O rádio na internet: história, conceito, aspectos técnicos e propostas para o futuro

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Descrição do Produto

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Faculdade de Comunicação e Filosofia









O RÁDIO NA INTERNET:

História, conceito, aspectos técnicos e
propostas para o futuro








Graziele Marronato
João Marinho
Jornalismo





Novembro - 2003





O Rádio na Internet










1. História do rádio





1.1. Os primórdios





A história mais remota do rádio começa em 1863, em Cambridge
(Inglaterra), ano em que James Clerck Maxwell demonstrou teoricamente a
provável existência das ondas eletromagnéticas. Maxwell era professor de
física experimental e, a partir dessa revelação, outros pesquisadores se
interessaram pelo assunto.


O princípio da propagação radiofônica ocorreu em 1887, quando Henrich
Rudolph Hertz (1857-1894) descobriu as ondas de rádio. Em setembro de 1895,
o italiano Guglielmo Marconi, então com 21 anos de idade, fez seus
primeiros experimentos com ondas eletromagnéticas, na cidade de Bolonha.
Anteriormente, ele já havia realizado outras experiências que provaram ser
possível enviar sinais usando ondas eletromagnéticas para conectá-los e
transmiti-los, por meio de uma antena.


Nas primeiras experiências, as distâncias percorridas pelas ondas eram
curtas, cerca de 100 metros. Cientistas e outros especialistas acreditavam
que elas somente poderiam ser transmitidas em linha reta, sem nenhum
obstáculo. Acima de tudo, pensavam que o maior obstáculo era curvatura da
superfície terrestre.


Entretanto, Marconi também conseguiu demonstrar que a transmissão era
possível entre dois pontos separados por um obstáculo. O italiano colocou
um transmissor em sua casa e o receptor a 3 km, atrás de uma colina. O
empregado de Marconi, Mignani, estava encarregado de disparar um rifle se
algum sinal fosse recebido, o que de fato ocorreu.


Apesar dessas experiências contundentes, o italiano encontrou pouco
entusiasmo em relação a seu experimento no seu país. O ministro chegou a
declarar que o rádio não era "útil para as telecomunicações". Foi na
Inglaterra, terra natal de sua mãe, que Marconi recebeu ajuda financeira e
pôde patentear sua invenção. Lá, finalmente ocorreu a industrialização dos
equipamentos, com a criação da primeira companhia de rádio, fundada em
Londres.


Até então, o rádio era exclusivamente "telegrafia sem fio", mas as
inovações foram surgindo e, em 1897, Oliver Lodge inventou o circuito
elétrico sintonizado, que possibilitou a mudança de sintonia por meio da
seleção da freqüência desejada.


Nos Estados Unidos, anos de pesquisas, tentativas e aprimoramentos
possibilitaram que Lee Forest instalasse a primeira "estação-estúdio" de
radiodifusão, em Nova Iorque, no ano de 1916. Aconteceu então o primeiro
programa de rádio de que se tem notícia. Na programação, havia
conferências, música de câmara e gravações. Surgiu também o primeiro
registro do radiojornalismo, com a transmissão das apurações eleitorais
para a presidência dos Estados Unidos.










1.2. A "era do rádio"






A chamada "era do rádio" inicia-se em 1919 e foi assim denominada
devido ao imenso crescimento do rádio nos Estados Unidos ao longo da década
de 20. Em 1921, havia quatro emissoras no país, mas, no final de 1922, os
americanos já contavam com 382 estações. Um dos artifícios que possibilitou
o avanço do rádio foi o microfone, inventado por engenheiros da
Westinghouse em 1920 e que surge por meio da ampliação dos recursos do
bocal do telefone.


Dessa forma, a época era propícia para o surgimento da rádio comercial.
Logo as emissoras reivindicaram o direito de conseguir sobreviver com seus
próprios recursos. A pioneira no rádio comercial foi a WEAF, de Nova
Iorque, que pertencia à Telephone and Telegraf Co. Ela irradiava anúncios e
cobrava dois dólares por 12 segundos de comercial e cem dólares por 10
minutos.


Em 1923, foi feita a primeira transmissão de rádio em cadeia no mundo,
envolvendo a WEAF, mas foi em 1938, em pleno Dia das Bruxas, que se deu um
dos fatos mais marcantes da história do rádio. A emissora norte-americana
CBS apresentou o programa "A Guerra dos Mundos", com o radialista e futuro
cineasta, Orson Welles. O programa simulava uma invasão de marcianos nos
Estados Unidos. O realismo era tamanho que uma onda de pânico tomou conta
do país. O locutor anunciava: "Atenção senhoras e senhores ouvintes... Os
marcianos estão invadindo a Terra...". Diante da confusão, a emissora teve
de interromper a transmissão.


No ano seguinte, o norte-americano Edwin Armstrong iniciaria a operação
da primeira FM, em Alpine, New Jersey. A "era do rádio" estende-se ainda
mais e tem seus dias de apogeu na década de 30 e 40. Entretanto, com
chegada da televisão, o rádio perderá, pouco a pouco, a popularidade no
território americano.










1.3. Início do rádio no Brasil






No Brasil, pode-se dizer que o rádio chegou pelas mãos do padre-
cientista gaúcho Roberto Landell de Moura, nascido em 21 de janeiro de
1861. Já em 1890, Landell de Moura previa em suas teses a "telegrafia sem
fio", a "radiotelefonia", a "radiodifusão", os "satélites de comunicações"
e os "raios laser".


Dez anos mais tarde, em 1900, o padre obteve do governo brasileiro a
Carta Patente nº 3279, que reconhecia seus méritos de pioneirismo
científico e universal na área das telecomunicações. No ano seguinte,
Landell embarcava para os Estados Unidos e, em 1904, o The Patent Office at
Washington concedia-lhe três novas cartas-patente: a do o telégrafo sem
fio, a do telefone sem fio e a do transmissor de ondas sonoras. Landell de
Moura foi o precursor das transmissões de vozes e ruídos.


A primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil foi o discurso do
Presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, em plena comemoração do
centenário da Independência, no dia 7 de setembro de 1922. O discurso
aconteceu durante uma exposição na Praia Vermelha e o transmissor foi
instalado no alto do Corcovado pela Westinghouse Electric Co.


Se o precursor do rádio no Brasil foi o padre Landell de Moura, o
título de "pai do rádio brasileiro" vai para outra pessoa: Edgard Roquete
Pinto. Ele e Henry Morize fundaram, em 20 de abril de 1923, a primeira
estação de rádio brasileira: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Foi aí
que surgiu o conceito de "rádio sociedade" ou "rádio clube" – os ouvintes
eram associados e contribuíam com mensalidades para a manutenção da
emissora.


Em 1931, foi fundada a PRB 9 - Rádio Record de São Paulo e, em 1932, o
então presidente Getúlio Vargas autorizou a publicidade radiofônica. No
início dos anos 30, o Brasil já tinha 29 emissoras de rádio, tais como a
Rádio Difusora (1934), apelidada de "Som de Cristal". Nessa época, surge o
termo "radialista", inventado por Nicolau Tuma. A Rádio Tupi iniciaria as
operações em 1935.


A primeira transmissão esportiva em rede nacional acontece em 1938, na
Copa do Mundo, por Leonardo Gagliano Neto, da Rádio Clube do Brasil do Rio.
Em 12 de julho de 1941, dá-se a transmissão da primeira radionovela do
país, apresentada durante cerca de três anos pela PRE-8 – Rádio Nacional do
RJ. Era a novela Em Busca da Felicidade, seguida por O Direito de Nascer.


Na década de 40, entra no ar o primeiro jornal do rádio brasileiro: o
"Grande Jornal Falado Tupi", de São Paulo. Surge, então, o noticiário
radiofônico nacional mais importante: o "Repórter Esso". A primeira
transmissão aconteceu às 12h45 do dia 28 de agosto de 1941, quando a voz de
Romeu Fernandez anunciou o ataque de aviões da Alemanha à Normandia,
durante a 2ª. Guerra Mundial. O gaúcho Heron Domingues marcou a história
do rádio apresentando durante anos o "Repórter Esso". Em São Paulo, a
transmissão era feita pela Record PRB-9.


Na década de 60, com o desenvolvimento e a expansão do rádio, surgem
órgãos e associações regulamentadores. Em 27 de novembro de 1962, é criada
a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABERT) e, em 25 de fevereiro
1967, é criado o Ministério das Comunicações.










1.3.1. A história da Rádio Tupi AM (Rio de Janeiro)






A PRG-3 Rádio Tupi foi fundada em 25 de setembro de 1935 por Assis
Chateaubriand e fez parte dos Diários e Emissoras Associados. Sua
inauguração contou com a presença do cientista italiano e pioneiro do rádio
Guglielmo Marconi como convidado especial. Foi executado o Hino Nacional
Brasileiro pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do maestro
Heitor Villa-Lobos. Pela primeira vez, foi apresentada a "Aquarela do
Brasil", de Ari Barroso, com a Orquestra Fon-Fon e cantor Cândido Botelho.


Os estúdios da Rádio Tupi foram palco dos mais importantes eventos e
desfilaram em seu auditório nomes como: Carlos Galhardo, Dircinha e Linda
Batista, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga, Sílvio Caldas, Dalva de Oliveira,
Eliseth Cardoso, Dorival Caymmi, Moreira da Silva e Ataulfo Alves, além dos
internacionais Pedro Vargas, Carlos Ramirez, Augustin Lara, Josephine
Baker, Harry James, Maurice Chevalier, Amália Rodrigues, Nat King Cole,
José Mojica, Bing Crosby, Benlamino Gligli e Tito Schipa. Ficou na memória
do rádio brasileiro a disputa entre as orquestras de Tommy Dorsey e
Tabajara de Severino Araújo no auditório da Tupi.


Os locutores e animadores também marcaram época: Julio Louzada, Carlos
Frias, Reinaldo Dias Leme, Abelardo "Chacrinha" Barbosa, Aerton
Perlingeiro, Gontijo Teodoro, Oswaldo Luiz, DécioLuiz, Alberto Curi,
Antônio de Almeida, Raul Brunini, Almirante, Aluísio Pimentel e muitos
outros, além de Ari Barroso, José Maria Scassa e o "papa da locução"
Oduvaldo Cozzi, na área esportiva.


O radioteatro da emissora foi o ponto de partida para a televisão
brasileira. Participaram do radioteatro da Tupi o diretor Olavo de Barros e
Paulo Porto, Ioná Magalhães, Nanci Wanderley, Luiza Nazareth, Rodolfo
Mayer, Orlando Drummond, Lourdes Mayer, Heloisa Helena, Sady Cabral, Paulo
Gracindo, Zezé Macedo, Castro Gonzaga, Silvino Neto, Costinha, Chico
Anysio, Ari Leite, Colé e Ema D'Ávila.


No jornalismo, o destaque foi o "Sentinelas da Tupi". A emissora foi a
primeira a divulgar o final da segunda Grande Guerra, em 1945. Para que
fosse possível realizar a operação, foi usada uma estação de 500 watts,
instalada no morro do Corcovado pela empresa Westinghouse Electric
International.









2. O rádio na Internet







2.1. O surgimento das emissoras on-line






A apropriação da Internet por parte do rádio é um fenômeno bastante
recente. Foi apenas em setembro de 1995 que a rádio KLIF de Dallas, Texas
(EUA), tornou-se a primeira emissora comercial a transmitir de forma
contínua e ao vivo por meio da Web. No Brasil, o pioneirismo coube à rádio
Itatiaia, em 1996.


A veiculação de programas radiofônicos através da Internet, recurso
disponibilizado pelo advento de softwares como o RealAudio Player difundiu-
se amplamente no decorrer da década. O RealAudio Player facilitou a
sintonia de sinais sonoros em tempo real, embora a recepção ainda enfrente
limitações que podem desencorajar o internauta menos insistente.


De qualquer forma, dados da empresa BRS Media, de San Francisco,
mostram que, entre abril de 1996 e abril de 2000, a quantidade de emissoras
com transmissão via Internet saltou de 56 para 3.763. No Brasil, no
primeiro semestre de 1997, havia apenas nove estações transmitindo on-line.
Em setembro de 2000, o sistema já era adotado por 191 emissoras.


Uma das principais vantagens de uma rádio on-line frente a uma estação
comum é o alcance. As estações tradicionais emitem sinais por antenas, que
são captados e decodificados por aparelhos de rádio – normalmente do tipo
AM/FM. Entretanto, esses sinais possuem um limite geográfico, de maneira
que, à medida que o aparelho se afasta da antena emissora, a capacidade de
captação do sinal decresce, até chegar a zero. Nesse ponto, o aparelho
passará a captar os sinais emitidos por outras estações que estejam mais
próximas.


As estações que operam via Internet, porém, contam com toda a estrutura
da Web para disseminar suas informações. Uma vez que elas são, antes de
tudo, websites que podem ser acessados por qualquer computador e à medida
que os dados viajam por uma rede complexa de cabos de telefone e de fibra
óptica, o "sinal" não se perde nunca, de maneira que a localização
geográfica do aparelho receptor – no caso, um computador, por exemplo, e
não mais um aparelho de rádio – passa a não ter relevância.


A diferença existe porque uma estação comum opera diretamente com o
sinal, ou seja, com uma certa freqüência de ondas de rádio. Já uma estação
on-line lida com informações digitais que são codificadas em bits
(seqüências numéricas de zero e um). Nada mais justo, portanto, do que
analisarmos as diferenças entre os dois sistemas.









2.2. Aspectos técnicos









2.2.1. As ondas de rádio





As ondas de rádio, ao contrário do que se pode pensar à primeira vista,
não são usadas apenas pelo aparelho AM/FM que temos em casa. Elas possuem
um amplo leque de aplicações, que vão desde dados enviados por satélites
até sinais de televisão, sistemas GPS, ligações de celulares e conexões sem
cabo (wireless) entre computadores.










2.2.1.1. A corrente elétrica






O primeiro conceito que devemos evocar para chegarmos a uma melhor
compreensão do que são as ondas de rádio é de origem elétrica: o conceito
de corrente. Segundo o Dicionário de Tecnologia (Futura, 2003), corrente
é "um fluxo de portadores de carga elétrica, geralmente elétrons ou
átomos deficientes de elétrons".


Em nossas aulas de química, estudamos que o átomo é, por assim
dizer, a unidade de formação da matéria. Ele é constituído por partículas
com características próprias, das quais se destacam os prótons e os
elétrons, que são carregados eletricamente. A carga dos prótons é
positiva e a dos elétrons, negativa.


Os prótons são parte constituinte do núcleo do átomo, em volta do
qual giram os elétrons. Um átomo normal é eletricamente neutro, pois a
quantidade de elétrons e de prótons é a mesma, de maneira que as cargas
se equivalem e se anulam. Entretanto, os elétrons podem ser facilmente
"desgarrados" da região em que usualmente ficam. Nessas condições, o
átomo torna-se carregado eletricamente (íon). Ele poderá, então, ser
eletricamente negativo (ânion), se ganhar elétrons, ou eletricamente
positivo (cátion), se perder elétrons.


A neutralidade, entretanto, será sempre buscada. Assim, cátion e
ânion sempre serão atraídos mutuamente, a fim de que uma ligação se forme
para restabelecer o equilíbrio das cargas. Esse princípio se constitui na
base de um tipo de ligação química bem comum: a iônica.


Evidentemente, o princípio é o mesmo em uma corrente elétrica: ela
sempre se orientará para o lado que estiver com a carga oposta à sua. Os
elétrons, que têm carga negativa, são os portadores de carga mais comuns
dessas correntes. Portanto, eles fluirão sempre de pontos relativamente
negativos para pontos relativamente positivos.


Entretanto, os físicos consideram que a corrente em si flui de
pontos relativamente positivos para pontos relativamente negativos. Pode
parecer paradoxal, mas não se considerarmos que é preciso haver um ponto
inicial carregado positivamente para atrair os elétrons. Dessa forma, a
origem mais comum de uma corrente será mesmo positiva – e isso é tão
convencional que possui até um nome, corrente de Franklin.


A corrente elétrica pode ser contínua ou alternada. No primeiro
caso, ainda segundo o Dicionário de Tecnologia, ela "flui na mesma
direção para todos os pontos no tempo". Já nas correntes alternadas, a
direção do fluxo é periodicamente invertida. Isso significa que a
corrente possui ciclos, que são exatamente cada um desses "movimentos" de
inversão. O número de ciclos completos por segundo é o que se denomina
freqüência, que, por sua vez, é medida em hertz (Hz). Múltiplos, como
kilohertz, megahertz e gigahertz também são usados.










2.2.1.2. Campos da corrente






Uma corrente elétrica possui a capacidade de construir campos, ou
seja, regiões sob influência da atuação daquela corrente. Cada uma das
partículas carregadas eletricamente, como os elétrons a que nos referimos
acima, são cercadas de campos elétricos. Quando em movimento, como em uma
corrente contínua, essas partículas geram campos magnéticos.


O campo magnético fica estável se a velocidade dos portadores de
carga (elétrons) for mantida, mas, se eles forem acelerados, um campo
magnético flutuante será produzido, o que gera, por sua vez, um campo
elétrico flutuante. Isso pode produzir um outro campo magnético variável
e o resultado será um efeito tal que ambos os campos poderão se propagar
a grandes distâncias no espaço.


Esse campo combinado, sinergético, é o campo eletromagnético,
normalmente produzido pelas correntes elétricas alternadas, nas quais,
como vimos, os portadores de carga invertem periodicamente sua direção. O
fenômeno dos campos eletromagnéticos é a base das comunicações sem fio.


Por fim, o domínio de energia de um campo eletromagnético é
denominado espectro de radiação eletromagnética e compreende toda a
extensão dos comprimentos de onda desse tipo de radiação que é resultado
da física do próprio campo.






2.2.1.3. A freqüência de rádio (radiofreqüência)






Freqüência de rádio (RF, radio frequency) é um termo que se refere à
corrente alternada que, se alimentada por uma antena, terá como resultado
a formação de um campo eletromagnético que poderá ser usado para as
comunicações sem fio (wireless). Essa freqüência abarca uma parte
significativa dos espectros de radiação eletromagnética, que vai desde 9
kHz (kilohertz) até milhares de GHz (gigahertz). O campo eletromagnético
gerado por uma corrente RF aplicada a uma antena é denominado campo RF
ou, mais simplesmente, onda de rádio.


Os espectros de radiação de um campo RF são divididos em várias
faixas, ou bandas. São nessas diferentes bandas que operam os diversos
equipamentos que usam ondas de rádio, como as estações comuns de
radiodifusão, as estações de TV, os celulares, os satélites, etc. Veja o
diagrama abaixo e observe se você não se lembra de algumas siglas ou
nomenclaturas:













Os termos AM (amplitude modulation, modulação de amplitude) e FM
(frequency modulation, modulação de freqüência) referem-se a métodos de
gravar dados em ondas transmissoras de corrente alternada. As estações
que são "amplitude modulated" (AM) e "frequency modulated" (FM), porém,
também são confinadas a bandas do espectro de rádio: respectivamente, de
535 kHz a 1.700 kHz e de 88 MHz a 108 MHz.










2.2.2. As estações on-line






As emissoras on-line levam a vantagem de terem se libertado de toda
essa divisão de banda e das limitações espaciais do campo RF. Aqui, a
linguagem é feita com programas (software), servidores de streaming,
websites, servidores Web e, portanto, bits e bytes.


O byte é a unidade usada nos sistemas computacionais – e há os
múltiplos: kilobyte (KB), megabyte (MB), gigabyte (GB), etc. Trata-se de
uma seqüência numérica constituída de oito bits. Um bit nada mais é do que
um valor que representa sim ou não, positivo ou negativo, presença ou
ausência.


Matematicamente, o bit é representado ou pelo zero (não, negativo,
ausência) ou pelo 1 (sim, positivo, presença). Portanto, um byte seria uma
seqüência de oito zeros e/ou "uns". Na informática, essa seqüência resulta
em uma fração unitária e básica de informação, que pode ser uma letra, por
exemplo: cada letra é lida internamente, no computador, como uma seqüência
de oito zeros e "uns".


Esse princípio rege tudo que se relaciona à informática ou à computação
de alguma forma. Parece difícil acreditar que um complexo software de
edição de som, por exemplo, possa ser lido internamente apenas como zeros e
"uns", mas é assim que é.


No chip ou processador, o "cérebro" do computador, que interpreta
(processa) as informações binárias e as direciona e responde, o sim e o não
(bits) aparecem na forma elétrica: o zero é a ausência de elétrons; e o um,
a presença. Sim, no final das contas, parece que voltamos ao ponto de
partida.


De certa forma, isso significa que, além do aspecto conceitual – uma
estação que transmite informação em forma de áudio, de som – emissoras
tradicionais e on-line se aproximam também na origem. Essa origem comum
levará a um "retorno" do sistema digital e on-line às ondas de rádio, como
veremos mais adiante.










2.2.3. Como funciona uma estação de rádio on-line






Entretanto, no que diz respeito aos equipamentos usados para a
transmissão, as estações de rádio on-line e as estações tradicionais são
bem diferentes, embora haja uma intersecção aqui e ali. Em uma estação on-
line, você basicamente lidará com softwares e computadores.


Em primeiro lugar, a estação on-line operará com CD players ou outros
formatos de mídia digital, como certos tipos de DVD, e mesmo o próprio HD
dos computadores tradicionais. Sim, uma estação tradicional também os
utiliza, mas dissemos que são nos equipamentos de transmissão que estão as
diferenças.


Para transmitir uma música pela Web, por exemplo, você precisará, antes
de tudo, "ripar" o CD, DVD-Audio, etc. Isso é feito por meio de rippers,
que são softwares especializados nessa função. "Ripar" nada mais é do que
extrair o áudio da mídia e copiá-lo para o HD, em um formato que possa ser
manipulado.


Por sua vez, áudios analógicos, como os armazenados em fitas cassete,
devem ser digitalizados por outras categorias de software, os de captura.
Tanto em um caso como outro é necessária a presença de uma placa de som,
que permitirá ao computador trabalhar com os áudios digitalizados.
Evidentemente, equipamentos como microfones, mixers, etc. também poderão
ser usados, mas na geração do material a ser digitalizado posteriormente.


Os áudios digitalizados em formatos de arquivo manipuláveis (MP3, WAVE,
etc.) poderão ser trabalhados com programas (software) editores. Esse
trabalho pode até mesmo resultar, no caso de uma canção, em uma música bem
diferente da original ou até em outra música.


Muitos desses formatos não serão compatíveis com streaming, ou seja,
com a forma de transmissão que faz com que um áudio seja tocado no
computador do receptor no momento em que os dados chegam à máquina.


Por isso, após trabalhar os áudios, é preciso usar os encoders,
programas que convertem formatos digitais, para obtermos um formato com
suporte à tecnologia de streaming. O formato RealAudio, já citado
anteriormente, da RealNetworks (extensões .RA, .RAM ou .RM – por exemplo,
ANativeNewYorker.RAM) é um dos mais utilizados para essa finalidade.


Por fim, você precisará de um servidor de streaming, que é um
computador equipado com um software que permite que esses dados digitais
sejam acessados na Internet e tocados assim que os dados chegarem ao
receptor.


Um servidor Web, uma outra combinação de hardware e software, será
usado para arquivar e disponibilizar o website que dará acesso às músicas,
site este que poderá ser desenvolvido com a ajuda de outros softwares, como
editores de HTML (linguagem de programação padrão da Internet) ou
Macromedia Flash, para páginas animadas. Um exemplo de software servidor de
streaming é o RealServer, também da RealNetworks. Um software servidor Web
é o Apache.


O mais interessante, porém, é que aqui aparece uma nova vantagem das
rádios on-line: como elas possuem suporte em websites, não precisam ficar
restritas ao áudio. O site de uma emissora também pode trazer imagens e
informações escritas, como geralmente fazem, e até vídeos, que utilizarão
softwares diferentes, mas também poderão ser disponibilizados em servidores
de streaming da estação. Isso embaralha os conceitos de mídia
convencionais, mas ao mesmo tempo, representa um enorme avanço rumo ao que
hoje se denomina "convergência".






2.3. O futuro do rádio on-line






Dissemos anteriormente que a rádio on-line se beneficia do fato de que
a Internet funciona por cabos telefônicos e de fibra óptica, que
possibilitam a superação dos limites geográficos das ondas das emissoras
comuns.


Ocorre que, hoje em dia, essa diferenciação não é 100%
verdadeira.Tecnologias de trocas de dados digitais sem fio, que também se
baseiam em ondas de rádio, têm se disseminado, de maneira que, apesar de
operarem digitalmente, as estações on-line estariam "voltando" às origens.
Um exemplo é a possibilidade de acessar a Web pelo celular, equipamento que
usa ondas de rádio para funcionar.


Um outro exemplo clássico é o surgimento da Internet por satélite, a
última palavra em tecnologia de banda larga. Esse tipo de Internet funciona
por meio de satélites de comunicações, cujas informações digitais, ou seja,
em bits, são levadas por ondas de rádio até antenas receptoras nas casas ou
escritórios dos internautas e interpretadas por modems especiais.


A versão mais recente da Internet satelital transformou essas antenas
receptoras em antenas bidirecionais, de maneira que a informação também
segue diretamente do receptor (agora emissor) para o satélite, igualmente
por ondas de rádio – no sistema mais antigo, a informação parte da casa ou
escritório via cabos e é transmitida posteriormente ao satélite por uma
estação específica, o NOC (Network Operations Center), em um processo que
dura menos de um segundo.


Se a evolução da Internet passa novamente pelas ondas de rádio, onde
está diferença? Grosso modo, na relação entre essas ondas e os equipamentos
na geração/recepção dos dados. Nas estações tradicionais, os dados estavam
em estado "puro", gravados eles mesmos diretamente nas ondas pelas técnicas
de modulação. Nos sistemas digitais, os dados estão codificados em bits
(por isso, são digitais) e são os bits que trafegam pelo ar, sendo
posteriormente lidos pelos computadores ou outros equipamentos, como um
celular.


Essa diferença possibilita a formação de um rádio digital que não tem
mais fronteiras e cujo sinal, viajando pela Internet satelital, pelos
sistemas de telefonia celular ou pelos cabos tradicionais e redes de fibra
óptica não mais é limitado pela geografia, mas pode estar presente em
qualquer lugar e sem alterações na qualidade. É, enfim, a verdadeira
globalização do rádio.


















































3. Guia de rádios da Internet

Estes são alguns sites na Internet que oferecem programação que inclui
desde músicas até notícias




3.1. Notícias



ABC – rádio norte-americana, com notícias e programas: www.abcradio.com

BBC – notícias e músicas em muitos canais; há arquivo com programas
especiais e transmissão de vídeo: www.bbc.co.uk

Bloomberg – notícias sobre economia e cotações de bolsas:
www.bloomberg.co.uk/ukradio

Business Talk – sobre negócios: www.businesstalkradio.net

Cannes Radio – o cotidiano da cidade francesa: www.cannesradio.com

CBN – notícias das emissoras de São Paulo e do Rio de Janeiro:
radioclick.globo.com/cbn

China National Radio - todas as notícias do país: www.cnradio.com

CNN – clique no ícone "Radio" e ouça o noticiário: www.cnn.com

CNet – novidades sobre tecnologia: www.cnet.com/broadband/0-
7227152.html

Earth&Sky – rádio sobre ciência, com seção para crianças:
www.earthsky.com

ESPN – notícias esportivas: espnradio.espn.go.com/espnradio

Europe1 – notícias e programas de atualidades: www.europe1.fr

Free Radio Network – links para rádios piratas e independentes:
www.frn.net/links

IndyMedia Center – rádio do Centro de Mídia Independente, com notícias
sobre ativismo: radio.indymedia.org

Iraq Satellite Channel – transmissão em vídeo ou áudio de notícias da
TV iraquiana: www.iraqtv.ws

Jerusalem Post Radio – notícias de Israel:
www.jpost.com/servlet/Satellite?pagename=JPost/P/Radio/SectionIndex

Khaha – programação de humor: www.khaha.com

Latidos por Minuto – da Argentina, dedicada a conhecimentos médicos:
www.radio-lpm.com.ar

Mega – para defensores dos direitos humanos: www.radio-mega.com/ok.htm

National Public Radio – notícias e cultura na rádio norte-americana não-
comercial: www.npr.org

NDR4 – alemã, traz boletins de notícias a cada 15 minutos: www.ndr4.de

Pacifica – "trazendo aos ouvintes uma programação alternativa,
comunitária, com discurso livre": www.pacifica.org

Public Radio International – americana, traz links para sites de rádios
afiliadas à emissora: www.pri.org

Radio4All – índice de rádios ativistas, nem todas com transmissão ao
vivo: www.radio4all.org

Rádio Bandeirantes – notícias divulgadas pela rádio jornalística:
www.radiobandeirantes.com.br

Rádio Cultura – ouça versão AM ou FM em: www.cultura.org.br

Rádio Eldorado – música, jornalismo e campanhas de cidadania:
www.radioeldorado.com.br

Radio France – formada por diversos canais, traz programação dedicada a
livros, imprensa e política: www.radiofrance.fr

Radio France Internacional – notícias, com programas transmitidos em
português: www.rfi.fr

Radio Free Europe/Radio Liberty – transmite notícias da Europa oriental
e da Rússia: www.rferl.org

Radio Habana Cuba – arquivo de notícias cubanas e programação ao vivo:
www.radiohc.org

Radio Jamaica – reúne diversas rádios do país: www.radiojamaica.com

Radio Locator – lista sites que transmitem programação de rádios norte-
americanas e canadenses: www.radio-locator.com

Radio Match – boletins noticiosos a cada meia hora:
www.radiomatch.se/boras

Radio Netherlands – rádio holandesa que, além da programação normal,
tem uma seção dedicada ao Brasil, com notícias relativas aos dois
países: www.rnw.nl

Radio Pakistan – notícias oficiais do Paquistão: www.radio.gov.pk

Rádio Paz Internacional – "voz pela paz": www.rfpi.org/webcast.html

Rádio Praga – notícias da República Tcheca e especiais arquivados:
www.radio.cz/en

Rádio Senado – programas contam o dia-a-dia dos senadores brasileiros:
www.senado.gov.br/radio

Radio Ummah – para muçulmanos: www.radioummah.com

Voice of Russia – notícias da Rússia, em 32 idiomas: www.vor.ru

World Radio Network – 20 canais noticiosos sobre diversos países:
www.wrn.org

ZIZ – programas de variedades: www.skbee.com/zizlive.html

Zona Latina – links para rádios dos países da América Latina:
www.zonalatina.com/Radio.htm






3.2. Música


3MBS – a emissora australiana transmite jazz, óperas e notícias
culturais: www.3mbs.org.au

Accent 4 – música clássica 24 horas por dia direto da Áustria:
www.comfm.com/live/radio/accent4

Afrozik – música africana de todas as regiões do continente:
www.afrozik.net

Angstprod – promove a divulgação de música eletrônica experimental:
www.angstprod.com/radio.htm

All India Radio – músicas e notícias relacionadas à Índia: air.kode.net

Bach – estação dedicada a tocar obras do compositor:
www.platforma.pl/bach

BearCast – programação musical com rock-and-roll:
bearcast.uc.edu/listen.html

Beats – os três canais disponíveis tocam rock, dance e música
eletrônica: www.beats.dk

Beethoven – emissora on-line de música clássica: www.beethoven.com


BlueGrass – músicas do estilo country norte-americano:
www.bluegrasscountry.org

Bonanza – dedicada a promover música alternativa: www.bonanzaradio.com

Brasil 2000 – rock na programação e promoções na página:
www.brasil2000.com.br

Cable Radio – com programação variada, transmite alguns shows ao vivo:
www.cableradio.co.uk

CapitalFM – música pop direto de Londres: www.capitalfm.com

Classic Hits – traz clássicos dos anos 80: www.classichits.fm

Classic FM – programação dedicada aos amantes de música clássica:
www.classicfm.nl

CoolAqua – rádio que toca salsa e algumas músicas brasileiras antigas,
como sucessos de Carmem Miranda: www.coolaqua.com

Digitally Imported – toca músicas techno e trance produzidas na Europa:
www.di.fm

DJ Radio – combinação curiosa de rádio de música eletrônica e
webdesign: www.djradio.fm

Dynamic Radio – músicas alternativas de vários cantos do mundo:
www.dynamicradio.net

E-Map – música de todo o planeta e reportagens sobre a cultura de
diversos países: www.emap.fm

Euphonic – música clássica, jazz e eletrônico; há um blog no site:
www.mediawar.com/euphonic/frameset.html

Expresso 2222 – três canais de música mostram manifestações de música
brasileira, das cantigas populares aos novos rumos:
www2.expresso2222.terra.com.br

FM957 – música pop da Islândia: www.fm957.com

FunRadio – música pop francesa: www.funradio.fr

House of Blues – rock e blues na programação, que sempre conta com
convidados especiais e transmissões ao vivo de shows de bandas
populares: www.hob.com/onlinemusic/internetradio

Jam FM – programação dedicada à música urbana, como o hip hop e rap:
www.jamfm.de

Jazz'n'Radio – programação dedicada a jazz e blues: www.jazznradio.com

Klassik Radio – dedicada à música clássica, a rádio alemã
freqüentemente transmite apresentações da Orquestra Filarmônica de
Berlim: www.klassikradio.de

Launch – do portal Yahoo!, a rádio on-line tem diversos canais de
música separados por temas como rock, hits e dance:
http://launch.yahoo.com/launchcast

Martyria – grega, promete música para o espírito; as músicas tocadas
são relaxantes: www.imka.gr/martyria

MPBWebRadio – emissora on-line dedicada à música popular brasileira,
com entrevistas e programas especiais arquivados:
www.100anosdemusica.com.br/mpbwebradio

MultiKulti – rádio alemã com programação eclética dedicada aos amantes
de world music: www.multikulti.de

NRK Alltid Klassik – óperas, jazz, rock e pop, mas só clássicos:
www.nrk.no/alltidklassisk

Operadio – transmite óperas e música clássica: www.operadio.com

Quiet Storm Online – mistura jazz suave com soul music em sua
programação, que se propõe a servir de música de fundo para o dia-a-dia
do internauta: www.fortunecity.com/tinpan/country/240/index.htm

Radio Beethoven – chilena, dedica sua programação inteiramente à música
clássica: www.beethovenfm.cl

Radio Capital – italiana, mistura música pop e notícias em sua
programação: www.capital.it/capital/index.jsp

RádioClick – monte sua programação ou ouça alguma sugerida pelo site,
que traz links para diversas rádios: radioclick.globo.com

RadioStorm – cinco canais de música com categorias como hardcore,
alternativo, clássicos e parada de sucesso: www.radiostorm.com

Rádio Terra – canais de música divididos por gêneros musicais:
radio.terra.com.br

Rádio UOL – programas especiais, com seleções temáticas de música e
entrevistados e dezenas de canais de música: www.uol.com.br/radiouol

Rádio USP – acompanhe a programação de música brasileira on-line:
www.usp.br/radiousp/ouca.htm

RUV – emissora pública islandesa com dois canais, um de música clássica
e documentários sobre comportamento e outro de música pop e notícias de
cultura: www.ruv.is

Som Sertanejo – programação com música caipira e sertaneja; traz
reportagens sobre folclore brasileiro: www.somsertanejo.com.br

Skyrock – emissora francesa com programação variada; pop e rap fazem
parte das opções: www.skyrock.com

Smooth Jazz – californiana, toca apenas músicas tranqüilas e
sofisticadas, para ouvir e relaxar: www.smoothjazz.com

Usina do Som – se não quiser criar sua própria rádio escolhendo
artistas e músicas, escolha alguma das programações propostas pelo
site: www.usinadosom.com.br

Virgin Radio – música dos álbuns lançados pela gravadora:
www.virginradio.co.uk











3.3. Vozotecas



Video Vozoteca Lek/ Museu da Voz – encontram-se arquivos das vozes de
Elis Regina, Jânio Quadros, Marlene Dietrich e outros, coletados pelo
jornalista Luiz Ernesto Kawall –
www.bibvirt.futuro.usp.br/sons/vozoteca/vozoteca.html






















Bibliografia






100 YEARS OF RADIO. 1895: Marconi's Invention. Disponível em
. Acesso em 12 nov. 2003.


BELLER, Debra. How Internet Radio Works. HowStuffWorks.
Disponível em .
Acesso em 13 nov. 2003.



BRAIN, Marshall. How Radio Works. HowStuffWorks.
Disponível em . Acesso
em 13 nov. 2003.




DICIONÁRIO DE TECNOLOGIA. São Paulo: Futura, 2003.





DINIZ, André. Tudo em um. Revista Áudio e Vídeo Digital. São Paulo, n.5, p.
24-27.





FOLHA DE S. PAULO. Primeira transmissão de rádio no Brasil faz 80 anos.
Folha Online Informática. Disponível em
.
Acesso em 12 nov. 2003.





KAWALL, Luiz Ernesto. Luiz Ernesto Kawall: Vozes da História.
Entrevistador: João Marinho. Revista Áudio e Vídeo Digital. São Paulo,
n.10, p. 32-33.





KUHN, Fernando. O rádio na Internet: rumo à quarta mídia. Disponível em
. Acesso em 12 nov.
2003.





LUPINACCI, Heloisa Helena. Confira sites de rádios com notícias e músicas
de todo o mundo. Folha Online Informática. Disponível em
.
Acesso em 12 nov. 2003.





MARINHO, João. A verdade está lá fora. Revista Geek. São Paulo, n.31, p. 38-
39.





MARINHO, João. Pequenos arquivos, grandes negócios. Revista Áudio e Vídeo
Digital. São Paulo, n.3, p. 22-27.





MARTINS, Maurício. A programação é sua. Revista Áudio e Vídeo Digital. São
Paulo, n.1, p. 22-25.





Microfone: o site do radialista. Disponível em
. Acesso em 12 nov. 2003.





MUSEUM.MEDIA.org. Disponível em . Acesso em 12
nov. 2003.





RÁDIOS AO VIVO. Disponível em . Acesso
em 12 nov. 2003.
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