Objectos de uso pessoal medievais e modernos no castelo de Castelo Branco

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Objectos de uso pessoal medievais e modernos no castelo de Castelo Branco Medieval and Modern personal use objects from Castelo Branco castle (Portugal) Carlos Boavida ([email protected]) IAP – Instituto de Arqueologia e Paleociências FCSH/UNL AAP – Associação dos Arqueólogos Portugueses

Resumo: Entre os materiais arqueológicos que se encontram guardados no Museu Francisco Tavares Proença Júnior está um diversiicado conjunto artefactual proveniente do castelo de Castelo Branco. Além do espólio recuperado nas escavações ocorridas entre 1979 e 1984, existem também algumas peças que integravam a colecção arqueológica que esteve na origem do actual museu. Entre estes objectos destacam-se, pela sua qualidade e diversidade, os elementos de uso pessoal, por vezes de carácter religioso, que são um relexo das vivências quotidianas das comunidades que aqui se ixaram ao longo dos períodos medieval e moderno. Palavras-Chave: Elementos de vestuário e de adorno; Objectos religiosos e funerários. Abstract: The archaeological collection of the Museu Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco, Portugal) includes an assemblage coming from the city’s castle. Besides objects recovered in the archaeological digs that took place from 1979 to 1984, there are several pieces from the archaeological collection which gave rise to the museum. Among these objects, personal elements (some of them with religious signiicance) stand out for their quality and variety. Those objects are a relex of the everyday life of the human communities that lived there in the Medieval and Early Modern periods.

Keywords: Clothing elements and ornaments; Religious and funerary items. História dos achados Ao longo do século XX tiveram lugar diversos achados no castelo de Castelo Branco, uns de forma fortuita e outros no âmbito de intervenções arqueológicas1. O primeiro conjunto desse espólio a integrar o MFTPJ é a colecção de arqueologia de Francisco Tavares Proença Júnior, que em 1910 deu origem ao então denominado Museu de Castelo Branco (Fernandinho, 2006: 24-25). Trata-se de um reduzido número de fragmentos de cerâmica e vidro, além de alguns objectos metálicos2, dos quais se desconhecem as condições em que foram encontrados e se foram recolhidos por aquele pioneiro da arqueologia regional ou se lhe foram entregues por terceiros (Boavida, 2013). Situação idêntica sucede com outros achados que foram sendo doados ao museu em 1938, 1977, 1986 e 1987. Entre 1979 e 1987 deu entrada nas colecções do MFTPJ o espólio recuperado durante as escavações coordenadas pelo professor João Ribeiro, iniciadas naquele mesmo ano de 1979 e terminadas em 1984. 1 Com excepção dos trabalhos decorridos em 2000 (Salvado e Moreira, 2007), o espólio recuperado durante o século XX integrou sempre as colecções do MFTPJ. Uma vez que a “área do castelo” não se limita ao espaço intramuralhas, fazem também parte da colecção daquele arqueosítio os achados ocorridos na Rua do Arresário, (Baptista, 1982). 2 Na colecção de arqueologia de Tavares Proença estão presentes alguns objectos de uso pessoal de cronologia anterior à abordada neste artigo, nomeadamente dois anéis e uma fíbula (Boavida, 2013: 962 e 965, Fig. 1).

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Aquele inclui uma grande diversidade de objectos cujas cronologias se estendem deste a Pré-História até ao século XX, com especial incidência nas Épocas Medieval e Moderna (Ribeiro, 1984, 1985, 1987, 2010; Ribeiro e Azevedo, 2001: 15-47; Boavida, 2009). A maioria do espólio não cerâmico recolhido foi alvo de trabalhos de conservação e restauro nos laboratórios do Instituto José de Figueiredo e no Museu Monográico de Conímbriga, nomeadamente os numismas. Infelizmente não existem informações estratigráicas suicientes para atribuir datações inequívocas a esta colecção, pelo que a sua cronologia foi aferida recorrendo a paralelos. Espólios não cerâmicos em contextos medievais e modernos em Portugal3 Se no início da Idade Média a diversidade material é relativamente reduzida, o mesmo não se poderá dizer em relação à do inal daquela e principalmente da existente ao longo da Idade Moderna. Assim, à medida que se avança no Tempo, não só aumenta a diversidade material, como a sua tipologia. Este facto não sucede apenas dentro da cerâmica, mas também no que diz respeito a outros tipos de materiais (vidro, osso, marim, azeviche, madeiras, couros, metais,…). No entanto, ao contrário da cerâmica, a perecibilidade e fragilidade daqueles leva a que surjam em contexto arqueológico de forma muito menos frequente do que a primeira. Além de serem menos quantitativos, normalmente estes artefactos encontram-se em estado de conservação deicitário, o que diiculta a sua análise. A maioria, não sendo alvo de estudo sistemático acaba em depósito, apenas inventariada de forma sumária, sem que o seu estudo dê origem a bibliograia especíica sobre os mesmos. A investigação sobre espólio não cerâmico em contextos medievais e modernos é algo ainda pouco explorado em Portugal; no entanto, nas últimas décadas tem vindo a ser estudados alguns exemplares recolhidos em intervenções arqueológicas, quer no âmbito de estudos 3 Relacionados com o espólio em análise no artigo.

monográicos4, como de exposições e da sua integração no catálogo das mesmas5. Esta análise de espólio não cerâmico encontra-se em vários aspectos mais desenvolvida noutros países. Nesse sentido, alguns estudos têm dado relevantes contributos para o conhecimento deste tipo de espólios, nomeadamente sobre os trabalhos arqueológicos decorridos na cidade de Londres (Egan e Pritchard, 1991), no sítio de Rogiers (Provença, França) (Archimbaud, 1980) e nas colónias hispânicas no Novo Mundo (Deagan, 2002). A iconograia é outra importante fonte para o estudo destes objectos, sendo possível observar muitos deles em diversas iluminuras, mas também em dos séculos XIV a XVIII das várias escolas de pintura europeias.. O estudo da colecção O espólio em análise, parcialmente publicado anteriormente (Boavida, 2011; 2012), integra objectos de diferentes cronologias que foram organizados em função da sua utilização: elementos de vestuário, elementos de adorno, elementos religiosos e funerários. 4 É o caso dos livros e/ou artigos publicados sobre espólios recuperados em trabalhos arqueológicos ocorridos no Cadaval (Cardoso, 2005), em Castelo Branco (Boavida, 2011; 2012), em Castelo Novo (Silvério e Barros, 2005), em Coimbra (Mourão, 2004; 2005/07), em Lisboa (Ferreira, 1983; Ferreira e Conceição, 2005; Cardoso, 2008; Torres, 2012); em Palmela (Fernandes e Carvalho, 1995; Fernandes e Teixeira, 2011), em Penamacor (Silvério, Barros e Teixeira, 2004; Silvério, Barros e Nunes, 2010), no Porto (Osório, 2000), em Sesimbra (Franco et alli, 1983) ou em Torres Vedras (Cardoso e Luna, 2012), só para citar alguns exemplos. Em relação ao espólio vítreo, pouco abordado neste artigo, existem também vários estudos sobre exemplares recuperados em Lisboa (Ferreira, 1997; Fernandes e Ferreira, 2004; Médici, 2011; Boavida, 2012a; Batalha e Cardoso, 2013; Amaro et alli, 2013), Almada (Médici, 2005), Coina (Custódio, 2002), Cascais (Rodrigues et alli, 2012), Coimbra (Ferreira, 2004), Tomar (Ferreira, 1994; 2005) ou Évora (Ferreira, 2012). 5 Vejam-se os catálogos e/ou roteiros de algumas exposições e museus como “Lisboa Subterrânea” (D’Intino, 1994), “Nossa Senhora dos Mártires. A última viagem” (D’Intino e Soromenho, 1998); “Portugal Islâmico. Os últimos sinais do Mediterrâneo” (Macias e Torres, 1998), “Pera Guerrejar. Armamento medieval no espaço português” (Barroca e Monteiro, 2000); “Palácio Almóada da Alcáçova de Silves” (Gomes e Gomes, 2002); “Scallabis a Santarém” (Arruda, Viegas e Almeida, 2002); “Tavira. Território e Poder” (Maia et alli, 2003), “Construindo a Memória: as colecções do Museu Arqueológico do Carmo” (Arnaud e Fernandes, 2005); “Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Do convento à ruína, da ruína à contemporaneidade” (Côrte-Real, 2009); “O Tempo resgatado ao Mar” (Carvalho e Fernandes, 2014) ou “Lisboa 1415 Ceuta – História de duas cidades” (Teixeira, Villada Paradas e Silva, 2015).

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Alguns dos artefactos podem eventualmente integrar dois dos grupos. Nos elementos de vestuário incluem-se fechos de cinturão, ivelas, agulhetas, alinetes, botões e sapatos. Consideraram-se elementos de adorno os anéis, um brinco, uma pulseira, um irmal e diferentes tipos de alinetes de toucado. Entre os objectos religiosos e funerários estão as cruzes, as medalhas, os alinetes de sudário e as contas de terço e de rosário. Algumas das contas identiicadas podem ter sido usadas em pulseiras ou colares, integrando assim o conjunto dos elementos de adorno. A maioria das peças metálicas foi produzida em cobre, sendo as outras em ferro ou bronze. O restante espólio é em azeviche, osso, vidro e cabedal. Com excepção de uma cruz relicário, os objectos que a seguir se analisam foram todos recuperados durante os trabalhos arqueológicos coordenados pelo professor João Ribeiro. Elementos de Vestuário Na alcáçova albicastrense foram encontrados os fragmentos de dois fechos de cinturão de formato quadrangular, ambos em cobre com vestígios de revestimento dourado (Figs. 1A-1B). Um deles mostra decoração geométrica incisa idêntica à que se pode observar em peça com a mesma funcionalidade recuperada no Sabugal Velho, da qual subsiste a ivela. Aquela está classiicada como uma produção na tradição islâmica e atribuída ao século XII (Osório, 2008: 122, n.º 207). Esta temática decorativa está presente também em dois fuzilhões de ivela igualmente recolhidos em Castelo Branco. O outro fecho de cinturão apresenta decoração relevada, de carácter heráldico, onde surge leão rompante virado à dextra, inserido em escudete. Este elemento poderá corresponder às armas da família Castelo-Branco (leão de ouro em campo azul), da qual vários membros foram alcaides do castelo (Boavida, 2009: 73). Na Praça da Figueira, em Lisboa, foi recuperada ivela e placa de cinturão, de provável produção inglesa, mostrando aquela última vários elementos heráldicos, incluindo leões (Teixeira, Villada Paradas e Silva, 2015: 99). Trata-se de uma peça atribu-

ída ao inal do século XIV ou primeira metade do século XV. A presença daquele felino neste tipo de objecto foi identiicada também no castelo de Palmela, em contextos tardios islâmicos datados do século XI, mas sem carácter heráldico (Fernandes e Santos, 2008: 47, n.º 52). Das centúrias seguintes, no castelo de Mértola foram encontradas duas placas de cinturão igualmente com decoração zoomórica, com a representação de um peixe e de um grifo (Macias e Torres, 1998: 191 e 224, n.os 269 e 275). A representação heráldica de leões em fechos de cinturão surge também em níveis duocentistas das regiões inglesas de Londres, Suffolk e Norwick (Egan e Pritchard, 2002: 111-112). Além dos fechos de cinturão foram igualmente recolhidos no castelo de Castelo Branco algumas ivelas. A mais pequena daquelas, provavelmente usada no punho, tem formato rectangular, com travessa central longitudinal (Fig. 1F). Mostra semelhanças com uma outra encontrada na Rua de Nenhures, em Palmela (Fernandes e Carvalho, 1995: 293, Fig. 15, n.º 81) e com outras duas de Castelo Novo (Silvério e Barros, 2005: 190, Fig. 77, n.os 5 e 7), embora estas últimas mostrem pequenas saliências laterais. Em ambos os locais foram atribuídas aos séculos XV-XVI. Uma outra ivela (Figs. 1E e 1G), de formato liriforme6, é igual a outras duas recuperadas na necrópole da ermida de Santa Catalina de Valeria (região de Cuenca, Espanha), onde foram datadas do século XV, com base em documentação iconográica (Fernandéz González7, 1981: 67, Fig. 12.1 e 77, Fig. 17.1). Em armadura quinhentista da colecção do Museu da Marinha, em Lisboa, existem igualmente duas ivelas desta tipologia, embora um pouco mais curtas, usadas para ixação das ombreiras do arnês. Este tipo de armadura e ivelas está presente também no retrato de Santo Inácio de Loyola, do início do século XVII, exposto no Museu de São Roque, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (Boavida, 2011: 19). 6 Um dos fuzilhões referidos anteriormente pode eventualmente estar associado a esta ivela, como sugere foto tirada à época das escavações (Ribeiro e Azevedo, 2001: 40, Fig. 16). 7 Este autor faz referência à ivela albicastrense, que tinha então sido encontrada recentemente (Fernandéz González, 1981: 102103, nota 16).

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Fig. 1 – Fechos de cinturão, fuzilhões e ivelas; fotos C. Boavida (A-B) e J. Ribeiro (E).

Mais tardia e de maior dimensão foi colectada uma ivela de sapato em bronze (?), de formato sub-rectangular e peril côncavo. Da travessa central arranca fuzilhão duplo e parte do que resta da mola (Fig. 1H). Esta peça tem semelhanças formais com outras existentes no Museu Nacional de Arte Antiga, mas ao contrário do achado albicastrense, aquelas foram produzidas em materiais nobres, integrando a colecção de joalharia daquela instituição (Orey, 1995: 79, Fig. 106). Estão datadas do século XVIII. Também de sapato foram identiicados alguns fragmentos de cabedal, nomeadamente duas solas, entre outras componentes, mostrando uma delas ainda parte do io usado para cozer as várias partes do sapato (Fig. 2). Este tipo de material é pouco frequente em contexto arqueológico devido à sua perecibilidade, mas subsistem alguns exemplares que se encontravam em meio húmido ou anaeróbico, como ocorreu com exemplares

recuperados em contextos lisboetas do século XVII (Nozes, Silva e Miranda, 2007: 23; Cardoso, 2008: 280-281). Dentro da mesma cronologia também foram recuperados restos de solas e saltos de sapato, idênticos aos de Castelo Branco, em naufrágios na baía de Angra (Açores) (Bettencourt, 2014: 195) e nos destroços da fragata Santo António de Taná, desaparecida em Mombaça em 1697 (Teixeira e Gil, 2012: 674, Fig. 2).

Fig. 2 – Solas de sapato; fotos C. Boavida. 394

Além dos elementos de vestuário referidos foram igualmente recolhidos no castelo de Castelo Branco dois botões de grande dimensão. No reverso apresentam pé de formato cilíndrico, com perfuração central (Fig. 3A). Estes botões, provavelmente de casaca, podiam ser polidos ou forrados com tecido como se pode veriicar em alguns retratos do inal do século XVIII e inícios do século XIX, da autoria de pintores anglo-saxónicos, como é o caso de “Charles Petit” de Charles Wilson Peale (1741-1827) e “Colonel William Taylor” ou “Colonel Benjamin Tallmage and son William Tallmage” ambos de Ralph Earl (17511801) (Boavida, 2009: 73 e Figs. 26-28). Foram também recuperados dois botões de pequena dimensão, em ferro (Figs. 3B-3C). Um deles, que deverá ser anterior à segunda metade do século XVIII, tem peril convexo e mostra argola de ixação no reverso; enquanto o outro, côncavo e com quatro perfurações, será mais tardio e resultado de uma perda fortuita, quando a alcáçova já estaria abandonada (Boavida, 2009: 73).

Fig. 3 – Botões.

Recolheram-se no castelo cerca de três dezenas de agulhetas (Fig. 4D). São constituídas por inas folhas de cobre, enroladas em formato afunilado, que eram aplicadas na ponta de atilhos. Por vezes na extremidade mais larga mostram furo de ixação. Durante o século XVI a utilização de atilhos era muito frequente para ajustar diferentes peças de vestuário, como se pode veriicar em diferentes pinturas da colecção do Museu Nacional de Arte Antiga, como sucede em o “Martírio de São Sebastião” de Gregório Lopes (c. 1490-1550) ou nos “Painéis de São Vicente”, atribuídos a Nuno Gonçalves (c. 1420-1490) (em particular no “Painel do Arcebis-

po” e no “Painel dos Cavaleiros”), só para citar alguns casos. Situação idêntica surge no “Retrato da Princesa Santa Joana” (autor desconhecido), pintura quinhentista do acervo do Museu de Aveiro. Em contextos arqueológicos as agulhetas foram recuperadas em níveis dos séculos XV-XVI no convento de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra (Mourão, 2004: 142, Figs. 106-108) e no castelo de Portel (Nolen, 2004: 31, n.º 8). Os alinetes surgiram em grande quantidade no castelo, existindo dois tipos, ambos em cobre. O primeiro tipo mostra cabeça criada por enrolamento de io de cobre, batido, sendo depois cortado o excesso de haste para lá dessa aplicação (Figs. 4A-4C); enquanto o outro apresenta cabeça esférica oca, constituída por duas meias esferas (Figs. 4F4G). Deste último tipo existem apenas dois exemplares, dos quais a haste tem cerca de 120 mm. Peças deste tipo foram identiicadas em Palmela, em Penamacor e no Cadaval em contextos dos séculos XV a XVI (Fernandes e Carvalho, 1997: 293, Fig. 15, n.os 83-84; Silvério, Barros e Nunes, 2010: 217, Fig. 32.4; Cardoso, 2007: 39, Fig. 24, n.º 31). Do primeiro tipo de alinete referido foram recuperadas cerca de quatro centenas de exemplares, na maioria completos. Destes, cerca de duas dezenas ultrapassavam os 37 mm de comprimento e seriam utilizados para segurar toucados, como sucede com o usado por uma das personagens que igura na pintura “Apresentação do Menino no Templo”, que integrava o retábulo da igreja do convento de São Francisco de Évora. Aquela obra, da autoria de Francisco Henriques, pintor de origem lamenga radicado em Portugal no século XVI, pertence ao Museu de Alpiarça/Casa dos Patudos. Também foram encontrados alinetes como estes no centro histórico de Palmela (Fernandes e Carvalho, 1997, p. 293, Fig. 15, n.º 82) e nos castelos de Penamacor (Silvério, Barros e Teixeira, 2004: 534, Fig. 28; Silvério, Barros e Nunes, 2010: 217, Fig. 32.1-32.3), Castelo Novo (Silvério e Barros, 2005, p. 72 e 182183, Fig. 72, n.os 16) e Portel (Nolen, 2004, p. 31, n.º 8). Neste último, os alinetes estão associados ao ofício de alfaiate.

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Fig. 4 – Alinetes e agulhetas; foto J. Ribeiro (C) e C. Boavida (E-F).

Elementos de Adorno Ainda no que diz respeito aos alinetes destaca-se uma cabeça de alinete amovível, produzida em cobre e decorada com pedraria de vidro (Fig. 4E). Este tipo de alinete, do qual podemos observar diversos exemplos na colecção de joalharia do Museu Nacional de Arte Antiga, esteve na moda nos séculos XVII-XVIII, sendo por vezes designado como “prego de cabeça” (Sousa, 1999: 69-70). Vários daqueles possuem uma pequena mola na ligação entre a cabeça e o corpo do alinete, o que possibilitava um ligeiro oscilar quando quem os usava se movimentava. No entanto, não nos parece que tal sucedesse no caso do exemplar albicastrense. No castelo de Castelo Branco foram recolhidos três anéis em vidro negro, opaco (Fig. 5A). Dois deles apresentam 20 mm de diâmetro enquanto o outro tem apenas 15 mm. Tratam-se de peças provavelmente usadas

por crianças ou no dedo mindinho, como era frequente nos séculos XVI-XVIII. Dentro dessa cronologia foram encontrados anéis iguais no convento de São Francisco, em Santarém (Arruda, Viegas e Almeida, 2002: 203, n.os 250 e 252) e no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa (Ferreira, 1983: 35, Fig. 16). Um outro anel, com 21 mm de diâmetro, possivelmente de prata, mostra ainidades com outros recolhidos em Coimbra (Mourão, 2004: 143, Fig. 121), Castelo Novo (Silvério e Barros, 2005: 194, Fig. 80.2) e Penamacor (Silvério, Barros e Nunes, 2011: 216, Fig. 29), mas aqueles dois últimos, atribuídos ao século XVIII, são mais espessos e em cobre (Fig. 5B). Foi igualmente recolhido um brinco em cobre, idêntico a outros encontrados em Santa Clara-a-Velha, atribuídos aos séculos XVI-XVII (Mourão, 2004: 143, Figs. 113-118) (Fig. 5C).

Fig. 5 – Anéis e brinco (vidro – A, prata – B); foto C. Boavida (C). 396

Um pequeno conjunto de cadeias em cobre, articuladas entre si, é tudo o que subsiste de uma pulseira (Fig. 7E) que seria provavelmente semelhante a uma outra que integra o acervo do Museu Nacional Machado de Castro (Coimbra), à qual é atribuída cronologia medieval (Alarcão, 2003: 144-145, n.º 24). Infelizmente, no caso do exemplar albicastrense nada resta das contas que o constituíam. No entanto, não pode excluir a hipótese de algumas das contas recolhidas durante os trabalhos arqueológicas o poderem ter integrado, como sucede com conta de cornalina (?) de formato sub-hexagonal (Fig. 7D). Contas como esta foram recuperadas em contextos dos séculos XVIXVII de uma lixeira associada à muralha fernandina de Lisboa, junto ao Mosteiro de São Vicente de Fora, onde permanecem na exposição de arqueologia, em colar reconstituído8. Decorado com pequenas contas de pasta vítrea vermelha e peça central quadrangular, do mesmo material, foi recolhido um irmal quadrangular, com 45 mm de lado e elaborado a partir de folha de cobre, recortada e modelada (Fig. 6). No reverso, no eixo diagonal, apresenta vestígios do fecho em haste que possibilitava que este mantivesse seguro um manto. Infelizmente não se encontrou paralelo para esta peça singular, embora a peça de vidro central seja parecida com uma outra, romboidal, recuperada no convento de Santa Clara-a-Velha, em níveis dos séculos XVIXVII (Mourão, 2004a: 44, Fig. 95). Também apresenta algumas semelhanças com peça de menor dimensão, encontrada em Londres, em níveis de inais do século XIII, inícios do XIV, ao que tudo indica com as mesmas funções (Egan e Pritchard, 2004: 257, n.º 1344).

Fig. 6 – Firmal; foto C. Boavida 8 Exposição visitada pelo signatário e informação transmitida pelo Doutor Fernando E. Rodrigues Ferreira, responsável pelos trabalhos arqueológicos onde as contas foram recuperadas e a quem se agradece.

Elementos Religiosos e Funerários Em relação aos restantes alinetes (Fig. 4A), das quatro centenas recuperadas, 358 exemplares apresentam comprimento inferior a 30 mm, o que levou a que se considera-se que foram usados em sudários. Tal situação icou a dever-se ao facto da área da intervenção arqueológica ter sido ocupada em grande parte pelo cemitério associado à Igreja de Santa Maria do Castelo, onde a maioria das inumações identiicadas foi feita em sepulturas antropomóricas escavadas no substracto rochoso local (Ribeiro, 1985: 63-64). Alguns destes alinetes poderão ser em liga de prata. Num deles subsiste ainda uma parte da haste que não foi cortada para lá da cabeça. Estes alinetes de sudário foram identiicados em contextos dos séculos XVI-XVII em outros locais igualmente associados a necrópoles, como sucedeu no convento de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra (Mourão, 2004: 142, Figs. 100-101 e 111), no convento de Santo António, na Sertã (Batata, 1998: 91), na igreja paroquial da Foz do Douro, no Porto (Osório, 1993: 33) e em Lisboa, no convento de Jesus (Cardoso, 2008: 282, Fig. 30). Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no Cadaval, a cronologia destes artefactos estende-se até ao século XIX (Cardoso, 2007: 39, Fig. 24). Na alcáçova albicastrense foram recolhidas várias contas em osso e em azeviche, de diversos tamanhos e formatos. Normalmente as de maior dimensão eram usadas em rosários e as menores em terços, como evidenciam os paralelos identiicados, mas não se pode excluir o seu eventualmente uso em colares ou pulseiras. Contas de rosário em osso (Figs. 7B-7C) foram localizadas em contextos dos séculos XVI-XVII, em Coimbra (Mourão, 2004, p. 145, n.º 149-150), no Porto (Osório, 1993, p. 32) e em Santarém (Arruda, Viegas e Almeida, 2002, p. 200, n.os 231232). Também em Coimbra (Mourão, 2004, p. 88, n.º 176) e na Sertã (Batata, 1998, p. 9), as contas de terço surgiram em níveis atribuídos à mesma época. Neste último caso é colocada a hipótese de terem sido usadas como contas de colar.

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Quadro 1 – Tipos de contas em osso e azeviche (Fig. 7) Material Osso Osso Osso

Formato Balaústre Esférico Esférico

Dimensões9 2 x 26 13 x 10 6x6

Quant. 1 1 1

Osso Azeviche Azeviche Azeviche Azeviche

Esférico achatado Esférico c/ entalhes Esférico liso Esférico achatado Oval c/ incisões horizontais

7x5 13 x 13 11 x 10 6x4 10 x 12

1 3 (+1) 1 2 1

Azeviche

Oval c/ incisões horizontais nos extremos

13 x 21

1

Azeviche

Outro

-

2

A conta em forma de balaústre (Fig. 7A) corresponderá a braço de uma cruz de terço que seria constituída por várias contas do mesmo tipo, como as que foram identiicadas no Convento de Jesus, em Lisboa (Antunes, 2011: 287) e em Santa Clara-a-Velha (Mourão, 2004: 145, Figs. 149-150 e 157; CorteReal, 2009: 58, Fig. 53A) onde foram atribuídas aos séculos XVI-XVII. Datadas da centúria seguinte, na Igreja do Carmo, em Lisboa e no Hospital da Confraria do Espírito Santo, em Sesimbra, foram recuperadas igualmente contas desta tipologia (Ferreira e Neves, 2005: 609, n.º 1668; Franco et alia, 1984: 169, Fig. 30). Foram identiicadas contas em azeviche (Figs. 7F-7H) no convento de São Francisco em Santarém, onde as maiores, de formato oval, correspondem a Avé-Marias e as redondas a Padre-Nossos (Arruda, Viegas e Almeida, 2002: 200, n.os 233234). São peças atribuídas aos séculos XV-XVI e XVII (?) e descritas como sendo de madeira, talvez pau-preto. Contas deste tipo foram igualmente recolhidas, dentro desta cronologia, na antiga igreja paroquial da Foz do Douro (Osório, 1993: 32) e em Santa Claraa-Velha (tanto as lisas, como as decoradas com entalhes) (Mourão, 2004: 145-146, Figs. 147 e 161). Naquele convento de Coimbra também se colectaram contas de terço no mesmo material (Mourão, 2004: 145, Figs. 154-155). Na necrópole associada à igreja matriz do Cadaval foram recolhidas contas de azeviche, mas apenas

de terço, onde os Padres-Nossos apresentam normalmente a superfície gomada. Estas peças são datadas do século XVIII, visto serem muito semelhantes às suas congéneres em osso, recolhidas naquele arqueossítio, em contextos do inal do século XVIII, inícios do XIX (Cardoso, 2007: 1314 e 38-39, Figs. 23-24). Em relação à iga em azeviche (Fig. 7I), que possuí argola de suspensão, existem paralelos no convento de São Francisco de Santarém recuperados em níveis dos séculos XVI-XVII (Arruda, Viegas e Almeida, 2002: 202, n.os 246, 247), o mesmo sucedendo no convento de Santa Clara-a-Velha, embora com talhe mais rudimentar (Mourão, 2004: 144, Fig. 131). Também no castelo de Montemor-oNovo foi recuperada uma iga com a idêntica atribuição cronológica910. A utilização de amuletos em azeviche tornouse usual em Época Medieval, em especial contra o mau--olhado, mas também com carácter proilático, surgindo com frequência nos retratos de crianças de famílias nobres (Deegan, 2002: 93-95). Exemplo desta situação é o “Retrato de Filipe, o Próspero” (ilho de Filipe IV de Espanha), da autoria de Diego Velásquez (1599-1660), e que se encontra nas colecções do Kunsthistoriches Museum de Viena. 9 “Em milímetros. Diâmetro e altura.” 10 Cf. “Um objecto, uma história, mês a mês” (Março 2012), Programa do Castelo – Oicina de Arqueologia do Centro Interpretativo do Castelo de Montemor-o-Novo, lyer 9.

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Fig. 7 – Contas (osso, azeviche e cornalina), pulseira e iga; C. Boavida (I) e foto J. Ribeiro (J).

Ao contrário das contas, que eventualmente poderão ter integrado colares ou pulseiras, como sugerem os achados de outros locais, as cruzes e medalhas não deixam dúvidas quanto ao seu carácter devocional. Foram recuperadas sete medalhas e duas cruzes, em cobre, mostrando a maioria delas vestígios de revestimento dourado11. As medalhas, decoradas em ambas as faces, apresentam três formatos (octogonal, oval e em cadena), existindo em três delas saliências nos eixos, o que poderá evidenciar uma hipotética sobreposição à cruz (Boavida, 2009: 76). As imagens reproduzem pinturas contemporâneas espanholas e italianas (Deagan, 2002: 47-48). Algumas das medalhas mostram legenda que identiica por vezes a imagem representada e num caso refere também o local de produção – Roma (Fig. 8C). Estas peças eram adquiridas nas igrejas, nos conventos e nos mosteiros dedicados aos santos representa11 Estes objectos foram parcialmente analisados à época das escavações pelo Cónego Anacleto Pires Martins, que participou activamente nas primeiras campanhas de escavação no castelo de Castelo Branco. O seu estudo de medalhística e cruciixos está incluído no relatório da 2.ª Campanha de escavações, sob o título “Objectos religiosos encontrados nas escavações no cemitério da antiga freguesia de Santa Maria do Castelo”.

dos, pois era nesses locais que se vendiam estes artigos religiosos (Lourenço, 2011: 53). Quadro 2 – Medalhas12 Verso

Reverso

Dimensões12

Custódia radiante

N.ª Sr.ª Conceição

Fig. 8

41 x 26 x 2

A

S. Carlos Borromeu

S. Filipe Néri

30 x 20 x 1,5

B

Corpo de Deus ladeado por anjos

N.ª Sr.ª Conceição

39 x 14 x 2

C

Calvário ladeado por anjos

Virgem com o Menino

25 x 19 x 2

D

S. Francisco

S. Carlos

16 x 15 x 2

E

São Francisco

N.ª Sr.ª Conceição

26 x 18 x 2

F

Anunciação

S. Sebastião

26 x 16 x 2

G

12 “Em milímetros. Altura (incluindo a argola, inexistente na peça E), largura (incluindo as saliências laterais, quando existentes) e espessura.”

399

Foram identiicadas em locais com áreas de necrópole associadas, como sucede com os conventos de São Francisco de Santarém (Arruda, Viegas e Almeida, 2002: 201, n.os 237, 238 e 240) e no de Santa Claraa-Velha, em Coimbra (Mourão, 2004: 146, Figs. 162193), na igreja paroquial da Foz do Douro (Osório, 1993: 33) e nos castelos de Alcobaça (António, 2006: 30-31) e Montemor-o-Novo13, onde foram datadas dos séculos XVI-XVII. Em Lisboa também foram encontradas medalhas semelhantes, mas são consideradas mais tardias, entre os séculos XVII e XVIII (Ferreira, 1983: 34-35, Figs. 7376; Ferreira e Neves, 2005: 604605, n. os 1633-1641; Cardoso, 2008: 281). Em sítios arqueológicos associados às primeiras comunidades hispânicas que se ixaram no continente americano, como Santa Catalina de Guale (Geórgia) e Saint Augustin (Florida), também foram encontradas medalhas deste tipo. O mesmo sucedeu em alguns locais identiicados no Golfo do México onde se veriicaram naufrágios (Deagan, 2002: 4851). As peças mais antigas são atribuídas ao século XVII, surgindo na centúria seguinte as que mostram as saliências nos eixos.

Em representações iconográicas, este tipo de medalha pode ser observado na pintura “Santa Teresa, Esposa Mística” de Josepha d’Óbidos14 (16301684), onde surge associada a um rosário. Em relação às cruzes, ambas latinas, tratam-se de uma provável cruz de terço (Fig. 9A) e uma cruz peitoral (Fig. 9B). A primeira, muito simples e com a representação de Cristo em alto-relevo foi classiicada pelo Cónego Anacleto Martins como sendo do século XVIII. Por seu lado, a cruz peitoral encontra paralelos formais em Montemor-o-Novo15, Santarém e Lisboa, em cruzes datadas dos séculos XVI-XVII (Arruda, Viegas e Almeida, 2002: p. 201, n.º 241; Lourenço, 2011: 72, Fig. 22). No entanto, ao contrário daquelas, que mostram decoração em baixo relevo em ambas as faces, com a imagem de Cristo e por vezes N.ª Sr.ª da Conceição, a de Castelo Branco apresenta, apenas na face anterior, motivo vegetalista que deine medalhão central octogonal, com a sigla IHS.

Fig. 8 – Medalhas; fotos C. Boavida 13 Cf. “Um objecto, uma história, mês a mês” (Março 2012), Programa do Castelo – Oicina de Arqueologia do Centro Interpretativo do Castelo de Montemor-o-Novo, lyer 9.

14 Esta obra pode ser vista na igreja matriz de Cascais. 15 Cf. “Um objecto, uma história, mês a mês” (Março 2012), Programa do Castelo – Oicina de Arqueologia do Centro Interpretativo do Castelo de Montemor-o-Novo, lyer 9.

400

Fig. 9 – Cruzes; fotos C. Boavida.

Em 1906 foi encontrada uma cruz-relicário de bronze que só integrou as colecções do MFTPJ em 1936 (Fig. 10). Apresenta duas barras horizontais, como uma cruz patriarcal, mas o extremo dos braços tem formato triangular, mais largo que aqueles, precedido por forma circular. Este tipo de cruz é conhecido em Espanha como cruz de Caravaca e em França como cruz da Lorena. É constituída por duas partes, tendo a anterior várias aberturas de formato romboidal que permitem ver o interior da peça e as relíquias que ali se guardavam.

O uso da cruz de Caravaca popularizou-se em contextos hispânicos a partir dos inais do século XVI, mas é só nos inais do século XVII, inícios do seguinte que surgem os relicários com esse formato, período em que estas cruzes passam a ser maiores e profusamente decoradas. São lhe igualmente atribuídas propriedades proiláticas (Deagan, 2002: 60-62). A cruz de Castelo Branco apresenta precisamente estas últimas características, sendo decorada com imagens de Cristo cruciicado (Fig. 10A), N.ª Sr.ª da Conceição e um Bispo (Fig. 10B), entre outras personagens, além dos símbolos da Paixão. Nas escavações ocorridas no Convento de Jesus em Lisboa foi recuperada uma pequena cruz de Caravaca, com a evocação de Santo Inácio, nos contextos associados ao terramoto de 1755 (Lourenço, 2011: 72, Fig. 23). O mesmo tipo de cruz igura com um terço em “Transverberação de Santa Teresa”16 de Josepha d’Óbidos.

Fig. 10 – Cruz-relicário; fotos C. Boavida

16 Esta obra pode ser vista na igreja matriz de Cascais.

401

Considerações Finais Embora já se tenham registado diversos achados no castelo de Castelo Branco, quer através de escavações arqueológicas, quer por recolhas fortuitas, o conhecimento sobre o local continua a ser muito parcial. Se por um lado aquele espaço nunca foi integralmente intervencionado, por outro, desconhecem-se de forma concreta os contextos estratigráicos onde os achados ocorreram. No entanto, através da comparação dos artefactos ali recolhidos com outros idênticos recuperados em diversos locais podemos aperceber-nos de alguns aspectos. Enquanto as estruturas murárias, os objectos cerâmicos e os restos faunísticos, associados entre si possibilitam a caracterização do espaço e do ambiente onde uma determinada comunidade se insere, os objectos de uso pessoal são, de certo modo, individualistas. Ao analisarmos estes artefactos, damo-nos conta de outras questões, que de outro modo seriam eventualmente ignoradas, não só devido à sua escassez, mas também porque a sua caracterização não é possível através dos restantes vestígios encontrados. É o caso, por exemplo, do tipo de vestuário utilizado, das matérias-primas com que era produzido ou dos adereços que eram usados e de como estes poderiam, ou não, diferir conforme o estatuto social de quem os usava. A forma como encaravam a morte ou o seu temor a Deus são revelados pelos pequenos objectos de carácter religioso que eram colocados junto dos inumados. Assim, os elementos de vestuário e adorno, tal como os religiosos e funerários revelam-nos o gosto pessoal dos indivíduos, mas condicionado pelas “modas” e pela “tradição”, relectindo desse modo, de forma mais directa, as mentalidades das comunidades que habitaram o castelo branco. Agradecimentos Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior. Prof. João Ribeiro, Doutora Aida Rechena, Mestre Edgar Fernandes e Doutor Fernando E. Rodrigues Ferreira.

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