O VOCACIONADO E A AGÊNCIA MISSIONÁRIA EM UM MUNDO PLURALISTA: COOPERADORES OU COMPETIDORES

June 13, 2017 | Autor: Felipe Fulanetto | Categoria: Phenomenology, Missiology and Mission Theology
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O VOCACIONADO E A AGÊNCIA MISSIONÁRIA EM UM MUNDO PLURALISTA: COOPERADORES OU COMPETIDORES? Felipe Fulanetto*

Resumo: Este artigo analisa fenomenologicamente o atual contexto pluralista da sociedade pós-moderna e suas implicações dentro do universo missionário, discutindo a relação, Vocacionado–Vocacionado, Vocacionado–Agência e Agência–Agência desta forma, levantando a pergunta: “Cooperadores ou competidores?”

Palavras-chaves: pluralismo religioso, agências missionárias, vocacionado.

Abstract: This paper analyzes the current phenomenological pluralistic context of postmodern society and its implications within the missionary universe, discussing the relationship Vocationed–Vocationed, Vocationed–Organization and Organization– Organization thus raising the question: "Cooperators or competitors?”

Keywords: religious pluralism, missionaries organization, vocationed.

* Felipe Fulanetto é técnico em Web Design, graduado em Teologia no STNB, bacharel em Teologia reconhecido pela UNICESUMAR e mestrando em missiologia no CEM. Pastor e missionário pela Igreja do Nazareno, coordenador de pesquisas missionárias institucional da AMTB, pertence à equipe do projeto Vocacionados e do movimento VOCARE. Organizador e co-autor do e-book “Vocação e Juventude” publicado pela editora Ultimato.

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1. INTRODUÇÃO A hegemonia de uma religião não é mais realidade em nossa sociedade e todos nós podemos nitidamente observar. O intercambio religioso outrora uniforme e unilateral, vindo do Ocidente para o resto do mundo, transformou-se em pulverizado e bilateral, oriundo de diversos ambientes e com fortes tendências ao sincretismo. Aulas de yoga, mesquitas, provérbios confucionistas, meditações zen, horóscopo do dia, amuletos de proteção e entre outros, são atualmente rotineiros na vida de milhões de brasileiros. Essa nova ambivalência gera um desafio hermenêutico para a teologia contemporânea. Trata-se de um novo paradigma que antes era somente vivenciado pelos missionários em seus respectivos campos, entretanto, hoje as igrejas e as agências enviadoras enfrentam uma realidade desafiadora para cumprir a sua missão. Deve-se ressaltar que esse artigo não tem a intenção de analisar as religiões e apresentar uma resposta apologética, tampouco discutir modelos de agências e estratégias evangelísticas, muito menos finalizar a discussão proposta, pois por ser um assunto complexo e dinâmico, exige-se muito mais que uma simples resposta metodológica e teológica. Não obstante, levantaremos inquietudes latentes no meio cristão evangélico na sua relação cultura-fé. O objetivo é demonstrar historicamente o surgimento do pensamento pluralista inclusivista, apontando como esse fenômeno se alastrou dentro do corpo eclesiástico, para então, estudar a sua influência tanto na pessoa vocacionada a obra missionária, como nas agências missionárias. Desta forma, será levantada a indagação, se os vocacionados e as agências agem como cooperadores ou competidores. Por fim, finalizaremos com um diálogo otimista hermenêutico bíblico, a fim de nortear nossas atitudes.

2. BREVE HISTÓRIA DO PLURALISMO RELIGIOSO O pluralismo religioso não é um fenômeno novo, mas ocorreu com maior ou menor intensidade no decorrer da história. No império romano com a globalização, a diversidade religiosa era um movimento não somente real, mas desejado. O intercambio de cultura, língua, mercadoria e tecnologia foi um marco extraordinário, inclusive para os moldes atuais. E nessas transações internacionais, os romanos tinham facilidade de adicionar novos deuses no seu panteão, formando assim uma pluralidade religiosa. Já no mundo moderno, com a chamada “Expansão da Europa”, dos anos 1450 a 1750, a igreja encarou um novo mundo repleto de religiões que colocaram a hegemonia do cristianismo em uma situação perigosa (CRAIG, 2010, p. 162). A sociedade começou a

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se perguntar se realmente a fé cristã era a única verdadeira e superior, pois religiões oriundas da Índia, China e Japão, eram tão evoluídas e éticas como da dita ocidental. Sendo assim, o ápice do rompimento da sociedade com o cristianismo deu-se no Iluminismo (sec. XVIII), com o surgimento do humanismo racional, que fortaleceu o pluralismo religioso, pois se acredita que o Homem é o centro do universo, e a razão, a sua maior arma. A partir de então, a verdade é ponderada pelos argumentos lógicos. Somente fatores racionalmente prováveis e empíricos são considerados verdadeiros e factíveis, relegando as demais experiências humanas (arte, musica, estética e religião) para questão de escolha pessoal e privada (HIEBERT; SHAW; TIÉNOU, 2009, p. 20). Cientistas como Galileo Galilei (1564-1642), polímatas como Leonardo da Vinci (1452-1519), filósofos como René Descartes (1596-1650) e matemáticos como Isaac Newton (1642-1727), foram os precursores do humanismo racional entre os séculos XV a XVIII. Entrementes, nos nossos dias com a pós-modernidade, esse pensamento é elevado exponencialmente para o relativismo moral e religioso, que repudia qualquer verdade ou valor absoluto, advogando que todo ponto de vista é válido, logo, a consequência é o que chamamos de inclusivismo religioso¹. Como John Stott salienta: As denominadas metanarrativas – as grandes histórias que pretendem explicar a vida, como o cristianismo – têm se fragmentado e a verdade então passa a ser vista como algo pessoal e não público, como algo subjetivo e não objetivo. (STOTT, 2014, p. 76). Gerard Biard, redator-chefe do jornal “Charlie Hebdo”², nos mostra quão vivo essa filosofa humanista é vigente, “cada vez que desenhamos a caricatura de Maomé, de profetas, de Deus, defendemos a liberdade de religião. Deus não deve ser uma figura política ou pública, mas sim privada". (COLON, 2015) De acordo com Lesslie Newbigin nós somos pluralistas em respeito do que chamamos de “crença”, mas não somos no que chamamos de “fatos” (NEWBIGIN, 1989, p. 27), ou seja, a fé por ser uma “crença” já não é objetiva, porém subjetiva, não é

¹ De acordo com Ricardo Quadros Gouvêa (GOUVÊA, 1996), a evolução do pensamento pluralista deu-se em duas etapas, primeiro o pluralismo moderno (entenda-se iluminista dos séculos XV a XIX) visava à convivência amigável entre visões diferentes e opostas, relacionada ao ideal iluminista da fraternidade universal e tolerância. Já o pluralismo pós-moderno (entenda-se pós-kantiano) dá um passo além e propõe não apenas tolerância, mas inclusivismo. ² No dia 7 de janeiro de 2015 em Paris, França, o jornal satírico “Charlie Hebdo” foi alvo de um atentado terrorista que deixou 12 mortos. O motivo do ataque foi após uma série de publicações de caricaturas de Maomé, algo considerada proibida por muitos muçulmanos, pois segundo os líderes religiosos, poderiam provocar idolatria.

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baseada na verdade factual, mas sim, na opinião própria, com isso o pluralismo religioso têm se expandido e catequisado a sociedade pós-moderna. Religiões inclusivistas e sincréticas como Hinduísmo, Fé Bahá’i, Cristo Cósmico, Divino Pai Eterno, Seicho-noie, Nova Era, Candomblé etc., crescem por causa da sociedade pluralista. O ditame é que todas as religiões são validas, pois não existe o certo e o errado. Para o pluralista é inconcebível que qualquer religião específica deva ser verdadeira, e todas as outras falsas. Logo, seguir qualquer um dos caminhos religiosos nos capacita alcançar o divino e no nome do “politicamente correto”, não é possível confrontar crenças e erros das outras pessoas. Portanto, a filosofia reinante é o hedonismo (não necessariamente promiscuidade), buscando imperativamente o prazer, pois aquilo que te agrada é o correto. Frases como: “se isso te faz feliz”, “tudo pelo amor”, “o que importa é sua felicidade”, “busque o que esta no seu coração”, são constantemente ouvidas por pessoas de todos os níveis. A única maneira das religiões atraírem prosélitos é enfocar nas necessidades latentes de seus adeptos, visando uma resposta simplista e imediata. Notoriamente essa é a realidade vivenciada nas igrejas cristãs protestantes no Brasil, por isso, devemos fazer uma tomografia do corpo eclesiástico e averiguarmos as medidas cabíveis ao diagnóstico apresentado.

3. IGREJAS ORIENTADAS PELO MERCADO Primeiramente vale salientar que o pluralismo religioso é tratado aqui, não apenas como a multiplicidade de grupos religiosos sistematicamente organizados, mas também diferentes concepções religiosas dentro de um mesmo seguimento religioso, isto é, modos diversos de ver religiosamente o sagrado dentro da mesma religião. Sendo assim, a reação do corpo de Cristo enfrente ao mundo do pluralismo religioso não tem sido das melhores possíveis. As igrejas protestantes abriram o seu quiosque na praça de alimentação, buscando oferecer o melhor produto para atender o consumidor. Para atingir esse alvo lançasse mão dos conceitos do mercado: define meta e prazo; identifique publico alvo e suas necessidades; anuncie na praça; inove; tenha bons vendedores e venda furiosamente. Ações como essas são frequentemente vistas em reuniões pastorais e eclesiásticas. Assim como Gloecir Bianco salienta, a pluralidade religiosa tem resgatado desenfreadamente o sagrado (BIANCO, 2007, p. 2), buscando de todos os modos religar o homo religious com o divino, e não se pode deixar de considerar um outro elemento imprescindível à composição do quadro religioso dos brasileiros: a magia. Como Ronaldo

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Lídorio afirma, a magia é um artificio de manipulação do divino ou espírito para fins próprios, completamente contrário do princípio da oração, que visa submissão e adoração ao Criador (LÍDORIO, 2011). Promessas como cura, libertação, salvação, milagre extraordinário e prosperidade material, não é exigido renúncia e consagração. Palavras como pecado, arrependimento, cruz, sofrimento, autonegação, foram abolidas do vocabulário do púlpito, agora somente utilizam decretar, conquistar, tomar posse, declarar. Conceitos como sola scriptura, solus Christus, soli Deo gloria, são inconcebíveis neste mundo de pluralismo inclusivista. A relação estreita entre igreja e mercado é brilhantemente observado por Berger e Luckmann: “Se quiserem sobreviver, as Igrejas devem atender sempre mais aos desejos de seus membros. A oferta das Igrejas deve comprovar-se num mercado livre. As pessoas que aceitam a oferta tornam-se um grupo de consumidores. Por mais que os teólogos se ericem, a sabedoria do velho ditado comercial – ‘o freguês tem sempre razão’ – impõe-se também às Igrejas. Elas nem sempre seguem o ditado, mas frequentemente o fazem” (BERGER; LUCKMANN, 2004, p. 61) Cristão com teologia rasa e experiências místicas profundas, gera heresias profundas e maturidade espiritual rasa. Se antigamente mudar de religião significava uma ruptura brusca com sua cosmovisão religiosa e aderir uma nova concepção de vida libertadora (metanonia), agora conversão denota uma busca de realizações pessoais e incorporar novas crenças em suas antigas experiências (sincretismo). Esse ambiente de multiplicidade de experiências subjetivas, busca do divino através da magia e igrejas orientadas pelo consumo, inevitavelmente afetou aos vocacionados a obra missionária e justamente nesse ponto que este artigo se propõe articular.

4. VOCACIONADOS DESORIENTADOS A nova geração é o alvo mais fácil para cair na cilada do pluralismo, pois desde muito cedo a multiplicidade de opções que lhe são oferecidos, lhe parecem como grande parque da Disney World, tantos atrativos e pouquíssimo tempo, forçando-os a escolher o que mais lhe agrada. O vocacionado a obra missionária se encontra na mesma encruzilhada. Tudo é uma mera questão de opções. Escolher aquilo que mais lhe atrai. O que se encaixa mais perfeitamente ao seu plano de carreira.

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De tudo que discutimos até então, desejo discorrer cinco pontos principais que o pluralismo religioso tem moldado os vocacionados a obra missionária.

a. Relativismo hermenêutico bíblico Com o advento do relativismo subsequente ao pluralismo, como já analisamos, ensinasse que toda e qualquer verdade absoluta apregoada é considerada infâmia e arrogância. Assim como Stott pontua, ninguém tem o direito de desafiar o outro quanto à veracidade de sua crença (STOTT, 2014, p. 77), logo, o relativismo hermenêutico bíblico é instaurado na cosmovisão do vocacionado. Negociar a autoridade bíblica torna-se uma opção plausível com intuito de ser tolerante e afável com outros pontos de vistas religiosos. Ser “politicamente correto” é não contrapor, é não dizer ao outro o que ele deve fazer, é simplesmente aceitar a opinião alheia como uma “verdade” relativa ao seu ponto de vista. Missionários norte-americanos e europeus tendem a ter dificuldades para realizar evangelização pessoal. A sua cultura altamente secularizada e pós-moderna, lhe catequizaram que é errado confrontar o erro de alguém, principalmente se não a conhece há muito tempo. Contudo, não devemos nos precipitar afirmando que brasileiros não passam pelas mesmas circunstancias. Por causa do treinamento antropológico inadequado, brasileiros falham drasticamente na contextualização bíblica, seja para o extremo do sincretismo religioso ou a negação total dos costumes. Portanto, os novos vocacionados são mais suscetíveis a abrir mão da verdade bíblica absoluta e aceitar novos paradigmas que são contrários à mesma, como poligamia, suborno, superstições etc.

b. Motivações antropocêntricas para o ministério Com o mercado ditando às regras a igreja, não é de surpreender que os objetivos ministeriais dos vocacionados sejam antagônicos aos que bíblia nos orienta. O relacionamento magico predominante entre o homo religious e Deus tem distorcido a verdadeira razão de nos envolvermos com a Missio Dei. Muitos missionários em regiões mais pobres vivem em verdadeiros palácios, possuindo do bom e do melhor da terra, adquirindo uma classe social privilegiada e abastada. Essa nova geração de vocacionados busca no ministério uma ascensão profissional, ponderando os prós e contras de se envolver num trabalho transcultural. Em contrapartida, outros por não conseguirem ser bem sucedidos no trabalho ou por não passarem em uma faculdade, optam por seguir a carreira ministerial. E há ainda aqueles com espirito de “Indiana Jones”, que desejam

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desfrutar o inóspito e exótico, procurando sempre uma aventura nova a ser experimentado. O hedonismo preponderante nas igrejas evangélicas tem obscurecido a verdadeira razão do cumprimento da comissão de Jesus, retirando o próprio Deus do centro da missão e introjetando o homem como protagonista na obra. Os povos não-alcançados permanecem na mesma situação porque os missionários não estão dispostos a sacrificar para tal obra, pois em sua maioria, eles vivem em situações de risco e regiões remotas, ausente de todo conforto.

c. Infidelidade institucional O resultado do antropocentrismo nas motivações ministeriais desemboca no terceiro ponto da nossa análise. Primeiramente os vocacionados não decidem afiliar-se a uma agência missionária por uma discussão avaliativa do propósito, campo e metodologia, muito menos por direção espiritual. O compromisso está no que é atrativo, confortável e maleável. O leque das opções de agências missionárias proporciona um mercado de trabalho, onde os currículos são distribuídos e o que tiver melhor custo benefício ganhará. Consequentemente, o resultado dessas decisões gera obreiros infiéis a suas organizações missionárias. Qualquer imprevisto ou descuido da agência, o vocacionado sente-se no dever de cortar ligações com a instituição, e assim como um profissional, busca-se uma nova que proporcione e cumpra com suas exigências trabalhistas.

d. Crise epistemológica O quarto ponto importante a ser analisado é concernente ao preparo acadêmico e prático do obreiro transcultural. A multiplicidade de centros teológicos e missiológicos, em partes é uma grande conquista, entrementes, pode se tornar um inimigo, pois se perde a qualidade e identidade dos formandos. Outro ponto relevante são as fontes dos estudos teológicos, missiológicos e religioso que os vocacionados estão bebendo. Com a pluralidade religiosa, muitos centros de treinamentos divulgam teologias mancas e missiologias míopes, criando missionários diplomados, porém despreparados para a realidade. Conforme o resultado da pesquisa missiológica “As principais razões que impedem a Igreja brasileira de enviar missionários transculturais”³, podemos averiguar

³ Em 2012 com a iniciativa da Comibam, Sepal, AMTB e o Movimento de Lausanne, quarenta líderes evangélicos conhecedores da realidade brasileira, levantaram quatro grandes blocos dos motivos que a Igreja brasileira não está enviando mais missionários transculturais. Para conhecimento da pesquisa acesse:

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que as “Razões Estratégicas, Treinamento e Ensino” é uma das mais carentes de reformulação.

e. Evangelização triunfalista Por último, a crise epistemológica nos apresenta o panorama da práxis missionária, e ela é entristecedor. A crise eclesiástica que estamos vivenciando gerou projetos desastrosos no campo missionário, transportando a teologia triunfalista para a esfera da evangelização, esperando romper todas as barreiras transculturais com pragmatismo impregnado de etnocentrismo, contradições e romantismo. Com maestria, o filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella, compara a diferença entre viver velozmente e apressadamente, o primeiro emprega todos os seus conhecimentos meticulosamente o mais rápido possível dentro da sua capacidade, enquanto que o segundo finaliza o seu dever rapidamente em detrimento da qualidade final (CORTELLA, 20). Da mesma forma, os projetos missionários são feitos apressadamente visando somente resultados numéricos, ao invés de agirem velozmente e com destreza. Por causa disso, no afã de ganhar vidas para ao Reino, obreiros empregam projetos evangelísticos sem nenhum amparo teológico, buscando apenas resultados batismais. A evangelização foi infecionada pelo hedonismo, retirando de sua pauta a teologia do sofrimento, transformando o missionário impersistente e murmurador. O sentimento de união outrora notório no meio missionário foi abandonado. Hoje há uma competição de quem mais planta igrejas, batiza pessoas e arrecada mais ofertas. De acordo com Justo González, o ecumenismo surgiu no seio do movimento missionário, pois um dependia do outro para realizar o objetivo que tinham em comum (GONZÁLEZ; ORLANDI, 2010, p. 249-256). Todavia, a realidade hoje vivenciada é divergente com as décadas passadas, o missionário tornou-se mais um profissional lutando pelas suas causas pessoais. Uma história da missionária voluntária que viveu na Guiné Bissau exemplifica perfeitamente essa competição entre vocacionados. Depois de anos batalhando para iniciar um trabalho pioneiro da denominação, ela foi obrigada, de uma forma traiçoeira, a passar todos os documentos e igrejas para o missionário de carreira, pois ele, o “profissional”, que deveria legalmente ser o “pioneiro” no campo. Infelizmente no final de toda essa arapuca muitas igrejas estão morrendo e o missionário de carreira não obteve respeito do povo local. http://www.indigena.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=95:principaisrazoesnaoe nviomissionariostransculturais&catid=12:manifestos&Itemid=19

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5. COMPLEXO AXIS MUNDI E AS AGÊNCIAS MISSIONÁRIAS E as agências missionárias, estão isentas da influência do pluralismo religioso? Creio que devemos ser sinceros e responder claramente: não. Como pudemos verificar, a pós-modernidade e suas filosofias humanistas racionais, já estão instaladas dentro e fora da Igreja, não sendo diferente com as agências missionárias. A primeira evidência que poderíamos destacar é a própria multiplicação de agências missionárias. Entre os anos de 1900-1970 foram criadas 27 agências/juntas missionárias. No período entre 1970-1990 foram fundadas mais 29. Nos dez anos entre 1990-2000 houve um acréscimo de 31 novas organizações e na primeira década do século XXI, de 2000 a 2010, mais 17 novas agências/juntas missionárias (Ver ANEXO 01). O que no primeiro período destacado levou setenta anos para fundar 27 agências, em apenas vinte anos posteriores foram fundadas 29 e dez anos depois, surpreendentemente 31 novas agências, e por fim, mais 17 agências/juntas entre 2000 a 2010. É bem sabido que as igrejas evangélicas obtiveram um grande avanço numérico, especialmente entre 1970-2000, refletindo diretamente na necessidade de criar novas agências para responder a demanda. Contudo, vale ressaltar que muitas agências são criadas para os mesmos fins que outra já está desenvolvendo. Como salientado, igrejas orientadas pelo mercado competem uma com as outras, demarcando território e ostentando poder. Da mesma forma está acontecendo entre as agências missionárias. Há uma clara duplicação de força missionária, ocorrendo em muitos casos desperdício de tempo, dinheiro e obreiros. Muitas agências decidem abrir bases missionárias sem ao menos verificar se há outras atuando no mesmo contexto, pois a sua intenção é simplesmente abrir onde não há a “minha” instituição, focando simplesmente em questões pessoais, individuais e, porque não dizer, egoístas. Um exemplo que ocorre com frequência em vários lugares do mundo, é o que aconteceu na aldeia Ticuna no Alto Solimões na Amazonas. Composta por 20 famílias, sendo aproximadamente 200 pessoas, existe quatro distintas igrejas evangélicas que atuam na mesma aldeia. Certa vez, uma dessas igrejas, mobilizou uma clinica médica e distribuíram óculos para os índios e exatamente uma semana depois, outra equipe médica de outra igreja entregaram novamente óculos, desperdiçando tempo e dinheiro que poderiam ser aplicados para 117 etnias brasileiras que não há nenhuma presença missionária. A

desunião

se

agrava

ainda

mais

entre

as

agências

missionárias

interdenominacionais e juntas missionárias denominacionais. A primeira acusa a segunda

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de partidarismo e falta de visão de Reino, enquanto que a denominacional diz que as agências interdenominacionais são insubmissas e liberais. Outro fator relevante a ser destacado como razão de desunião é a crise de gerações, pois os mais antigos tendem a serem mais conservadores, enquanto que a nova geração é mais flexível e adepto a missão integral. A consequência de tudo isso é sentida no vocacionado, que se torna um alvo de concorrência entre ambas às agências. Esse quadro de competição é o mesmo reflexo do mercado que observamos na igreja e no vocacionado. Com visão pragmática diretores e líderes estratégicos exigem números irreais dos missionários, ameaçando cortar sustento ou retornarem do campo caso não alcancem a meta preestabelecida. Tudo isso que pudemos observar, chamaremos de “Complexo Axis Mundi”, que de acordo com Mircea Eliade, o homo religious tem a necessidade de estar no centro do mundo (axis mundi), pois é ali que está o lugar sagrado, onde tudo acontece. É nesse local que o divino se manifesta, interligando o lugar sagrado com as regiões cósmicas, tornando-se assim o centro do mundo (axis mundi) (ELIADE, 2010, pp. 38-44). Desta maneira, muitos missionários e lideres de agências/juntas missionárias, sofrem com o complexo de axis mundi – a necessidade de estar no centro do mundo – e nas palavras de Eliade, o universo precisa circuncidar o seu “umbigo”. Para tais pessoas o mais importante é o que acontece consigo mesmo – o universo “conspira” em seu favor – estabelecendo assim, um relacionamento mágico com Deus, reivindicando os seus “direitos” e negando os seus deveres.

6. RESPOSTA CRISTÃ A proposta desse artigo não é terminar sem nenhuma resposta, mas apresentar (dentro do possível) uma solução para à atual situação que estamos vivenciando. E, para respondermos efetivamente, podemos resumir as influências do pluralismo religioso dentro do seguinte panorama religioso: Pluralismo Religioso > Relativismo > Mercado > Hedonismo

E cada um dessas divisões é subdividas da seguinte forma: RELATIVISMO > verdade subjetiva > sincretismo > inclusivismo MERCADO > pragmatismo > desunião entre as agências e os missionários > duplicação de força missionária

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HEDONISMO > antropocentrismo > complexo axis mundi > infidelidade institucional

Portanto, responderemos cada um desses desafios com uma contrapartida, crendo que será norteadora e delineadora, para futuros e presentes vocacionados, como também para agências missionárias.

a. Relativismo X Verdade Bíblica O relativismo mina qualquer tentativa de pregação pública e rompimento com crenças antibíblicas. Como cristãos cremos na metanarrativa cristã e na verdade absoluta, portanto, não podemos abrir mão da afirmativa do próprio Jesus que “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:16). O relativismo combate o grande pilar bíblico que há somente um Deus e dele procede toda a verdade e salvação. Pedro foi enfático afirmando que “em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome [Jesus] há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4:12). Não devemos ter medo de afirmar que a mensagem cristã é exclusivista, negando qualquer forma de inclusivismo. Cremos em um só Deus, um só Salvador, um só Caminho e fora dessa afirmação, habita a mentira e o engano. Qualquer missionário que tente flexionar as verdades bíblicas está negando o próprio Cristo, porque “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Tm 2:5). Ser exclusivista não é negar a liberdade religiosa ou ser arrogante e fundamentalista, mas é a crença que há somente uma verdade absoluta de Deus. Por isso, é de suma importância que nos centros de treinamento missionário haja estudos sistemáticos da bíblia (não confundir com teologia sistemática), pois somente com uma boa compreensão bíblica que os erros do relativismo serão combatidos.

b. Mercado X Missio Dei A contrapartida Cristã à influência do mercado nas igrejas, missionários e agências é o entendimento da Missio Dei. A visão do mercado é de aplicar todos os meios possíveis (certos ou errados) para chegar ao fim desejado, atribuindo o sucesso à capacidade do agente ativo. Contudo, a Missio Dei retira qualquer mérito humano na obra missionária, pois assim como Paul Hiebert diz "a missão é fundamentalmente de Deus, e nós somos apenas parte dessa missão" (HIEBERT, 2008, p. 17) e Bosch acrescenta, "não

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é a igreja que deve cumprir uma missão de salvação no mundo; é a missão do Filho e do Espírito mediante o Pai que inclui a igreja" (BOSCH, 1998, p. 468). Se entendermos corretamente que Deus é o agente principal na obra missionária, descartaremos qualquer forma de pragmatismo, compreendendo que Deus trará os missionários que Ele deseja para cada agência missionária e plantará as igrejas onde Ele quiser. Uma teologia de missões saudável nos levará à conclusão de que os resultados do labor missionário definitivamente não nos pertencem (PADRO FILHO, 2009, p. 648). Qualquer atitude competitiva entre os missionários e as agências, devem ser confrontadas com a Missio Dei, apontando a Deus como o protagonista e dono da história. Ademais, todas as agências/juntas missionárias deveriam fazer parte da AMTB⁴, cuja intenção é trazer união e comunicação, para assim haver um intercambio de ferramentas e conhecimentos, como também evitar duplicação da força missionária. (PADRO FILHO, 2009)

c. Hedonismo X Teologia do Sofrimento O hedonismo é possivelmente o mais perigoso de todos os ataques a Igreja, pois a ideia que todos nós fomos criados para ser feliz e gozar na vida terrena estão tão intrínseco em todos os cristãos que seria um absurdo alguém afirmar que “Deus é glorificado quando seus filhos padecem em seu nome”. Precisamos ressuscitar nos centros de treinamento missionário e seminários teológicos e nos púlpitos da igreja, que o sofrimento de Cristo, não foi somente para nos libertar, mas, também, o estabelecimento do padrão de vivência de seus seguidores, isto é, seu sofrimento requer que nós, como seguidores dele, palmilhemos um caminho semelhante. Paulo, Pedro, João e todos os discípulos dos primeiros séculos tinham consciência do sofrimento, preparando-se para quando ele chegar e não se chegar. Eles reconheciam que as palavras do seu Mestre não eram falsas ao declarar que “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça [...] quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa” (Mt 5:10-11). Para o sofrimento estar nesta categoria de glorificar a Deus, os apóstolos e a igreja devem sofrer por amor ao seu cargo ou a sua vocação cristã; devem sofrer como cristãos (I Pe 4:16), injustamente (I Pe 2:19-20), não sendo considerados malfeitores ou assassinos (I pe 4:15; Lc 23:32ss). O verdadeiro sofrimento para Cristo é chamado ⁴ Qualquer agências/junta missionária que deseja filiar-se a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) acesse o site para mais informações: http://siteamtb.tk/

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sofrimento “segundo a vontade de Deus” (I Pe 4:19), sofrimento “pelo nome” de Jesus Cristo (At 9:16; Fp 1:29), “a favor do evangelho” (2 Tm 1:8), “por motivo de sua consciência para com Deus” (I Pe 2:19), “por causa da justiça” (I Pe 3:14), “para que sejais considerados dignos do reino de Deus” (II Ts 1:5) (COENEN; BROWN, 2000, p. 2418). A Teologia do Sofrimento desestrutura toda e qualquer filosofia hedonista, retirando qualquer antropocentrismo em nossas ações, pois o centro de todas as coisas é Deus. Consequentemente o “Complexo Axis Mundi” e a infidelidade institucional dos missionários, são corrigidos para uma vida cristocêntrica e fiel a Deus e aos homens. Portanto, enfatizemos a necessidade de ensinar teologia do sofrimento nas igrejas, seminários e centro de treinamento, pois desta maneira os missionários estarão mais preparados para as circunstâncias adversas no campo e prolongarão o seu ministério.

7. CONCLUSÃO Devemos crer que mesmo com todos esses percalços que analisamos, Deus é o dono da Missão. Ele está no controle de todas as coisas e o Cabeça da Igreja, está edificando o Seu reino apesar das nossas falhas. Na obra missionária não somos competidores uns dos outros, muito menos das outras religiões, mas devemos ser servos fieis que propaga a mensagem da verdade em busca da glória daquele que nos chamou. Concluíamos com um texto bíblico norteador escrito por Paulo, inspirado pelo Espírito Santo: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:12-17)

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ANEXO A Lista do ano e nome das organizações missionárias fundadas no Brasil dentro do período de 1900 a 2010.1

Anos 1900–10 [2] 1907 Junta de Missões Mundiais da CBB 1907 Junta de Missões Nacionais da CBB Anos 1920–30 [1] 1928 Missão Evangélica Caiuá Anos 1930-40 [2] 1931 Missão Cristã Evangélica do Brasil (MICEB) 1932 Departamento de Evangelismo e Missões (DEM) Anos 1940-50 [1] 1948 Missão Evangélica da Amazônia (MEVA) Anos 1950-60 [8] 1951 Igreja do Evangelho Quadrangular 1951 Secretária de Missões da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil 1952 Convenção das Igrejas Batistas Independentes 1952 Mocidade Para Cristo do Brasil (MPC) 1953 Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) 1957 Organização Palavra da Vida 1957 A Missão de Evangelização Mundial (AMEM – WEC International) 1 É possível que haja algumas organizações que não foram mencionadas.

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1957 Organização Palavra da Vida Anos 1960-70 [13] 1962 Missão Evangélica Unida 1963 Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB) 1963 Serviço de Evangelização Para a América Latina (SEPAL) 1964 Asas de Socorro 1964 Junta de Missões Batista (JUMIB) 1966 Ministério Centralizado na Bíblia 1967 Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) 1967 Associação Internacional de Missões aos Israelitas (Amigos de Sião) 1967 Missão Evangélica aos Índios do Brasil (MEIB) 1969 Missão A voz dos Mártires 1970 Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo 1970 Janz Team Associação Brasileira de Evangelização 1970 Rádio Transmundial Anos 1970-80 [13] 1972 Missão Indígena UNIEDAS (MIU) 1975 Desafio Jovem do Ceará 1975 Missão Priscila e Áquila (MISPA) 1975 SEMADETS 1975 Secretária Nacional de Missões - Assembleia de Deus (SENAMI) 1975 Visão Mundial 1975 Projeto Missionário Anunciantes da Paz

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1976 Agência Antioquia 1976 A Voz dos Andes (HCJB) 1976 Jovens com uma Missão (JOCUM) 1976 Missão Projeto Amazonas (PAZ) 1978 Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) 1978 Missão Portas Abertas Anos 1980-90 [16] 1980 Missão Evangelizadora do Brasil e Portugal 1980 Missão Interior do Brasil 1982 Associação Linguística Evangélica Missionária (ALEM) 1983 Centro Evangélico de Missões (CEM) 1983 Evangelismo Explosivo Internacional no Brasil 1984 Atletas de Cristo no Brasil 1985 Missão para o Interior da África (MIAF) 1985 Centro Nordestino de Missões Mundiais (Missão Juvep) 1986 Cooperação Missionária Ibero Americana (COMIBAM) 1986 Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores (MEAP) 1986 Operação Mobilização (OM) 1987 Agência Missionária Betel Brasileiro 1987 Avante - Missão Evangélica Transcultural 1988 Associação para Treinamento Transcultural (Kairós) 1988 Missão Macedônia 1989 Missão SOS Brasil/África

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Anos 1990-2000 [31] 1990 Ceifeiros em Chamas 1990 Missão do Cristianismo Decidido (MDC) 1990 Missão Terra Internacional 1990 Obra Missionária Confins da Terra 1991 Associação de Conselhos Missionários de Igrejas (ACMI) 1991 Associação Transcultural Evangélica (ATE) 1991 Missão Apressem 1991 Missão Horizontes 1991 Missão Renascer 1992 Associação de Professores de Missões no Brasil (APMB) 1992 Ministério Ide às Nações 1992 Missão Desafio - Junta de Missões da Ig.o Brasil para Cristo 1992 Missão Getsemani 1992 Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Imperatriz (SEMADI) 1993 Missão Meta 1993 Missão Transcultural Etnia 1993 Serviço de Informação Missionária 1994 Sociedade Ministério de Comunicações Cristãs 1995 Junta Administrativa de Missões da CBN (JAMI) 1995 Ministério Evangelístico Obras do Espírito Santo 1996 Associação Missionária de Difusão do Evangelho (AMIDE) 1996 Comunicando Cristo Internacionalmente (CCI Brasil)

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1996 Ministério Árabe Cristão (MAC) 1997 Agência Missionária Semeadores 1997 Missão Fonte da Vida 1998 PMI Brasil 1998 SEMADEG 1998 SEMAP - Serviço Missionário Ação entre os Povos 1999 Missão ASA - Nações em Chamas 1999 Missão Liberdade 1999 Secretaria de Missões Ide e Pregai (SEMIP) Anos 2000-10 [17] 2000 Associação Evangélica Missionária Indígena (AEMI) 2000 Agência Missionária Wesleyana (AGEMIW) 2000 Além-Mar Missões Transculturais 2000 Agência de Missões Evangélicas (AME) 2000 Associação Médico Odontológica Radical a Todas as Nações 2000 Semeadores Missionários com paixão pelas Almas (SEMIPA) 2000 Siloé – Ministério de Missões 2001 Associação Missão Esperança (AME) 2001 Agencia de Missões Internacional (AMI) 2001 Centro de Assistência Missionária Internacional (CAMI) 2001 Missão Siloé 2001 Projeto Amigos da África 2002 Missão Semear (Vitória – ES)

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2003 Interserve Brasil/CEM 2003 Missão Servos 2004 SIM - Brasil 2005 AJUDA - Organização Humanitária Internacional

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BIBLIOGRAFIA

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. Modernidade, Pluralismo e Crise de Sentido. Petrópolis: Editora Vozes, 2004. BIANCO, G. (2007). Pluralismo Religioso brasileiro e a Crise de Sentido. Disponível em: http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf/st3/Bianco,%20Gloecir.pdf. Acesso 19 Janeiro de 2015. BOSCH, D. J. Missão Transformadora: Mudanças de Paradigma na Teologia da Missão. São Leopoldo: Sinodal, 1998. COENEN, Lothar; BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento Vol. II. São Paulo: Vida Nova, 2000. COLON, L. (2015, 01 19). Igrejas brasileiras são atacadas no Níger. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1576984-igrejas-brasileiras-sao-atacadasno-niger.shtml?cmpid=%22facefolha%22. Acesso 19 Janeiro de 2015. CORTELLA, M. S. (20, 06 2013). Mário Sérgio Cortella - Viver Apressadamente. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fNxWPB wJCHQ &safe=active. Acesso 21 Janeiro de 2015. CRAIG, W. L. Apologética para questões difíceis da vida. São Paulo: Vida Nova, 2010. ELIADE, M. O Sagrado e o Profano. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. GONZÁLEZ, Justo; ORLANDI, Carlos Cardoza. História do Movimento Missionário. São Paulo: Hagnos, 2010. GOUVÊA, R. Q. A Morte e a Morte da Modernidade: Quão Pós-moderno é o pósmodernismo? Fides Reformata, 1996. HIEBERT, P. G. O Evangelho e a Diversidade das Culturas. São Paulo: Vida Nova, 2008. _____, Paul; SHAW, Daniel; TIÉNOU, Tite. Religião Popular. Monte Verde: Horizontes América Latina, 2009. LÍDORIO, R. Introdução à Antropologia Missionária. São Paulo: Vida Nova, 2011. NEWBIGIN, L. The Gospel in a Pluralist Society. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing, 1989. PADRO FILHO, O. Povos não alcançados. In: Perspectivas no Movimento Cristão Mundial, R. D. WINTER (p. 648). São Paulo: Vida Nova, 2009. STOTT, J. Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos. Viçosa: Ultimato, 2014.

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