Organizações 2020 – Liderança consciente

June 19, 2017 | Autor: Teresa Pitombo | Categoria: Sustentabilidade, Capitalismo Consciente
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Organizações 2020 – Liderança consciente. O cenário neste século XXI tem apresentado proposição pela qual será necessário uma reflexão e discussão sobre como pretende-se minimizar os impactos produzidos pelos negócios para que as próximas gerações não tenham ônus. Recentes proposições de alguns estudiosos e empresários trouxeram o tema “capitalismo consciente”. Os autores Mackey e Sisoda, (2013) deste conceito e/ou proposição apontam a importância de se pensar em uma maneira de conduzir o lucro das organizações com uma visão mais holística, e não apenas na única proposição da organização que era gerar lucro defendia Milton Friedman. O capitalismo consciente na percepção de Mackey e Sisoda, (2013) consiste em um romper com paradigmas existentes e propor novas maneirar de desenvolver um negócio em que este poderá criar varios tipos de vlor e de bemestar para todas as partes envolvidas como: financeiro, intelectual, físico, ecológico, social, cultural, emocional, ético. Trata-se de uma maneira mais completa de pensar o negócio. Ainda sobre os autores colocam que o capitalismo consciente está sustentado em quatro princípios: propósito maior; integração com os stakeholders; liderança consciente; e cultura e gestão consciente. Não são princípios isolados, mas sim interligados e se reforçam mutuamente, que são: a) Propósito maior e valores centrais Ser mobilizador, proporcionando um grau de engajamento entre todos os públicos de interesses e catalisa a criatividade, a inovação e o comprometimento organizacional. A razão do posicionamento na figura 3 ser ao centro, pois é nisso que as organizações devem estar centradas. b) Integração de stakeholders São as entidades, ou seja, os públicos de interesse das organizações que de uma maneira ou outras serão ou terão grandes efeitos nos relacionamentos compondo uma rede de criação de valor. c) Liderança consciente O comando das organizações é imprescindível para que o negócio seja consciente, ou seja, com uma liderança visionária e apurada em que esteja sustentada na inteligência analítica, emocional e espiritual, compreendendo e analisando a teia de relacionamentos entre todos os stakeholders. d) Cultura e gestão consciente Ela garante a sustentação dos valores e propósitos de uma organização consciente, estes perdurem e suportem as adversidades de liderança e os problemas que poderão surgir ao longo do tempo. Empresas com estes propósitos possuem uma gestão compatível com a cultura, baseando-se na descentralização, na autonomia e na colaboração, isto ampliando a capacidade de inovação e criando vários tipos de valores para os stakeholders internos. As organizações que adotam tais proposições creem que o sucesso

dos negócios está atrelado à criação de valor para todos os stakeholders dentre eles a sociedade e o meio ambiente. Gerar valor para a sociedade e para o meio ambiente está diretamente relacionado à política e cultura de qualquer empresa consciente. Em contra ponto às proposições apontadas acima Mackey e Sisoda, (2013 p. 41) colocam que “companhias prioritariamente orientadas para o lucro tendem a enxergar programas sociais e ambientais em seu modelo de negócio tradicional no intuito de mellhor sua reputação ou defender-se das críticas”. Na verdade o que se propõem é uma abordagem ampla e que contemple o comportamento responsável de todas as partes interessadas e contenham como elemeno central do filosofia e da estratégia da empresa. E como seria esta empresa para as próximas década ? Pensando nesta questão Sukhdev, (2013) aponta alguns aspectos que precedem às empresas para as próximas décadas. Coloca que existem três motivos: o primeiro de que as coisas não acontecerão simplesmente e nem de uma hora para outra. O segundo não há soluções elegantes ou fáceis e o terceiro é apresentado como sendo um desafio de natureza ambiental ou de justiça social, ou até mesmo de ambas. O grande desafio está centrado na mudança, na transformação para a própria vivência das organizações. Ainda este autor aponta que a empresa para as próximas décadas deverá sustentar-se em elementos que são: a) Metas alinhadas aos objetivos da sociedade – sinergia com os propósitos da empresa às da comunidade levando ao aumento do bem-estar, diminuição na escassez de recursos naturais e de riscos ambientais. b) Visão da organização como uma fábrica de capital – a organização não ser somente uma geradora de produtos e serviços. c) Entendimento do papel da organização como uma comunidade – pode ser vista como uma comunidade, unida pela cultura compartilhada, criada pelos valores, missão, visão, metas, objetivos e governança. A procura por modificações empresariais criará as circuntâncias para o desenvolvimento de um novo tipo de organização e dessa maneira quem orquestrará esta mudança será a liderança com uma proposição mais consciente de gerir os negócios. Referências Bibliográficas MACKEY, J.; SISODA, R. Capitalismo Consciente: como libertar o espírito heróico dos negócios. São Paulo: HSM Editora, 2013. MOTA, L. D. A. Capitalismo contemporâneo, desigualdades sociais e a crise 2008. Revista Brasileira de Desenvolvimetno Regional, Blumenau, p. 51-64, outono 2013. ISSN 2317-5443. SISODA, R. S. Doing business in trhe age of conscious capitalism. Journal of Indian Business Research, 2009. 188-182. SUKHDEV, P. Corporação 2020. São Paulo: Ed. Abril, 2013.

Teresa Dias de Toledo Pitombo. Doutora em administração e professora no Programa de Pós Graduação da UNIMEP e sócia da Honne Comunicação e Marketing.

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