Organização social do trabalho e da produção na “agroindústria artesanal da mandioca” na região do lago Janauacá, Careiro (AM).pdf

May 22, 2017 | Autor: R. de Lima Erazo | Categoria: AGRONOMIA, Socioeconomia, Agricultura Familiar
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IV Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia 1º Encontro Amazônico da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade Manaus, 19 a 22 de setembro de 2016

Organização social do trabalho e da produção na “agroindústria artesanal da mandioca” na região do lago Janauacá, Careiro (AM) Rafael de Lima Erazo¹; Lindomar de Jesus de Sousa Silva; Henrique dos Santos Pereira O lago Janauacá, dividido pelos municípios de Manaquiri e Careiro, possui uma dinâmica marcada pela predominância da produção de mandioca e pelas diversas casas de farinha flutuantes. Assim sendo, buscamos compreender como é realizada a organização social do trabalho e da produção em casas de farinha, flutuantes e em terra firme, na região de Janauacá, Careiro (AM). A coleta de dados foi obtida através de um roteiro com entrevistas semiestruturadas aplicadas aos agricultores das unidades de produção familiar. As coletas de dados ocorreram durante o mês de março de 2016. A amostra foi composta por 56 entrevistas, sendo: 33 agricultores em terra firme e 23 em casas de farinha flutuantes. Um componente determinante dos sistemas de produção de mandioca em Janauacá é a divisão social do trabalho na unidade familiar (divisão sexual) e entre unidades familiares (especialização/verticalização). A produção nas casas de farinha começa muito cedo, ao nascer do sol e se estende até o entardecer. A divisão de tarefas entre homens e mulheres é bastante clara nas casas de farinha, porém essa segmentação também é percebida nas pontuações dos espaços físicos, deixando claro onde homens e mulheres devem exercer as suas funções. A participação do trabalho feminino na produção é de fundamental importância, cabendo a elas atividades tais como: raspadeiras e das tiradeiras de goma. O trabalho masculino está direcionado a outras funções específicas, que normalmente, exigem força e destreza maior, pelos perigos eminentemente altos, são elas: “forneiro”, “cevador” e “prenseiro”. Com isso, as diferentes formas de produção se complementam e dão subsidio para a reprodução do mesmo. As populações ribeirinhas estão fazendo mais do que apenas se acomodando às demandas prevalecentes. Esses atores sociais são capazes não apenas de se acomodar aos mercados flutuantes, mas também de se organizar e se reproduzir nas novas condições encontradas. Palavras-chave: Agricultura familiar, Ruralidade, Sustentabilidade. GT – Agricultura sustentável e soberania alimentar [ ] Apresentação Oral [ X ] Pôster

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