Os cristãos na Rota da Seda

May 24, 2017 | Autor: L. Urbieta Rego | Categoria: Silk Road Studies, Nestorian Christianity
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Os cristãos na Rota da Seda
Luiz Felipe Urbieta Rego
Este trabalho procura analisar a presença cristã na Rota da Seda durante o entre IV e VIII D.C. e inicio do período medieval ( séculos X a XII D.C.). Espaço histórico de profundos intercâmbios sócios culturais, a região é marcada por uma enorme diversidade religiosa por promover os encontros das religiões cristã, muçulmana, zoroastrista, budista entre outras. O presente artigo irá partir das origens do Nestorianismo e sua empresa em direção a Rota da Seda como religião oficial do Império Persa para discutir o estabelecimento e expansão das chamadas Igrejas do Oriente resultantes do Concílio de Éfeso em 431 D.C. bem como os encontros e relações entre Cristianismos Romano e Nestoriano assim como o relacionamento do Cristianismo com as religiões e filosofias orientais..

Palavras-chave: Nestorianismo. Rota da Seda. Cristologia. Sincretismo. Igreja do Oriente.
Abstract
This article seeks to make a brief overview of the Christian presence on the Silk Road between IV and VIII D.C. and X and XIII D.C. It will start analyzing the origins of the Nestorianism and its evangelical enterprise under the Sassanian Empire directed towards Central Asia and China.
Keywords: Nestorianism. Church of the East. Silk Road.


Este artigo tem como objetivo apresentar a presença e expansão cristã na Rota da Seda como resultado das disputas por autoridade teológica dentro do Império Bizantino. Ele surgiu como conseqüência de meus estudos sobre a empresa jesuíta na China no XVI que ao encontrar e divulgar um monumento nestoriano datado do século VIII engendrou uma série de debates e polêmicas referentes a missão católica na Ásia. O artigo de Silvia Sônia Simões " Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo," foi encontrado por meu colega Alfredo Cruz que, decerto pela Providência Divina, o apresentou a mim justamente neste momento de minha pesquisa que procuro me aprofundar sobre as origens desta vertente do Cristianismo que havia chegado a China com mais de um século de antecedência da Companhia de Jesus. Buscando então retraçar a trajetória dos nestorianos eu tentarei expor como o Cristianismo se modificou e adaptou dentro deste espaço geográfico multiétnico e multicultural convencionado como Rota da Seda.
O Império Bizantino e seu conceito de heresia é inescapável assim como sua estrutura político-sociologica teocrática enfatiza uma relação entre Igreja e Estado rica e heterogênea. O Basileus bizantino substitui o Imperador Romano colocando-se como servo e protetor da Cristandade. A instituição de um Estado onde a religião tem um papel central no estabelecimento da lei e ordem faz com que a heresia seja condenada como um crime contra o Estado. Mas em muitos aspectos ao observarmos os intensos debates teológicos percebemos que no vinculo entre o poder secular e sagrado em muitos casos expõe situações de submissão, opressão e perseguição por parte dos religiosos em detrimento da vontade ou razões do Estado.
Neste caso os polêmicos debates por correspondência de Nestório e Cirilo ajudam a explicar a origem e a convenção da heresia e a posição do Estado. Para superar a abordagem historiográfica tradicional da historia eclesiástica, que muitas vezes naturaliza e unifica posturas e eventos polêmicos, se faz necessário utilizar novos modelos e referências historiográficas. A concepção de Cisma do Oriente procura colocar uma idéia de cisão definitiva das relações entre a Igreja do Oriente e Ocidente quando de fato uma análise profunda de relatos e novos documentos como a Topografia Cristã de Cosmas Indicopleutes e o relato de viagem do monge Bar Sauma de Beijing até Roma no século XIII revelam na verdade um movimento da religião e politica que segue uma série de redes e ciclos.
Portanto, nos episódios do Concílio de Éfeso (433) e Calcedônia (451) observamos não apenas a historia de um debate teológico e do estabelecimento de um dogma e heresia. Mas de fato, vemos um complexo jogo de interesses políticos e sociais, alicerçados em uma cultura e concepção de mundo marcada pela revisão das relações entre Estado e religiões, aonde comunidades e populações se movimentam no mundo de acordo com crenças subjetivas e realidades objetivas.
Estes debates teológicos levaram a migração de um grupo de adeptos e simpatizantes de Nestório que saem da esfera bizantina para encontrar proteção no Império Sassânida, seu Estado rival. O que era considerado herético torna-se dogma. E isso ocorre por que atrás do debate religioso existe um forte interesse político que tem como objetivo último garantir a fidelidade dos súditos cristãos dentro do Império Sassânida. Em especial a Armênia, primeiro Estado cristão reconhecido na região. De fato, uma rebelião de cristãos armênios, a Batalha de Avarayr, ocorrida em 451, embora tenha sido uma derrota militar, seu povo a celebra até os dias de hoje como uma vitoria moral e espiritual, pois preservou sua identidade cristã e unidade nacional.
O Cristianismo já tinha sido reconhecido como religião na Armênia em 301 D.C. , dez anos antes do Império Romano e 36 anos antes do batismo de Constantino. Este episódio ilustra como o cristianismo se espalha independente e de forma não planejada dos seus grandes núcleos, tanto Romano como Bizantino, demonstrando a força de sua mensagem evangélica para além de debates políticos e religiosos.
Os cristãos então no Império Sassânida se dividiam então em duas comunidades principais: a Igreja do Oriente (Igreja Nestoriana) e Igreja Jacobita ( Igreja Assíria Ortodoxa). Apesar de originalmente manterem um vinculo com Roma elas se diferenciavam principalmente pelo uso do siríaco como idioma litúrgico. O Cristianismo foi oficialmente reconhecido pelo Rei Yazdegerd I em 409.
O Concílio de Éfeso foi o ponto de cisão inicial da Cristandade. Ele condenou Nestório, Patriarca de Constantinopla e nativo da região da Cílicia que pregava uma Cristologia que defendia a existência de uma natureza dual e separada em Cristo ( a natureza divina existia dentro em Cristo assim como uma pessoa ocupa um local) e com isso se recusava em admitir Maria como a portadora do titulo de Mãe de Deus, THEOTOKOS. Tal afirmação foi prontamente hostilizada pelo Patriarca Cirilo de Alexandria, em especial porque em sua cidade havia um forte culto a Mãe de Deus, o qual a irmã do imperador Pulquéria, era fervorosa devota. O Imperador Teodósio II, pressionado por Cirilo e seus aliados condenou Nestório. Esta condenação foi usada como oportunidade pelo imperador Sassânida Bahram V (421-438) para acolher os adeptos de Nestório e perseguir o clero cristão alinhado a Roma e Bizâncio, substituindo-o pelos nestorianos. Este também não fora um simples processo de substituição, pois estes novos cristãos não apenas tiveram que se alinhar as comunidades preexistentes como também se adaptar e gerar novos costumes para serem aceitos pela elite governante, de matriz zoroástrica, que viam com especial desconfiança a prática de abstinência por parte do clero cristão.
A maioria dos cristãos no Império Sassânida vivia então na Mesopotâmia, assim como a Iberia e partes da Albania e Armenia. Foi principalmente graças ao vinculo com o Império Persa, uma grande potência durante o período III e VIII D.C. que a Igreja do Oriente ( eles não se referiam a si mesmos como nestorianos) garantiu sua expansão. Mesmo quando o Império Sassânida caiu por volta do final século VII, a Igreja do Oriente ainda se manteve em relativa paz com os novos conquistadores muçulmanos.
Por que a expansão nestoriana conseguiu ocorrer de maneira relativamente pacifica se a compararmos com a experiência dos relatos de debates teológicos violentos vistos nas mais recentes abordagens da historia religiosa cristã romana e bizantina? Porque, ainda que fosse considerada uma religião oficial do Império Persa durante a Dinastia Sassanida, seu movimento missionário foi em uma direção oposta da campanha militar imperial. Foi para neutralizar o elemento cristão interno que a adoção do nestorianismo foi realizada, de maneira que episódios como a Batalha de Avarayr não se repetissem. Mas curiosamente, não observamos o uso do nestorianismo como armamento ou justificativa ideológica para derrubada de Bizâncio e Roma. Taxados como hereges, o recém formado clero nestoriano não se preocupou em incitar uma vindicação pela anatemização das teorias de Nestório. Outro fator a ser destacado é que o Império Sassânida era de natureza multireligiosa e, apesar do corpo governante ser devota do zoroastrismo, ele tinha um histórico de relativa harmonia com religiões estrangeiras, como o judaismo, sendo este tolerado de maneira semelhante ao cristianismo, passando por períodos alternados de amicabilidade e perseguição de acordo com a relação pessoal do monarca com o clero e sua comunidade.
A missão seguiu então o curso da Rota da Seda, atravessando regiões pacificadas exatamente pelo comércio desta mercadoria principal, o qual na época era benéfico para todas as partes envolvidas. Mesmo os povos nômades da região, cujo estilo de vida era concentrado nas incursões regulares contra as caravanas e principais cidades da rota, eventualmente foram inseridos dentro desta estrutura. As tribos nômades da Mongólia, unificadas no modelo do Ilkhanato, tornaram-se a maior e mais bem organizada força politico-militar da Ásia Central, subjugando inclusive a China da dinastia Song.
O comércio da Seda, cuidadosamente vigiado e controlado em sua origem, a China, indiretamente forçava a paz nas regiões em que atravessava porque os lucros desta empresa eram grandes demais para ser posto em cheque por disputas territoriais e religiosas. Isso é claro, não impediu as diversas tentativas e seu eventual sucesso no contrabando dos bichos da seda organizada por Justiniano I, que enviou monges espiões para a região. Embora isso não possa ser confirmado oficialmente acredita-se que estes monges tenham sido nestorianos.
A Igreja Nestoriana continuou a crescer em direção a Rota da Seda. Situada no coração da Ásia Central, a região de Sogdiana (área que era composta das regiões de Samarcanda, Bucara,o atual Uzbequistão, bem como o atual Tadjiquistão) era um centro comercial e cultural de intercambio que reunia mercadores de toda Ásia. Através de seus laços comerciais com os comerciantes persas os sogdianos começaram a se converter ao cristianismo nestoriano e desempenharam um papel fundamental em sua difusão. Poliglotas, estes mercadores serviram de tradutores para os textos nestorianos. Na Bacia do Tarim uma série de textos nestorianos traduzidos do siríaco foi encontrada no inicio do século XX.
A expansão nestoriana se deveu principalmente a concentração do treinamento de seu corpo missionário que era voltado para articulação de saberes práticos como a medicina e o estudo das línguas nativas e a tradução do grego para o siríaco, bem como o cultivo do ascetismo. As bases de treinamento deste clero foram as Escolas de Edessa e, posteriormente Nisibis. Novamente, aqui observamos um movimento de saída da esfera bizantino-romana aonde o Imperador Zeno destruiu a Escola de Edessa por seus estudos de Teodoro de Antioquia. Seus preponentes se refugiaram em Nisibis, que ficava em território persa.
Curiosamente, este fora uma movimento de retorno uma vez que a primeira Escola de Nisbis fora fundada pelos sírios da Igreja Assíria do Oriente (antes de 433 D.C.,quando os cristãos na Pérsia ainda tinham vínculos com Roma) mas movida para Edessa quando a província foi cedida aos persas como parte de acordos territoriais.A Escola de Edessa foi então fechada em 489 D.C. pelo Arcebispo Ciro pelo fato de ter se tornado um centro da cristandade nestoriana.
Em Nisibis novamente com proteção e patronato de Narses, grande teólogo e intelectual antioqueno, e administrado pelo Bispo Barsumas. A escola passou por diversas reformas administrativas até que chegamos em 590 com uma estrutura organizacional mais clara. A escola do monastério estava sob a jurisdição de um superior com o titulo de Rabban ("mestre"), termo também utilizado para se referir aos instrutores. Este superior atuava também como bibliotecário e inspetor da disciplina dos alunos, mas com o auxilio de um conselho. Ao contrário das escolas jacobitas, a escola de Nisibis era devotada principalmente para teologia. Os dois mestres principais eram instrutores na leitura e interpretação da Sagrada Escritura, explicada com o auxilio dos escritos de Teodoro de Antioquia. O curso durava três anos e era financiado pelos próprios estudantes. Durante seu período na faculdade, professores e estudantes viviam de maneira monástica com algumas condições especiais. A escola possuía um tribunal próprio e uma vasta biblioteca.
Por volta de 650 D.C. uma arquidiocese existia em Samarcanda e em Kashgar. Mercadores sogdianos, um antigo povo iraniano, junto com missionários assírios contribuíram para a conversão das tribos nômades das estepes da Asia Central. A fé nestoriana misturada com as práticas religiosas locais disseminou o cristianismo até o período de unificação das tribos durante o século XIII. Ela também chegou até a China da Dinastia Tang, aonde uma igreja foi estabelecida na então capital X'ian e um monumento foi erigido comemorando a "Religião Luminosa" no Império do Meio.
Espalhadas pelas rotas comerciais, as comunidades cristãs permitiam aos nestorianos do Oriente aliar as atividades missionárias às atividades comerciais, visto que, em sua concepção, o mundo material e o mundo espiritual caminhavam juntos. Suas pregações passaram a ser menos complexas, sem as sutilezas da ortodoxia bizantina, para melhor difundir a mensagem cristã entre os povos. Os princípios de Teodoro de Antioquia, segundo Wolska-Conus, foram submetidos a modificações que atendessem a essa mudança de orientação, adaptando-se às necessidades contemporâneas do século VI. A autora situa em Nisibis uma reforma da doutrina de Teodoro, tendo sido Mar Aba o principal promotor:
"Este ensinamento, oral a princípio, foi fixado por escrito. Desse modo, os conjuntos de preceitos caíram em domínio público, sendo destinados à instrução de todas as camadas da população, retendo da doutrina original somente suas principais articulações.".
Fora, portanto graças a essa combinação de estudo erudito com prática monástica que os missionários nestorianos se armaram para evangelizar dentro da Rota da Seda. Mas ao mesmo tempo eles possuíam uma flexibilidade em se relacionar com o elemento laico, em especial os comerciantes armênios e sogdianos. Estes povos desempenharam um papel vital na transmissão não apenas do Cristianismo, mas do Budismo e Maniqueismo na região central da Rota da Seda conhecida como Transoxiana. Apesar de o siríaco ser a língua litúrgica da Igreja Nestoriana, a linguagem falada era sogdiana.
Como eram vistos os cristãos pelos orientais? A principio temos que considerar que a Rota da Seda como uma espaço multiétnico e multicultural alicerçado principalmente pelo comércio. E é justamente o papel central dos comerciantes e sua atividade que guia as atitudes e comportamentos. Um trecho do artigo de Silvia Sonia Simões é bastante ilustrativo desta situação:
"Um acontecimento ocorrido provavelmente no ano 542 nos permite avaliar a situação dos nestorianos em território persa, e a animosidade entre os povos e impérios concorrentes no Oriente Médio. Mar Aba tinha saído há pouco da prisão, onde permanecera algum tempo por causa das intrigas palacianas dos magos zoroastrianos. Então, sobreveio algo pior, uma embarcação grega vinda das Índias, repleta de mercadorias, foi pilhada por altos funcionários, os marzbans, e o mercador prejudicado conseguiu que Justiniano interviesse a seu favor, enviando uma carta ao "rei dos reis" na qual reclamava os bens perdidos e recuperando desta forma o produto. Segundo a Chronique de Séert, para se vingar do grego, os marzbans fizeram de tudo para prejudicar os cristãos, denegrindo-os junto a Cosroes, de modo que, até 545, bispos foram crucificados, e muitos cristãos executados 25. Neste ponto, desvelam-se alguns elementos da complexa teia de relações que envolviam religião, política e economia: a freqüência dos contatos comerciais persas e bizantinos com o Extremo Oriente; a dependência bizantina em face das rotas comerciais controladas pelos persas; e a fragilidade da minoria nestoriana."
O que eu gostaria aqui de pensar é a questão da fragilidade nestoriana se, por exemplo, comparada, no âmbito macroestrutural, das religiões como o Budismo, Judaismo e o próprio Zoroastrismo. A questão é que no espaço da Rota da Seda, independente dos Estados e Impérios que a compõem o conflito de jurisdição está em constante mudança e sempre aberto a relativização. Apesar do esforço evangélico, nenhuma religião pode clamar esse espaço de maneira hegemônica. Os cristãos, neste ambiente, eram mais um grupo dentro muitos de mercadores, religiosos e até mesmo contrabandistas que estavam ora alicerçados a uma pequena comunidade local, ou como parte de um grande império e uma complexa rede de arquidioceses sujeitas as constantes mudanças de poder e influência inerentes a esta região da Ásia Central.
Mesmo com a ascensão do califado islâmico por volta do século VII os nestorianos foram tolerados devido a seu papel central como intermediadores comerciais e eruditos. E o mais interessante é que nesse espaço a religião cristã passou por momentos que se alternavam entre uma forte ação evangélica e uma postura não-proselitista. O caso dos armênios é bastante ilustrativo dessa situação, pois, assim como os sogdianos, eles se tornaram notáveis comerciantes na Rota da Seda, mas mesmo sendo cristãos não se envolviam no trabalho evangélico stricto sensu.
Mesmo sob o jugo muçulmano os nestorianos conseguiram se manter como um elemento influente na Ásia Central a ponto de monges nestorianos serem apontados como embaixadores para Roma do ilkhanato da Pérsia comandado pelo Khan Arghun (1258-1291). Casado com uma princesa kerait convertida ao nestorianismo, ela também testemunha o sucesso dos nestorianos entre os povos das estepes da Ásia Central.
O fato principal é que o estudo da presença cristã na Ásia Central é um campo relativamente inexplorado pelo Ocidente. A perspectiva arqueológica parece fornecer um motivo prático desta negligência: situada em uma região atualmente marcada por um forte disputa geopolítica entre Rússia e China, e devido a presença histórica muçulmana ter "submergido" a presença cristã de tal maneira que os gerações posteriores não mais se lembrassem ou a identificassem como uma religião nativa tornou o legado nestoriano na Ásia Central uma "herança sem herdeiros".
Entretanto, em termos historiográficos, vemos se estabelecendo uma corrente estável e crescente de estudos sobre Cristianismos Orientais que não apenas resgata os trabalhos de orientalistas e arqueólogos concentrados nesta região como Paul Pelliot, Aurel Stein e Wallis Budge, mas também o revitaliza com novas expedições e pesquisas. As coletâneas organizadas Li Tang e Dietmar W.Winkler entre 2009 e 2013, bem como o documentário Andin demonstram a riqueza de material produzido pela Igreja do Oriente na Rota da Seda.

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Mestre em Historia pela PUC-RIO.
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SIMÕES, Silvia Sonia. Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo.AEDOS. Revista do corpo discente do PPG-Historia da UFRGS. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009.
Doutorando em História pela UERJ e professor horista na Faculdade São Bento.
Penso aqui que o excelente dissertação de Mestrado "A CONTROVÉRSIA NESTORIANA E SUAS IMPLICAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS NAS CARTAS DE CIRILO DE ALEXANDRIA (SÉC. V d.C.)."de Daniel de Figueiredo demonstra como em uma querela teológica subjaz um profundo debate político-administrativo .FIGUEIREDO, Daniel de. A Controvérsia Nestoriana e suas implicações político administrativas nas cartas de Cirilo de Alexandria (Séc. V d.C.). 2012. 218 f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Franca, 2012.
Procuro aqui me basear na proposta idealizada pelo NECO-UERJ:"Ao propormos um diálogo entre as memórias, os discursos, as histórias e as estratégias de atuação dos cristianismos latinos e orientais, apostólicos e reformados, bem como entre cristãos e não cristãos, almejamos recuperar nuances dos diversos processos de constituição da identidade, da memória coletiva e da agência social que tem sido costumeiramente obliterados cá entre nós em nome de um discurso da "ortodoxia", consciente ou implícito, que tem como seu reverso necessário o esquecimento de que "o movimento cristão tem sido sempre maior do que qualquer comunidade eclesial individual ou local imaginou que fosse"." IN: http://www.anpuh-gtrio-hr.com/simposio-5-cristianismos-no-oriente. Acessado em 23/09/2016.
SIMÕES, Silvia Sonia. Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo.AEDOS. Revista do corpo discente do PPG-Historia da UFRGS. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009. P.70.
Idem. P.76.
" A derrota armênia na Batalha de Avaryr em 451 provou ser uma vitória de Pirro para os persas. Apesar de perderem (...), as baixas persas foram igualmente proporcionais e permitiram, ao menos por aquele momento, aos armênios escolherem sua própria fé" PATITE,Susan Paul. Faith in History: Armenians Rebuilding Commmunity. Smithsonian Institution Press.p.40. Tradução livre feita por mim.
Segundo a autora Mary Boyce a principio isso ocorreu porque o rei da Armênia, Tiridates III(238-314), o fez como desafio a dinastia persa Sassânida. Independente do édito imperial, isto só seria possível se já houvesse uma comunidade cristã considerável e influente na Armênia. BOYCE,Mary. Zoroastrians: Their Religious Beliefs and Practices Psychology Press, 2001 ISBN 0415239028 p 84.

A Cílicia era uma região na atual parte costeira sudeste da Turquia com um histórico de comunidades cristãs mencionadas seis vezes no Livro dos Atos e uma vez na Epístola dos Atos (1:21). Ela era parte do Patriarcado da Antioquia que estava dividida em duas Dioceses Metropolitanas sendo que a A Cilicia Secunda abrigava a Diocese Sufragânea da Mopsuéstia. Este fato pode confirmar a teoria que não apenas Nestório fora influenciado por Teodoro de Mopsuéstia, como de fato encontrou com ele pessoalmente.Baur, Chrysostom (1912). "Theodore of Mopsuestia". In Herbermann, Charles. Catholic Encyclopedia. 14. New York: Robert Appleton Company.
SIMÕES, Silvia Sonia. Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo.AEDOS. Revista do corpo discente do PPG-Historia da UFRGS. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009.p.66.
Refiro-me aqui a obras recentes da Historia da Religião como, por exemplo, "Como Jesus se tornou Deus" de Bart D.Ehrman e "Jesus Wars" de Phill Jenkins. JENKINS,Phil"Jesus Wars: How Four Patriarchs, Three Queens, and Two Emperors Decided What Christians Would Believe for the Next 1,500 Years. New York: Harper One. 2010. EHRMAN,Bart D. " Como Jesus se tornou Deus.". São Paulo: Leya,2014.
LIU, Xinru. Silk and Religion: An Exploration of Material Life and the Thought of People AD 600-1200 (New Delhi: Oxford University Press, 1996/1998).
DICKENS,Mark. The Church of East. http://www.oxuscom.com/. A cessado em 20/07/2016.
Jonsson, David J. The Clash of Ideologies. Xulon Pres 2005.s. p. 181
SAEKI.P. Yasuo. SAEKI. Y..The Nestorian Monument in China. Londres:1916,1928.
Wanda WOLSKA-CONUS, La topographie chrétienne de Cosmas Indicopleutès, op. cit., p. 33; 85 IN: SIMÕES, Silvia Sonia. Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo.AEDOS. Revista do corpo discente do PPG-Historia da UFRGS. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009.
FOLTZ, Richard. Religions of the Silk Road (New York: St. Martin's Press, 1999), 68.
SIMÕES, Silvia Sonia. Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo.AEDOS. Revista do corpo discente do PPG-Historia da UFRGS. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009. P.69.
O excelente documentário Andin.Armenian Journey Chronicles destaca a trajetória do povo armênio na Rota da Seda e o estabelecimento de sua identidade enquanto cristãos e comerciantes. Andin. Armenians along the Silk Road..2014.https://www.youtube.com/watch?v=CzLtwzmPLYc&index=4&list=PLPbvySkYUAxQb0DOu3OOpl_z7lhdTd2-Z. Acessado em 24/09/2016.
O modelo de ilkhanato praticado pelo Império Mongol fundado por Genghis Khan era estruturado por uma complexa relação de famílias nobres dentro dos principais clãs mongóis que eram apontados para administrar as regiões dominadas pela horda.
SIMÕES, Silvia Sonia. Bizâncio, Pérsia e Ásia Central,pólos de difusão do Nestorianismo.AEDOS. Revista do corpo discente do PPG-Historia da UFRGS. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009. P.76.

COMMENO,Maria Adelaide Lala. Nestorianism in Central Asia during the First Millennium:
Archaeological Evidence. Acessado em http://www.jaas.org/edocs/v11n1/Nestorianism.pdf em 20/08/2016.
De fato os trabalhos organizados nestas coletâneas são o resultado de um conferencia internacional organizada na Austria.TANG,LI e WINKLER, Dietmar W. (ed.). Hidden Treasures and Intercultural Encounters: Studies on East Syriac Christianity in China and Central Asia. Berlin:LIT Verlag Munster. 2009. IDEM. From the Oxus River to the Chinese Shores: Studies on East Syriac Christianity in China and Central Asia. Berlin:LIT Verlag Munster 2013.
GINEY, Ruben. Andin. Armenian Journey Chronicles..Orion.2014.


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