O Sentido contra o Mito na Heráldica Primitiva de três Ordens Militares: Santo Sepulcro, Templários e Hospitalários

O SENTIDO CONTRA O MITO NA HERÁLDICA PRIMITIVA DE TRÊS ORDENS MILITARES: SANTO SEPULCRO, TEMPLÁRIOS E HOSPITALÁRIOS Colóquio Internacional Mito e História Universidade de Évora, 24 a 26 de Outubro de 2016 (Carlos Carvalho da Fonte)

Resumo Os mitos necessitam de uma expressão visual para existir e transmitir a sua existência. Qualquer mito tem uma razão de ser original, uma semântica primeira que o acompanhará nos percursos e desvios daquela expressividade. Alguns deles, de origem medieval, deveriam obedecer aos hábitos da época, em particular acompanhando a sua manifestação mais pujante e sofisticada, a Heráldica.

Por infortúnio, as investigações que associam a Semiótica à Heráldica têmse concentrado, de hábito, em aproximações demasiado genéricas. Após desenvolvermos a nossa dissertação de mestrado usando uma metodologia semiótica própria aplicada às armas portuguesas mais antigas e incidentalmente à gestação do Mito de Ourique, procuramos agora, neste artigo, diversificar o âmbito temático estudando as armas das Ordens Militares de Jerusalém, em particular, no que se refere às derivações que possam ter conduzido à criação e sustentação do mito do Baphomet. Propôs-se a mesma estrutura organizativa, já bem-sucedida na dissertação, conseguindo-se estabelecer a hipótese de que é possível admitir a existência de parofonia na génese do Baphomet.