O QR CODE

June 29, 2017 | Autor: Manoel Neto | Categoria: Mobile Technology, Smartphones, QR Code, Jornalismo Impresso, Jornalismo Comunitário
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O QR CODE: UM NOVO FÔLEGO NOVO PARA JORNALISMO IMPRESSO OU O ÚLTIMO SUSPIRO

Manoel Vicente da Silva Neto
[email protected]
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB


RESUMO

Este artigo discute a adoção de inovações no jornalismo impresso como QR Code e como segunda tela. As novas tecnologias, através dos smartphones estão aí ajudar e ser um complemento para o jornalismo impresso. Nunca o jornalismo contou com tantos recursos e possibilidades para cumprir melhor a função social que lhe corresponde. Renovar os conteúdos e as linguagens para aproveitar todo esse potencial tecnológico. É preciso não perder as tecnologias do hoje para seguir praticando o jornalismo de ontem, essa busca por novos modelos não deve centrar-se em perpetuar moldes defasados, mas em proporcionar viabilidade à mídia para incorporar o novo jornalismo. Neste novo cenário, é certo que continuarão sendo necessários os jornalistas bem preparados, antenados e dispostos a apostar suas fichas nos smartphones e suas ferramentas, especialmente no QR Code.

Palavras chaves: Smartphones, Jornalismo Impresso, QR Code, multiplataformas


Introdução

Neste artigo pretendo que o inimigo não são as novas tecnologias, elas estão aí para nos ajudar e ser um complemento para o jornalismo impresso. Nunca o jornalismo contou com tantos recursos e possibilidades para cumprir melhor a função social que lhe corresponde. Resta, claro, renovar os conteúdos e as linguagens para aproveitar todo esse potencial tecnológico. É preciso não perder as tecnologias do amanhã para seguir praticando o jornalismo de ontem. Mas essa busca de modelos não deve centrar-se, como até agora, em perpetuar moldes defasados, mas em proporcionar viabilidade à mídia para incorporar o novo jornalismo. Neste novo cenário, é certo que continuarão sendo necessários os jornalistas bem preparados, antenados e dispostos a apostar suas fichas nos smartphones e suas ferramentas. As Profecias sobre o fim do Jornalismo impresso ainda não se cumpriram, mas podemos ver observar sua decadência por meio das crises e demissões massa. Assim como Nostradamus previu o fim do mundo, não quer dizer que não já o esteja vivendo. as tecnologias impactaram profundamente a profissão jornalística, os cidadãos, que ao contrário do que se pensava aumentou o interesse, engajamento pela informação produzida pela mídia impressa, televisiva, radiofônica e digital e principalmente nunca o leitor se sentiu tão bem em compartilhar conteúdos jornalísticos e participa ativamente do processo.

Dependendo da forma como ele feita, as redes digitais e suas plataformas de notícias só aumentaram as possibilidades de produzir jornalismo de alta qualidade. Elas permitem uma documentação melhor, a diversificação das fontes e dos enfoques, aumentando os mecanismos de correção, possibilitando publicar ciclos editoriais tão longos como simultâneos. Abriram portas para enriquecer as informações e uma vez aberta essa porta não pode ser mais fechada e por isso temos e é preciso o jornalismo impresso usar recursos hipertextuais e multimídias, enviando os conteúdos até o bolso dos cidadãos e é lá que o jornalismo impresso tem que chegar.
O Jornalismo impresso está ávido para um novo modelo de negócios, um novo modelo de notícias, notícia é negócio. As tecnologias fazem isso com maestria utilizando-se de plataformas da rede, mostrando um caminho que o jornalismo impresso teima e não enxergar e tratando as novas ferramentas disponíveis como ¨inimigos¨a ser combatido em prol da tradição.

O ¨inimigo¨ não são as novas tecnologias, elas estão aí para nos ajudar e ser um complemento para o jornalismo impresso. Nunca o jornalismo contou com tantos recursos e possibilidades para cumprir melhor a função social que lhe corresponde. É preciso renovar os conteúdos e as linguagens para aproveitar todo esse potencial tecnológico. É preciso não perder as tecnologias do hoje para seguir praticando o jornalismo de ontem, pois essas mesmas tecnologias que de um dia para o outro pode estar defasado. Mas essa busca de modelos não deve concentrar-se em perpetuar formatos defasados, mas em proporcionar viabilidade à mídia para incorporar o novo jornalismo. Neste novo cenário, é certo que continuarão sendo necessários os jornalistas bem preparados, antenados e dispostos a apostar suas fichas nos smartphones e suas ferramentas, especialmente no QR Code, uma ferramenta pouca usada ou que não souberam usar e agora podemos usa-la a nosso favor.

O QR Code o suspiro final ou um novo folego para jornalismo impresso moribundo

Os QR Codes ainda se parecem mais com um enigma do que com um meio de transmitir rapidamente informações a dispositivos móveis. Mas o que é, afinal, um QR Code?
É um código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. Esse código, após a decodificação, passa a ser um trecho de texto, um link e/ou um link que irá redirecionar o acesso ao conteúdo publicado em algum site.O Qr Code pode auxiliar o jornalismo impresso da seguinte forma devido à crise e redações cada enxutas e acumulo de funções. O QR Code pode auxiliar para que o Jornalismo impresso inove e permitindo a integração dos meios multimidáticos fazendo dialogar com o papel e não o extinguir e consequentemente não extinguir empregos para isso precisamos focar em alguns pontos. Depois do frenesi do lançamento do QR Code, muito utilizados em revistas que serviam exclusivamente para notas ou curiosidades e depois em produtos, que servia só para redirecionar para o site da empresa, onde as empresas não tinham sequer um planejamento, um modelo de negócios e como podiam oferecer mais que eram capazes e pode lucrar com isso e isso a seu favor. O que se viu foi um mal-usado do QR Code no Brasil e não se pensou a longo prazo o que essa ferramenta poderia transformar e atrair noves leitores para o jornal. A questão é muita complexa e para pretendo elucidar alguns fatos.


O Jornalismo Impresso precisa ser uma ponte de ligação entre o novo e o tradicional

Martino defende que a sociedade contemporânea não fica mais passiva, não existe mais aquele modelo emissor/receptor com o advento das redes sociais e por consequências dos seus aplicativos e usos podemos afirmar:


As identidades contemporâneas passam pela mídia, se articulam com as pessoas e se transformam em novos modelos de compreensão. A ideia, aqui, é mesmo de articulação como um processo de mão dupla, uma dialética entre o poder dos meios de comunicação em contraste com as possibilidades de resistência dos indivíduos, dos grupos e das comunidades, não apenas recebendo as mensagens da mídia e articulando-as em seu universo social, mas também produzindo sua própria comunicação, em qualquer esfera (MARTINO, 2010, p. 16)..


Para o leito possa usufruir dessa ferramenta que é o QR Code no jornalismo móvel é necessária uma análise, uma forma do leitor compartilhar a novidade, divulgar a plataforma e usa-la a ponte que leiga o impresso aos os outros canais de informação, utilizando dos smartphones que estão sempre à mão e acessíveis. O grande problema está nesse ponto o QR Code foi implementado sem considerações ou explicações com o leitor, até mesmo com os jornalistas que não souberem o usar a tecnologia ao seu favor. Não foi dado uma capacitação como lidar com o QR Code tanto para o jornalista quanto para o leitor, o que deveria ser feito de fato é uma introdução a leitor sobre essa tecnologia não uma, não duas, mas várias vezes até que o leito assimile e não cause tanto estranhamento e assim que seja tão normal quanto assistir usando o smartphone.
O uso de Smartphones como no jornalismo impresso é quase nulo, visto, a pesquisa deixa claro isso que o uso é um uso diário, como o smartphones ou agregam vários elementos como checagem de E-mail, Voip, Skype, telefonia, redes sociais, é normal que use com frequência, além de ser o primeiro objeto que pegamos ao acordamos, porque servem de despertador, logo já acordamos literalmente plugados. Os smartphones estão como primeira tela porque ela agrega a telefonia e serviços de mensagens instantâneas, não quer dizer que ficamos 149 minutos olhando o smartphone, mas eles ficam ligado, o tempo realmente que os usuários passam utilizando realmente deve ser bem menor, a pesquisa AdReaction, da Millward Brown, leva em conta o tempo on-line, ou seja, nem sempre estamos usando mesmo on-line ainda é cedo para pensamos em ¨segunda tela¨ no Brasil para o Jornalismo Impresso.
Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indica que 40,8% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet – o valor não considera a conexão via smartphone dos moradores. O alcance é maior no Sudeste (51,5%), seguido por Sul (42,9%), Centro-Oeste (40,7%), Nordeste (29,2%) e Norte (20,7%) e essa edição da pesquisa domiciliar Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social) trata de serviços de telecomunicações – não há como comparar com levantamentos anteriores, pois os temas abordados eram outros. O estudo foi realizado em 3.809 domicílios de 212 municípios, durante junho de 2013. A margem geral de erro é de 1,34%, e a distribuição de respondentes por região reflete a proporcionalidade nacional.
Em todo o país, a forma mais comum de acesso residencial é a internet banda larga via estrutura de TV a cabo (32,8%). Na sequência aparecem conexões via linha telefônica (23%), modem de telefonia móvel (18,3%), satélite (10,6%), rádio (10,2%), linha discada (1,5%) e outros (3,6%), pesquisa divulgada em 13/03/2014
O crescimento nas vendas de smartphones tem aumentado consideravelmente no Brasil, mas não é o aparelho em si, que determina seu uso e sim os planos das telefonias móveis, por um valor fixo ou pré-pago (esse o mais comum) que limita o acesso de dados.
Os smartphones não afronta o jornalismo servem como aliado para meios tradicionais de se fazer jornalismo, modo de consumo e produção de conteúdo. Hoje a maior parte da população possui um celular que filma, tira fotos e se tiver alguns créditos acessar a internet, isso permite que o usuário de informação passe também a produzir e compartilhar conteúdos factuais em primeira instância, isto é, no momento exato do fato que esteja acontecendo e isso vai pautar a mídia tradicional umas simples imagens capturadas de um celular feita por populares quem estavam no local certo e na hora certa de um fato relevante, possa virar notícia.

O uso do QR Code no Jornalismo impresso

As estratégias e planejamento a longo prazo por exemplo devem ser considerado. Atualmente todo mundo tem um smartphone com câmera, logo alguns smartphones como o Iphone da Apple que usa o sistema IOS vem com leitura nativos de QR code, ou seja, já vem pré-instalado no smartphone, já alguns smartphones que usa o sistema operacional Android da Google é preciso adquiri-lo na loja virtual Google Store e há leitores de QR Code gratuitos na loja.

A questão é usar o QR Code em editorias ou cadernos com pouca visibilidade, para acostumar o leitor com esse o jornalismo usando o smartphone como segunda tela em áreas estratégicas do Jornal, como o Caderno 2/Caderno de cultura, o termo varia de jornal para jornal. Não é regra, mas todos aqueles interessados na área de cultura quero e precisam muito mais do que resenhas e a programação cultural do fim de semana, o leitor que mais, a exemplo que o telespectador ouvinte não se contenta mais em apenas se um mero receptor. Onde a TV e em passos ainda tímidos o radiojornalismo sabe usar com maestria a segunda tela interagindo ao vivo participando ativamente como produtor de conteúdo seja pelo Twitter, Facebook e até mesmo criando ¨memes¨ no momento exato.

No Jornalismo Impresso é necessário usar um outro modelo e para isso exigir um planejamento, dedicação e procura par conteúdos além do óbvio, usando o exemplo do Caderno 2/Cultura do Jornal. Em vez de uma simples entrevista impressa que é necessário, levando em consideração o grau de dispersão dos novos leitores é necessário ter um atrativo a mais por exemplo. Suponhamos que um artista vai dar estar na cidade e concede uma entrevista ao jornal, só imagem e fotografia não basta é necessário ter um conteúdo exclusivo para o leitor. Hoje em dia todo Jornalista leva tem um smartphone com configurações avançadas, uma câmera razoavelmente boa no aparelho, poderia muito bem gravar a entrevista em vídeo, diminuído o texto e focando mais no vídeo. Além de proporcionar um conteúdo exclusivo como por exemplo: se for um escritor o QR Code que conterá um link que irá direcionar os escritos uma espécie de amostra grátis das poesias, contos do autor no portal, blog, vídeo no Yotube ou outras plataformas, se for um cantor disponibilizar a música de lançamento, a música mais popular do artista ou videoclipe, se for um dramaturgo um vídeo ou um teaser com as melhores cenas do espetáculo ou depoimentos sobre o espetáculo.
Focando ainda no caderno2/cultura partindo do pressuposto que os leitores comprar o jornal e o jornal de validade de um dia, nos cadernos de fim de semana isso muda completamente, pois ele vai consultar o jornal pelo menos três dias ou dois dependendo de quando sai o caderno de cultura, pois ele vai consultar os filmes, as peças, os shows em cartaz, o jornal deixa de ser um bem que tem validade de um dia e passa a ter vários. Quando um leitor/assinante compra um jornal e procura os filmes em cartaz em só encontra as sinopses, as classificações e notas de 1 a 5 estrelas, porque não simplificar isso, caso o Jornal possua um portal, nos filmes em cartaz disponibiliza um QR Code, com todos os trailers dos filmes em cartaz, assim o leitor não vai precisar entra no Youtube, procurar o trailer e crítica do filme quando a própria empresa pode fazer isso sem custos.

Usando de uma forma eficaz o QR Code

Como o exemplo mais gritante e o foco é o caderno 2, para podermos ir para outas editorias, o caderno 2 é um caderno que poucas pessoas leem ou usam mais para preencher palavras cruzadas, para que o leitor seja estimulado e as empresas de jornalismo impresso, minha forma de escrever é usando princípios acadêmicos de pesquisa, mas usando uma linguagem que todos possam perceber a importância de um ferramenta de graça, pois é código aberto e uso sem restrições que apenas redirecionar, através leitor óptico/câmera do smartphone para informações que podem ser relevantes e que pode mudar os rumos do jornalismo impresso. Muitos vão dizer já tentaram, já foi usado, mas será que foi usado de forma correta, com um planejamento estratégico, pelo que eu pesquisei não. Como as empresas jornalísticas são integradas, as grandes empresas comunicação possuem rádio, impresso, portal e elas tem acesso conteúdos exclusivos, falando de uma forma bem clara, se a peça em cartaz em um teatro, disponibiliza uma pequena entrevista com os atores, as expectativas, o local, como chegar, o preço, pois hoje em dia tem que ser muito prático em dinâmico. Se por acaso for uma inauguração de um teatro, museu, lançamento de livros e outras atividades culturais porque não, disponibilizar um QR Code que levará ao link ao vivo usando ferramentas como Ustream, Livestream, twistcam ou Periscope ou hangout do google e softwares similares que sirvam para cobertura ao vivo.

Como usar as tecnologias e limitações disponíveis na prática?

A tecnologia 3G, que permite o acesso em banda larga através de smartphones, teve um lançamento massivo no ano de 2008 no Brasil. Em 2015 Todas as capitais, centros urbanos, cidades pequenas e zona rural de maioria dos municípios dos brasileiros possuem essa tecnologia, coisa inimaginável em 2008, e por acordo com a Agência Nacional de Tele-comunicações(ANATEL), as empresas que exploram a telefonia celular e já tem cobertura em todo país, hoje temos o 4 G e 5G. Isso facilita muito onde não tem redes de Wi-Fi, os Smartphones evoluíram muito em 7 anos, não existe somente o smartphone, mas para maior praticidade, comodismo, agilidade, hoje muitos smartphones já vem ou podem ser baixados programas de edição, tanto para áudio e vídeo, melhoramento de imagens, gravador de voz, alteração de voz, ferramentas para preservar a identidade de fotos, coisa que uns 5 anos atrás e ¨subir¨ vídeos quase instantaneamente, instantaneamente ou ao vivo via ¨livestream¨ ou similar coisa que antes fazia-se com um notebook e uma filmadora, às vezes nem isso devido ao tamanho dos arquivos e programas pesados e a dificuldade de se levar uma filmadora. Os smartphones cabem na palma da mão, no bolso, são discretos e poder se filmar e fotografar sem chamar muita atenção. Os 140 milhões de usuários rapidamente pularam dos serviços de voz para os de dados como o acesso ao ciberespaço, proporcionando diversas potencializações de usos; desde policias, vídeos virais dos mais variados temas, até socialmente emancipadoras e de representação social. O jornalismo móvel traz novas formas de agrupar o analógico ao digital e usar a favor o fazer jornalístico a partir da interface desse conjunto de tecnologias principalmente a partir os smartphones e de estratégias agregando mudanças e novos valores às rotinas produtivas dos jornalistas ou às formas de consumo e de interação por meio de dispositivos smartphones criando uma segunda tela para o Jornalismo impresso. O grande dilema hoje nos grandes meios de comunicação é a chamada ¨redação móvel" para o processo de apuração, produção e distribuição de conteúdo ainda tem um processo arcaico em algumas empresas de comunicação, o que é do rádio é do rádio, o da TV da TV, o das redes sociais são apenas chamadas, não uma integração de redação, alguns poucos jornais fazem essa integração de uma forma eficaz exemplo: O Estado de São Paulo.


Usando o QR Code em outras editorias do Jornalismo Impresso

Vamos tomar por exemplo os grandes meios de comunicação e pequenas empresas de comunicação que englobam TV, Rádio, Webradio, Podcast, Internet (Youtube, Soundcloud, redes sociais e tudo eu se refere a imagem e som), ou que pelo menos usam uma dessas plataformas como auxilio, todas as editorias podem e serão beneficiadas mas destaco essas principalmente:

ESPORTE

No esporte por exemplo os grandes times, tem toda cobertura, câmeras multifocais, para não perder os lances mais marcantes do jogo e os gols. Nas pequenas empresas de comunicação, Jornalismo Comunitário ou jornais de bairro, isso praticamente inexiste, os times dos bairros e times de menor expressão que estão na série C ou D nem se quer tem uma fotografia no Jornal, muitos menos lances da partida. Essa é a grande sacada se é que em termos acadêmicos se pode falar assim, se falta verba, o Jornalista que é torcedor daquele time pode muito bem, filmar os lances da partida, os gols e não precisa pagar muito não, basta ter uma boa diplomacia, por exemplo o patrocinador do time da série D e o próprio time que seu time e sua marca circulando para as pessoas do bairro e da região isso fortalece o time, a receita do time que está jogando em um campo de várzea, mas seu time está nas páginas do jornal e seus lances marcantes e gols estarão na rede mundial(internet) para todo mundo ver, inclusive a marca do patrocinador filmadas a partir do smartphone e disponibilizada através de um QR Code que irá redirecionar para o site que terá os lances da partida . Não estou defendendo cortesias, mas nessa crise é bom para as ambas as partes, um lugar melhor, dará melhores ângulos é uma questão de estratégia.

Economia

Seguindo a mesma linha de raciocínio o modelo do Jornalismo de grandes empresas não é o mesmo para o Jornalismo de bairro ou comunitário. Outro modelo outra estratégia, para isso exige uma pesquisa de mercado, as grandes empresas de comunicação têm uma base consolidada para as opiniões e especialistas em políticas, as previsões otimistas e pessimistas são reproduzidas em todos os meios do veículo que detém, seja rádio, TV, portal, podcasts e rede sociais. Para o jornalismo comunitário ou para o Jornal de uma cidade especifica, a previsão tem que mais realista possível, que o leitor possa se identificar quando for no supermercado da esquina, quando for pagar a energia, água e com economistas da região que vivem aquela realidade local e o mais importante as participação dos leitores, hoje o método mais usado é o WhatsApp, uma linha direta entre o jornal impresso e o leitor, lembrando que hoje não existe só o jornalismo impresso, hoje os jornais contam com webrádios, redes sociais o mais comum, sites ou blogs. O uso do QR Code nesse caso para aproximar o leitor do jornal é uma entrevista com os comerciantes da região e clientes, como anda a situação de movimento das vendas, compras e tudo relacionado a economia local, par depois fazer a análise do panorama geral da economia Brasil ou vice e versa.


Politica

Essa editoria é fácil lidar com as grandes e médias empresas de comunicação, mas que as empresas não escondem suas preferencias, nos jornais como Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo, o mesmo se aplica em jornais de cidades especificas, esses meios de comunicação ainda usam uma forma arcaica de lidar com questões de praticidade, lendo o jornal impresso, onde muitas vezes possuem entrevistas em vídeo com os políticos sejam eles vereadores, deputados, senadores, presidentes e representante de movimentos, o Jornal apenas indica para a entrevista completa acesse o site do Estado de São Paulo ou Folha de São Paulo. Isso é desnecessário é ultrapassado, pois o tempo de procurar a entrevista na imensidão do site é frustrante ou quando se tem que ligar o o computador e quando se encontra. O QR Code pode acabar com todo esse processo sem perde ¨cliques¨ e anúncios, levando o diretamente par o site e para a entrevista seja em áudio ou vídeo, usando o mesmo modelo de divisão de publicidade.
No Jornalismo Comunitário o processo não funciona desta maneira é muito mais complexo. No Brasil 90% dos donos das rádios comunitárias são de políticos em todos os graus, quando não é parente de algum político, mas como tudo tem seu lado positivo e negativo.
O Positivo é que se o dono da rádio comunitário for de oposição irá mostrar o descaso de bairro, ruas não calçadas, promessas não cumpridas. O negativo se for de situação não irá mostrar de fato os problemas do bairro, a não que seja muitos gritantes. E existe o meio-termo que pode ser de dois em dois anos quando um jornal era bem critico quando era oposição, quando o candidato é eleito ou liderança o jornal perde seu caráter comunitário, se é que pode se dizer assim.

O uso do QR code como forma de extensão do jornal comunitário pode ser mais benéfico ou não representar as insatisfações do leitor, pois plataformas como Youtube, WhatsApp, redes sociais podem ser usadas como assessoria do candidato eleito (dono da emissora) ou para acusar que é de oposição, não trazendo benefício nenhum para o leitor/morador.

Cidades
As grandes corporações de mídia os já citados Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, tem uma grande preocupação nesse sentido por exemplo as manchetes, eles apuram, analisam que o que pode ser publicado, não a notícia, mas o que vem com ela, as imagens e os vídeos, o mesmo cuidado que tem a impressa da TV. Antes de publicar alguma imagem no jornalismo impresso ou vídeo nos portais, os jornalistas, editores e chefes de reportagem tem todo o cuidado de preservar a vítima, sem exibir de uma forma explicita, imagens de sangue ou violência explicitas. O uso do QR Code auxilia, mas antes terá eu passar por uma edição de imagens, às vezes só com os depoimentos de testemunhas devidamente protegidos a identidade por meio de alteração de voz e imagem alterada. Existe um fenômeno no Brasil principalmente no Norte, Nordeste e cidades do interior do Brasil, que mostram imagens sem edição, sem preservar o rosto, cenas de sangues e violência gratuita e muitas vezes esses veículos incentivam a procurar o vídeo no Youtube ou no WhatsApp. Especialmente nesse caso não acho relevante usar o QR Code em jornalismo de bairro e comunitário. Salvo o caso de se ter Jornalistas e editores comprometidos com a ética jornalística e humana, para preservar as pessoas não das notícias de violência e sim das imagens ou vídeos que o link do QR Code pode levar. Uma forma de usar QR code nesse caso seria uma entrevista em áudio seja com a polícia militar ou com algum representante da segurança local, esclarecendo o fato, uma matéria sobre ocorrido e imagem no jornal impresso, sempre com ética.






Como O jornalismo Impresso usando o QR code pode beneficiar o Jornalismo comunitário?

Sabemos que as redes sociais como Instagram, Facebook, Waze, Twitter, usa nossos dados e localização GPS para nos vender produto, para nos vender, pedem acesso irrestrito a nossa câmera ao nosso áudio, porque não usar esses mesmo princípios no Jornalismo Impresso? Os Jornais de bairros estão cada vez mais extintos, os poucos que tem sobrevivem as duras penas. Basicamente tem poucas notícias e muita publicidade é praticamente um panfleto, mas como aproximar os jornais de bairro, para sua ideologia ou premissa inicial torna o jornal porta-voz da comunidade ou bairro. A resposta está no uso do QR Code. Pode parecer um paradoxo, mas outro modelo outra estratégia, para isso exige uma pesquisa de mercado, experimentar, ousar. Se hoje o Jornal de bairro ´um panfleto, voltemos as origens que é menos publicidade no papel e uma divisão de anúncios, menos anúncio no impresso e voltar a pautas dos anseios daquela comunidade, prestação de serviços, notícias do bairro, pautas humanizadas o leitor tem que sentir representado novamente. a comunicação móvel tem a potencialidade de ser ainda mais transformadora em um país de dimensões continentais e uma população multicultural que por incrível que pareça muda muito apenas de bairro para bairro. Se no meu bairro tem uma campanha de vacinação, devia se usar o modelo tradicional de jornalismo impresso e usando o QR code poderia inserir o anúncio no vídeo da matéria, infográfico, entrevista de rádio, portal, pois o smartphone é uma realidade que não tem volta e a publicidade tem que se adequar a esse novo modelo no jornalismo impresso, o apelo visual não existe mais, somos a geração conectada e a publicidade e o jornalismo impresso têm que entender isso.

Os desafios do Jornalismo comunitário e de bairro

Quem mais pode se beneficiar usando o smartphones e o QR Code sem dúvidas é o Jornalismo de bairro ou Jornalismo comunitário e pequenas empresas de comunicação.
O grande dilema problema e perigo desse meio é se todos podem produzir conteúdo, quem vai fazer a filtragem dela? já que no jornalismo tradicional existi uma checagem, o direito de resposta, ouvir os dois lados, até três se tiver, cabe a mídia tradicional adequar-se também a esse meio, com notícias curtas de impacto próprias para as redes sociais como Facebook, Twitter, Blogs e WhatsApp, fazendo um uso consciente desse meio que atinge mais pessoas e tem um processo de ¨viralização da notícia¨ espantosa que nas mãos erradas ou usadas incorretamente pode ocorrer várias injustiças e até crimes como o caso da mulher que foi confundida como sequestradora de crianças no Guarujá, por causa de um retrato falado, postado em uma página do facebook, resultado lincharam a mulher até a morte, em cenas de barbáries que parecíamos que voltamos na idade média e só que agora filmando e compartilhando as cenas de barbárie, nesse caso tem que haver um policiamento para não dar o que os leitores esperam, mas sim o que é relevante e ético no jornalismo.


O Jornalismo impresso vai perde publicidade com o uso do QR code?

O QR code aplicado ao Jornalismo impresso abrem caminhos para novas possibilidades e ao mesmo tempo, trazem inconvenientes que precisam ser planejados como
Resultantes dessa mesma expressão de potencial no que se refere ao consumo e às práticas jornalísticas tradicionais afetadas pelas novas tecnologias, mas muito pelo contrário, ao veicular vídeos usando plataformas de vídeos como Vímeo, Youtube ou plataformas de áudios os podcast, infográficos ou todas elas hospedados no portal, dependendo da plataforma os anúncios, poderão triplicar receitas, pois haverá, publicidade no vídeo, publicidade no infográfico, publicidade no portal e jornal impresso. Nesse ponto é necessário cautela e um planejamento com a forma de publicidade em cada tipo e veiculo, hoje em dia é praticamente inaceitável que um anúncio de supermercado ocupe uma página inteira de um jornal, o que se pode fazer é diminuir o espaço da publicidade do jornal, transferir para o vídeo no máximo 10 a 12 segundos, uma publicidade de 15 a 30 segundos no Soundcloud ou plataforma similar de podcast eu um banner no portal, isso geraria mais receita, aumentaria o preço da publicidade e poderia resolver o problema resolver temporariamente a crise do Jornalismo Impresso.


Considerações Finais

O QR code pode ser aplicado de uma maneira eficaz ao Jornalismo Impresso, podendo dar mais dinamicidade, reduzir custos, reduzir números de páginas dos jornais sem diminuir a publicidade usando a rotatividade dos meios multiplataformas, mantendo os anunciantes as consequências reais do QR code que poderá acontecer são: Maior assimilação por parte do leitor pois ele poderá assistir, escutar áudios em qualquer local em que esteja e como consequência compartilhar maior publicidade, pois com o QR Code vai gerar um link, esse link abrirá uma publicidade gerando mais dinheiro com cliques e propaganda, vídeos promocionais ou oferecimentos, promoções e sorteios. Grandes empresas de mídias terão uma otimização dos seus conteúdos e uma melhor assimilação do leitor. Novos anunciantes, mantendo os leitores habituais e atraído novos além de ressuscitar editorias que foram extintos na crise do jornalismo impresso. O QR Code pode ser um fôlego novo para jornalismo impresso ou o último suspiro.





























REFERÊNCIAS

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