(Olhares sobre) políticas e práticas de internacionalização na Universidade de Aveiro: o caso do Departamento de Educação e Psicologia

May 31, 2017 | Autor: Mónica Lourenço | Categoria: Internationalization of higher education
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(OLHARES SOBRE) POLÍTICAS E PRÁTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO NA UA: O caso do Departamento de Educação e Psicologia SEMINÁRIOS CIENTÍFICOS DO LALE 4 DE MAIO DE 2016

Mónica Lourenço | [email protected]

Seminários Científicos do LALE

18.05.16

ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO 1.

Enquadramento do estudo

2.

Objetivos de investigação

3.

Metodologia

4.

Resultados

5.

Conclusões preliminares e recomendações

6.

Caminhos futuros

1.1. O projeto de pós-doutoramento 1.2. Os contextos e os conceitos

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO “Internacionalização da formação inicial de professores: uma oportunidade para educar professores globalmente competentes”

Referência: SFRH/BDP/94768/2013 Data de início: 01-12-2014

Objetivo geral:

 Compreender como se pode promover a internacionalização dos curricula de formação inicial de professores, com enfoque no desenvolvimento da educação global.

Duração prevista: 36 meses Orientadora: Ana Isabel Andrade Coorientador: Michael Byram

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO Objetivos específicos:  Compreender como é que o conceito de internacionalização é entendido e desenvolvido na UA e no

DEP;  Identificar possibilidades e constrangimentos à internacionalização dos curricula nos cursos de formação inicial de professores;  Promover a construção de grupos de trabalho sobre internacionalização do currículo de formação inicial de professores que concebam, desenvolvam e avaliem práticas de educação global;  Contribuir para a internacionalização dos programas de formação inicial de professores nas IES portuguesas.

Phase 1: Literature review 1/12/2014 - 31/7/2015 Phase 2: Characterisation study

1/8/2015 - 31/04/2016

Phase 3: Research community in IoC 1/5/2016 - 31/3/2017

Document analysis

Phase 4: Data 1/4/2017 – 30/6/2017 analysis

Interviews

Phase 5: Dissemination

Workshops Seminars

1/7/2017 30/11/2017

Action research projects

Project end Project start 1/12/2014

2014

Dec 2014

May Seminar

Articles

Today Article and Report Jul Aug 2015

Dec

Apr May 2016

Aug Sep

Mar 2017 Apr

Seminar

Fig.1. Cronograma do projeto de pós-doutoramento.

Jun Jul Aug

Proceedings and Report 30/11/2017

Oct Nov Dec Seminar

2017

Porquê falar de internacionalização das instituições de Ensino Superior hoje?

Resposta aos desafios societais da globalização

Diferentes modalidade de ensino e aprendizagem

Processo de Bolonha

Sobrevivência económica e visibilidade institucional

Formação internacional e intercultural dos estudantes

Fig. 2. Pressões para a internacionalização das IES.

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO Principais estratégias de internacionalização nas IES: • Mobilidade estudantil, docente e não-docente; • Participações em projetos internacionais (na área da formação, da I&D e da

transferência de tecnologia); • Aposta na cooperação e na criação de parcerias interinstitucionais a nível

internacional; • Exportação de serviços e criação de polos universitários em outros países (branch

campuses, franchises); • Ensino em língua inglesa (EMI).

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO «Internationalization at the national/sector/institutional level is defined as the process of integrating an international, intercultural or global dimension into the purpose, functions or delivery of postsecondary education» (Knight, 2004, p. 11).

«Internationalization at Home is the purposeful integration of international and intercultural dimensions into the formal and informal curriculum for all students within domestic learning environments” (Beelen & Jones, 2015, p. 76). «Internationalization of the curriculum is the incorporation of international, intercultural and/or global dimensions into the content of the curriculum as well as learning outcomes, assessment tasks, teaching methods and support services of a program of study» (Leask, 2015, p. 9).

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO

«O panorama de internacionalização do ensino superior português é difuso e desarticulado e com resultados modestos, quando confrontados com os recursos que são investidos. Muitas instituições desenvolvem os seus projetos isoladamente e sem aproveitar a totalidade das valências e competências que podem ser mobilizadas» (MEC, 2014, pp. 11-12). Ministério da Educação e Ciência. (2014). Uma estratégia para a internacionalização do ensino superior português: fundamentação e recomendações. Lisboa: Ministério da Educação e Ciência.

OBJETIVOS DO ESTUDO a) Compreender como é que o conceito de internacionalização é entendido e

desenvolvido na UA e no DEP;

Quais as representações, políticas e práticas de internacionalização?

b) Identificar as possibilidades e constrangimentos para o desenvolvimento de uma

dinâmica de internacionalização mais integrada e sustentável, que integre uma perspetiva de internacionalização dos curricula.

METODOLOGIA Recolha de dados  Recolha de 12 documentos

institucionais da UA e do DEP  Realização de 11 entrevistas

semiestruturadas a atores no processo de internacionalização

Análise de dados  Análise de conteúdo dedutiva (Knight,

2004)  Análise de conteúdo dedutiva

(categorias) e indutiva (subcategorias) UA

Estudo de caso de cariz etnográfico MEP

DEP

Quadro 1. Documentos institucionais.

Universidade de Aveiro

ID

EUA Institutional Evaluation – Self-Evaluation Report (2007) Plano de Atividades da UA (2015) Programa de Ação do Reitor 2014–2018 Estatutos da UA (2009) Plano Estratégico da UA (2012) Plano Estratégico de Cooperação com Países de Língua Oficial Portuguesa (2011)

UA_01 UA_02 UA_03 UA_04 UA_05 UA_06

Departamento de Educação e Psicologia

ID

Programa de Ação do Diretor 2015–2019 Regulamento do Departmento de Educação da Universidade de Aveiro (2010) Novo Ciclo de Estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º CEB (2015) Relatório de Autoavaliação do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º CEB (2012) Relatório preliminar e final da CAE para o Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º CEB (2015) Projeto Estratégico CIDTFF (2013)

DEP_01 DEP_02 DEP_03 DEP_04 DEP_05 DEP_06

Que motivações para a internacionalização?

Qual o entendimento de internacionalização?

Quais as estratégias de internacionalização?

Rationales

• • • •

Economic Political Social/Cultural Academic

Approaches

• • • • • •

Activity Outcomes Rationales Process At home Abroad (cross-border)

Strategies

Fig.3. Referencial de internacionalização de Knight (2004).

• Program strategies • Organizational strategies

RESPONSÁVEIS INSTITUCIONAIS • 1 Pró-reitor • 1 Diretor de UO • 1 Coordenador de UI • 1 Diretor de Curso (2.º ciclo)

SERVIÇOS DE APOIO • 1 Representante do GRI • 1 Coordenador Erasmus • 1 Representante da ESN Aveiro

ESTUDANTES • 1 estudante de Mestrado em Ensino (com experiência de mobilidade)

PROFESSORES • 3 professores de Mestrado em Ensino (áreas da didática da línguas, da didática das ciências e da psicologia)

Fig.4. Grupos dos entrevistados.

METODOLOGIA Quadro 2. Categorias de análise das entrevistas.

Categorias de análise C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior C2. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização da UA C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP C4. Representações sobre a internacionalização do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino no 1.ºCEB C5. Representações sobre a internacionalização do currículo

RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL UA assina memorando de entendimento entre universidades chinesas e de países de língua portuguesa 28.10.2015

INED na UA para agradecer apoio ao desenvolvimento do sistema de acreditação do ensino à distância 25.2.2016

Alunos de 81 instituições estrangeiras na UA durante o 2º semestre

Mestrados e Doutoramentos da UA em inglês dão um enorme Welcome a mais alunos internacionais 14.3.2016

15.1.2016

UA dá formação técnica em Angola na área do ordenamento e gestão do mar 8.2.2016

Parceria entre o Ministério da Educação de Moçambique e a Universidade de Aveiro

Adido da Embaixada Francesa de visita à UA para potenciar cooperação bilateral 15.3.2016

UA lança bolsas de mestrado para estudantes latino-americanos 5.4.2016

A internacionalização da UA nos meios de comunicação digitais.

RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL Quadro 3. Principais estratégias de internacionalização da UA .

Estratégias programáticas

Estratégias organizacionais

Académicas: - Programas de mobilidade - Ensino de/em línguas estrangeiras - Programas de mestrado/doutoramento conjunto

Governança: -Reconhecimento da dimensão internacional em documentos institucionais

Investigação: - Projetos/parcerias/redes internacionais - Conferências internacionais Relações internacionais: - Protocolos com ONGs/PALOPs - Programas de desenvolvimento e ajuda internacional

Serviços e recursos humanos: - International Office - Grupos de apoio (ESN Aveiro) - Atividades de integração e acolhimento (Erasmus Buddy Program) - Eventos interculturais no campus

RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL Quadro 4. Principais estratégias de internacionalização do DEP .

Estratégias programáticas

Estratégias organizacionais

Académicas: - Programas de mobilidade - Estudantes internacionais (PALOPs)

Governança: -Reconhecimento da dimensão internacional em documentos institucionais

Investigação: - Projetos/parcerias/redes internacionais - Conferências internacionais

Serviços e recursos humanos: - Membro da Direção com pelouro da internacionalização - Coordenadores departamentais programa Erasmus

Relações internacionais: - Formação internacional de professores - Programas de desenvolvimento e ajuda internacional

Entendimento de internacionalização nos documentos institucionais

RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL

A internacionalização é apontada como uma prioridade estratégica da UA, como uma oportunidade para atrair estudantes e dar maior visibilidade à instituição e, simultaneamente, como um reflexo e um gerador de qualidade. Surge quase sempre associada a um conjunto de atividades (i.e., mobilidade estudantil, redes, parcerias, ensino em inglês), que se assumem como critérios na avaliação dos programas de estudo. «O reforço da internacionalização tem que merecer a nossa profunda atenção, também para estímulo do aumento da pós-graduação, que constitui desígnio maior para os próximos anos. É fundamental, primeiro que tudo, fazer crescer mais o número de estudantes internacionais» (Programa de Ação do Reitor 2014-2018, p. 38). «A aposta na internacionalização, quer na vertente de ensino, quer na de investigação, cuja evolução de número de alunos no DE é notória, constitui um caminho que se pretende continuar a melhorar» (Programa de Ação do Diretor do DE 2015-2019, p. 21).

«A internacionalização é, desde sempre, um objetivo estratégico, e um elemento diferenciador da qualidade das atividades de ensino, investigação e cooperação da UA» (Plano de Atividades da UA, 2015, p. 36).

Entendimento de internacionalização nos documentos institucionais

RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL Todavia, parece existir uma abertura para entender a internacionalização como instrumento de uma formação mais capaz para todos os estudantes (nomeadamente no que se refere ao desenvolvimento de competências linguístico-comunicativas em línguas estrangeiras e competências interculturais), através de atividade curriculares e extracurriculares, na linha dos pressupostos da Internationalization at Home. «A internacionalização compreende ainda (…) uma maior atenção às competências interculturais em línguas estrangeiras dos diplomados da UA» (Plano Estratégico da UA, 2012, p. 17) “De entre a multiplicidade de facetas que a internacionalização pode assumir, a UA privilegiará a atuação em três vertentes principais: o reforço da atratividade (…) através de esquemas de mobilidade (…); o estímulo ao desenvolvimento de curricula e, em geral, de um ambiente de ensino-aprendizagem de estilo internacional, que sirva, não apenas os fluxos internacionais que a Universidade pretende atrair e fixar, mas também o pleno enriquecimento da experiência proporcionada aos estudantes e investigadores de nacionalidade portuguesa; o reforço da projeção e produção internacional da comunidade universitária” (Plano de Atividades da UA, 2015, p. 36).

«A internacionalização assume atualmente, no contexto do ensino superior português, um cariz prioritário para o desenvolvimento e afirmação das instituições. A Universidade de Aveiro é naturalmente subscritora dessa abordagem» (Plano de

Económicas (sustentabilidade financeira)

«persiste o desígnio (…) de alterar, significativamente, o número e a percentagem de alunos de pós-graduação. É um desígnio que (…) acautela cenários preocupantes. Está associado ao objetivo de atrair alunos internacionais (…) e salvaguarda a própria sustentabilidade da UA” (Programa de Ação do Reitor 20142018, p. 24).

Académicas

Políticas

(perfil e estatuto)

(parcerias e cooperação)

Atividades da UA, 2015, p. 36).

Fig. 5. Motivações para a internacionalização de acordo com os documentos institucionais.

«O que se propõe é insistir na internacionalização com o seu alargamento a todas a áreas de missão da Universidade, para o que as parcerias com instituições estrangeiras e as alianças preferenciais devem ser multiplicadas» (Programa de Ação do Reitor 2014-2018, p. 16).

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior 1.1. Entendimento do conceito de internacionalização A internacionalização é entendida como um conjunto de atividades associadas, principalmente, à mobilidade e à participação em projetos internacionais, como forma de promover a visibilidade das IES e a sua sobrevivência económica.

«A internacionalização tem a ver com a questão dos rankings das universidades, de financiamentos, de projetos internacionais.» (RI3) «A internacionalização tem a ver com a vinda de estudantes para as nossas universidades e a ida dos nossos estudantes para outros países. (…) Quando eu penso em internacionalização, penso muito em mobilidade.» (RI4)

C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

1.1. Entendimento do conceito de internacionalização

Idealmente uma instituição internacional é multilingue e multicultural, contando com a presença de pessoas de várias nacionalidades e com professores preparados para acolher a diversidade, integrando (in)formação em várias línguas e uma dimensão internacional nos curricula.

«[Uma instituição verdadeiramente internacional] é uma instituição que acolhe pessoas de diferentes nacionalidades como docentes e como estudantes e que na sua formação permite, de facto, que as pessoas, os jovens, atinjam também um grau de perspetiva internacional. É um ensino superior que não existe só para consolidar o conhecimento e a excelência nacional. É uma instituição que existe para servir o internacional.» (RI1) «A base de tudo é a língua, todas as disciplinas, todos os conteúdos e toda a informação estarem disponíveis em várias línguas. (…) E os professores terem uma forte componente não só técnica, mas também saberem lidar com este tipo de alunos [internacionais]. Se calhar também terem novas abordagens de ensino. » (SA3)

C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

1.2. Razões para a internacionalização do ensino superior De uma forma geral, a internacionalização é uma resposta ao contexto de globalização e às pressões (i.e., avaliação) de organismos internacionais.

«Têm a ver com questões inerentes ao processo de globalização que passa por todas as instituições do ensino superior (…) e com o apelo cada vez maior ao trabalho em conjunto entre investigadores de vários países. Depois também há razões mais técnicas, ou tecnocráticas, de avaliação das instituições que privilegiam esse trabalho internacional e a colaboração entre vários investigadores. (…) Eu diria que há todo um contexto, quer internacional nas várias áreas, quer, em particular, no ensino superior e nas universidades, que pressiona esta cada vez maior aposta, por um lado, exigência, por outro, nos processos de internacionalização.» (RI2)

C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 1.2. Razões para a internacionalização do ensino superior Ocasionalmente, são referidas motivações mais académicas, de formação dos estudantes para a (previsível) mobilidade profissional, e de promoção de um trabalho colaborativo, no sentido de encontrar soluções para problemas globais.

«Se nós não introduzirmos uma vertente de internacionalização, se não abordamos essas questões nos currículos, depois penso que isso... essa integração dos professores, nomeadamente dos nossos professores noutros países, é muito mais complicado, é muito mais difícil de fazer.» (RI4) «Depois há razões mais intrínsecas, mais de afirmação, de colaboração, criação de redes, que justificam a necessidade de internacionalização para uma análise mais sistémica, mais globalizante, de alguns dos problemas que afetam os países, nomeadamente no mundo ocidental.» (P2)

C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 1.2. Razões para a internacionalização do ensino superior No caso específico de Portugal, a internacionalização é apontada como uma resposta à atual crise económica e demográfica e como garante de uma maior visibilidade institucional. «A crise financeira e a maior consciencialização dos problemas demográficos que Portugal tem, começa a refletir-se nos números das pessoas admitidas na universidade e na enorme concorrência que há para atrair alunos. Portanto, tornou-se evidente que a universidade se não se internacionaliza, pelo menos no campo de recrutamento de estudantes, pode encontrar-se em enormes dificuldades no futuro.» (SA1) «Nós somos uma universidade pequena numa zona periférica, uma universidade nova, que fica num sandwich entre duas grandes universidades, Porto e Coimbra (…). Portanto, a internacionalização da universidade é a única opção para desenvolvimento da universidade.» (SA1)

C1. Representações sobre a internacionalização do ensino superior

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

1.3. Contributos da internacionalização para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes A internacionalização (i.e., mobilidade) pode contribuir para o desenvolvimento da autonomia, da autoestima, da resiliência, de competências linguísticas em línguas estrangeiras, de atitudes positivas face à alteridade e à diversidade, para alargar conhecimentos sobre outras perspetivas educativas...

«Não quero generalizar, mas creio que o padrão genérico é que os estudantes ganham essa autoconfiança, essa necessidade de se esforçarem para irem um pouco mais além e ganham alguma resiliência. Isso são competências para a sua vida, não é só para o seu emprego, mas para a sua vida inteira.» (SA1) «Em termos da aprendizagem entram em contacto com outras formas de trabalhar, com outras práticas, tornamse mais críticos, mais reflexivos, questionam mais quando voltam, porque têm outros parâmetros para comparar, não têm uma visão única da universidade, têm visões diferentes.» (P3)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 3.1. Mobilidade estudantil Há um esforço claro para a atração de estudantes internacionais, sobretudo de língua oficial portuguesa no 3.º ciclo. O DEP recebe alunos incoming, mas tem alguma dificuldade em enviar estudantes para países estrangeiros. «Temos tido um afluxo bastante significativo de alunos internacionais aqui no DEP, mas, infelizmente, do ponto de vista dos alunos que vão (os denominados “outgoing”) não se pode dizer a mesma coisa. Tem havido alguma dificuldade nesse sentido. Os nossos alunos não têm estado, de facto, muito predispostos, por razões diversas.» (SA2)

«O DEP é um dos departamentos mais capazes, com bons, ou melhor, excelentes argumentos para receber e mandar pessoas, (...) mas em termos de mobilidade efetiva não há números que compitam com outros departamentos. (…) Onde há poucos alunos, há pouca mobilidade.» (SA1)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

3.2. Atividades de integração, acolhimento, motivação/divulgação Há algum desconhecimento por parte dos responsáveis institucionais e dos professores sobre a existência de atividades de motivação/divulgação sobre programas de mobilidade, sugerindo-se a necessidade de trabalhar de acordo com uma estratégia mais sustentada para aumentar o número de alunos outgoing.

«Que eu saiba mobilização dos alunos, sessões formais a esse nível, sinceramente, não sei. Se não sei, provavelmente não há.» (RI2) «O que nós tentamos fazer aqui, eu, por exemplo, tenho os alunos do 1º ano da LEB e falo com eles, tento motiválos. Mas de outras estratégias não tenho conhecimento.» (P3) «Eu penso que aqui no DEP a mobilidade é promovida, pelos cartazes que são muitas vezes espalhados e costuma haver uma sessão de esclarecimento uns meses antes e também há muita propaganda aqui no nosso departamento e mesmo nos Serviços Académicos.» (A1)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

3.2. Atividades de integração, acolhimento, motivação/divulgação Não obstante a diversidade de situações, existem algumas dificuldades de integração dos estudantes estrangeiros relacionadas com a língua e com a falta de acolhimento dos estudantes portugueses. «Há, de facto, situações diferenciadas. Há os alunos que se tentam integrar, e integram-se em grupos de trabalho com alunos portugueses, gostam e pedem para que isso aconteça e querem aprender a língua portuguesa. Depois há outro tipo de alunos, isto acontece mais com alguns dos alunos que vêm de Espanha, que fazem pouco esforço para aprender a língua portuguesa e estabelecem dinâmicas de interação e de sociabilização.» (SA2) «Os alunos que falam inglês interagem comigo, não com a turma, porque a turma não os integra. O ano passado tive um aluno Erasmus, fiz um trabalho de grupo na sala e ninguém queria ficar com o aluno, porque não dominavam o inglês. Ele percebia isso e acabou desistindo. A maior parte dos alunos acaba não frequentando as aulas.» (P3)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 3.3. Ensino em língua inglesa

O ensino em língua inglesa não é uma prioridade no DEP, atendendo ao tipo de estudantes estrangeiros que recebe. Apontam-se ainda alguns constrangimentos para esse ensino relacionados com a falta de preparação dos professores e dos estudantes portugueses. «O objetivo de ter aulas em inglês é muito limitado no nosso departamento e, pessoalmente, tenho dúvidas que, em muitas áreas, ele seja vantajoso ou possa ser contraproducente. Muito do nosso público é dos PALOP ou da CPLP, onde o domínio da língua inglesa é muito reduzido. Se nós tivéssemos, ao nível dos doutoramentos e dos mestrados, o ensino em língua inglesa, provavelmente eu teria aqui uma diminuição significativa de alunos.» (RI2) «Eu não sei, eu acho que é difícil, porque dar uma aula em inglês é preciso ter um domínio do inglês que a maior parte dos professores neste departamento não tem. Eu não tenho, eu falo um pouco inglês, mas uma aula em inglês é diferente. Teriam, então, que investir na nossa formação e na formação dos próprios alunos.» (P3)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 3.4. Mobilidade docente

Há mais docentes envolvidos em programas de mobilidade, até como forma de ultrapassar os constrangimentos financeiros do CIDTFF, mas ainda há entraves…

«No que toca aqui ao DEP, a nossa mobilidade está reduzida. Nem dá para irmos ao Minho a um congresso. (…) Eu nunca estive em nenhuma sessão de esclarecimento. Até para aí há 4 ou 5 anos atrás ignorava que havia programas de mobilidade docente. Agora recebemos e-mails, mas, quer dizer, é do tal e-mail que, com boa vontade, vai para uma caixinha chamada “Erasmus”, mas não serve literalmente para nada.» (P1) «Eu acho que nós aqui na Educação ainda temos que caminhar muito nesse sentido. Embora tenhamos projetos esporádicos, nós sairmos e irmos para outros contextos, nós ainda não fazemos isso. E acho que isso é importante, porque aproxima as instituições e cria uma rede que dá essa visibilidade que a UA quer e que o DEP quer. Mas nós temos que sair, temos de nos mostrar e mostrar o nosso trabalho.» (P3)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 3.5. Parcerias internacionais

O DEP é apontado como um departamento bastante internacionalizado ao nível da investigação e da colaboração. Há uma preocupação crescente em envolver os estudantes em projetos e redes.

«Há várias redes ao nível da investigação em vários setores do DEP. (…) No âmbito dessas situações há colóquios, há seminários, há workshops onde são integrados os alunos, muitas vezes até mais de 2.º e 3.º ciclo do que de 1.º. Há aí repercussões a esse nível.» (RI2) «Nós próprios convidamos muitas vezes os investigadores envolvidos nessas redes e nessas parcerias para virem partilhar com os estudantes experiências desses projetos (…), exatamente pela riqueza que essas experiências nos parecem ter.» (RI4)

C3. Representações sobre políticas e práticas de internacionalização do DEP

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 3.6. Política dos responsáveis (governança) Apela-se à necessidade de delinear uma estratégia mais sustentada ao nível da internacionalização, traçando linhas de ação e financiamento, e dando mais apoio aos estudantes e aos professores.

«Temos um número muito baixo de mobilidade de dentro para fora. Eu nunca vi nenhuma estratégia desenvolvida no sentido de incrementar esse número.» (RI4) «Às vezes, em termos de apoio oficial, as coisas não funcionam tão bem quanto deveriam, mesmo no que diz respeito a dar a conhecer aos estudantes estrangeiros certas particularidades da nossa cultura. Por exemplo, quando tive um aluno turco resolvi um dia perguntar-lhe qual era a religião dele e o aluno em questão era muçulmano. Isso foi uma informação que foi muito útil para mim para lembrar o rapaz de que havia férias de Natal, porque o rapaz tinha marcado a viagem de regresso à Turquia em janeiro, convencido de que iria ter aulas até ao fim de dezembro. (…) Isto não pode ficar tudo à responsabilidade do professor.» (P1)

C4. Representações sobre a internacionalização do Mestrado

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 4.1. Constrangimentos curriculares à mobilidade estudantil A mobilidade incoming é dificultada pela exigência do domínio da língua portuguesa. Por seu lado, a mobilidade outgoing esbarra em questões relacionadas com equivalências e com a realização da Prática Pedagógica.

«A nível de alunos estrangeiros nós estamos logo bloqueados à partida, porque eles têm que fazer uma prova de língua portuguesa e têm que ter feito uma licenciatura em Educação Básica com aqueles requisitos que são definidos no decreto.... Isto significa que não é fácil para um aluno estrangeiro candidatar-se a um mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo.» (RI3) «A estrutura do mestrado com a Prática Pedagógica dificulta a saída. (…) Dois terços do Mestrado são voltados para a prática e é complicado ir fazer a prática lá fora, como é difícil vir de fora e fazer a prática aqui. Nós já tivemos uma aluna que foi no semestre de prática fora, para outro contexto, mas teve de fazer mais meio ano.» (P3)

C4. Representações sobre a internacionalização do Mestrado

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

4.2. Constrangimentos socioeconómicos à mobilidade estudantil Aos constrangimentos curriculares juntam-se razões relacionadas com o perfil socioeconómico dos estudantes portugueses deste mestrado e com o montante reduzido das bolsas.

«Os nossos alunos têm características específicas, relacionadas com o meio socioeconómico de proveniência, o que impede que, na maior parte das situações, possam fazer a mobilidade. Embora, nós tenhamos tido, em casos pontuais, um ou outro aluno que faz essa mobilidade, mas o que é certo é que bolsa não é suficiente. É sempre necessário entrar com meios próprios, recursos familiares para poder fazer face a essas despesas.» (SA2) «Mas eu penso que estes alunos com sensibilização, com formação, com apoio são capazes, como já aconteceu, de optar pelo maior intercâmbio, por terem outras experiências.» (P2)

C4. Representações sobre a internacionalização do Mestrado

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 4.3. Contributos da mobilidade para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes Quando têm experiências positivas, os estudantes ganham outra abertura à diversidade, essencial para lidarem com o contexto atual de atividade, que é multilingue e multicultural, e conhecem outras perspetivas educativas.

«Estou a lembrar-me de uma competência que surge logo e que tem que ver com o contexto atual da atividade dos professores, que é um contexto multicultural. (…) O saber lidar com o multiculturalismo pode ser potenciado com uma experiência que é feita fora do país, com outras realidades. Portanto, o sair de Portugal, o contactar com outras culturas, penso que é fundamental, desde logo do ponto de vista da formação pessoal, mas isto é essencial também para a atividade do professor, do educador.» (SA2) «Abre o olhar sobre outras possibilidades, eles aprendem a ver que há diferentes maneiras de trabalhar e têm de fazer uma escolha. E acho que na educação é fundamental nós termos a mente aberta.» (P3)

C4. Representações sobre a internacionalização do Mestrado

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 4.4. Alternativas à mobilidade estudantil Na impossibilidade de todos os estudantes terem uma experiência de mobilidade, os entrevistados sugerem uma maior troca de experiências com os estudantes estrangeiros que estudam em Aveiro e a participação em organizações ou projetos internacionais, utilizando as TIC. «Eu acho que mesmo que não possam ir ao estrangeiro, os nossos alunos podem ter possibilidades de internacionalização, por exemplo, aproveitando bem a presença de alunos estrangeiros cá; segundo, aproveitando as oportunidades que têm cá de conviver com pessoas estrangeiras.» (P1) «Já tive um projeto de intercâmbio com o Brasil, nós tínhamos alunos e professores cooperantes que participavam desse intercâmbio com instituições do Brasil. Os alunos reagiram muito bem, eles entraram em contacto com educadores de lá também e não foi necessário fazer mobilidade. Aliás nós não tínhamos financiamento.Todo o trabalho que foi feito, foi feito via internet, reuniões em Skype, correspondência que se trocou com crianças e com educadores.» (P3)

C5. Representações sobre a internacionalização do currículo

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 5.1. Entendimento do conceito

Apesar de a grande maioria dos entrevistados desconhecer o conceito, alguns associam-no à perspetiva de educação comparada, mencionado já realizarem atividades neste âmbito. «Essa é uma ideia que nós temos na educação há muitos anos, chamada “educação comparada”. Isso acontece na minha área quando analiso muitas questões de políticas e gestão das escolas… Há muitas coisas que é de uma perspetiva comparada europeia. Quando tenho alunos estrangeiros, uma das coisas que eles fazem é apresentar os sistemas educativos dos países deles, a gestão da escola, os modelos de formação de professores. No nosso campo, eu diria que há muito já feito nesta área… Agora não há, muitas vezes, com esse objetivo específico de criar um ambiente de internacionalização, mas há muito conteúdo que passa por aí.» (RI2) «Eu faço um pouco isso. Eu trago exemplos para a sala de aula, eu tenho vídeos de Itália, de Reggio Emilia, e discuto os vídeos com os alunos… Nunca tinha visto isso como internacionalização.» (P3)

C5. Representações sobre a internacionalização do currículo

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

5.2. Potencialidades da internacionalização do currículo A maioria dos entrevistados vê na internacionalização do currículo uma possibilidade de enriquecer a formação dos estudantes e promover a qualidade dos planos de estudo. Todavia, há ainda algumas reticências…

«A riqueza que daí advém é enorme a todos os níveis, para todos os envolvidos, incluindo para os docentes. (…) Acaba por ser uma riqueza para o grupo até do ponto de vista cultural, para desconstruir representações que as pessoas têm sobre diferentes culturas, diferentes formas de ser e de estar.» (P2)

«Parece-me um bocadinho forçado. Mas nunca pensei verdadeiramente nisso. Mas, à partida, parece-me querer meter ali a internacionalização um bocadinho à força. Porque não se iria modificar muito... o que se faz é o que se faz. Não sei qual seria a mais valia de se estabelecer competências a desenvolver que espelhassem uma atitude aberta à internacionalização…» (RI3)

C5. Representações sobre a internacionalização do currículo

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 5.3. Estratégias e atividades curriculares As estratégias sugeridas passam pela internacionalização dos objetivos de aprendizagem da UCs, pelo convite a professores estrangeiros, pelo trabalho colaborativo com estudantes internacionais, bem como pela participação em projetos internacionais, com apoio de plataformas informáticas em rede. «Eu acho que os alunos Erasmus não são uma dificuldade, acho que eles poderiam ser mais aproveitados do que são. O semestre passado eu tive um aluno de Espanha e outro do Brasil e eram os alunos que mais participavam, porque tinham vivências diferentes e depois (…) traziam as questões do Brasil e as questões da Espanha para discussão na sala de aula.» (P3) «Eu penso que se pode trabalhar em equipa com pessoas de outras áreas para resolver problemas onde a educação também tenha um contributo. Mas mais do que isso, os estudantes podem integrar projetos internacionais onde são envolvidos professores da sua formação e projetos internacionais onde esses professores participam.» (P2)

C5. Representações sobre a internacionalização do currículo

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 5.4. Constrangimentos à internacionalização do currículo Apesar de considerarem existirem potencialidades na internacionalização do currículo, os entrevistados apontam alguns constrangimentos de natureza legal e outros relacionados com a falta de (in)formação dos professores sobre este tema.

«Há constrangimentos que poderão ser ultrapassados que têm a ver com constrangimentos legais. Os cursos são definidos por um modelo do próprio Ministério da Educação, são avaliados pela A3ES, e pode haver várias situações em que o quadro normativo existente possa criar alguma dificuldade nisso.» (RI2) «O principal problema é compreender o que é que isto quer dizer, compreender o que significa o conceito, e como fazê-lo. (…) Mas para isso é preciso fazer muito, muito trabalho de formação dos docentes para chegarmos a este nível.» (SA1)

C5. Representações sobre a internacionalização do currículo

RESULTADOS DAS ENTREVISTAS 5.4. Constrangimentos à internacionalização do currículo Destaca-se ainda a necessidade de haver um maior espírito de colaboração e de partilha entre estudantes e entre professores, para que a internacionalização do currículo seja conseguida. «Agora pode haver entraves de parte a parte, ou seja, pouca vontade dos alunos aprenderem uns com os outros. (…) Quando há interesse de parte a parte a coisa corre maravilhosamente bem. (…) Agora uma coisa é certa, por muitos esforços que o professor faça, se os alunos não conseguirem entender a utilidade da coisa… A gente pode cultivar o interesse dos alunos até certo ponto, depois tem de passar pela própria pessoa.» (P1) «Um outro entrave tem a ver com a cultura bastante individualista que temos, sobretudo no ensino superior, com as nossas áreas e os nossos laboratórios, e não uma cultura muito colaborativa, que é necessária para a mudança e para a internacionalização. A internacionalização é tanto mais bem conseguida e mais visível se nós formos capazes de criar um todo coerente, interdisciplinar.» (P2)

CONCLUSÕES PRELIMINARES Como é que o conceito de internacionalização é entendido e desenvolvido? high formação

Imperalistic

parcerias mobilidade

Internationalization at Home

high

low

Internationally aware

Domestic

low Internationalization abroad Fig. 6. Um modelo para as estratégias de internacionalização das universidades (Foskett, 2010, p. 44).

CONCLUSÕES PRELIMINARES

Estratégias institucionais

Currículo

Formação dos estudantes

Estratégia mais sustentada e integrada de internacionalização

“As the point of connection between broader institutional strategies and the student experience, the curriculum plays a key role in the success or failure of the internationalization agenda” (Leask, 2015, s.p.).

CONCLUSÕES PRELIMINARES «Comprehensive internationalization is a commitment, confirmed through action, to infuse international and comparative perspectives throughout the teaching, research, and service missions of higher education. It shapes institutional ethos and values and touches the entire higher education enterprise. It is essential that it be embraced by institutional leadership, governance, faculty, students, and all academic service and support units. It is an institutional imperative, not just a desirable possibility. Comprehensive internationalization not only impacts all of campus life but the institution’s external frames of reference, partnerships, and relations» (Hudzik, 2011, p. 6).

CONCLUSÕES PRELIMINARES Quais as possibilidades e constrangimentos para o desenvolvimento de uma dinâmica de internacionalização mais integrada e sustentável, que integre uma perspetiva de internacionalização dos curricula?

POSSIBILIDADES  Apoio institucional  Boas estruturas de apoio  Interesse dos intervenientes

 Experiência dos docentes em projetos e redes

internacionais

CONSTRANGIMENTOS  Representações pouco claras sobre o conceito

e sua relevância  Flexibilidade limitada dos planos de estudos

 Pouco interesse e envolvimento dos

docentes/estudantes  Falta de formação do pessoal docente

RECOMENDAÇÕES PARA O DEP  Definição de uma estratégia de internacionalização clara por parte da Direção do DEP com

indicação de objetivos e linhas de ação (recursos humanos, financeiros, …);  Promoção de uma maior articulação com estruturas de apoio em funcionamento na UA

(e.g., GRI e ESN Aveiro), nomeadamente para promoção da mobilidade dos estudantes do DEP e incentivo à partilha de experiências entre estudantes estrangeiros e locais;  Incentivo à articulação entre atividades de investigação e ensino por parte dos docentes do

DEP (aproveitamento de redes, projetos, professores visitantes, colaboração online, etc., para formação dos estudantes);  Realização de atividades de formação de professores no âmbito das línguas estrangeiras, da

utilização de plataformas informáticas e da internacionalização do currículo.

CAMINHOS FUTUROS Internacionalização do currículo: rumo a uma educação global na formação inicial de professores Constituição de um grupo de trabalho sobre internacionalização dos curricula de formação inicial de professores que conceba, desenvolva e avalie práticas de educação global.  Objetivo: construir conhecimentos e práticas relativamente à educação global na formação inicial de

professores.  Destinatários: Diretores de Curso do DEP, docentes dos Mestrados na área da Educação, outros

interessados  Organização: 8 sessões de 2h (entre junho 2016 e março 2017)

CAMINHOS FUTUROS Quadro 5. Calendarização (provisória) das sessões de trabalho.

seminário workshop metodologia de investigaçãoação

Fases de trabalho

Datas

Fase 1: Conhecer e Partilhar (junho e julho 2016)

22 de junho, 13 de julho e 20 de julho

Fase 2: Planificar e Colaborar (setembro e outubro

21 de setembro e 19 de outubro

2016)

Fase 3:Agir e Desenvolver (novembro 2016 a janeiro

11 de janeiro

2017)

Fase 4:Avaliar e Refletir (fevereiro e março 2017)

15 de fevereiro e 8 de março

Produtos: edição de um livro sobre os projetos desenvolvidos (a enviar a uma editora nacional ou internacional); publicação de um artigo científico sobre a experiência do grupo de trabalho.

REFERÊNCIAS Beelen, J., & Jones, E. (2015). Redefining Internationalization at Home. In A. Curaj, L. Matei, R. Pricopie, J. Salmi, & P. Scott (Eds.), The European Higher Education Area: Between Critical Reflections and Future Policies (pp. 67-80). Dordrecht: Springer.

Foskett, N. (2010). Global markets, national challenges, local strategies: The strategic challenge of internationalization. In F. Maringe & N. Foskett (Eds.), Globalization and Internationalization in Higher Education: Theoretical, Strategic and Management Perspectives (pp. 35-50). London: Continuum. Hudzik, (2011). Comprehensive Internationalization: From Concept to Action. Washington, D.C.: NAFSA. Knight, J. (2004). Internationalization remodeled: Definition, approaches, and rationales. Journal of Studies in International Education, 8(1), 5-13. Leask, B. (2015). Internationalizing the Curriculum. London and New York: Routledge.

Ministério da Educação e Ciência. (2014). Uma estratégia para a internacionalização do ensino superior português: fundamentação e recomendações. Lisboa: Ministério da Educação e Ciência.

REFERÊNCIAS Assunção, M. (2014). Um "Campus que pensa": uma Universidade mais forte, mais coesa, mais cívica - Programa de Ação do Reitor 2014-2018. Aveiro: Universidade de Aveiro. CAE (2015a). Relatório preliminar de avaliação da Comissão de Avaliação Externa para o Mestrado em Educação PréEscolar e Ensino no 1.º CEB. Lisboa: Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. CAE (2015b). Relatório final de avaliação da Comissão de Avaliação Externa para o Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º CEB. Lisboa: Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. CIDTFF. (2013). Projeto Estratégico. Aveiro: Centro de Investigação “Didática e Tecnologia na Formação de Formadores”. Costa, J. A. (2015). Programa de Ação 2015-2019. Aveiro: Universidade de Aveiro. DE. (2012). Relatório de Autoavaliação do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º CEB. Aveiro: Departamento de Educação da Universidade de Aveiro. DE. (2015). Novo Ciclo de Estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º CEB. Aveiro: Departamento de Educação da Universidade de Aveiro.

REFERÊNCIAS EUA. (2007). European University Association Institutional Evaluation: University of Aveiro Self-Evaluation Report. Aveiro: Universidade de Aveiro. MEC. (2009). Despacho normativo n.º 18-A/2009 de 14 de maio de 2009 (Estatutos da Universidade de Aveiro Homologação) Diário da República, 2.ª série, n.º 93. Disponível online em http://aauav.pt/download/universidade_de_aveiro/Despacho_Normativo_18_A_2009_estatutos_UA.pdf (consultado a 27/10/15). Neto, C. P., Martins, F. M. P., Rosa, J., Fernandes, C., & Sangreman, C. (2011). Plano Estratégico de Cooperação com Países de Língua Oficial Portuguesa. Aveiro: Universidade de Aveiro. UA. (2010). Regulamento n.º 553/2010 (Regulamento do Departamento de Educação da Universidade de Aveiro) Diário da República, 2ª Série, n.º 121. Disponível online em https://www.ua.pt/gaqap/uaemmudanca/ReadObject.aspx?obj=16440 (consultado a 27/10/15). UA. (2012). Plano Estratégico. Aveiro: Universidade de Aveiro. UA. (2014). Plano de Atividades 2015. Aveiro: Universidade de Aveiro.

(OLHARES SOBRE) POLÍTICAS E PRÁTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO NA UA: O caso do Departamento de Educação e Psicologia SEMINÁRIOS CIENTÍFICOS DO LALE 4 DE MAIO DE 2016

Mónica Lourenço | [email protected]

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