O pensamento métrico-sêmantico análise da escrita cancional a partir de pressupostos orais e cognitivos

July 6, 2017 | Autor: Heverson Nogueira | Categoria: Musicology, Orality-Literacy Studies, Word and Music Studies
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Heverson Nogueira Santos [email protected] 55-61-81234331 Universidade de Brasília Bolsista da CAPES História, memória, oralidade e patrimônio imaterial

O pensamento métrico-sêmantico: análise da escrita cancional a partir de pressupostos orais e cognitivos / The metric-semantic thought: analysis of song writing from oral and cognitive premises

Resumo: O presente artigo estudará a relação entre música e palavra partindo de pressupostos orais e cognitivos. Far-se-á isso por se ter como hipótese que a escrita ou a composição de canções, no que diz respeito ao seu texto, faz uso de métodos que são semelhantes aos utilizados para a criação, organização e preservação de saberes em tradições orais. O aspecto cognitivo se fará presente por entendermos que nas sociedades - estejam elas inseridas em tradições orais, escritas, tipográficas, etc. - existem maneiras distintas de organizar as suas formas de pensar e elaborar os seus conhecimentos, conforme os recursos tecnológicos dos quais dispõem. Palavras chaves: Relação Música e Palavra, Cognição, Oralidade, Letramento. Abstract: This Article will study the relationship between music and word using oral and cognitive premises. This will be done because our hypothesis is that the songwriter uses, in his lyrics, methods which seem like those used by oral traditions to create, organize and preserve their own knowledge. The cognitive aspect will be present because we believe that in societies (inserted in oral, written, typographical traditions, etc.) there are different ways to organize their thinking and develop their knowledge, according to the technological resources they have. Key words: Relationship between Word and Music, Cognition, Orality, Literacy. Introdução A escrita de letra de canção, e a relação entre texto e música que então se estabelece, é algo intrigante por motivos vários motivos, dos quais elencamos dois: o primeiro é o fato de ela ser considerada tão complexa que apenas poucas pessoas a fazem; e o segundo é que

mesmo os que conseguem lograr êxito nesse tipo de prática não sabem explicar bem como o fazem. Com o intuito de entender essa questão, existem algumas discussões que levam em conta as particularidades desse objeto, já que fundamentalmente trata-se de alinhar texto e música. Contudo, boa parte delas tendem a ser fragmentadas, ora dando um viés textual, ora dando um viés musical para entender o fenômeno (quase que tentando se demonstrar o domínio de uma linguagem sobre a outra). Considerando tal situação, este artigo tem como hipótese que a dificuldade dessa escrita reside no fato de ela se processar usando elementos que se situam em universos interseccionados da oralidade e da escrita1. Por isso, pretende-se estudar como essa escrita se dá, porém sem dicotomizar esse processo de composição. Para tanto, iremos, primeiramente, apresentar as características da cognição numa sociedade oral; faremos uma coteja com as características do texto, além de apresentar formas de organização deste, para, enfim, tentar compreender como letramento e oralidade se tocam no texto cancional. Características da Cognição Oral Numa tradição oral, os saberes criados se organizam de modo a resolver um grande problema: como se preservar tal conhecimento. Devemos lembrar que nestas tradições não existem mídias as quais preservam os conhecimentos criados, para que, em momentos oportunos, possam ser acessados e recordados. Logo, o saber construído precisa se fazer presente nas mentes desses indivíduos de forma constante. Walter J. Ong, no livro Orality and Literacy: The Technologizing of the Word, discuti esta questão - entre outras -, além de enumerar, a partir de uma revisão de literatura, nove características que permeiam o pensamento e expressão de base oral. Tentaremos de forma breve apresentar o que está envolvido na preservação do saber oral, bem como as nove características. Primeiramente, devemos levar em conta que numa tradição oral as palavras não se relacionam à visão, uma vez que não são escritas, ou seja, a palavra é eminentemente som e, por isso, é tão evanescente quanto este. Logo, uma palavra e o que ela evoca só existem quando ela é pronunciada.

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Adaptamos aqui o pensamento de Paul Zumthor (1993, pp. 18-19) em que ele distingui três tipos de oralidade em correspondência a três situações culturais: oralidade primeira: não há qualquer contato com escrita; oralidade mista: a influência da escrita é “externa, parcial e atrasada”; e oralidade segunda: “toda a expressão é marcada mais ou menos pela presença da escrita”.

Deste modo a preservação dos saberes se apresenta como um problema que é resolvido de forma interessante: já que o conhecimento criado por tal sociedade não é armazenado fora do indivíduo, mas dentro de si, em sua mente, o seu pensamento se organiza usando processos mnemônicos e formulares para que dessa forma o saber criado possa ser preservado. O processo mnemônico resulta numa aide-mémoire que - diferentemente da estudada por A. R. Luria no seu A mente e a memória: um pequeno livro sobre uma vasta memória, a qual se manifestava via associações visuais (o que parece ser mais comum às tradições escritas) - se caracteriza por utilizar ritmo, assonâncias, aliterações, repetições, antíteses, expressões formulares (como os provérbios), métrica, etc., como ferramentas que auxiliam a preservação do saber (ONG, 2000). As formulas de pensamento, que resultam nas expressões formulares mencionadas acima, apesar de serem vistas em separado por Ong, nos parecem fazer parte da aide-mémoire expressando quase que um síntese do que vem a ser essa numa tradição oral. O criador do conceito, Milman Parry (1930, p. 80), define formula como: “um grupo de palavras as quais são regularmente empregada sob a mesma condição métrica para expressar uma determinada ideia.2” Tais expressões se manifestam nas línguas via os já mencionados provérbios, mas também por expressões idiomáticas. Quanto às nove características, iremos apresentá-las realizando a coteja com as características que são comuns aos textos numa tradição escrita. Tarefa que iniciaremos agora: 1. Aditivo ao invés de subordinativo: o discurso oral produz sentido fazendo referência ao seu contexto. Numa tradição escrita, o texto precisa informar sem usar de dados externos. Por conta disso, o discurso escrito é mais elaborado em termos gramaticais. Uma forma de se observar isso é através do uso de conectores lógicos (conjunções) para expressar as minúcias de um pensamento. Na oralidade não se cria uma relação de dependência entre as afirmações, mas somam-se essas. Podemos observar isso no seguinte trecho do Tratado da Província do Brasil, escrito em português quinhentista, no qual observamos a repetição da partícula aditiva “e”: Não há pella terra dentro pouoações de portugeses por causa do indios que não no consentem e tambẽ pello soccorro e tractos do Reino lhes he 2

A group of words which is regularly employed under the same metrical conditions to express a given essential idea.

neçessario estarem iunto do mar pera terẽ comunicação de mercadorias, & por este respeito viuem todos junto da costa. (GANDAVO, 1965, p. 65)

2. Agregativo ao invés de analítico: lembramos que gramaticalmente uma construção analítica se diferencia de uma sintética apenas por ser desenvolvida, quanto à carga semântica, mantém-se a mesma. Na tradição oral o que se faz é acrescentar às estruturas sintéticas, os predicados, como no seguinte trecho de Samba em Prelúdio: “Eu sem você não tenho porque, porque sem você não sei nem chorar, sou chama sem luz, jardim sem luar, luar sem amor, amor sem se dar. 3 ” Observamos que não foi elaborado um enunciado longo (estrutura analítica), mas que foram agregados vários enunciados curtos (estrutura sintética); 3. Redundante ou copioso: num texto a redundância ou a copiosidade é tida como algo que lhe retira a qualidade, beirando a verborragia. Numa situação oral é algo necessário para a compreensão. Por exemplo, é interessante que um orador, seja esse professor, palestrante, político, entre outros, use de repetições em seu discurso para fixar conteúdos, antes de se passar para um novo tópico. Cabe lembrar que a repetição é também uma estratégia retórica; 4. Conservador ou tradicionalista: Na tradição oral para reaver um conhecimento é necessário que ele se mantenha inalterado ou com poucas mudanças. Na tradição escrita, uma vez registrado, o saber permanece inalterado na forma de texto. Isso gera algo interessante que são as múltiplas interpretações que são feitas acerca de um mesmo saber e que convivem no presente; 5. Aproxima-se da experiência humana: o discurso trata da experiência cotidiana da comunidade que o produz. Por exemplo, Merrian em seu The Anthropology of Music, no capítulo em que trata de usos e funções, observa as canções do povo Tutsi, as quais eram aboios com as mais diversas finalidades (algo plausível já que eles criavam bois). Diferentemente, temos a produção de conhecimento nas tradições escritas que tende a ser mais objetiva que subjetiva, sendo esta, em certos casos algo a se evitar, como na produção acadêmica; 6. Agonisticamente4 estimulado: as críticas que podem ser feitas a um texto devem atingir somente esse e aos argumentos propostos por seu autor, já que se preza, 3

POWELL, Baden. Samba em Prelúdio. In: Ao vivo no Rio Jazz Club. CD 7897019001110. Kuarup Discos, 1990. 4 A etimologia do termo diz respeito ao treinamento físico voltado para a luta. Por derivação se usa agonística para se referir às estratégias argumentativas usadas na retórica clássica.

nesta tradição, a análise objetiva. Caso as críticas se dirijam ao autor do texto, elas correm o risco de não vingarem, uma vez que se desviam de sua finalidade (falácia ad hominem), ou seja, o espaço de luta e o que será atacado serão os argumentos e não seus autores. Numa tradição oral, como o conhecimento produzido é subjetivo o que se ataca, no fim das contas, é o criador de tal conhecimento. Observamos isso nos sambas de recado trocados entre Wilson Batista e Noel Rosa; 7. Empático e participativo ao invés de objetivamente distanciado: os saberes orais, como vimos até agora, não são separados do seu criadores ou dos membros de determinada tradição, já que não há um tratamento objetivo dos conteúdos. Mesmo que isso venha a acontecer, como a forma de expressar o saber usa recursos que são comuns aos membros de determinada tradição, o distanciamento acaba não sendo tão prejudicial ou mesmo um problema, nesse contexto. A escrita, por sua vez, propicia tal distanciamento; 8. Homeostático 5 : como o conhecimento é guardado nos próprios indivíduos, é necessário que haja equilíbrio no código, ou seja, não se vive com registros semânticos distintos, ou antigos, de uma mesma palavra ou expressões. A sinonímia será então mais presente nas tradições escritas por motivos semelhantes aos expressados na quarta característica; 9. Mais situacional que abstrato: apesar de os conceitos serem abstrações, o modo de usá-las é distinto. Ong, apresenta um exemplo extraído de A. R. Luria, contido no livro Desenvolvimento Cognitivo: suas fundamentações sociais e culturais, no qual pede-se a um rapaz (que não passou por um processo de letramento) que agrupe algumas ferramentas de marcenaria e um tronco. Esperava-se que ele separasse as ferramentas do tronco originando dois grupos, contudo ele organizou um grupo apenas sob a justificativa de que as ferramentas precisariam do tronco para ter funcionalidade, ou seja, o trato com a abstração foi distinto, revelando-se mais pragmático. Características do Texto O que faz com que um texto seja um texto e não um amontoado de frases, ou de orações, ou de períodos, é a sua textualidade. A textualidade, por sua vez, se constrói a partir de

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Diz respeito ao equilíbrio de funções corporais.

princípios de escrita que atuam de forma a fazer com que o texto seja inteligível, ou seja, que ele comunique algo. Basicamente, a Linguística Textual elenca seis fatores que, se seguidos, fazem com que o texto tenha textualidade. São eles: Coerência; Coesão; Continuidade; Progressão; Não Contradição; e Articulação. A coerência diz respeito ao aspecto conceitual de um texto, ou seja, à relação estabelecida entre os pressupostos e as conclusões a que o texto chega - se tal relação procede ou não. A coesão, por sua vez, é a materialização disso através do uso de recurso gramaticais. Apesar de os dois fatores serem basilares, a coerência é o principal deles, a fim de se manter a textualidade, além disso, partem dela os outros quatro fatores, já que para ser coerente um texto precisa apresentar certas qualidades: 1. Continuidade: garante que conceitos e ideias serão retomados ao longo do texto o que manterá a coerência evitando dessa forma a presença de assuntos desconexos. Isso se manifestará na coesão pelo uso de pronomes anafóricos, por exemplo: “Capitanias hereditárias assim se chamavam porque eram doadas a pessoas de prol e de posse o ‘donatário’, que deveria administrá-las com plenos poderes” (ELIA, 2003, p.27); 2. Progressão: garante que surgirão novas informações conforme os elementos retomados. Destes acréscimos semânticos é que então poderemos depreender o que o texto quer nos falar. A coesão se manifesta pelo uso de locuções que diferenciem a passagem de um tópico para um comentário e a partir daí para um novo tópico, por exemplo: “Capitanias hereditárias assim se chamavam porque eram doadas a pessoas de prol e de posse o ‘donatário’, que deveria administrá-las com plenos poderes” (Ibid, p.27); 3. Não Contradição: garante que o texto não ferirá a sua lógica interna e nem externa. A coesão se manifesta via o uso acurado dos tempos e modos verbais, dos advérbios e do vocabulário, por exemplo: “Capitanias hereditárias assim se chamavam porque eram doadas a pessoas de prol e de posse o ‘donatário’, que deveria administrá-las com plenos poderes” (Ibid, p.27); 4. Articulação: garante a presença e a pertinência das relações entre os fatos e conceitos apresentados pelo texto. É possível fazer isso usando apenas o campo semântico das palavras para manter a coerência, contudo pode-se também, via o

uso de conjunções, manifestar de forma pontual e coesa as relações pretendidas, por exemplo: “Capitanias hereditárias assim se chamavam porque eram doadas a pessoas de prol e de posse o ‘donatário’, que deveria administrá-las com plenos poderes” (ELIA, op. cit., p. 27). Basicamente, quando escrevemos reproduzimos ou damos notação para os sons que emitimos na nossa língua materna. No seu processo de evolução, a escrita caminha para a autonomia, ou seja, ela busca reproduzir a maior quantidade possível de detalhes que constituem uma informação ou que atribuem sentido a uma informação. Daí haver, por exemplos, sinais de pontuação e acentos que tentam informar da mesma forma que as entonações da fala informariam. E também, daí, o surgimento de estratégias de organização textual, como as que vimos acima, de modo a atribuir uma lógica argumentativa ao texto. Letramento e Oralidade Numa canção, onde operam texto e música, se faz necessário considerar que a criação de sentidos se dará não apenas pelo uso de estruturas linguísticas. Notamos que no pensamento da Linguística Textual isso não vem a ser um problema já que a necessidade é de se haver coerência textual deixando a coesão (as regras gramaticais) em segundo plano, como endossa Marcuschi (2008): “o texto deve ser visto como uma sequência de atos enunciativos (escritos ou falados) e não uma sequência de frases de algum modo coesas. Nesse sentido, a coesão explicita não é uma condição necessária para a textualidade.” E continua: Com isto, entram na análise do texto tanto as condições gerais dos interlocutores como os contextos institucionais de produção e recepção, uma vez que eles são responsáveis pelos processos de formação de sentidos comprometidos com processos sociais e configurações ideológicas. Em suma, o que se pode fornecer são condições de acesso e não condições de boa formação textual. (MARCUSCHI, 2008, p. 103)

Deste modo, a maneira como os discursos orais são organizados, nos auxiliam a entender a dinâmica de produção da canção quando pensamos nos seus contextos institucionais de produção e recepção, já que lidamos com algo que se presta a uma performance oral e que é produzindo de maneira oral. Daí a canção possuir determinados tipos de características semelhantes às observadas por Ong, mesmo se tratando de algo escrito. Os elementos até agora apresentados corroboram a hipótese que direcionou essa pesquisa, ou seja, a canção, apesar de escrita, apresenta característica internas que, mais que

recursos poéticos ou estilísticos de um determinado gênero textual, sintetizam uma maneira de se organizar o pensamento. Acerca disso Walter J. Ong conclui: O pensamento e a expressão de formulação oral estão profundamente radicados no consciente e no inconsciente e não desaparecem tão logo se use para tal fim levar a caneta à mão. Finnegan (1977, p. 70) reporta, com aparentemente alguma surpresa, as observações de Opland nas quais quando poetas Xhosa aprendiam a escrever, seus escritos poéticos eram frequentemente caracterizados por um estilo formular. Seria de fato totalmente surpreendente se eles dominassem outros estilos, especialmente porque as marcas do estilo formular não são exclusivamente poesia, mas, em certa medida, todo o pensamento e expressão numa cultura marcadamente oral. A poesia escrita nascente, em toda parte, ao que parece, é em primeiro lugar, necessariamente, uma mímica do script da performance oral6. (ONG, 2000, p. 26) [tradução nossa].

Conclusão Tentamos apresentar de forma sucinta a cognição envolvida na transmissão dos saberes orais e escritos, para então perceber como elas se tocam na escrita de uma canção. Observamos o seu caráter sui generis que deve ser levado em conta na sua analise de modo a se perceber que esse processo criativo não envolve somente a atividade intelectual, mas, principalmente, um modo de ser. Os estudos de tradições orais, a Linguística Textual, o conhecimento musical, entre outros ramos do saber, devem ser considerados, de modo a se compreender melhor um objeto de estudo, que além de tão belo é tão intrigante.

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Oral formulaic thought and expression ride deep in consciousness and the unconsciousness, and they do not vanish as soon as one used to them takes pen in hand. Finnegan (1977, p. 70) reports, with aparently some surprise, Opland's observation that when Xhosa poets learn to write, their written poetry is also characterized by a formulaic style. It would in fact be utterly surprising if they could manage any other style, especially since formulaic style marks not poetry alone but, more or less, all thought and expression in primary oral culture. Early written poetry everywhere, it seems, is at first necessarily a mimicking in script of oral performance.

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