Ocorrência de predação por Stramonita haemastoma (Linnaeus, 1767) (Gastropode: Muricidae) em cultivo experimental de ostras

May 27, 2017 | Autor: R. Chagas | Categoria: Predator-Prey Interactions, Molluscan Biology, Gastropoda, Predation, Gastropods, Mollusca
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III Congresso de Zootecnia da Amazônia IV Seminário de Ensino de Zootecnia da Amazônia Parauapebas – PA 13, 14 e 15 de outubro de 2016 __________________________________________________________________________________

Ocorrência de predação por Stramonita haemastoma (Linnaeus, 1767) (Gastropode: Muricidae) em cultivo experimental de ostras Wagner César Rosa dos Santos3; Danyelli de Oliveira Amanajás1; Mara Rúbia Ferreira Barros2; Rosana Esther Oliveira da Silva2; Rafael Anaisce das Chagas3; Marko Herrmann4 1

Graduanda em Zootecnia, UFRA, Belém, Pará. Graduanda em Engenharia de Pesca, UFRA, Belém, Pará. 3 Pós-Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, PPGAqRAT/UFRA, Belém, Pará. E-mail: [email protected] 4 Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos, UFRA, Belém, Pará. 2

Gastrópodes marinhos da família Muricidae vivem e forrageiam sob a superfície de substratos marinhos e são conhecidos pelo seu hábito alimentar predatório, facilitado principalmente pela presença de um constituinte químico na rádula capaz de perfurar o carbonato de cálcio das conchas de bivalves. Dentre os membros dessa família, Stramonita haemastoma (Linnaeus, 1767) distribui-se pela costa oeste do oceano Atlântico, inclusive todo o litoral brasileiro e é comumente encontrado na macrofauna associada a cultivo de bivalves, causando prejuízos econômicos para os produtores. Objetivou-se registrar a ocorrência da predação por S. haemastoma em ostras-do-mangue Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1928) em um cultivo experimental, situado no município de São Joao de Pirabas. Adquiriu-se 48 sementes de ostras na Associação do Agricultores, Pecuaristas e Aquicultores da Vila de Santo Antônio de Urindeua (ASAPAQ), localizado no rio Urindeua, município de Salinópolis à serem cultivadas em caráter experimental no mês de junho de 2016. Registrou-se mortalidade por predação no mês da implantação do cultivo (12 ostras) e nos dois meses sequentes (26 e 10 indivíduos mortos, respectivamente em julho e agosto). Todos os indivíduos mortos apresentavam perfuração completa ou parcial na concha, evidência de ataques por muricídeo, sendo confirmada a identificação da espécie pelo registro in locu da predação. Analisando a posição do furo resultante da predação sobre os bivalves, verificou-se que as conchas foram perfuradas em diversas áreas da superfície da ostra. Verificou-se também, que o manejo mensal no cultivo não foi suficiente para mitigar o aparecimento dos gastrópodes. Conclui-se que o método de cultivo em “travesseiros” apesar de oferecer uma maior facilidade de manejo, também facilita a atuação de predadores, com isso recomenda-se, como método alternativo, a utilização de outros apetrechos, dentre eles “lanternas” no cultivo da ostra e um manejo de forma periódica para sucesso da ostreicultura no município. Palavras-chave: Stramonita haemastoma; predação molusco; ostreicultura.

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