O uso do eugenol na anestesia do rosacéu, Hyphessobrycon sp. (Characiformes: Characidae)

June 19, 2017 | Autor: Sávio Guerreiro | Categoria: Characidae, Eugenol, Anestesia
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IV CONGRESSO BRASILEIRO DE AQUICULTURA DE ESPÉCIES NATIVAS

O uso do eugenol na anestesia do rosacéu, Hyphessobrycon sp.
(Characiformes: Characidae)

Sávio Lucas de Matos Guerreiro¹*, Rafael Rodrigues Russo1, Álvaro José Reis
Ramos1, Fabrício Barros de Sousa2, Nuno Filipe Alves Correia de Melo3,
Glauber David Almeida Palheta3, Rodrigo Takata3, Raimundo Aderson Lobão de
Souza3
*Laboratório de Aquicultura Tropical, UFRA, Av. Perimetral, 2501, Bairro:
Terra firme, 66.077-901, Belém, Pará, Brasil,
[email protected]; 1Graduando em Engenharia de Pesca, UFRA;
2Pós-Graduando em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, UFRA;
3Professor, ISARH, UFRA.

O manejo de peixes em cativeiro proporciona situações de estresse que
influenciam diretamente na sanidade dos animais. Nessa situação, o estresse
acarreta em uma maior movimentação dos peixes, resultando em perda de muco,
escamas e quebra das nadadeiras. Outras reações negativas causadas por
atividades de manejo ocorrem a níveis fisiológicos e bioquímicos, causando
muitas vezes mortalidade. Neste contexto, o presente trabalho avaliou a
influência de concentrações de eugenol na anestesia e tempo de recuperação
do rosacéu Hyphessobrycon sp. O trabalho foi realizado no laboratório de
aquicultura tropical, UFRA, Belém, PA. Um total de 42 peixes com peso médio
de 0,36 ± 0,10 g e comprimento total médio de 2,28 ± 2,12 cm foram
submetidos a sete concentrações de eugenol, 10, 20, 30, 40, 50, 60 e 70 mg
L ¹, sendo monitorados até alcançarem o estágio de anestesia cirúrgica.
Após essa etapa, os peixes foram transferidos para aquários com água sem a
presença de eugenol para avaliação da recuperação. A temperatura média
tanto na fase de indução a anestesia quanto na fase de recuperação foi de
30 ± 0,27 °C. Os peixes alcançaram o estágio de anestesia cirúrgica em
todas as concentrações avaliadas. Em geral, as maiores concentrações
proporcionaram os menores tempo de indução a anestesia, sendo que não
ocorreram diferenças estatísticas entre os tempos de indução das
concentrações de 30 a 70 mg L-1. As concentrações entre 20 a 40 mg L-1
apresentaram tempos de indução a anestesia similares entre si. A
concentração de 10 mg L-1 apresentou o maior tempo de indução a anestesia
quando comparado com as demais concentrações, e esse foi de 226 ± 28
segundos. O tempo de recuperação do estágio de anestesia cirúrgica dos
peixes submetidos a concentração de 10, 20, 30 e 40 mg L-1 de eugenol foi
similar estatisticamente e variou de 41 ± 8 a 66 ± 16 segundos,
respectivamente. As maiores concentrações (50, 60, 70 mg L-1) apresentaram
um aumento no tempo de recuperação dos peixes, sendo que esses foram
estatisticamente semelhantes entre as concentrações de 60 e 70 mg L-1 de
eugenol. Não ocorreram diferenças significativas entre o tempo de
recuperação dos peixes submetidos às concentrações de 10, 20, 30 e 40 mg L-
1, os quais foram menores e variaram de 41 ± 8 a 66 ± 16 segundos,
respectivamente. Com os resultados encontrados nesse trabalho, recomenda-se
que peixes ornamentais de pequeno porte, como o rosacéu, sejam anestesiados
com segurança na concentração de 10 mg L-1, pois apresentou um tempo de
anestesia cirúrgica e recuperação dentro da faixa recomendada para peixes.

Palavras-chave: Amazônia, Peixes Ornamentais, Óleo de Cravo, Manejo de
Peixes

Apoio: CAPES, ISARH, UFRA
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