O que é Nazi-Fascismo.pptx

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O que é Nazi-fascismo?
O Fascismo
"Uma das diferenças importantes entre o movimento e Estado totalitário é que o ditador totalitário pode e necessita praticar a arte totalitária de mentir com maior consistência e em maior escala que o líder do movimento. Isso é, em parte, consequência automática da ampliação dos escalões de simpatizantes e, em parte, resultado do fato de que uma declaração desagradável, vinda de um estadista, não é tão fácil de revogar quanto a de um demagógico líder partidário."
- Hannah Arendet, Origens do Totalitarismo.
O TOTALITARISMO E SEUS IMPACTOS NA HISTÓRIA

"O fascismo italiano e o nazismo alemão conquistaram o respaldo de muitos setores da população, conseguindo um financiamento junto à alta burguesia. Assim puderam resolver a crise do capitalismo, com a instalação de ditaduras de direita que garantiram a ordem do sistema, os lucros e a propriedade. Servindo de exemplo a muito países [incluindo o Brasil], também atingidos pelos efeitos da Grande Depressão, o totalitarismo reforçou o desenvolvimento armamentista, preparando terreno para a Segunda Guerra Mundial"
- Baseado no livro: PAZZINATO, Alceu Luiz & SENISE, Maria Helena Valente. História Moderna e Contemporânea. SP: Editora Ática, 8ª Edição, 2000.
SOBRE A IRRACIONALIDADE DO TOTALITARISMO

"A união de grupos sociais tão diferentes realizara-se através de uma mistura de doutrinas compostas por fragmentos de teorias diversas [inclusive a marxista]. O resultado foi um conjunto de ideias superficiais, tendenciosas, mal alinhavadas e incoerentes. Essa incoerência era disfarçada pela propaganda, por grandes desfiles militares, que apelavam aos sentimentos patrióticos da massa em favor de uma recuperação interna e da expansão colonialista."
- Baseado no livro: PAZZINATO, Alceu Luiz & SENISE, Maria Helena Valente. História Moderna e Contemporânea. SP: Editora Ática, 8ª Edição, 2000.

BASES SOCIAIS DE APOIO

Alta burguesia: preocupada em manter suas propriedades a salvo, devido ao crescimento do movimento operário.

Classes Médias: empobrecidas com a crise e temerosas com uma equiparação com as camadas de menor poder aquisitivo.

Estratos mais baixos da população: subempregados, trabalhadores não especializados e jovens que não conseguiam ingressar no mercado de trabalho.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Fragilidade das democracias liberais após a Primeira Guerra.
Crise na Alemanha e na Itália: desemprego, inflação galopante, total distanciamento entre povo e parlamentares.
Criação de partidos nacionalistas para eliminar fontes de conturbações sociais e proporcionar o desenvolvimento do capitalismo.
Crescimento da pregação em favor de um Executivo forte a quem a população deveria se subordinar totalmente para alcançar a ordem e a prosperidade geral.
Esta postura totalitária pretendia eliminar tanto o individualismo liberal quanto o coletivismo pregado pelo marxismo.
Sobre o Fascismo
Texto 1:
"Com um programa de nacionalismo, ataque à classe liberal, republicanismo, anticlericalismo e anseios de renovação social, o Fascio di Combattimento exprimia as posições de uma pequena burguesia irrequieta e principalmente, dos ex-combatentes. O movimento tinha por base militantes que haviam passado por experiências diferentes: republicanos, intervencionistas, democráticos, anarquistas, estudantes, todos reclamando uma maior participação política da pequena burguesia. Eram evidentes no grupo o oportunismo e o estilo violento, que se manifestou já em abril de 1919, com o incêndio do jornal socialista Avanti em Milão"
- Adaptado de Angelo Trento, Fascismo Italiano, p. 16-17.
Sobre o Fascismo
Texto 2:

"Mussolini eleito pela primeira vez, compreendeu que para tirar proveito político das violações de rua era necessário abandonar algumas posições do fascismo de 1919, estabelecendo melhores relações com o Vaticano e com a monarquia. Com esse objetivo, começou a compor para o fascismo a imagem de baluarte contra o ateísmo comunista, atacando o PPI (Partido Popular Italiano) por causa da oscilação de tendência esquerdista. Desse modo, interpretou as preocupações da Igreja (que começou efetivamente a tirar seu apoio ao partido popular) e de muitos conservadores reacionários católicos. Paralelamente, Mussolini eliminou traços anticapitalistas (e os elementos mais de esquerda da direção), convertendo-se ao liberalismo econômico e ganhando adesão e apoio financeiro do mundo empresarial."
- Angelo Trento, Fascismo Italiano, p. 18-19.
Sobre o Fascismo
Texto 3:
"O Duce: sempre jovem, sempre sério, sempre trabalhando
A natureza desconfiada e vaidosa de Mussolini muito contribuiu para forjar sua imagem de 'ser divino'. Temendo ser ofuscado por qualquer outro italiano, o Duce trocava constantemente de ministros ou acumulava vários ministérios nas próprias mãos. Obcecado pela ideia de mostrar-se sempre em atividade pela grandeza da pátria, ele ordenou que a luz de seu escritório no Palácio Venezia, em Roma, ficasse acesa até a madrugada, para que os que passassem sob sua janela acreditassem que ele ainda estava trabalhando.
'Mussolini tinha grande cuidado com as informações sobre sua vida pessoal. Seu gabinete enviava diariamente instruções para a imprensa. Devido a sua veneração pela juventude, era proibida qualquer menção à sua idade, aos seus netos ou ao seu aniversário. Nada podia ser dito sobre suas úlceras ou sobre o fato de enxergar mal. Como todos os italianos deveriam ser 'sérios', não deveriam ser publicadas fotos em que estivesse sorrindo.
Os jornais eram informados, se podiam, ou não, comentar seus discursos, e se pudessem, o que deveriam dizer. 'Mussolini está sempre certo', como rezavam os escritos nas paredes dos edifícios de todo país."
- Adaptado de: Larry Hartenian, Mussolini, p. 47-48.
Conclusão
O Analfabeto Político

O piro analfabeto
É o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo da vida, O
preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

- Bertold Brecht.

Sobre o Nazismo
Texto III
"Há alguns anos, em um relato sobre o julgamento de Eichmann em Jerusalém, mencionei a 'banalidade do mal'. Por mais monstruosos que fossem os atos, o agente não era nem monstruoso, nem demoníaco; a única característica específica que se podia detectar em seu passado, bem como em seu comportamento durante o julgamento e o inquérito policial que o precedeu afigurava-se como algo totalmente negativo: não se tratava de estupidez, mas de uma curiosa e bastante autêntica incapacidade de pensar".
- Hannah Arendt, de uma conferência em 1970.
Sobre o Nazismo
Texto II
"Somos uma raça superior e devemos governar com dureza [...]. Arrancarei deste país tudo o que puder. Não vim espalhar bem-aventuranças [...]. A população deve trabalhar sempre [...]. Não viemos para distribuir o maná [vantagens], viemos criar as bases da vitória. Somos uma raça superior que precisa lembrar que o humilde operário alemão é, racial e biologicamente, mais valioso que a população daqui."
- KOCH, Eric. Comissário do Reich na Ucrânia, mar. 1943. In: SHIRER, William L. Assenção e queda do III Reich, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967, v. 4. Adaptado.
Sobre o Nazismo
Texto I

"A propaganda política busca imbuir o povo, como um todo, com uma doutrina... A propaganda para o público em geral funciona a partir do ponto de vista de uma ideia, e o prepara para quando da vitória daquela opinião".
- Adolf Hitler, Mein Kampf.

O Nazismo
"Uma vida sem pensamento é possível, mas ela fracassa em fazer desabrochar a sua própria essência – ela não é apenas sem sentido; ela não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos"
- Hannah Arendt.
Características
"Nada deve existir acima, fora, ou contra o Estado".
Estado forte.
Nacionalismo exacerbado.
Virilidade: "a vida, é encarada como um combate perpétuo; a guerra é para o homem, a maternidade para a mulher"
Expansionismo (imperialismo): teoria do espaço vital na Alemanha e reconstrução da grandeza do Império Romano na Itália.
Monopartidarismo.
Corporativismo: intervenção do Estado nas relações entre patrão e empregado (Ex. Carta del Lavoro).
Anticomunismo.
Condenação ao capitalismo internacional; apoio ao capitalismo nacional.
Militarismo: conjunção do autoritarismo e do nacionalismo num culto abstrato da violência, baseado em noções de "honra" e "dever".
Racismo: com Nazismo, com o arianismo de Hitler.


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