Organização da Assistência ao Paciente com Dengue em Situações de Epidemia
Descrição do Produto
Organização da Assistência ao Paciente com Dengue em Situações de Epidemia Dr. André Ricardo Ribas Freitas Médico Epidemiologista Mestre em Clínica Médica, Doutor em Epidemiologia Div. Dengue e Chikungunya CVE/SES-SP Depto Vigilância em Saúde – SMS/Campinas Prof. Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic
“Un buen administrador de salud es capaz de salvar más vidas durante una epidemia de dengue que los médicos e intensivistas.” DR. ERIC MARTÍNEZ TORRES IPK – HABANA, CUBA
Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 20(1), 2006 http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v20n1/31727.pdf
“Esto se debe a que el tratamiento individual de cada enfermo no puede aplicarse adecuadamente si no está enmarcado en un conjunto de medidas organizativas y de capacitación que deben ejecutarse en cada hospital o centro de atención primaria.” DR. ERIC MARTÍNEZ TORRES IPK – HABANA, CUBA
Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 20(1), 2006 http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v20n1/31727.pdf
Estrutura do Vírus da Dengue
v
RNAss
C
E M 10 genes: 3 estruturais C, E, M 7 não estruturais: NS-1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5 Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Virus da Dengue
Vírus RNA, gênero flavivírus; família flaviviradae 4 Sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 Todos sorotipos podem causar doença grave Imunidade permanente ao sorotipo que causador da doença
Mas predispõe a casos mais graves aos outros sorotipos
Circulando os 4 sorotipos no Estado de São Paulo a possibilidade de reinfecção aumenta muito A proporção de casos graves tende a aumentar a cada nova epidemia
Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Dengue no mundo -1999
Áreas infestadas por Aedes aegypti Áreas com transmissão de dengue
Dengue no mundo - 2005
Dengue no mundo -2008
WHO, 2009. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control- New edition, November 2009.
Países que relatam casos de dengue para OMS e total de casos
WHO, 2009. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control -- New edition, November 2009. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Casos notificados Internações
DENV2
800.000
50.000 Denv 2
Denv 3
40.000 30.000 20.000 10.000
0
0 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08 10
Epidemias localizadas Fonte: Ministério da Saúde
Circulação de DENV com epidemias em várias regiões
Casos graves em crianças
?
Hospitalization Hospitalizações Hospitalizações
60.000
600.000
200.000
90.000
70.000 DENV1
400.000
100.000 80.000
DENV3
Denv 1
Casos notificados cases Reported Casos prováveis
1.000.000
DENV1
Denv 4
Casos de Dengue and hospitalizações Brasil, 1986-2010
Classificação antiga da Dengue* Infecção pelo vírus DEN 10.000
Assintomática
Sintomática
9.000
Indiferenciada 500
1.000
Febre do Dengue
Febre Hemorrágica do Dengue
400
100
sem hemorragia
com hemorragia
sem choque
com choque
1-2 *Classificação modificada por: Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. WHO, 2009. New edition, nov/2009
Espectro Clínico da Dengue
Dengue sem e com sinais de alarme
Dengue grave • Extravasamento plasmático grave
Sem sinais Com sinais de . de alarme alarme
• Hemorragia grave • Comprometimento grave de órgãos
A
B
Classificação clínica
Fonte: WHO/TDR, 2009 e SVS/MS, 2013
Dengue Sintomas por ordem de frequência: Febre Cefaléia Mialgia e artralgia Prostração Alteração no paladar Dor retrorbitária Anorexia Náuseas e vômitos Rash (20 a 30%, tardio) Manifestações hemorrágicas Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Apresentações atípicas
Encefalite Meningoencefalite Mielite Miocardite Hepatite Outras
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Febre Hemorrágica da Dengue (em desuso)
Manifestações hemorrágicas e Contagem de plaquetas (1000), sistema nervoso central (alteracão da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos, ex: acumulação de líquidos com insuficiência respiratória
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Exame clínico objetivo: (diagnóstico diferencial e sinais de gravidade)
Anamnese buscando ativamente
Sintoma de outras doenças (diagnóstico diferencial) Sinais de alarme
dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural ou lipotímia, sonolência ou irritabilidade, sangramento em mucosas
(gengivorragia, epistaxe, metrorragia, melena)
Dados vitais:
P. A.* (deitado ou sentado e em pé) Pulso e temperatura
Estado geral Hidratação Perfusão Prova do laço Sinais de outras doenças (diagnóstico diferencial)
*ATENÇÃO: hipotensão postural (PA sentado - PA em pé ≥ 20 mmHg) ou estreitamento da pressão de pulso (PAS- PAD ≥ 20mmHg, hipotensão (PAS ≥ 90mmHg em adultos) Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Prova do laço Insuflar o manguito entre a PA sistólica e a diastólica, deixando: 5 minutos adultos 3 minutos em crianças
Contar o número de petéquias em um quadrado de 2,5 cm de lado, no local com maior concentração, positivo se: > 20 em adultos >10 em crianças
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Exames complementares I: hemograma
Exame básico para manejo de paciente com suspeita de dengue Pode ser feito o hemograma simplificado em casos onde a suspeita clínica é apenas dengue
Hb, Ht, global de leucócitos e plaquetas (mais rápido)
Recomendado para todo paciente com suspeita (obrigatório em todos pacientes com fator de risco ou com prova do laço positivo) Reforça suspeita de dengue (podendo ter uso como instrumento de vigilância) Classifica risco do paciente e monitora evolução Aumenta a segurança do profissional e do sistema
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Alteração no hemograma de pacientes com dengue não complicada Leucocytes count versus Platelets count (Fitted Line Plot)
Platelets counts versus Days of symptoms (Interval Plot)
LEUCmin_1 = 1934 + 10,93 PQTmin_1
95% CI for the Mean
12000
260
10000 Leucocytes x 10³/mm³
240
Platelets x 10**9/L
Regression 95% CI 95% PI
220 200 180 160 150 140
4000 2000
6000
2
3
4
5 6 7 Days of symptoms
8
9
0
10
100
5500
Leucocytes x 10**6/L
1
Pearson correlation=0,43 P-Value 500 Alterações significativas de bilirrubinas
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História natural da dengue
WHO, 2009. Adaptado de: Yip WCL. Dengue haemorrhagic fever: current approaches to management. Medical Progress, October 1980. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Exames específicos e rotina da vigilância Notificar todo suspeito de dengue Exames específicos devem ser feito de acordo com a recomendação da Vigilância Epidemiológica: Até 3º dia (Pronto-Socorros, Unidades-Sentinela e Áreas com Transmissão)
Antígeno NS-1 Isolamento viral (identificação do sorotipo)
Após 6º dia:
Sorologia ELISA: IgM (rotina) Teste rápido IgG/IgM (resultado em 15 minutos)
Os exames específicos não devem nortear a conduta clínica Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Princípios do Tratamento
Hidratação (oral ou venosa) Iniciar
o mais rápido possível, independentemente do local de atendimento Se oral orientar muito bem e fracionar
Orientação para pacientes e familiares Monitoramento dos sinais de agravamento (em casa ou internado) Sintomáticos Analgésicos
e anti-térmicos (paracetamol ou dipirona) Somente se necessário: anti-eméticos e anti-histamínicos Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Perguntas Básicas para Classificação Inicial: A DENGUE É DINÂMICA É suspeita de dengue? => A Há tendência a sangramento de pele ou fator de risco? => B Há sinais de alarme? => C
Há sinais de choque? => D Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Classificação: Grupo A (azul)
Identificação: Febre há menos de 7 dias sem foco definido SINTOMAS ASSOCIADOS À DENGUE mialgia, protração cefaléia e dor retroorbitária, alteração do paladar, diminuição do apetite, exantema escassez de sintomas respiratórios
Ausência de FENÔMENOS HEMORRÁGICOS (prova do laço negativas), HEMOGRAMA SEM ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS, SEM FATORES DE RISCO Ausência de SINAIS DE ALARME Ausência de SINAIS DE CHOQUE
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Colher hemograma* com retorno em 24 horas em pacientes do GRUPO A
Recomendado para todos suspeitos de dengue
*Hemograma pode ser simplificado: Hb, Ht, leucocitos totais e plaquetas. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Conduta terapêutica (GRUPO A)
Hidratação oral (60-80ml/kg/dia, pelo menos 1/3 com soro de reidratação oral)
Bem orientada e fracionada para facilitar adesão e evitar esquecimentos ou rejeição
Sintomáticos (paracetamol ou dipirona) Orientação sobre Sinais de alarme para paciente e seus familiares Observação em casa + reavaliação no primeiro dia sem febre
Hemoconcentração (hmg)
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Reclassificação
Classificação: Grupo B (verde) Idem GRUPO A, QUALQUER um dos seguintes achados:
Prova do laço positiva Petéquias Presença de fatores de risco
Ausência de SINAIS DE ALARME Ausência de SINAIS DE CHOQUE
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Alteração do hemograma ou tendência hemorrágica: Grupo B
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Classificação: Grupo B - verde Suspeita de dengue, com sangramento de pele ou prova do laço negativa, sem sinais de alarme e sem alterações hemodinâmicas.
FATORES DE RISCO
Idosos > 65 anos
Crianças < 2 anos
Gestantes
Classificação: Grupo B - Verde Suspeita de dengue, com sangramento de pele ou prova do laço negativa, sem sinais de alarme e sem alterações hemodinâmicas.
FATORES DE RISCO
Hipertensão arterial Diabetes
Outras doenças crônicas
Grupo B (verde): conduta
Hemograma simplificado de urgência (resultado no mesmo dia)
Obs: se inviável ter resultado na UBS no mesmo dia, encaminhar para Pronto Atendimento.
Tratamento: Adultos: 80 ml/kg/dia, sendo 1/3 do volume administrado em quatro a seis horas como isotônico Crianças: oferecer soro de reidratação oral (50-100 ml/kg em 4 horas). Se necessário, hidratação venosa Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Grupo B (verde): conduta com resultado do hemograma
Sem hemoconcentração: retorno em 24 horas para reavaliação clínicalaboratorial e orientação quanto à hidratação e SINAIS DE ALARME
Com hemoconcentração: encaminhar a uma Unidade de Saúde com possibilidade para observação e repetir hemograma após hidratação
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Parâmetros de hemoconentração
Paciente com hematócrito aumentado em mais de 10% acima do valor basal Na ausência deste, com as seguintes faixas de valores: crianças:
> 42% mulheres: > 44% homens: > 50%
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Grupo C (amarelo) Paciente sem alteração hemodinâmica com qualquer SINAL DE ALARME PRINCIPAIS SINAIS DE ALARME: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural ou lipotímia, sonolência ou irritabilidade, (principalmente em crianças) sangramento de mucosa aumento do hematócrito, queda abrupta de plaquetas,
Outros sinais de alarme: diminuição da diurese, diminuição repentina da temperatura, desconforto respiratório. hepatomegalia dolorosa Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Grupo C - amarelo SINAIS DE ALARME EM DESTAQUE
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes
Grupo C - amarelo SINAIS DE ALARME EM DESTAQUE
Lipotímia / Hipotensão postural / (variação da PA sentado/deitado em pé ≥ 20mmHg) Sonolência ou irritabilidade
Grupo C - amarelo SINAIS DE ALARME EM DESTAQUE
Aumento repentino hematócrito ou queda abrupta de plaquetas
Sangramento de mucosa
Conduta: Grupo C (amarelo)
Fase de expansão (Iniciar antes da transferência)
hidratação IV imediata: 20 ml/kg/h em duas horas, com soro fisiológico ou Ringer Lactato.
Reavaliação clínica e de hematócrito em 2 horas (após a etapa de hidratação). Repetir fase de expansão até três vezes, se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos. Se resposta inadequada após as três fases de expansão = conduzir como Grupo D. Se resposta adequada readequar volume para manutenção (cuidado com hiperhidratação)
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Classificação: Grupo D (vermelho) Paciente com QUALQUER dos seguintes SINAIS DE CHOQUE:
Pressão arterial convergente (PA
sist - PA diast ≤ 20mmHg)
Extremidades frias e cianóticas Pulso rápido e fino Enchimento capilar lento (> 2 segundos) Hipotensão arterial (só aparece no choque descompensado)
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Conduta: Grupo D (vermelho)
Hidratação EV imediata inicial*: Soro Fisiológico 0,9% ou Ringer: 20 mL/Kg em até 20 min repetir até 3 vezes se necessário
* Iniciar antes da transferência Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Conduta: Grupo D (vermelho) Com melhora hemodinâmica (PA em 2 posições, débito urinário e pulso): adequar
volume infundido para reposição de perdas (cuidado com hiperhidratação). Internação hospitalar: reavaliação clínica a cada 15 a 30 minutos, hematócrito cada 2h até estabilização Conduzir como grupo C Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Sem melhora hemodinâmica fase inicial de hidratação Hematócrito aumentando: Infundir plasma ou albumina ou colóide sintético
Hematócrito diminuindo: investigar sangramento e colher coagulograma Com sangramento importante Transfundir concentrado de hemácias Corrigir coagulopatia se presente
Sem
sangramento
investigar
hipervolemia, insuficiência cardíaca congestiva tratar com diminuicao da infusao de liquido, diureticos e inotropicos.
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Indicação de internação*
Presença de sinais de alarme. Recusa na ingestão de alimentos e líquidos. Comprometimento respiratório Plaquetas< 20.000/mm³ independentemente de manifestações hemorrágicas. Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde. Co-morbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática etc. Outras situações a critério clínico.
*Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Critérios de alta
Estabilização hemodinâmica durante 48 horas Ausência de febre por 48 horas Melhora visível do quadro clínico Hematócrito normal e estável por 24 horas Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm³ Derrames cavitários Em
regressão Sem repercussão clínica
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Protocolo de conduta: pontos chave
Sintomas do paciente e vulnerabilidades preexistentes PA em 2 posições Prova do laço se necessário Pesquisa de sinais de alerta Coleta de hemograma para pacientes indicados Hidratação adequada para todos os pacientes Na alta: Agendar retorno sempre no 1º dia sem febre ou antes se necessário Orientação sobre: sinais de alerta e hidratação No retorno: reavaliação completa (incluindo PA em 2 posições)
Dr. André Ricardo Ribas Freitas – CVE, DEVISA e SLMANDIC Campinas
Pressupostos clínico-epidemiológicos da dengue
Doença capaz epidemias com grande número de casos
Grande quantidade de casos de menor gravidade demandando poucas tecnologias (hemograma e hidratação) Poucos casos de maior gravidade demandando internação em leitos comuns (3-5%) e ainda menos demandando leitos de UTI (
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