O Surgimento da Terapia Familiar

May 27, 2017 | Autor: Dylan Ritcher | Categoria: Human Resource Management, IUU Fishing
Share Embed


Descrição do Produto

O SURGIMENTO DA TERAPIA FAMILIAR:

A terapia familiar foi se desenvolvendo através de varias influencia que recebeu de diversas áreas do conhecimento.
Vindo desde que Freud que na área psicanalítica sempre ressaltava a importância dos estudos de relações familiares, indicando que deve se prestar atenção às condições históricas e sociais quanto aos danos e sintomas patológicos, em que o psicanalista deve dirigir, sobretudo nas relações familiares dos pacientes.
Freud apresenta ainda um panorama que faz referencias as resistências externas que estão em circunstancia com o paciente, e de seu ambiente que pode interferir no processo, que inclusive podiam explicar fracassos terapêuticos. A neurose seria uma delas, tendo relação com os conflitos entres os membros de uma família, onde os sadios para não prejudicar seus interesses não colaborando na recuperação do doente.
Vários desenvolvimentistas da biologia a antropologia e outros influenciaram no inicio das primeiras formulações teóricas e técnicas do trabalho terapêutico com as famílias. Não podemos esquecer-nos das teorias levantadas por Adler, na teoria do desenvolvimento da personalidade, e das relações entre eles nas patologias.
Sullivan coloca ainda que nas relações interpessoais dão origem a doenças mentais, onde um entendimento completo da pessoa, só seria possível no contexto em que ele esta inserido, na sua família e de seus grupos sociais.
Frieda Fromm-Reichman também faz esta referencia, estudando a relação mãe e filho, como sendo fonte de patologia, formulando o conceito de mãe esquizofregênica para explicar então a relação do esquizofrênico com sua mãe.
Logo no final da segunda Guerra, começa acontecer o movimento das comunidades terapêuticas para reformulação psiquiátrica, e com isso as relações do paciente internado começou a ser levado em conta no tratamento entre os membros da comunidade hospitalar.
Após este período, Pichon Riviere acrescenta a família em sua compreensão de doença mental desenvolvendo o conceito de "bode expiatório", onde ele seria o depositário da patologia que é de toda família.
Todo esse arcabouço de estudos e teorias auxiliara no surgimento do estudo no campo da terapia familiar. Porém na década de 50, com o crescente estudo e produção a cerca do assunto, a clinica possuía regras onde o contato com a família do paciente não deveria acontecer, fazendo assim, com que a divulgação a cerca do trabalho fosse atrasada, porem o que era mais aceitável era a pesquisa, que facilitou o aprendizado sobre o funcionamento das famílias e as possibilidades de atendimento em conjunto, trazendo ainda conceitos relevantes, como estrutura, dinâmicas e outros grandes projetos.
No seu inicio ainda, foram realizados estudos com população esquizofrênica, pois era uma doença frequente na época, e muito resistente aos métodos terapêuticos a época.
Vários grupos a respeito foram formados, porém, o grupo de Gregory Bateson, desenvolvido 1956 trazendo o primeiro artigo publicado da área, onde ele traz conceitos que foram postulados as bases familiares da etiologia da esquizofrenia e formula conceito de duplo vinculo.
Com este conceito é necessário que duas pessoas de um vinculo muito alto, normalmente mãe e bebê, e um paradoxo infringido pela mãe ao bebê, chamado de "vitima", e a repetição passa a ser habitual, a impossibilidade da vitima de escapar do paradoxo.
Com o tempo, o foco antes destinado a famílias com pacientes esquizofrênicos foi se ampliando, e abrangendo pacientes neuróticos e outras famílias sem patologias sérias.
Esses trabalhos então mostraram que os fenômenos que foram descobertos nas famílias com esquizofrênicos eram elementos básicos na dinâmica familiar, e que esses mesmos princípios também estavam sendo encontrados em outras famílias, em graus variáveis. Desta forma, a patologia é uma exacerbação de determinados padrões.

_____________________________________________________-

O ENFOQUE PSICANALÍTICO
A terapia familiar com enfoque psicanalítico, traz a ênfase ao passado, a historia da família, sendo como causa de um sintoma, até como transforma-la.
E os sintomas apresentados são decorrência de experiências passadas que então foram recalcadas da consciência, sendo o método utilizado na maioria das vezes interpretativo, assim trazendo o objetivo de ajudar a trazer insight do comportamento passado, e o presente das relações entre eles.
Foram formuladas hipótese que fundamentaram a clinica com famílias e casais, com um interesse no inconsciente dos sentimentos, desejos e outras coisas e expectativas que unem os membros de uma família aos passados individuais e familiares.
Os autores se interessaram principalmente pelos efeitos dos segredos e mitos na dinâmica da família, onde os segredos podem pertencer a um membro ou ser compartilhados com outros ou ainda inconscientemente tomado pelos membros de geração em geração ate se tornar um mito. E quando um membro desafia um segredo familiar, a atitude dos outros membros muda nessa relação, e a cumplicidade é rompida, fazendo aparecer novos fatos e fantasias.
Segundo Ruffiot (apud Carneiro, 1996), a terapia familiar pode ser denominada de grupalista, pois é inspirada na sua teoria e pratica por uma representação fantasmática e grupal do individuo no seio da sua família, ele ainda formulou a hipótese deum aparelho psíquico familiar.
Para Ruffiot, a natureza do psiquismo é o fundamental do psiquismo familiar e de todo psiquismo grupal, e sua abordagem se baseia principalmente na escuta do funcionamento da fantasmática familiar no aparelho psíquico da família e as varia vozes que vem a aparecer na associação livre dos membros da família quando eles estão reunidos nas sessões.
Para Eiguer 1984 (apud Carneiro, 1996) as famílias são compostas de membros que tem no seu grupo formas típicas de funcionamento psíquico inconscientemente e que se diferenciam do funcionamento de cada membro.
Ainda é formulado o conceito de que os organizadores grupais para explicar os acontecimentos que ocorrem entre os membros da família e traz a fantasia de castração como um determinante da definição da diferença sexual, vindo então desta forma a determinação dos papeis de pãe, mãe, irmão e irmã. Ele ainda nos apresenta o conceito de que a fantasia original esta baseada nos vínculos, sendo ela ativadora dos investimentos narcísicos e objetais, favorecendo o reagrupamento Inter fantasioso.

CARNEIRO, F. T. Terapia Familiar: das divergências as possibilidades de articulação dos diferentes enfoques. Ciência e Profissão, v 16, 1996. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2016.














Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.