O poder da união

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
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O poder da união O poder da união é a chave para o alcance de desempenho.

DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios (ULBRA), Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) e pós-graduando em Planejamento Empresarial e Finanças (FAVENI)

[email protected] Artigo publicado em 23 de agosto de 2016 http://www.administradores.com.br/artigos/academico/o-poder-da-uniao/97553/

Já faz algum tempo que os debates sobre a economia compartilhada e sobre as redes de colaboração vêm sendo colocados à mesa com diversos paradigmas associados às suas reais potencialidades de ação e efetividade. Do mesmo modo, em períodos de tempo similares, os temas relacionados à filosofia da sustentabilidade vêm sendo tratados, basicamente, de igual forma pelas organizações globais. E embora o movimento parta de ações massivas da sociedade comum que clamam por maiores responsabilidades pelo uso racional de recursos, algumas organizações começam a vislumbrar múltiplas possibilidades para além da trivial cultura estritamente orientada ao lucro. Certamente que há algumas empresas pioneiras, como o caso da IBM® que vem desenvolvendo através de redes de colaboração muitos de seus processos de trabalho e serviços baseados em software livre desde a década de 1980, período em que a empresa perdeu enorme fatia de mercado e quase faliu devido a oferta de produtos obsoletos (como o caso de seus mainframes). Mesmo uma gigante como a IBM® soube que um novo modelo de desenvolvimento estava surgindo e ela precisava mudar de alguma forma, ou seja, identificou as possibilidades que o mercado estava ofertando. Essas oportunidades de mercado emergiram com uma rapidez tremenda desde então, com uma velocidade incrível de mudanças tecnológicas que causaram rupturas em processos e estruturas inteiros a partir de um fluxo de informações cada vez mais corrente, instantâneo, complexo e universal. Com as informações mais acessíveis ao mercado (empresas e sociedades), o processo de globalização se acelerou e o conhecimento tornou-se um atributo fundamental e disponível para utilização pública. A literatura sobre este assunto é vasta, mas não há sombra de dúvida de que o grande vetor dessa revolução foi o trabalho de Richard Stallman e seu projeto GNU (1983) que serviram de base para este movimento de inovação global provido a partir do desenvolvimento do software livre. Atualmente ouvimos falar muitas coisas interessantes sobre a filosofia da economia compartilhada, com destaques globais para os serviços do Uber®, do Waze®, do Airbnb® e do Banco JAK (Banco social), por exemplo. Porém, se pensarmos mais profundamente, podemos identificar diversos outras inovações oriundas do movimento do software livre e das redes de colaboração, com destaques globais para projeto GNU (softwares aplicativos e de sistemas livres), servidor de rede Apache, RedHat, Creative Commons, LibreOffice, Mozilla Firefox, VLC, Evince, Gimp, etc. Todos estes exemplos de softwares livres podem ser considerados partes de um vetor que propiciou o início desta grande "onda" que Drucker vislumbrou já na década de 1950, em seu livro "A prática da gestão" de 1954. Entretanto, toda essa tremenda mudança que continuamos passando, como visto, desde meados dos anos 1980, só adquire toda essa velocidade de ruptura de processos e estruturas de mercados graças ao poder do conhecimento compartilhado, ou seja, é a força do ambiente colaborativo, da união de esforços, que condiciona o surgimento de processos de inovações e do progresso. E as Organizações inteligentes entendem que incentivar continuamente um ambiente interno de colaboração e realizar uma adequada gestão do conhecimento é essencial para continuar a competir e buscar um desempenho superior, ou mesmo, obter alguma fonte de vantagem competitiva. Portanto, incentivar o compartilhamento e gerir conhecimento de forma efetiva é essencial para que a empresa evite perdas desnecessárias e, em última análise, deixe de ser competitiva por não ter a base para gerar a inovação. O poder da união é a chave para o alcance de desempenho.

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