos obtidos
pelas turmas de pesquisa e de controlo após a realização do pré-teste,
resultados estes onde pode-se verificar que as turmas não tinham uma
diferença significativa no que concerne ao conhecimento inicial dos
conteúdos seleccionados para leccionar. Na pergunta número um do
questionário, a turma G de pesquisa, teve um resultado positivo de 42,9%
contra 38,2% da turma H de controlo. Já na pergunta número dois e três pode-
se ver um ligeiro equilíbrio nas respostas acertadas porque a turma de
pesquisa aparece com uma percentagem de 60% e 37,1% contra 58,8% e 32,4%
da turma de controlo respectivamente e por último a pergunta número quatro
onde se vê uma alteração do cenário e onde a turma de controlo tem uma
percentagem positiva de 55,9% contra 54,3% da turma de pesquisa.
Consideramos importante frisar que apesar dos dados gerados pela análise
estatística serem de natureza quantitativa, o simples facto de ter-se
analisado individualmente cada uma das questões forneceu um carácter
qualitativo à nossa análise dos resultados.
No decorrer das aulas, já podia se observar uma pequena, porém
significativa mudança de comportamento com relação a maioria dos alunos, a
participação dos alunos aumentou durante o período em que as aulas foram
ministradas com actividades experimentais, manuseando equipamentos
eléctricos.
Observou-se ainda que os alunos entravam em debates sobre os experimentos e
já conseguiam relacioná-los com várias actividades que estavam acostumados
a fazer no seu dia-a-dia, com isso iam familiarizando-se cada vez mais com
a Física.
No fim da leccionação das aulas previstas foi elaborado um pós-teste cujos
resultados são apresentados nas tabelas três e quatro a baixo.
Tabela 3: Resultados do pós-teste para a Turma de Teste
"Pergunta"Número de alunos "
" "Resposta "Resposta "Avaliados"Positivas "Negativas "
" "correcta "incorrect " "(%) "(%) "
"1 "25 "16 "35 "71,4 "45,7 "
"2 "20 "15 "35 "57,1 "42,9 "
"3 "31 "4 "35 "88,6 "11,4 "
"4 "32 "3 "35 "91,4 "8,6 "
"5 "19 "16 "35 "54,3 "45,7 "
"6 "23 "12 "35 "65,7 "34,3 "
"Total "25 "10 "35 "71,4 "28,6 "



Tabela 4: Resultados do pós-teste para a Turma de Controlo
"Pergunta"Número de alunos "
" "Resposta "Resposta "Avaliados"Positivas "Negativas "
" "correcta "incorrecta " "(%) "(%) "
"1 "13 "21 "34 "38,2 "61,8 "
"2 "17 "17 "34 "50 "50 "
"3 "19 "15 "34 "55,9 "44,1 "
"4 "18 "16 "34 "52,9 "47,1 "
"5 "22 "12 "34 "64,7 "35,3 "
"6 "14 "20 "34 "41,2 "58,8 "
"Total "17,2 "16,8 "34 "50,6 "49,4 "


O gráfico dois a baixo, mostra os resultados positivos de uma forma
percentual para avaliar o nível de assimilação dos conteúdos abordados nas
duas turmas, teste este, que era composto por seis questões com quatro
alternativas cada onde o aluno devia colocar (X) na alternativa correcta.


Gráfico 2: Comparação dos resultados do pós-teste das turmas de
pesquisa e de controlo
As actividades foram planeadas de forma que o aluno dispusesse de autonomia
na busca de respostas e soluções, o que pode se verificar com a inversão da
situação positiva que se verificava antes da leccionação e experimentação
dos conteúdos na turma de teste no sentido de melhorar cada vez mais.
Num pós-teste de seis perguntas, com a mesma disposição gráfica nota-se que
na pergunta número um a turma de pesquisa teve um resultado positivo de
71,4% contra 38,2% da turma de controlo; na pergunta número dois também
pode-se notar a diferença entre os 57,1% da turma de pesquisa contra 50% da
turma de controlo.
Nas perguntas três, quatro e seis pode se verificar que a tendência foi
clarividente positivo para turma de pesquisa, dado que obteve percentagens
de 88,6%, 91,4% e 65,7% contra 55,9%, 52,9% e 41,2% respectivamente.

Gráfico 3: Gráfico geral de respostas positivas e
negativas
No cômputo geral, pode-se verificar através do gráfico acima o resultado
final ilustrando o aproveitamento da turma de pesquisa com 71,4% positivo e
28,6% negativo e da turma de controlo com 50,6% positivo e 49,4% negativo.

Considerações da entrevista tida com os professores
Os professores na sua maioria são unânimes em dizer que não tem
laboratórios de Física na instituição, razão pela qual não realizam
trabalhos experimentais na sala de aula. Um dos professores diz que a única
experiência que já procurou realizar na sala de aula estava relacionada com
magnetismo mas não teve sucesso porque segundo ele, não tinha limalhas de
ferro suficientes.
Resultados do inquérito feito aos alunos
Tabela 5: Relação de algumas perguntas do inquérito dos alunos
"Pergunta "Categoria "Frequência "Frequência "F. Relativa "
" " "Absoluta "Relativa % "Acumulada % "
"2 "Sim "19 "56 "56 "
" "Não "15 "44 "100 "
" "Não me recordo"0 "0 "100 "
" "Total "34 "100 " "
"3 "Sim "2 "6 "6 "
" "Não "26 "76 "82 "
" "Não me recordo"6 "18 "100 "
" "Total "34 "100 " "
"4 "Sim "3 "9 "9 "
" "Não "30 "88 "97 "
" "Não me recordo"1 "3 "100 "
" "Total "34 "100 " "
"8 "Sim "2 "6 "6 "
" "Não "30 "88 "94 "
" "Não me recordo"2 "6 "100 "
" "Total "34 "100 " "


Conforme o que pode-se constatar na tabela a cima, temos as frequências
relativas, absoluta e acumulada, donde podemos observar que na pergunta
dois que diz o seguinte: Já ouviu falar alguma vez de actividades
experimentais no ensino de Física? dezanove alunos correspondentes a 56%
responderam que sim mas em contra partida, para a pergunta três que diz,
durante as aulas, o professor tem realizado algumas actividades
experimentais acerca de conteúdos temáticos ministrados? Vinte e seis
alunos correspondentes a 76% responderam negativamente, ou seja, o
professor não realiza actividades experimentais dos conteúdos ministrados e
nem sequer já entraram num laboratório de Física.
Para a pergunta oito que diz: alguma vez terá ouvido falar de laboratório
de Física? 30 alunos responderam que não. Ora vejamos, este número
corresponde a 88% que nos permite perceber que, algo não está bem, no que
se refere ao ensino experimental de Física naquela istituição de ensino.

Tabela 6: Relação de algumas perguntas do inquérito dos alunos
"Pergunta Nº "Categoria "Frequência "Frequência "Frequência "
" " "Absoluta "Relativa (%) "Relativa "
" " " " "Acumulada (%)"
" "Razoáveis "1 "3 "3 "
"6 "Boas "5 "14 "17 "
" "Muito boas "21 "62 "79 "
" "Motivadoras "7 "21 "100 "
" "Más "0 "0 "100 "
" "Total "34 "100 " "
" "Razoáveis "1 "3 "3 "
"7 "Boas "0 "0 "3 "
" "Muito boas "0 "0 "3 "
" "Motivadoras "1 "3 "6 "
" "Más "32 "94 "100 "
" "Total "34 "100 " "


No que se refere à pergunta seis que diz: o que acha das aulas de
electricidade acompanhadas pela prática experimental? 21 alunos responderam
muito boas o que corresponde a 62%, provando a necessidade de aprender
electricidade em Física com auxílio de experimentações, cinco alunos
responderam que as aulas são Boas o que corresponde a 14% e sete alunos
responderam que as aulas são motivadoras o que corresponde a 21% e nenhum
aluno respondeu a dizer que as aulas com experimentações são más.
Para a pergunta sete que diz: o que acha das aulas de electricidade sem
acompanhamento experimental? um aluno respondeu que as aulas são razoáveis
o que corresponde a 3%, outro aluno, ou seja, um aluno respondeu que as
aulas são motivadoras o que corresponde a 3% e nenhum aluno respondeu a
dizer que as aulas sem experimentações são muito boas ou apenas boas e os
restantes 32 alunos responderam que as aulas são más. Este cenário prova a
necessidade de aprender electricidade em Física com auxílio de
experimentações.
Este é um indicador de que para uma prática Pedagógica de Física
significativa é provada pela capacidade dos alunos poderem relacionar o que
aprendem em física com a sua utilidade no dia-a-dia.
Acreditando-se que a física tem grande ligação aos procedimentos e práticas
experimentais, procurou-se desenvolver com os alunos um trabalho envolvendo
experimentos de física ligados ao quotidiano de cada aluno.

5. Conclusão

Do trabalho desenvolvido nesta pesquisa, concluiu-se que:
Os alunos da turma de pesquisa desenvolveram um grande interesse em
participar activamente das actividades, mercê da experimentação.
A utilização das actividades práticas na sala de aulas proporciona no aluno
a percepção da ciências ajudando-o a compreender, explicar e fazer com que
haja uma maior interacção do aluno com o mundo no seu dia-a-dia.
A experimentação na aula de Física é extremamente importante para os
alunos, sobretudo das escolas profissionais, porque segundo o que
constatamos ao longo das aulas, a turma experimental apresentava-se mais
interactiva do que a de controlo.
Durante a experimentação os alunos expressam-se livremente sobre os
conceitos nalgumas vezes incorrectos para a explicação de um determinado
fenómeno, o que dava a entender que eles viviam ou presenciavam situações
idênticas no seu dia-a-dia.
A experimentação é um instrumento didáctico, eficiente e viável para ser
utilizado no processo de ensino-aprendizagem de electricidade em Física.







5.1. Sugestões

Face as conclusões avançadas neste trabalho, sugerimos:
Que os professores insistam na ideia de que é possível relacionar e
observar fenómenos físicos com os alunos enquanto não tiverem disponíveis
laboratórios convencionais;
Que os professores e a direcção promovam viagens de estudo e intercâmbios
científicos com outras escolas técnicas da zona e não só;
Que se procure potenciar o laboratório convencional de Física das escolas
no geral e da escola Industrial e Comercial Eduardo Mondlane de Inhambane
em particular.













6. Apêndices

Apêndice 1
Ficha de entrevista dirigida aos professores de Física do 2º ano de
Electricidade da Escola Industrial e Comercial Eduardo Mondlane de
Inhambane
1.a) De entre os trabalhos experimentais que tem desenvolvido com os seus
alunos indique
um que, em sua opinião, tenha sido promotor de aprendizagem.
b) Refira os aspectos que contribuíram para favorecer essa aprendizagem.
2.a) De entre os trabalhos experimentais que tem desenvolvido com os seus
alunos indique
um que, em sua opinião, tenha promovido pouco a aprendizagem.
b) Refira os aspectos que condicionaram essa aprendizagem.
c) Proponha alterações para esse Trabalho Experimental que, em sua opinião,
potenciariam a aprendizagem?
Que importância atribui ao trabalho experimental no ensino da Física?
3. Com que frequência se realizam trabalhos experimentais nas suas aulas?


4. Quais as dificuldades/impedimentos que tem encontrado relativamente à
realização de trabalho experimental?
5. O que acha das aulas de Física sem acompanhamento experimental?
a) E quais as implicações?
6. Que instrumentos (relatórios, testes escritos,…) é que utiliza para
avaliar o trabalho experimental realizado?


Apendice 2
Caro aluno! O processo de ensino no nosso País centra-se no saber fazer,
ser e estar. Com efeito, pedimos por meio desta a sua colaboração na
resposta objectiva das questões que abaixo lhe são colocadas sobre o
decurso das aulas e do papel da prática experimental no processo de ensino
e aprendizagem da Física. Sem precisar de se identificar, coloque "X" na
alternativa que achar correcta em cada questão.
Inquérito dirigido aos alunos do 2ºAno das duas turmas de pesquisa
relacionado com o decurso das aulas de Física no capítulo da Electricidade.
1. Como é que lhe parecem as aulas de Física na sua Escola?
Razoáveis ( ) Boas ( ) Muito boas ( )
Motivadoras ( ) Más ( )
2. Já ouviu falar alguma vez de actividades experimentais no Ensino da
Electricidade?
Sim ( ) Não ( )
Não me recordo ( )
3. Durante as aulas, o professor tem realizado algumas actividades
experimentais acerca dos conteúdos temáticos ministrados?
Sim ( ) Não ( )
Não me recordo ( )
4. Na sala de aulas, terá presenciado ou sido chamado a realizar alguma
actividade experimental acerca da Electricidade?
Sim ( ) Não ( )
Não me recordo ( )
5. O que visam as actividades experimentais na sala de aulas?
Facilitar a aprendizagem ( ) Motivar ( )
Não sei ( )
6. O que acha das aulas de Electricidade acompanhadas pela prática
experimental?
Razoáveis ( ) Boas ( ) Muito boas ( )
Motivadoras ( ) Más ( )
7. E o que acha das aulas de Electricidade sem acompanhamento
experimental?
Razoáveis ( ) Boas ( ) Muito boas ( )
Motivadoras ( ) Más ( )
8. Alguma vez terá ouvido falar de laboratório de Física?
Sim ( ) Não ( )
Não me recordo ( )
9. Que tipo de actividades normalmente são realizadas no laboratório de
Física?
Experimentais ( ) De pesquisa ( )
Não sei ( )
10. Na sua escola, existe laboratório de Física?
Sim ( ) Não ( )
Não sei ( )
11. Já realizou alguma experiência no laboratório sobre algum fenómeno ou
conteúdo físicos em estudo?
Sim ( ) Não ( )
Não me recordo ( )
12. O que achou dessas aulas experimentais no laboratório?
Razoáveis ( ) Boas ( ) Muito boas ( )
Motivadoras ( ) Más ( )






Apêndice 3
Lê atentamente as questões que abaixo lhe são colocadas sobre Electricidade
e responda-as com clareza e objectividade. Cada questão contém quatro
alternativas onde apenas uma é correcta. Sem precisar de se identificar,
coloque "X" na alternativa correcta
Pré-teste

1. A corrente eléctrica é definida como sendo:
a) O movimento ordenado de cargas eléctricas ____
b) O estado de equilíbrio térmico de um corpo ____
c) O estado de aquecimento ou de arrefecimento de um corpo ____
d) A energia em trânsito ____
2. O aparelho que serve para medir a intensidade da corrente eléctrica
chama-se:
a) Voltímetro ____
b) Frequêncímetro ____
c) Amperímetro ____
d) Ohmímetro ____
a) Um dos factores de que depende a resistência eléctrica é:
b) Localização do fio condutor ____
c) Secção do fio condutor ____
d) Cor do fio condutor ____
e) Ano de fabrico ____
3. O que conduz corrente eléctrica é:
a) Madeira ____
b) Cobre ____
c) Borracha ____
d) Ardózia ____


Apêndice 4
Lê atentamente as questões que abaixo lhe são colocadas sobre Electricidade
em Física e responda-as com clareza e objectividade. Cada questão contém
quatro alternativas onde apenas uma é correcta. Sem precisar de se
identificar, coloque "X" na alternativa correcta
Pós-tesete

1. Chama-se circuito eléctrico:
a) Ao caminho percorrido pela corrente eléctrica desde da fonte até ao
receptor ____
b) Ao conjunto de condutores ____
c) A variedade de Resistências ____
d) A um conjunto de aparelhos de medição ____
2. Numa associação de lâmpadas em série a intensidade da corrente
eléctrica é:
a) Duplicada a cada momento ____
b) A mesma ____
c) Reduzida a cada momento____
d) Tetraplicada ____
3. Numa associação de lâmpadas em série a tensão eléctrica é :
a) Duplicada a cada momento ____
b) A mesma ____
c) Reduzida a cada momento ____
d) A soma das quedas de tensão em cada lâmpada ____
4. Numa associação de lâmpadas em paralelo a intensidade da corrente
eléctrica é:
a) Duplicada a cada momento ____
b) A soma das intensidades das correntes parciais ____
c) É reduzida a cada momento ____
d) A mesma ____
5. Numa associação de lâmpadas em paralelo a tensão eléctrica é:
a) Duplicada a cada momento____
b) A mesma ____
c) Reduzida a cada momento____
d) Tetraplicada
A relação entre as grandezas tensão e intensidade da corrente denomina-se:
a) Estado de um corpo ____
b) Tensão eléctrica ____
c) Resistência eléctrica ____
d) Diferença de potencial ____



















7. Bibliografia e Referências bibliográficas

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[1] Leque de estratégias

[2] Classificação
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