O papel do editor na produção dos livros

July 24, 2017 | Autor: R. Conçole Lage | Categoria: História do Livro
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O PAPEL DO EDITOR NA PRODUÇÃO DOS LIVROS Rodrigo Conçole Lage1*

Resumo: Este artigo aborda a História do Livro, apresentando sua origem e objeto de estudo, a partir da formulação de Robert Darnton. Analisa o editor, teorizando a respeito, e como pode ser estudado para um melhor entendimento de sua atuação na produção dos livros e da história dos livros. Palavras-Chave: História do Livro, Editor, Teoria da História.

Abstract: This article discusses the History of Book, introducing its origin and object of study, from the formulation of Robert Darnton. Analyzes the editor, theorizing about, and how can be studied for a better understanding of his role in the production of books and of history of books. Keywords: History of Book, Publisher, Theory of History.

1- Introdução Com o surgimento da chamada “Escola dos Annales”, no século XX, a prática historiográfica sofreu grandes transformações. Um dos efeitos dessa mudança foi o surgimento de inúmeras especializações * Graduado em História do UNIFSJ. Especialização em História Militar (UNISUL), em andamento.

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dentro da História e uma delas foi a História do Livro. Lucien Febvre em 1952, na Revista dos Annales, chamou “a atenção dos historiadores sobre um domínio até então legado aos eruditos, colecionadores e especialistas em biblioteconomia ou em literatura: o livro”. (MOLLIER, 2004, p. 1). Pode se dizer que esse foi o elemento que despertou o interesse dos historiadores e que, posteriormente, levou ao nascimento da História do Livro, como uma especialização dentro da prática historiográfica. Em 1858 Lucien Febvre põe em prática sua sugestão publicando, juntamente com Henri-Jean Martin, a obra O Aparecimento do Livro. Hoje, podemos dizer que a História do Livro já está consolidada e possui pesquisadores em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, que se dedicam a ela. Um desses historiadores é o norte-americano Robert Darnton que, em O Beijo de Lamourette, teorizou sobre esse domínio. Para ele, o historiador do livro, deve estudar a respeito daquilo que ele denomina “circuito de produção e circulação”: o caminho percorrido para que um livro seja produzido e distribuído na sociedade. Os historiadores do livro estudam todas as pessoas que participam do circuito,

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individualmente e na forma como se relacionam uns com os outros. Assim como o papel de cada um no caminho percorrido pelo texto, do autor até se tornar um livro, e o percorrido até chegar ao leitor. Ele se dirige a leitores implícitos e ouve a resposta de resenhistas explícitos. Assim o circuito percorre em ciclo completo. Ele transmite mensagens, transformando-as durante o percurso, conforme passam do pensamento para o texto, para a letra impressa e de novo para o pensamento. A história do livro se interessa por cada fase desse processo e pelo processo como um todo, em todas as suas variações no tempo e no espaço, e em todas as suas relações com outros sistemas, econômico, político e cultural no meio circulante. (DARNTON, 1990, p. 112). Graficamente o circuito é apresentado dessa forma:

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Fonte: Darnton, Robert. O beijo de Lamourette, p. 110.

Passaremos então ao estudo do segundo elemento presente no circuito, o editor.

2- O Editor O editor é o responsável pela edição de um livro. O termo vem do latim (Editor) e tem o significado de “dar a luz” e “publicar” (BRAGANÇA, 2000, p. 1). Historicamente o termo surge na Roma antiga para conceituar os “[...] que chamavam a si a responsabilidade de

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multiplicar e cuidar das cópias dos manuscritos, zelando para que fosse correta a sua reprodução. Tinham para essa tarefa escravos copistas. Eram ricos, em geral, e amigos dos autores, como Ático foi de Cícero” (BRAGANÇA, 2000, p. 1-2). Contudo, alguns defendem o surgimento do editor como ligado à prensa de tipos móveis de Gutenberg, pois, com ela, o livro passou a ser composto de modo a se determinar o número de páginas e mesmo de linhas por página. O problema dessa tese é que a prensa de tipos móveis já era conhecida na China desde o século XI. Assim, o surgimento do editor deveria ser então datado como sendo do século XI e não com Gutenberg. Hoje, o termo é usado, principalmente para indicar aquele que edita e o proprietário ou responsável por uma casa editorial – “o editor é o responsável pela produção e pelo texto, seja ele um editor-executivo, editorador, diretor editorial ou gerente editorial” (COSTA, 2009, p. 75). Podemos então dizer que a função de um editor é basicamente receber ou procurar originais para publicação, analisá-los e preparalos para serem publicados. Isso não significa que ele faça todo o trabalho sozinho, colaboradores podem ser utilizados nas diferentes etapas desse processo. Contudo, ao longo da história o editor exerceu sua função de diferentes formas. Roger Chartier afirma que

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na história do livro sucedem-se três “modos de edição”: o primeiro, anterior { imprensa, constituise pelo ato de tornar público um texto, cujo manuscrito tenha sido verificado e autenticado pelo autor; o segundo, chamado do “antigo regime tipogr|fico”, vai, na França, de 1470 até os anos de 1830; o terceiro, a partir daí, quando surge a edição como profissão autônoma e o editor no sentido moderno do termo (BRAGANÇA, 2000, p. 2).

Essa divisão é baseada em uma visão eurocêntrica do processo de editoração. Ela exclui o fato de que a imprensa foi inventada pelos chineses e de que na China, e os demais países pelas quais ela se difundiu, existiu um quarto “modo de edição”. Além disso, temos o fato de que o papel do editor não foi o mesmo em todas as épocas e lugares. Antes da imprensa, por exemplo, o papel do editor na Roma antiga não pode

ser

considerado

idêntico

ao

Europa

medieval.

Consequentemente, o editor assumirá determinadas especificidades que variarão de acordo com as próprias transformações do “modo de edição”. Não que um modo desapareça totalmente quando surge um novo, eles podem e em muitas sociedades continuam coexistindo. O

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que ocorre é o aumento de importância de um modo em detrimento do outro, quando tais mudanças ocorrerem. Como o primeiro deles é muito específico, e inexistente nas sociedades que não desenvolveram alguma forma de escrita, fica difícil de ser estudado. A falta de fontes que revelem como era o processo de editoração na maioria das sociedades que produziram algum tipo de “livro” é a principal dificuldade enfrentado pelos pesquisadores. As pesquisas relativas aos gregos, romanos21, árabes, chineses e determinadas regiões da Europa são as que apresentam inicialmente maiores possibilidades de sucesso. Portanto, este artigo abordará algumas questões referentes ao estudo do editor a partir do “antigo regime tipogr|fico”. As ideias aqui desenvolvidas terão que ser reelaboradas, em maior ou menor grau, para os “modos de edição” anteriores a ele.

O artigo “Bybliopolae - editores/ livreiros na Roma Imperial” de Leni Ribeiro Leite é um modelo para esse tipo de pesquisa e um exemplo das dificuldades a serem encontradas pelo pesquisador. 1

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- Tipos de Editores Uma das formas de se estudar os editores é definir suas características básicas e descobrir a existência de determinados padrões que permitam uma classificação tipológica dos editores ao longo da história. Em seu artigo Aníbal Bragança (2000, p. 5-8) classifica os editores desde Gutemberg até os dias de hoje em 3 tipos, que foram surgindo em ordem cronológica ao longo do tempo. Eles são: - Impressor-editor: sua característica central é o domínio das técnicas da impressão. É o dono da oficina e dos meios de produção, o responsável pela seleção dos livros a serem impressos (exceto nas encomendas) e quem dirige as vendas. Esse tipo se aplica também a China e a todos os países nos quais a imprensa chinesa se difundiu. Gutenberg não pode ser visto como único paradigma desse tipo (BRAGANÇA, 2000, p. 5) - Bi Sheng também é seu paradigma. - Livreiro-editor: sua característica central é a posse da livraria e “seu saber é o do empres|rio mercantil” (BRAGANÇA, 2000, p. 6). Assim, ele se volta à impressão como uma forma de ganhar mais ao procurar autores e obras para atender as demandas do mercado. Ele pode ser ou

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não o proprietário da oficina de impressão. Em sociedades nas quais as oficinas de impressão são comuns ele pode contratar o serviço de terceiros. - Editor: é o editor moderno que aparece em meados do século XIX na Europa. Ele trabalha como funcionário da editora procurando novos autores. Ao contrário dos anteriores ele não tem obrigatoriamente experiência das gráficas e livrarias. É alguém voltado mais para experiência de mercado, “para criar uma política editorial e estabelecer as linhas de atuação para realizá-la. Para estar pronto a decidir no processo de seleção de originais, que agora são, proporcionalmente, em maior número do que o potencial de consumo dos leitores” (BRAGANÇA, 2000, p. 7). Essa classificação engloba praticamente qualquer editor no período abordado, com sua presença variando em diferentes épocas e regiões. Assim, em regiões economicamente mais atrasadas podem existir apenas os dois primeiros tipos de editor enquanto em regiões mais desenvolvidas o editor moderno pode ter suplantado os outros. Contudo, isso não significa que dois ou mesmo os três tipos não possam coexistir em uma mesma localidade.

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Além disso, mesmo sendo elaborada para um período posterior essa tipologia pode servir, em parte, para períodos anteriores a Gutenberg. Aqueles que adotam os três “modos de edição” de Roger Chartier terão que incluir impressor-editor em um período anterior para o estudo da história do livro no oriente. Nas épocas e regiões nas quais a imprensa não está presente o editor-livreiro possivelmente será o tipo padrão. O editor-livreiro, por exemplo, é o único tipo que existiu na Roma antiga: Os primeiros testemunhos de comércio de livros em Roma datam do século I a.C. Cícero, nas Filípicas, faz alusão a uma taberna libraria próxima ao Fórum. É nessa mesma época que temos a primeira notícia do ofício de bybliopola, em que se mesclam o papel do livreiro e o do editor. Responsável tanto pela reprodução como pela venda dos livros, o bybliopola emprega um número de escravos encarregados do serviço de cópia, os librarii. Aparentemente, os bybliopolae são, de uma forma geral, gregos libertos, e sabemos os nomes de muitos através dos autores cujos livros vendiam: os irmãos Sosii, editores de Horácio, Dorus, contemporâneo de Cícero e Tito Lívio, Tryphon, livreiro de Marcial. (LEITE, 2006, p. 92-93)

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Todavia, isso não significa que não existam outros tipos de editores específicos para o período anterior à imprensa. Não se deve descartas a possibilidade de que uma pesquisa mais detalhada possa levar ao surgimento de outros tipos. Conhecer os tipos de editores existentes em uma sociedade é o primeiro passo para se entender o funcionamento do mercado editorial como um todo e o da própria editora. Permite também entender o tipo de relação que o editor mantém na sociedade, com os escritores e até mesmo com os leitores. Passaremos então a tratar dos tipos de pesquisa relacionados aos estudos sobre os editores.

3- Linhas de Pesquisa Toda pesquisa precisa de um ponto de partida para que o pesquisador possa traçar o rumo a ser seguido. Apresentamos aqui algumas das diferentes de pesquisas que podem ser seguidas no que se refere aos editores – outras linhas poderão trazer novas possibilidades ou aprofundar os caminhos aqui indicados. Como pelas limitações de um artigo não é possível abordar cada uma de forma mais detalhada ele deve ser visto como uma introdução ao assunto.

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- Biográfica A pesquisa de caráter biográfico é o ponto de partida de qualquer trabalho sobre o editor. Conhecer sua biografia é conhecer não somente sua vida e sua atividade profissional. É também ver sua atuação na sociedade, a importância no meio editorial, as relações com os escritores, com o meio literário como um todo e com os demais componentes do circuito de produção e circulação. Devido à ausência de fontes muitos historiadores do livro tem feito esse tipo de trabalho na forma de artigo, enquanto outros produzem um trabalho monográfico. Pode se dedicar a vida de um editor ou de todos os editores que trabalharam com um único autor, como o livro Charles Dickens e seus editores de Robert Patten. Em relação a traduções temos publicada em 2006, pela editora Conrad, a Feltrinelli - Editor, Aristocrata e Subversivo. Foi escrita por Carlo Feltrinelli, filho do biografado, que atualmente está à frente da editora e rede de livrarias fundada pelo pai. Mesmo não sendo escrita por um historiador ela traz muitas informações interessantes sobre os livros publicados por seu pai, sendo fundamental para se conhecer a história da publicação de Doutor Jivago de Boris Pasternak. Outra obra

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importante é Aldo Manuzio – Editor. Tipógrafo. Livreiro de Enric Satué, que a Ateliê Editorial publicou em 2005. Ela aborda a vida desse importante editor do século XVI, apresenta os livros publicados por ele e as inovações que introduziu no processo editorial e de produção dos livros. Dentre as biografias nacionais podemos destacar Vida e Obra de Paula Brito: Vida e Obra de Paula Brito (1809-1861) de Eunice Ribeiro Gondim, publicada em 1965 pela Livraria Brasiliana Editora. Jose Olympio: o Descobridor de Escritores de Antonio Carlos Villaça, publicado em 2001 pela Thex Editora é outro exemplo. Monteiro Lobato, pela sua importância como escritor e na história editorial brasileira foi o mais biografado editor brasileiro. Entre suas biografias destacamos o pequeno ensaio biográfico de Cassiano Nunes, Monteiro Lobato: o editor do Brasil, publicado em 2000 pela Contraponto Editora, e a mais completa Monteiro Lobato – intelectual, empresário, editor de Alice Mitika Koshiyama, publicada pela EDUSP em 2006. Como a historiografia, com o passar do tempo, passou por um processo de transformação que a levou a abandonar o acontecimento em favor da estrutura a biografia caiu em descrédito entre os

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historiadores por ser voltada ao indivíduo. Com a escola dos Annales a biografia é resgatada mas com um novo enfoque, A preocupação com a liberdade humana, juntamente com o interesse pela micro-história, fundamenta também o recente renascimento da biografia histórica, fora e dentro dos quadros dos Annales. Georges Duby publicou uma biografia de um cavaleiro medieval inglês, William The Marshal, enquanto Jacques Le Goff está trabalhando sobre a vida de um rei da França, S. Luís. O renascimento não é simplesmente um retorno ao passado. A biografia histórica é praticada por diferentes razões e assume formas diferentes. Pode ser um meio de entender a mentalidade de um grupo. Uma dessas formas é a vida de indivíduos mais ou menos comuns, como o burguês Joseph Sec, sobre quem Vovelle escreveu em razão de sua “irresistível ascensão”, ou do artesão parisiense, Jean-Louis Ménétra, estudado por Daniel Roche (BURKE, 1990, p. 73)

Assim, é importante que surjam biografias produzidas por historiadores do livro; somente eles estão em condição de produzir obras inseridas dentro de novas propostas metodológicas, lidando com

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os problemas decorrentes delas e das discussões teóricas sobre esse tipo de trabalho. Nas pesquisas para se coletar material para uma biografia o pesquisador terá que trabalhar com seus arquivos, se ainda existirem. Darnton aponta um problema que, para as pesquisas feitas no Brasil, pode ser ainda maior: Mas, infelizmente, os editores costumam tratar seus arquivos como lixo. Ainda que poupem uma eventual carta de um autor famoso, eles jogam fora os livros de contas e a correspondência comercial, que geralmente são as fontes de informações mais importantes para o historiador do livro (DARNTON, 1990, p. 124).

Esse trabalho arquivístico é importante também para o estudo da História do Livro como um todo pois “os historiadores mal começaram a utilizar os documentos dos editores, embora sejam as fontes mais ricas dentre todas para a história dos livros” (DARNTON, 1990, p. 123). Assim, vamos para o segundo tipo de trabalho para o estudo dos editores.

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- Arquivística A existência de fontes é fundamental para qualquer pesquisa histórica de modo que a pesquisa em arquivos é um dos métodos essenciais de qualquer pesquisa histórica. Para que o historiador possa pesquisar sobre a vida e o trabalho do editor é preciso que ele tenha acesso a seus documentos. Eles precisam estar arquivados em condições

adequadas

para

sua

conservação

e

devidamente

catalogados, para serem consultados mais facilmente, algo que muitas

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vezes não ocorre. Assim, a preservação e catalogação desses arquivos é um dos trabalhos que o historiador pode executar. Aníbal Francisco Alves Bragança tem coordenado o projeto de conservação e preservação do acervo do LIHED/UFF para evitar a perda da documentação dos arquivos históricos da livraria e editora Francisco Alves (período 1854-1950)3

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Nesse tipo de trabalho o historiador atuará

normalmente como coordenador pelo fato de ser um trabalho que envolverá diferentes pessoas (inclusive com formação em arquivologia e técnicas de conservação e restauro). Maiores informações estão disponíveis no site do Centro de Memória Editorial Brasileira. Disponível em: . Acesso em: 23 dez. 2012. 2

- História da oficina, livraria ou editora A terceira linha de pesquisa está totalmente relacionada às anteriores de modo que elas se entrecruzarão de algum modo. Ela envolve a escrita da história da oficina tipográfica, livraria ou editora fundada pelo editor estudado. É impossível realizar esse tipo de trabalho se os arquivos da empresa não tiverem sido preservados. Caso ela já não exista mais o trabalho irá do seu nascimento ao fechamento, o que facilita a pesquisa; contudo, se ela ainda existir o trabalho pode realizar um recorte temporal mais restrito ou ir até os dias de hoje – o que pode se tornar inviável se a empresa for muito antiga. José Olympio - O Editor e Sua Casa de José Mario Pereira, publicado em 2008 pela editora Sextante, mesmo não sendo uma obra historiográfica é um exemplo desse tipo de trabalho ao documentar a história da editora e produzir um inventário de suas publicações. A ausência de obras historiográfica sobre o tema é um dos grandes entraves para um conhecimento mais preciso da história editorial e do livro no Brasil.

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- História do livro Este tipo de pesquisa envolve o estudo da história de um dos livros editados por determinado editor. Pode envolver tratar da história dos livros de um único autor publicados pela mesma editora, pelo fato de ser comum um autor publicar durante certo tempo ou, em alguns casos, durante toda a sua carreira seus livros pela mesma editora. É a pesquisa comumente feita na História do Livro com a diferença de que o foco não é entender o circuito de produção e circulação em si mesmo e sim como o editor veio a publicar determinado livro ou conjunto de obras. Assim, apresentamos as principais linhas de pesquisa que podem ser seguidas no que se refere aos editores. O que não quer dizer que outras linhas não poderão ser trabalhadas. Contudo, possivelmente elas virão a ter alguma relação com as que foram anteriormente citadas.

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4- Conclusão Com a escola dos Annales a prática historiográfica se fragmentou em um grande número de especializações dentre as quais destacamos a História do Livro. Como um dos objetivos do especialista deste campo é estudar o processo de produção dos livros nós analisamos uma das figuras-chaves desse processo: o editor. Vimos como a editoração foi se transformando ao longo do tempo e alguns dos diferentes tipos de editores que surgiram. Por fim, apontamos algumas das diferentes possibilidades de trabalho para aqueles que desejam estuda-los. A intenção desse artigo foi apresentar alguns fundamentos para que a partir deles seja possível iniciar um trabalho sobre a figura do editor. Além disso, todos os elementos aqui apresentados são passíveis de um maior desenvolvimento. Esperamos inspirar com nosso trabalho outros pesquisadores a desenvolverem de forma mais completa os assuntos aqui abordados.

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Referências: AMARAL, A. E. Maia do. 1000 anos antes de Gutenberg. Cadernos BAD, Lisboa. n. 2, p. 84-95, 2002. Disponível em: . Acesso em: 21 dez. 2012. BRAGANÇA, Aníbal. Introdução à história do livro no Brasil. In: Revista MARGEM. Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/Fapesp, São Paulo: EDUC, Nº 1, 1992, p. 169-183. Disponível em: . Acesso em: 20 dez 2012. COSTA, Renata Carvalho da. A conquista do sagrado - jornalistas como editores de livros. 205 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Comunicação) – Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). São Paulo, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 dez. 2012. DARNTON, R. O beijo de Lamourette. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. LEITE, Leni Ribeiro. Bybliopolae - Editores/livreiros na Roma Imperial. Calíope, Rio de Janeiro, v. 15, p. 91-99, 2006. Disponível em: . Acesso em: 20 dez 2012. MOLLIER, Jean-Yves. A História do Livro, da Edição e da Leitura: um balanço de 50 anos de trabalho. A História do livro, da edição e da leitura: um balanço de 50 anos de trabalho. In: I Seminário Brasileiro

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sobre Livro e História Editorial, 2004. Textos e Resumos. Disponível em: . Acesso em: 20 dez. 2012.

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