O RELÓGIO ANALÓGICO É MESMO ANALÓGICO? OU, NÃO EXISTEM RELÓGIOS ANALÓGICOS... e analógica é apenas a vivência ontológica; fenomenológico ekistensialógica, dialógica, compreensiva, implicativa, gestaltificativa...

O RELÓGIO ANALÓGICO É MESMO ANALÓGICO?
OU, NÃO EXISTEM RELÓGIOS ANALÓGICOS...
e analógica é apenas a vivência ontológica; fenomenológico ekistensialógica, dialógica, compreensiva, implicativa, gestaltificativa...
Afonso H Lisboa da Fonseca, psicólogo.
Para Paolo Quattrini

Tudo indica que os relógios analógicos são apenas uma mentira dos Suíços... 
Ressentidos com os Japoneses porque estes aprenderam a como fazer relógios tão bons, ou melhores, do que os deles... 
Relógios -- os produzidos pelos Japoneses -- que eles, os Suíços, logo apelidaram, difamaram, como digitais...
Os deles seriam analógicos. 
Os dos Japoneses, digitais...
Mas não existem relógios analógicos. Todos eles são digitais... Mesmo os suíços. Não importa o ar de velhice, às vezes modernosa, ou a quantidade de ponteiros, que tenham... São todos inapelavelmente digitais... 
Ou seja, conceituais... Uma designação conceitual do tempo.
Porque analógicos não são os relógios... 
Analógico é o tempo, ou o tempo da vivência do tempo... 
O analógico, ou o tempo da vivência do tempo, é da ordem do modo de sermos da vivência do logos, vivência do sentido; que é pré-conceitual. 
O digital é apenas um caso do conceitual...
Se a vivência de sentido é analógica, especificamente pré conceitual. O "tempo" do relógio, digital, é conceitual.
Se os Suíços olhassem para o outro lado, ficaria fácil de entender... 
Porque analógicos não são os relógios. 
Como Nietzsche observara, analógico é o tempo das vacas... 
O tempo da ruminação das vacas...
O tempo da ruminação das vacas, o tempo da ontológica do tempo, não é conceitual, é pré conceitual.
Os relógios são inapelavelmente conceituais. E digitais.
Inexoravelmente, relógios só andam para a frente... 
O tempo da ruminação das vacas não tem esta obstinação maquinal... É igualmente retrógrado e anterógrado... 
E salpicado de uma estranha enzima que se configura no e como o possível...
Nietzsche já diria: a ação é um mistério...