O PAPEL DO PONTO DE VISTA NA LEITURA DO MUNDO E NA CIÊNCIA, ATRAVÉS DA HISTÓRIA

June 14, 2017 | Autor: Eunice Henriques | Categoria: American Literature, Philosophy, English Literature, Languages and Linguistics, Applied Linguistics
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Doutora em Língua e Literatura pela Universidade da Carolina do Norte (USA). Professora do Departamento de Linguística Aplica da Universidade de Campinas (SP).

A palavra ciência é de origem latina ("scientia, -ae") e significa "conhecimento", adquirido através de observação, experiência, etc.
É o caso de Chomsky, ao se referir à linguística do século XVII como linguística cartesiana. Vários estudiosos contestam o fato de que, em Cartesian Linguistics: a Chapter in the History of Rationalist Thought (1966), Chomsky tenha classificado a Linguística do século XVII de "linguística cartesiana". Entre esses, ressalte-se R. J. Butler (Ed.), "On the Non-Existence of Cartesian Linguistics", Cartesian Studies, Oxford: Basil Blackwell, 1972, pp. 137-145. No entanto, conforme observa Chomsky (1997a), "a concepção básica é que há uma noção de estrutura na mente da pessoa que [lhe] permite criar expressões livres." Para o autor, "essa distinção entre ser humano e máquina remete a Descartes" (Chomsky, 1997a). Ainda nesse mesmo texto (1997a) Chomsky esclarece a ambiguidade da expressão: ao usar o termo "linguística cartesiana", ele se referia ao "estudo da linguagem, da psicologia e de temas afins, que foram desenvolvidos num arcabouço mais ou menos cartesiano", ou seja, ele não se referia à "linguística de Descartes", já que esta inexiste. Conforme explica mais adiante, ele se referia ao "desenvolvimento das ideias cartesianas iniciais sobre linguagem", sendo que "uma delas remonta a Humboldt (início do século XIX): a linguagem envolvia usos infinitos [as expressões] de meios finitos [o cérebro]".
De acordo com Aranha & Martins, Órganon significa "instrumento [...] para se proceder corretamente no pensar" (p. 100). O próprio Aristóteles não usou a palavra lógica, que só apareceu mais tarde. "Etimologicamente, a palavra lógica vem do grego logos, que significa palavra, expressão, pensamento, conceito, discurso, razão. Podemos defini-la como o estudo dos métodos e princípios da argumentação. Ou, então, como a investigação das condições em que a conclusão de um argumento se segue de suas premissas" (Aranha & Martins, pp. 100-101). As autoras citam dois exemplos que mostram as limitações da lógica aristotélica: (A) Toda estrela brilha com luz própria. Ora, nenhum planeta brilha com luz própria. Logo, nenhum planeta é estrela; (B) Todos os cães são mamíferos. Ora, todos os gatos são mamíferos. Portanto, todos os gatos são cães (p. 101).
Ver "Conceito e sentido em Frege", em www2.fcsh.unl.pt/.../Conceito20%e%20Sentido%20em%20Frege-Introducao.doc

Conforme observa Chomsky, Vaugelas desenvolveu um estudo descritivo, a partir das estruturas usadas por grandes escritores. Nesse sentido, de acordo com Chomsky, essa gramática não deixava de ser, ao mesmo tempo, prescritiva, já que se encontrava subjacente o conceito de "uso, como deveria ser" e elitista, já que os modelos partiam dos intelectuais da época.
Segundo Luiz Farré (1947), o Códice Q.281 da Biblioteca de Munique identifica Tomás de Erfurt como autor de um dos tratados de modis significandi (Silva, p. 19). Atribui-se a Tomás de Erfurt, em 1350, a autoria da Gramática Especulativa, escrita no apogeu do nominalismo. Ressalte-se, aqui, a importância dos nominalistas para a filosofia e, consequentemente, para a ciência, pois, para eles, a filosofia não está subordinada à teologia (Silva, p. 19). De acordo com o nominalismo, as ideias não passam de "nomes", ou seja, "referências" a fenômenos que existem apenas na mente dos indivíduos; além disto, estes e os objetos constituem aquilo que se denomina "realidade". A esse respeito, ver definição em www.estudantedefilosofia.com.br/.../nominalismo.php
Conforme observa Padley (p. 68), para Ramus (1543b), as três partes da lógica são natura [razão], doctrina [arte pedagógica] e exercitatio [uso], possíveis empréstimos da obra de Quintiliano.
Essa área do cérebro foi descoberta por Paul Broca (1824-1880), médico, cientista e antropólogo francês. A "área de Broca" fica na região do lóbulo central que comanda o uso das palavras.


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O papel do ponto de vista na leitura do mundo e na ciência, através da história
Eunice R. Henriques
[Publicado em Ensino de Língua e Literatura: Reflexões e Perspectivas Interdisciplinares. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2011, pp. 19-56]

Neste trabalho, a tese proposta é que toda formulação científica é refutável, por representar a visão do analista (seu ponto de vista) a respeito de determinado fenômeno, como por exemplo, o mundo natural, a lógica, ou até mesmo linguagem versus pensamento. A primeira parte discorre sobre a origem da ciência, a partir de Aristóteles. A segunda centra-se nos estudos da língua e da linguagem, com Panini, Chomsky, Hymes, e tantos outros.
Por ser muito abrangente, o texto carece de delimitações radicais. Em primeiro lugar, o foco recairá apenas sobre alguns nomes, dentre os mais proeminentes em suas respectivas áreas (exatas, biológicas e humanas), a partir do ponto de vista desta autora. Em segundo lugar, suas teorias, revolucionárias todas, irão se resumir a uma frase ou duas, que contenham o ponto central, que irá contribuir para a exposição das ideias e defesa da tese proposta.
Foram escolhidos apenas alguns expoentes das ciências (que, hoje, convencionou-se denominar de exatas, humanidades e biológicas) ou por transitarem livremente por estas áreas ou por serem especialistas em uma ou outra. Quanto à linha de pensamento, duas questões se impõem: o objeto de estudo das ciências exatas e humanas (será feita apenas uma referência à área de biológicas), como formas de leituras do mundo (dos fenômenos nele observados, dos indivíduos, etc.); e língua/linguagem, já que é por meio dela que as pessoas interagem entre si e com o mundo. Para concluir, será destacado o papel da leitura, por ser essencial na formação do pesquisador (universitário, mestre, doutor/futuro cientista). Ao longo do texto, a retomada de conceitos, períodos e personagens, que ocorre principalmente de uma seção a outra, tem a função didática de destacar estes elementos, considerados chave no trajeto histórico a ser desenvolvido nestas páginas.

Origem da ciência
Minhas reflexões iniciam-se com a época clássica da Grécia Antiga ( 776 a.C.- 323 a.C. / séc. III d.C.), em que vários filósofos se destacaram. É importante ressaltar que a palavra "filósofo", que passou ao latim através do grego, significa, originalmente, "devoto do saber", o que engloba o que, hoje, se denomina "filósofo" e "cientista". Além disso, as ideias desses filósofos tornaram-se conhecidas séculos mais tarde, como é o caso de Aristóteles, que se tornou famoso a partir do século XIII, ao ser traduzido para o latim (ARANHA & MARTINS, 2003: 126). Segundo a Enciclopédia Barsa (1999), Aristóteles foi o "primeiro pesquisador científico no sentido atual do termo", o que, com certeza, será explicitado neste texto.
Dentre os grandes filósofos gregos, encontram-se Pitágoras (séc. VI a.C.), que era, também, um matemático, a quem se atribui o uso da palavra "filosofia"; Platão (427-347 a.C.), filósofo e matemático, Sócrates (469-399 a.C.), seu mentor, também filósofo, e seu discípulo Aristóteles (384-322 a.C.), que explorou várias áreas do conhecimento, entre elas política, retórica, física, metafísica, teatro, música, biologia e zoologia e, principalmente a lógica, conforme veremos mais adiante. Os três últimos contribuíram para a criação da base sobre a qual se ergueriam a Filosofia Natural, que trata do estudo da natureza e do universo, a ciência e, principalmente, a filosofia ocidental, que engloba estética, lógica, ciência, política e metafísica. Para eles, o universo é estático e hierarquizado, e a ciência e a filosofia são estudadas à parte.
Durante a Idade Média (séc. V até XIV), na Europa, o que hoje chamamos de "ciência" subordinava-se à filosofia e esta, à teologia, um conceito que ainda permanece, nem que seja implicitamente, na oposição teórica entre "criacionismo" e "evolucionismo". Para os estudiosos da época, Deus era o criador supremo. Em outros termos, existia uma hierarquia entre a teologia, que vinha em primeiro lugar, a filosofia, em segundo, e a ciência em terceiro. Alguns nomes representativos dessa era são: (1) Alberto Magno (1193-1280), dominicano, tutor de S. Tomás de Aquino. Era a favor da coexistência entre ciência e religião. Diferentemente de S. Tomás de Aquino, Magno opunha-se à filosofia aristotélica; (2) Roger Bacon (1214-1294), franciscano, estudioso de geografia, mecânica, astrologia e alquimia; foi vítima de perseguições, devido aos seus "ensinamentos averroístas" (Aranha & Martins: 173); (3) Tomás de Aquino (1225-1274), dominicano, teólogo italiano e filósofo na linha aristotélica; apesar das restrições que tinha com relação aos gregos, por serem pagãos, Tomás de Aquino incorporou, à filosofia aristotélica, suas ideias, fundamentadas na fé cristã; (4) Duns Scott (1266-1308), franciscano, filósofo, teólogo; diferentemente de S. Tomás de Aquino, Scott achava que a filosofia deveria se desligar da teologia, constituindo-se em uma área autônoma; (5) Jean Buridan (1300-1358), filósofo francês que, apesar de ser pouco conhecido, foi dos mais famosos filósofos do final da Idade Média. A "teoria do ímpeto", de Buridan, procurava explicar o movimento e a queda de objetos, estudo que foi levado à frente por Galileu, no século XVII, e formulado cientificamente por Newton (século XVII), através de sua "Primeira Lei", a lei da inércia ou da dinâmica (ou seja, movimento ou repouso de um corpo ou objeto).
Em suma, no período medieval, a teologia tinha preponderância sobre a filosofia. Apesar de haver certa uniformidade entre os estudiosos, por serem filósofos e teólogos, existiam divergências entre eles. Dessas ramificações, surgiram estudos e formulações científicas importantes, capazes de mudar o olhar dos cientistas com relação ao objeto de estudo. A partir da Idade Média, Deus deixou de estar no centro dessas investigações. Começaram a surgir outros objetos, tais como os corpos dotados de massa.
Embora os limites cronológicos variem muito, pode-se dizer que o século XV representou uma ponte entre o período medieval, com o início do Renascimento (um movimento cultural que foi do século XV ao XVI) e o período moderno (séculos XVII e XVIII). A característica central do início do período moderno foi uma espécie de globalização ("Proto-Globalização"), que ocorreu entre o século XVII e o XIX (1600-1800). Segundo os historiadores A. G. Hopkins (2001) e Christopher Bayly (2001), os marcos da Proto-Globalização foram a colonização da América e a crescente comunicação entre países de várias partes do mundo.
O século XVI, na Europa, marcou o fim do Renascimento e início da chamada Idade Moderna, devido a uma série de mudanças significativas, como por exemplo, o descobrimento da América, mencionado acima. O Renascimento foi se espalhando pela Europa, que presenciava grandes avanços econômicos, comerciais, tecnológicos, além de invenções, como a imprensa. Esta última causou uma verdadeira revolução na Europa e no mundo, com a difusão de ideias às várias camadas sociais, democratizando, por assim dizer, o conhecimento. A Bíblia passou a ser impressa em várias línguas, realimentando o cristianismo, ou seja, as bases religiosas da igreja católica.
Durante a Idade Moderna (que se inicia, de fato, no século XV indo até o século XVIII), importantes revoluções científicas ocorreram. Copérnico (1473-1543), médico polonês, astrônomo, matemático e cônego da igreja católica, desenvolveu a teoria heliocêntrica, em oposição à teoria geocêntrica do sistema solar. Galileu (1564-1642) introduziu uma nova forma de ver o universo. Através de suas observações sobre a linha do horizonte, ele percebeu que a terra é redonda e que não gira em torno do sol. Segundo Aranha & Martins, a partir do momento em que Galileu "teoriza sobre o método científico, [...] a ciência rompe com a filosofia aristotélico-escolástica e sai em busca de seu próprio caminho" (2003: 78). Descartes (1596-1650), matemático e cientista francês, é reconhecido, hoje, como o filósofo mais importante do período moderno. Seus estudos sobre a relação entre a mente e o corpo influenciaram o mundo por uns trezentos anos mais ou menos. Newton (1643-1729) uniu a matemática e a física, fortalecendo o método empírico. Mostrou que a natureza age racionalmente e não "por acaso". É considerado um dos cientistas mais influentes de todos os tempos (para alguns, o mais). Atribui-se a Galileu e a Newton a formulação do princípio da "Dinâmica" (ou da "Inércia"), em relação à matéria. De Galileu a Newton, a concepção de mundo, que deu origem à ciência moderna, foi a ideia de que o mundo era uma máquina, o que Newton contestou, ao verificar a existência da chamada atração à distância, ou seja, forças, como a de atração e repulsão.
No século XVIII, com o advento do Iluminismo (movimento racionalista), começaram a surgir as "especialidades", responsáveis por uma nítida separação entre as áreas das ciências humanas e das exatas, uma tendência que o século XX consolidou plenamente. Entre as figuras representativas, encontram-se Diderot (1713-1784), crítico de arte, filósofo e escritor francês; Kant (1724-1804), filósofo iluminista alemão, cuja influência perdura até hoje; para ele, a partir de Aristóteles, a lógica se configura como uma ciência "completa, acabada" (ARANHA & MARTINS:115); Montesquieu (1689-1755), pensador francês que, junto com Voltaire e Rousseau, empenhou-se em "levar as luzes a todas as pessoas" (idem: 135); Lavoisier (1743-1794), químico francês, que descobre a lei da conservação da massa, que marca o início da química moderna; é considerado o "Pai da Química Moderna"; Samuel Johnson (1709-1784) leva nove anos para elaborar, sozinho, o primeiro grande dicionário da língua inglesa, publicado, em 1755, A Dictionary of the English Language; Rousseau (1712-1788), filósofo e escritor francês; publica On Education, em 1762; sua filosofia influenciou a Revolução Francesa. Em outros termos, os ideais iluministas, representados por Rousseau e outros franceses ilustres, como Montesquieu, Diderot e Voltaire, além do inglês John Locke e do alemão Kant, influenciaram a revolução francesa (1789-1799), através de suas críticas ao absolutismo vigente na época. É de autoria de Rousseau o lema dos revolucionários "liberdade, igualdade, fraternidade", que são, hoje em dia, princípios universais pelos direitos humanos.
No começo da Idade Contemporânea, século XIX, Darwin (1809-1882) pode ser considerado o último grande estudioso com um pé na área de humanas, por ser filósofo e poeta, e o outro nas biológicas, com sua famosa teoria da evolução, influente até os dias de hoje. A influência dos clássicos gregos ainda existe, por exemplo, na teoria do criacionismo, que se contrapõe ao evolucionismo de Darwin. Ao que parece, a humanidade (pesquisadores, professores, leitores, etc.) vai precisar de algum tempo para reconhecer, de fato, que a teoria evolucionista de Darwin pode estar ultrapassada, a partir da descoberta de Ardi ("Ardipithecus"), o esqueleto de mais de quatro milhões de anos que, segundo os cientistas da revista Science Magazine (GIBBONS, 2009: 36), não se assemelha a nenhuma espécie viva de macacos. Em outros termos, Ardi é um exemplo "vivo" de que os seres humanos podem não descender diretamente de primatas.
Foi no século XIX que surgiu o positivismo, uma visão determinista e mecanicista do universo, que conferia à ciência o importante papel de ser o único conhecimento legítimo, exatamente por se basear na observação dos fatos. O positivismo, que deu origem ao cientificismo, influenciou profundamente as teorias científicas do século XIX até o início do XX, contribuindo, inclusive, para a legitimação daquilo que o século XIX classifica de grandes "verdades" e que o século XX denomina grandes "mitos":
(a) mito da cientificidade: o conhecimento científico é, verdadeiramente, o único que se pode chamar de "verdadeiro";
(b) mito do progresso: apenas através da evolução da ciência e da técnica, os seres humanos poderão também evoluir e se aperfeiçoarem; trata-se, sem dúvida, de uma visão bem diferente da visão de Sócrates (470-399 a.C.), que voltava seu olhar para o aperfeiçoamento do indivíduo ("conheça-te a ti mesmo");
(c) mito da tecnocracia (tendência levada à risca no século XX, a ser retomado mais adiante): em cada área do conhecimento, existem especialistas capazes de resolver problemas; a eles, o século XIX e, acentuadamente, o século XX, conferem grandes poderes de decisão (FONTES, acesso 16/2/2010).
O século XX presenciou a crise das concepções deterministas, ou seja, o conhecimento científico já não era considerado algo "absoluto". Essa mudança no olhar resultou no abandono de alguns mitos, como os mencionados acima, além de outros. Por exemplo, desfez-se a ideia da neutralidade da ciência, ou seja, a ciência não podia estar alheia a outros interesses, tais como os econômicos. A ideia determinista de que a ciência poderia colocar a natureza a serviço dos seres humanos acabou causando devastações no meio ambiente, com graves prejuízos à humanidade e ao Planeta. Aquele outro "sonho" de que o progresso seria capaz de proporcionar, aos indivíduos, uma vida melhor, acabou acentuando desigualdades, causando sérios problemas sociais no mundo todo.
Em outros termos, a conclusão a que chegou o século XX foi que existem apenas incertezas e possibilidades. Central foi o papel de Heisenberg (1901-1976), que introduziu o "princípio da incerteza" (FLEMING, acesso 2010), responsável pelo fim do determinismo da física de Newton. Heisenberg concluiu ser impossível precisar, ao mesmo tempo, a localização e a velocidade de um elétron porque, conforme verificou, uma previsão precisa da localização de determinada partícula implica imprecisão quanto à sua velocidade e vice-versa.
Por volta dessa mesma época, Popper (1902-1994) tornou-se famoso devido ao seu "racionalismo crítico" e à sua teoria do "falsificacionismo" ao demonstrar que toda ciência é baseada em conjecturas, hipóteses, a serem confirmadas ou refutadas. Em outras palavras, a ciência não é verdadeira, mas refutável. Por exemplo, os resultados experimentais de uma pesquisa não podem servir como provas incontestáveis, já que, em outros contextos ou sob outras condições, surgiriam outros. O "racionalismo crítico" de Popper difere da forma que Platão e Aristóteles liam e interpretavam o que seria "ciência". Resumidamente, para Platão, existiam dois mundos, o das ideias ou supra-sensível, acessível ao conhecimento, sendo por isto mesmo, "científico" (< gr. "epistéme"); e o mundo sensível, inferior e mutável, do qual só se poderia ter "opiniões" (
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