O SIGNIFICADO DA BUSCA PELA CONTINUIDADE DA ESPÉCIE NO PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

June 24, 2017 | Autor: J. Gobbi Cassol | Categoria: Human Evolution, Archaelogy, Arqueologia, Precolumbian archaelogy, Evolução Humana
Share Embed


Descrição do Produto

Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Instituto de Ciências Humanas e da Informação
Arqueologia - Bacharelado
Disciplina - Processo de Hominização


João Victor Gobbi Cassol
84157

Avaliação 1 – 20/05/2015
Evolução Biológica e Processo de Hominização

O CARÁTER DA BUSCA PELA REPRODUÇÃO NO PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

Esta dissertação irá abordar, conforme proposta apresentada na aula do dia 13/05/2015, o tema "Evolução Biológica e Processo de Hominização". Como se trata de uma dissertação, ou seja, de um texto argumentativo, serão abordados apenas conceitos e proposições de teóricos que presumi necessário inserir neste texto e que foram trabalhados nas aulas da disciplina "Processo de Hominização" além de incluir algumas conclusões minhas, particulares. Em palavras, isso significa que irei tratar do referido tema a partir das teorias darwinianas, bem como estudos desencadeados a partir do evolucionismo. Para melhor compreensão, busquei organizar o texto de forma a explicar, em Darwin, como se dá a evolução, qual a importância da reprodução e, finalmente, como isso se aplica ao surgimento da linhagem dos hominídeos e seu respectivo desenvolvimento. Não se trata de um documento científico, é apenas um texto argumentativo no qual busquei partir de algumas fontes e desenvolver minha opinião acerca do tema. Ressalto que qualquer argumento aqui apresentado deve ser encarado como fruto de um estudo quase amador, sem preocupação com repercussão em meio científico. Como referencial bibliográfico, me ancorei em três textos: "O que há de errado com Darwin" (KENSKI, 2001); "Nós não viemos dos macacos" (LOPES, 2011); "E no princípio... era o macaco! " (NEVES, 2006).


Evolução é transformação
Enquanto seres vivos somos todos iguais, não há seres melhores, mais desenvolvidos. Nós, como humanos, frequentemente nos colocamos na posição magna entre todos os reinos, pensamos sermos mais evoluídos que outros seres, seja pelo fato de andarmos eretos, de apresentarmos características aparentemente "racionais", de lermos e escrevermos ou até mesmo de cultivarmos nosso alimento. É fato que raça humana prospera na terra, que somos capazes de viver com relativa segurança e dificilmente seremos extintos completamente por forças naturais. Entretanto isso não faz de nós melhores que qualquer outra espécie, somos apenas muito bem-sucedidos biologicamente falando, da mesma maneira que qualquer outro ser vivo também é. A evolução biológica consiste basicamente nisso, sucesso nada mais é do que deixar representantes, manter a espécie viva. A evolução não segue um padrão/plano, não é linear, não é possível estabelecer espécies que sejam melhores que outras. No entanto, é admissível afirmar que todas as espécies atualmente observáveis obtiveram sucesso, pois mantém a linhagem viva, dão sequência à sua espécie através da reprodução*, é o chamado sucesso reprodutivo adaptativo – SRD.
Subtítulo: Evolução e Especiação
Evolução é "mudança ao longo do tempo por meio de descendência com modificação", ou seja, significa dizer que a evolução é a mudança das características de uma espécie no decorrer das gerações descendentes - motivada por fatores como migração, mutação, deriva genética e seleção natural - resultando na formação de outra população que já não reconheça mais o seu ancestral como pertencente ao mesmo ninho, que é a condição para a origem de uma nova linhagem. A interpretação sobre como esse processo ocorre levou a distintas propostas científicas: pode ocorrer de forma gradual e lenta ao longo de milhares de anos, ou então repentinamente, acumulando características que subitamente irão surgir em uma determinada população que passa a configurar outra espécie. Esses processos são, respectivamente, denominados Gradualismo e Equilíbrio Pontuado, e constituem duas correntes rivais na busca pela resposta da especiação, isto é, do surgimento de novas espécies. Não necessariamente é necessário adotar uma dessas visões, levando em conta que há outras teorias válidas capazes de oferecer respostas à especiação - como o "Adaptacionismo". Também é admissível compreender o surgimento de novas espécies a partir do ponto que permeia tanto o Gradualismo como o Equilíbrio Pontuado: para João Morgante, biólogo da Universidade de São Paulo, "a evolução acontece normalmente no meio do caminho entre os dois"
Reprodução*
A sobrevivência está por trás de todas as ações do qualquer ser vivo. Manter a linhagem é a principal função de todos os organismos vivos. Nessa ótica, a reprodução é o único meio capaz de desenvolver tal objetivo e assume caráter fundamental nesse processo. Reproduzir é a chave para uma espécie continuar viva e presente na Terra. Tudo o que nós, como seres vivos, fazemos é agir pela reprodução, mesmo que inconscientemente: desde nos protegermos do frio e nos alimentarmos até o fato de simplesmente sentir medo de alguma situação. Tudo passa pelo processo otimizar as chances de reprodução. Em todos os filos o único meio de deixar descendentes é pela reprodução, seja ela sexuada ou não. E quando isso é atingido, quando uma nova geração de uma espécie "nasce", o objetivo é alcançado. A esse objetivo completo, dá-se o nome de sucesso reprodutivo diferenciado, ou apenas sucesso adaptativo. Todas as diferentes espécies desenvolveram diferentes meio de alcançarem o sucesso adaptativo, isto é, reproduzir, seja ele por meio do ato sexual, da ação de agentes polinizadores ou apenas do processo de divisão celular. São saídas adaptativas encontradas por cada organismo para dar continuidade à espécie. Nesse contexto, existem 2 tipos de reprodutores: os estrategistas-r, "que produzem um elevado número de descendentes a cada ciclo reprodutivo, ainda que cada um tenha poucas hipóteses individuais de sobreviver até à idade adulta" e os estrategistas-k, que investem mais no desenvolvimento de menos proles, com cada descendente tendo maior probabilidade de sobreviver até a idade adulta – é característica desse tipo de reprodutor, desenvolver comportamentos afetivos, de cuidado, pois investem mais na sobrevivência e na longevidade da prole, fatores observáveis em alguns mamíferos, por exemplo, como os primatas. É difícil, entretanto, como humanos, compreendermos que todos os seres vivos estão à terra apenas para reproduzir e dar sequência à linhagem, pois compreendemos a vida de diversas maneiras e com vários outros objetivos que talvez até mesmo não incluam deixar descendentes. Mas o fato é que toda a linhagem hominídea também é um organismo, logo também é natural que tenhamos o "gene da reprodução" incrustado em nós. Ele pode estar lá, parado e inativo, mas está presente em todas as ações que fazemos, não somente no ato sexual ou em nossos gametas. No desenvolvimento da linhagem humana, é visível que tudo o que nos tornamos é uma consequência da busca pela otimização das chances de reprodução.
Evolução Biológica e Processo de Hominização
Finalmente, depois de especificar alguns conceitos da biologia evolutiva, poderemos partir para as aplicações dessas considerações no desenvolvimento da linhagem humana e explicar qual participação eles tiveram no processo de hominização.
Se todos os primatas do Velho Mundo pertencem à mesma ordem – "Catharrini" – logo compartilham inúmeras características, dentre elas: polegares opositores, unhas nos dedos e dois pré-molares e, além disso, são mamíferos e estrategistas-k. Todo ser humano compartilha essas especialidades com qualquer outro macaco da ordem dos catarrinos, e isso não ocorre por casualidade. A explicação para tantas semelhanças, sejam elas de ordem comportamental ou física, reside no fato de também compartilharmos um mesmo ancestral, um mesmo ser que representa certa relação de "paternidade" para essas duas espécies. Ou seja, há muitos milhões de anos atrás um determinado grupo primata ancestral, diferente de qualquer macaco moderno, separou-se da sua população original por determinados fatores de ordem natural. Essa separação desse grupo, conforme o passar de mais alguns milhões de anos, originaria uma nova espécie de características ligeiramente diferentes das características do bando original, e o grupo que inicialmente se afastou, marca a formação de uma nova espécie. A população original continuou ampliando as habilidades necessárias para sobreviver ao meio e também desenvolveu características especiais. É mais ou menos dessa maneira que ocorre a diferenciação dos macacos de hoje com os humanos modernos, isto é, em um certo momento da história tivemos um ancestral em comum, mas por fatores casuais ocorreu diferenciação. A pergunta é: se nós, seres humanos, não somos melhores ou piores que qualquer espécie de primata, qual característica é determinante na formação da linhagem hominídea? Conforme visto nas últimas aulas de Processo de Hominização, a bipedia é o fator possuidor dessa particularidade. Porém é necessário chamar atenção para qual estágio da bipedia é importante nesse processo: no caso da espécie humana, a bipedia que nos interessa é sua forma mais consistente e "que posteriormente estará associada a postura ereta preferencial, que depende de muitas mudanças não só na coluna, mas no crânio, proporção dos membros e especialmente nas cinturas pélvicas e escapulares, ou seja, ombro e quadril" . Em palavras, a bipedia também é perceptível em outros primatas, porém não apresenta as mesmas características e funções do bipedalismo exclusivo da linhagem humana: no caso dos orangotangos e chimpanzés, por exemplo, ocorre bipedia arbórea ou facultativa, ou seja, é usada apenas em alguns momentos sendo que, na maioria das vezes, o deslocamento desses primatas em terrenos planos é feito através da nodopedalia – forma de locomoção quadrúpede na qual o primata utiliza os nós dos dedos das mãos como membros dianteiros para apoiar o peso do corpo. É difícil dizer qual ancestral da linhagem humana foi o primeiro antropoide a possuir a característica bípede em sua completa funcionalidade, entretanto já se sabe que entre 4 e 2 milhões de anos antes do presente já haviam espécies bípedes e de postura ereta, adaptadas aos campos das savanas africanas. Em meio à tantas afirmações acerca do caráter importante que a bipedia assume na formação da linhagem humana – mais adiante serão abordadas as funções da bipedia e de sua consequente postura ereta no contexto ecológico e energético – é cabível explicar quais fatores influenciaram no surgimento do bipedalismo, já que no transcorrer do estudo da evolução humana é inapropriado admitir que, repentinamente, nossos ancestrais desceram das árvores, ergueram sua coluna e triunfaram no processo de hominização. Ou seja, precisamos identificar quais foram os vetores que proporcionaram um estilo de vida ereto e sobre duas pernas.

A transição
Há 8 milhões de anos, o continente africano era coberto por uma vasta e densa floresta. Nela, várias espécies de macacos viviam, estavam adaptados à vida naquele ambiente sob aquelas condições. É lógico pensar que num ambiente tão denso a bipedia era inútil pois não havia sequer espaço para caminhar e, além disso, utilizar todos os membros disponíveis para se equilibrar e pular entre as árvores era fundamental para a sobrevivência de qualquer espécie primata daquela época. Na mesma época, no sudoeste asiático, a movimentação das placas tectônicas daquela região ocasionava o surgimento de formações rochosas e de cordilheiras. Lentamente, no decorrer de alguns milhões de anos, a colisão entre a placa tectônica da Índia e a placa Euroasiática deu origem à cordilheira do Himalaia, uma vasta área de montanhas de grande altitude que passou a interceptar as úmidas correntes de vento que levavam fortes chuvas para a África. Num processo extremamente demorado e gradual, as densas florestas africanas, sofrendo com a escassez das chuvas – que não conseguiam ultrapassar o Himalaia – foram desaparecendo, dando lugar à uma paisagem campestre, repleta de planícies cobertas por capins e gramíneas com apenas alguns aglomerados de árvores. Esse processo, denominado Savanização, foi fundamental para a formação de características como a bipedia, por exemplo, e o consequente processo de hominização. E é simples entender a explicação disso: até então, os macacos daquela época estavam ambientados àquelas condições, àquela floresta úmida e densa. Com a Savanização e a restrição da quantidade de árvores, o ambiente da África se modificou e, em decorrência disso, o estilo de vida de os organismos daquele ambiente obrigatoriamente se modificou. No caso da linhagem primata, alguns ancestrais permaneceram nas árvores enquanto outros buscaram a reprodução e a manutenção da espécie no chão, em contato direto com o solo. Esse processo se deu ao longo de milhares de anos, não foi uma ocasião repentina. A partir disso, todas as populações primatas que passaram a viver no solo desenvolveram métodos para otimizar as chances de reprodução e permanecerem vivas originando novas gerações da espécie. Buscava-se alimentação e reprodução e é nesse momento que a bipedia surge como alto grau de importância, principalmente no que diz respeito à caça e à reserva de energia. Em resumo, a Savanização, ocasionada pela formação dos Himalaias e a respectiva mudança climática que a cordilheira representou, modificou o ambiente ecológico no qual os antigos primatas viviam, forçando o desenvolvimento de novas características para a realização de novos hábitos capitais para a sobrevivência da espécie. Entre essas características, se encontram o aprimoramento da bipedia, que é a particularidade definidora da linhagem humana. A bipedia, em sua complexidade, já havia sido incorporada completamente por todos os Australopithecus afarensis, entre 3,0 e 3,8 milhões de anos antes do presente. Em termos evolutivos, significa que todos esses processos adaptativos através dos quais essas espécies anteriores e posteriores ao Afarensis passaram, reforça a ideia darwinista da seleção natural, ou seja, o princípio de adaptação ao meio foi e é fundamental para a formação da linhagem humana e o processo de hominização.

Por que bípedes?
A bipedia e postura ereta representam imediatamente, em nossos pensamentos, uma grande vantagem no campo de visão. Não como negar que a verticalização do corpo seja benéfica para avistar qualquer coisa que seja de uma distância um pouco maior do que em comparação com a postura quadrúpede ou nodopedálica, por exemplo. Porém, ao mesmo tempo que é possível avistar mais longe, também é possível ser visto de mais longe, ser observado. A postura ereta, decorrente da bipedia, não é um excelente disfarce nos campos abertos das savanas africanas. Na verdade, a principal vantagem que a bipedia apresentava, para nossos ancestrais, era basicamente a redução no gasto energético durante a locomoção em comparação com a movimentação nodopedálica, por exemplo. Resumindo, a bipedia representava economia energética para as populações adaptadas. Apesar dessa economia energética ser muito pequena, cerca de 140 kcal por ano , essas calorias economizadas poderiam ser aplicadas em outras atividades, especialmente no sexo, na reprodução, que por sua vez exige grande demanda energética. Mais uma vez, é perceptível a presença da reprodução na definição das características de qualquer linhagem, neste caso, a hominídea. Portanto, a bipedia assume caráter essencial na possibilidade de reservar energia e ampliar as chances de reprodução, continuando a espécie.
Outros aspectos relacionados à bipedia, à postura ereta e economia de energia são também fundamentais para o processo de hominização, por exemplo a possibilidade de investir tempo e energia na fabricação de ferramentas de pedra utilizadas para diversos fins, entre eles a caça, que também é aprimorada pela fixação da postura ereta e da bipedia. Antes da Savanização, a linhagem hominídea mantinha uma dieta quase que estritamente vegetal. Com a mudança da ecologia africana, o aumento das gramíneas e o surgimento de ruminantes, a caça mudou os padrões alimentares dos ancestrais hominídeos Da caça, surgem outras decorrências que só afirmam e completam o processo de hominização:< Expressivo aumento de consumo de proteína animal Desenvolvimento de cérebro grande e complexo Capacidade cerebral de dar significado as coisas e as pessoas [Ex.: celebrações para mortos, comunicação] Revolução criativa e tecnológica [Ex.: domínio do fogo e fabricação de utensílios elaborados] Ocupação de todo o planeta. >. (Em NEVES, Walter. E no princípio... era o macaco. Versão PDF, 2006). Vale ressaltar ainda, que os Australopithecus não são nossos ancestrais imediatos. A linhagem hominídea passou ainda por muitos outros processos em que foi necessário tomar atitudes que privilegiassem a reprodução e a continuidade da espécie humana. Entre 4 e 2 milhões de anos antes do presente a linhagem humana passou por um processo de diversificação, em decorrência da Savanização na África, ou seja, haviam várias espécies antropoides convivendo num ambiente muito próximo, não apenas os Australopithecus afarensis. É provável que haviam mais de 7 espécies diferentes de antropoides habitando a região do Grande Rift Valle, entre o nordeste e o sudeste africado nesse período. A história da linhagem hominídea é complexa e ocasionalmente modificada conforme novas descobertas são reveladas. Nos últimos 2 milhões de anos, ao menos 8 qualidades do gênero Homo habitaram a Terra, dentre elas o Homo erectus, que fez deste planeta sua morada por quase todo esse tempo, inclusive sendo contemporâneo do Homo sapiens por alguns milhares de anos. Por fim, destaco as datações mais antigas de nosso gênero [homo] representando a nossa idade na terra: 200 mil anos. Isto é, a história humana é antiquíssima, a começar pelo Sahelanthropus tchadensis, datado de mais de 7 milhões de anos antes do presente e provável elo inicial entre todas as linhagens de todos os primatas modernos. Todos os descendentes do Sahelanthropus teoricamente originaram todas as espécies de primatas modernos que vemos e outras que se perderam no caminho da evolução. A trajetória humana não é linear, é cheia de intervenções que levaram nossa espécie a ser o que hoje somos. Tudo fruto e resultado de processo evolutivos, oriundos especialmente da adaptação/seleção natural.
Fica mais fácil, agora, entendermos como se deu a formação do processo de hominização depois de o-colocarmos do lado de questões evolutivas/biológicas. A linhagem hominídea não consiste apenas do humano moderno, Homo sapiens, mas de toda uma história evolutiva repleta de ocasiões nas quais a seleção natural, a adaptação ao meio, as mudanças graduais e as catástrofes contribuíram para chegar onde estamos atualmente.


Conclusão
Fica mais fácil, agora, entendermos como se deu a formação do processo de hominização depois de o-colocarmos do lado de questões evolutivas/biológicas. A linhagem hominídea não consiste apenas do humano moderno, Homo sapiens, mas de toda uma história evolutiva repleta de ocasiões nas quais a seleção natural, a adaptação ao meio, as mudanças graduais e as catástrofes contribuíram para chegar onde estamos atualmente. Depois de permear alguns conceitos evolutivos, algumas teorias estudadas e a metodologia, percebe-se que toda a história humana e sua respectiva trajetória, estão cheias de processos evolutivos, de transformação, de mudança. Nossa trajetória não foi pré-estipulada. Acredito que todas as características que incorporamos e aperfeiçoamos são fruto de um processo lento, e é nessa lentidão que as variações de gênero se originam: enquanto alguns grupos optam por seguir determinado plano para atingirem o SRD, outros preferem outros meios para fazer o mesmo. Não deixa de ser uma questão de escolha, os meios podem ser diferentes, mas o objetivo final é o mesmo: reproduzir, continuar a espécie, gerar proles. E esses diferentes meios pelo quais se escolhe atingir um objetivo vão tornando as características de uma população também distintas das características de outra população. O processo de hominização ocorreu nessa formulação, de maneira que os eventos naturais ocorridos com o passar dos anos desenvolveram particularidades. Nós, humanos, somos um aglomerado dessas particularidades. Não cabe dizer que somos especiais, apenas atingimos o nosso objetivo biológico, apenas reproduzimos. É relativo dizer, mas nesses termos, a gente deu certo.


Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.