Os estudos de Linguística Cognitiva do Português

June 14, 2017 | Autor: A. Soares da Silva | Categoria: Portuguese, Cognitive Linguistics
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Os estudos de Linguística Cognitiva do Português* Augusto Soares da Silva Universidade Católica Portuguesa – Braga [email protected]

Abstract: This paper presents a description of the linguistic studies about the European and Brazilian varieties of Portuguese, in the framework of Cognitive Linguistics. After a brief overview of the foundational tenets and the research trends in this new fast-developing paradigm, I identify landmarks and centers for cognitive linguistic studies of Portuguese both in Portugal and Brazil and elsewhere. Cognitive Linguistics is still a minor linguistic trend in these countries. I also offer a systematic view of the main research projects and published literature involving the two national varieties. The longed-for development of a Cognitive Linguistics of Portuguese requires greater attention to grammatical phenomena and collaborative work by the few Portuguese linguists and the Brazilian linguists already organized in an Association. Keywords: Cognitive Linguistics, European Portuguese, Brazilian Portuguese.

1. Visão geral da Linguística Cognitiva A Linguística Cognitiva constituiu-se institucionalmente como paradigma científico há pouco mais de 15 anos, mas os primeiros estudos sur-

* Este texto retoma e amplia a comunicação “Situación actual de la Lingüística Cognitiva Portuguesa” que apresentámos no XXXV Simpósio Internacional da Sociedade Espanhola de Linguística, realizado em 2005 na Universidade de León, publicada em versão electrónica nas respectivas Actas (ver Silva 2006e). Para além de várias actualizações, e procurando uma visão de conjunto dos estudos cognitivos do Português nas duas variedades nacionais, são agora apresentados os estudos de Linguística Cognitiva no Brasil e outros estudos cognitivos do Português fora dos países lusófonos. Queremos, deste modo, assinalar o espaço aqui aberto à Linguística Cognitiva há 10 anos, no 1º número da RPH (ver Silva 1997), que tem sido continuamente preenchido com vários estudos da língua portuguesa.

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gem no início dos anos 80 tanto nos EUA como nalguns países da Europa. Os seus fundadores são os linguistas norte-americanos Ronald Langacker, George Lakoff e Leonard Talmy. Ao contrário de outros movimentos linguísticos, este toma a forma mais de um arquipélago do que de uma ilha: não há um único fundador nem um único território claramente delimitado, mas um conglomerado de centros de investigação mais ou menos extensos espalhados pelos EUA, pela Europa e mais recentemente pela Ásia, que partilham de uma perspectiva geral comum e desenvolvem distintos programas e teorias linguísticas (ainda) não redutíveis a uma única e uniforme teoria da linguagem. Apesar da sua diversidade teórica e metodológica, a Linguística Cognitiva assume que a linguagem é parte integrante da cognição (e não um “módulo” separado), se fundamenta em processos cognitivos, sócio-interaccionais e culturais e deve ser estudada no seu uso (orientação baseada no uso) e no contexto da conceptualização, da categorização, do processamento mental, da interacção e da experiência individual, social e cultural. Diferentemente de outras “linguísticas cognitivas”, que também estudam a linguagem como um fenómeno mental, como a Gramática Generativa, a Linguística Cognitiva toma a linguagem, não como objecto, mas como meio da relação epistemológica e procura saber como é que a linguagem contribui para o conhecimento do mundo. Mais especificamente, a Linguística Cognitiva assume que toda a linguagem é acerca do significado e o significado é perspectivista (não reflecte objectivamente o mundo, mas modela-o, constrói-o de determinada maneira ou perspectiva e, assim, de muitas perspectivas diferentes), enciclopédico (intimamente associado ao conhecimento do mundo e, por isso mesmo, não autónomo nem separado de outras capacidades cognitivas), flexível (dinâmico e adaptável às mudanças inevitáveis do nosso mundo e das nossas circunstâncias) e baseado na experiência e no uso (na nossa experiência individual corpórea ou biológica e na nossa experiência colectiva, social e cultural e, sempre, na experiência do uso actual da língua). No panorama da linguística contemporânea, tem sido uns dos movimentos que mais sistematicamente tem contribuído para a recontextualização da Gramática ou recuperação das várias dimensões contextuais da linguagem rejeitadas pelo movimento chomskyano. Isso tem sido feito na forma de quatro processos recontextualizadores: assunção da centralidade do significado, reintrodução do léxico na gramática, restabelecimento da ligação da gramática à performance (ao discurso e à interacção) e o interesse na construção sócio-cultural do significado e da linguagem.

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Destes princípios e métodos, resultam as seguintes principais linhas de investigação em Linguística Cognitiva:1 Semântica Cognitiva (Lakoff 1987; Langacker 1987, 1991; Talmy 2000); Gramática Cognitiva (Langacker 1987, 1991, 1999) e Gramática de Construções (Goldberg 1995, 2006; Croft 2001; Östman & Fried 2005); Teoria do Protótipo (Taylor 1995, Geeraerts 1997) e os modelos de rede radial (“radial network”, Lakoff 1987) e rede esquemática (“schematic network”, Langacker 1987) de descrição semântica, com particular incidência no fenómeno da polissemia; Teoria da Metáfora Conceptual (Lakoff & Johnson 1980, 1999; Lakoff 1993; Kövecses 2002), da metonímia conceptual (Panther & Radden 1999) e dos esquemas imagéticos (“image schemas”, Johnson 1987, Hampe 2005); Teoria dos Quadros Conceptuais (“Frame Semantics”, Fillmore 1985, 2003) e sua implementação descritiva no projecto “FrameNet” ; Teoria dos Espaços Mentais (Fauconnier 1985, 1997) e Teoria da Integração (ou Mesclagem) Conceptual (“Blending Theory”, Fauconnier & Turner 2002), complementar da teoria da metáfora conceptual e de grande alcance no discurso e na gramática; Teoria dos Modelos Culturais e o desenvolvimento da Linguística Cultural (Palmer 1996, Lakoff 1996, Tomasello 1999, Kövecses 2005), de estudos comparativos e tipológicos (M. Bowerman, S. Levinson e D. Slobin) e da Sociolinguística Cognitiva (Kristiansen & Dirven 2006); Teoria da Gramaticalização (Hopper & Traugott 1993, Traugott & Dasher 2002) e Teoria da Subjectificação (Athanasiadou, Canakis & Cornillie 2006); Teoria Neural da Linguagem (Lakoff 2003) e o ramo da Linguística Neurocognitiva, mais especificamente envolvida na vasta área das Neurociências. Na obra recente de Kristiansen et al. (2006), pode encontrar-se uma

As referências que se seguem são necessariamente sumárias. São já várias as introduções à Linguística Cognitiva: entre outras, ver Ungerer & Schmid (1996), Cuenca & Hilferty (1999), Taylor (2002), Dirven & Verspoor (2004), Croft & Cruse (2004), Evans & Green (2006) e o guia de Geeraerts (2006); para um manual bastante completo, ver Geeraerts & Cuyckens (no prelo). Publicam-se duas revistas, Cognitive Linguistics (Mouton de Gruyter) e Annual Review of Cognitive Linguistics (John Benjamins), e cinco colecções: Cognitive Linguistic Research, Applications of Cognitive Linguistics (ambas por Mouton de Gruyter), Human Cognitive Processing, Cognitive Linguistics in Practice e Constructional Approaches to Language (por John Benjamins). Anualmente, publica-se uma base de dados bibliográficos em suporte electrónico, que já conta com mais de 7000 entradas (Cognitive Linguistics Bibliography, Mouton de Gruyter). Outras informações podem encontra-se no sítio da International Cognitive Linguistics Association (ICLA), em . 1

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visão de conjunto de aplicações actuais, perspectivas futuras e domínios de investigação interdisciplinar envolvendo a Linguística Cognitiva e as áreas da Psicologia, Antropologia, Poética Cognitiva, Ciências da Comunicação, Inteligência Artificial e Ciências da Computação.

2. A Linguística Cognitiva em Portugal Tomando o primeiro trabalho que se inscreve na perspectiva da Linguística Cognitiva – a dissertação de doutoramento de José Pinto de Lima sobre o significado avaliativo, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1989 –, a Linguística Cognitiva em Portugal tem tantos anos quantos os da institucionalização internacional do paradigma. Mas não tem seguramente a projecção já alcançada em diversos países dos quatro cantos do mundo, organizados em associações nacionais de Linguística Cognitiva (são 12 as filiadas na Associação Internacional). Os linguistas cognitivos portugueses contam-se pelos dedos das mãos. Mesmo assim, poderá dizer-se que a Linguística Cognitiva em Portugal já passou a fase da infância e andará na adolescência ou um pouco mais adiante (Batoréo 2005b). Depois do marco inicial do estudo de Lima (1989), inspirado em Wittgenstein e na teoria do protótipo, só a partir da segunda metade dos anos 90 é que surgem outros trabalhos cognitivos com o mesmo estatuto de teses de doutoramento: Almeida (1995), com um estudo prototípico-analogista sobre as concepções de ‘abrir e de ‘cortar’ em português e alemão, e Batoréo (1996), com um estudo linguístico e psicolinguístico sobre a expressão do espaço em português (publicado em 2000), ambas da Faculdade de Letras de Lisboa; Silva (1997), da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, com um estudo sincrónico e diacrónico sobre a semântica do verbo deixar e suas implicações ao nível da causatividade e da polissemia (publicado em 1999); e dois anos mais tarde Teixeira (1999, publicado em 2001), da Universidade do Minho, sobre modelos mentais da dimensão espacial da frontalidade (frente/trás) e Coimbra (1999), da Universidade de Aveiro, sobre a linguagem metafórica nos títulos da imprensa portuguesa. Recentemente, as dissertações de Mineiro (2006) sobre a metáfora na terminologia náutica, Morais (2007) sobre marcadores discursivos e Abrantes (2007) sobre poética cognitiva. Datam também dos meados dos anos 90 os primeiros textos introdutórios de divulgação do paradigma: Silva (1995) sobre a Gramática Cogni-

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tiva e Silva (1997) sobre a Linguística Cognitiva em geral. A divulgação mais recente é de Batoréo (2004e) num CD intitulado “A Língua Portuguesa: Abordagem Cognitiva”. A Linguística Cognitiva está presente em algumas universidades portuguesas: Faculdade de Letras de Lisboa (com Isabel Hub Faria, José Pinto de Lima e Clotilde Almeida), Universidade Aberta (Hanna Batoréo), Faculdade de Letras do Porto (Mário Vilela), Faculdade de Letras de Coimbra (Ana Cristina Macário Lopes e Maria da Felicidade Morais), Universidade de Aveiro (Rosa Lídia Coimbra), Universidade do Minho (José Teixeira) e Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) em Braga (Augusto Soares da Silva). Foi inicialmente acolhida em Lisboa e no Porto: na Faculdade de Letras de Lisboa, no seio do Grupo de Estudos de Linguagem e Cognição criado, em 1988, por Isabel Hub Faria e, posteriormente, no Laboratório de Psicolinguística, dirigido pela mesma; na Faculdade de Letras do Porto, com os estudos semântico-lexicais de Mário Vilela. Nos últimos anos, tem tido expressão significativa na Faculdade de Filosofia da UCP, em Braga. Nos finais de 1998, abre na Faculdade de Filosofia da UCP o primeiro (e único até à data) Curso de Mestrado em Linguística Portuguesa – Perspectiva Cognitiva. Deste curso saíram 6 teses: Abrantes (2001, publicado em 2002) sobre o eufemismo nos relatos de imprensa da guerra do Kosovo, Pires (2001) sobre a semântica do desejo, Novais (2002) sobre a semântica do diminutivo, Dionísio (2002) sobre as metáforas de ‘comer’ e ‘beber’, Carvalho (2003) sobre as configurações espaciais de cima e Mendes (2005) sobre a causação sinergética dos verbos derivados de -duzir. Na mesma instituição, é criado em 2001 o Mestrado em Ciências Cognitivas (curso interdisciplinar cruzando as áreas da Filosofia da Mente, da Linguística Cognitiva e das Neurociências), do qual saíram já várias teses, sobretudo na área das Neurociências. Outras presenças da Linguística Cognitiva ao nível da formação pós-graduada são os seminários inseridos em diversos cursos de mestrado, nomeadamente na Faculdade de Letras de Lisboa e na Faculdade de Letras do Porto, na Universidade Aberta e na Universidade do Minho, dos quais resultaram as teses de mestrado (referindo apenas as que se ocupam da língua portuguesa) de Fernandes (1998), Florescu Becken (2002), Pinto (2004), Ferrão (2005), Costa (2006), Espadeiro (2006), Soares (2006), Casadinho (2007) (na Faculdade de Letras de Lisboa têm sido apresentadas teses de mestrado relativas à língua alemã). Outras afirmações da Linguística Cognitiva em Portugal fazem-se através de encontros e congressos. Até ao momento, realizaram-se três grandes reu-

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niões científicas de nível internacional. A primeira, denominada 1º Encontro Internacional de Linguística Cognitiva, teve lugar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1998, sendo as respectivas actas publicadas um ano depois por Vilela & Silva (1999). A segunda foi promovida pela Associação Portuguesa de Linguística, como Encontro sobre Linguagem e Cognição: A Perspectiva da Linguística Cognitiva, e realizou-se, em 2000, na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, em Braga. As actas foram publicadas no ano seguinte por Silva (2001). A última foi organizada pela mesma Faculdade de Filosofia de Braga, em 2003, com a dimensão de um congresso internacional: Linguagem, Cultura e Cognição: Congresso Internacional de Linguística Cognitiva. O congresso contou com a presença dos três fundadores da Linguística Cognitiva (Ronald Langacker, George Lakoff e Leonard Talmy), para além de outras figuras representativas, e reuniu em Braga 250 congressistas. Foram apresentadas perto de uma centena de comunicações, cobrindo quase todas as áreas dos estudos linguísticos. As actas foram publicadas um ano depois por Silva, Torres & Gonçalves (2004). O congresso de Braga foi, no plano internacional, dos primeiros a explorar as relações entre linguagem, cultura e cognição na perspectiva da Linguística Cognitiva (anterior aos congressos sobre a mesma temática realizados em Portsmouth em 2004 e em Paris em 2006).

3. Os estudos de Linguística Cognitiva do Português Europeu Segue-se uma apresentação sumária dos trabalhos de investigação estritamente inscritos no quadro da Linguística Cognitiva que se desenvolveram em Portugal sobre o Português Europeu. De quase todas as linhas de investigação em Linguística Cognitiva acima referidas temos exemplos. Os estudos existentes pertencem a quatro domínios: Semântica Cognitiva, Gramática Cognitiva, Gramaticalização e Discurso e estudos interdisciplinares. 3.1. Semântica Cognitiva É nesta área que temos o maior número de estudos; na sua maioria, são estudos de semântica lexical e de lexicologia. Os temas e fenómenos analisados são os seguintes:

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• significado lexical e a polissemia (fenómeno redescoberto pela Semântica Cognitiva e que está na base do seu próprio desenvolvimento): Lima (1989) sobre o significado avaliativo e a polissemia/vaguidade de expressões avaliativas como bom, mentira, roubo, assassínio, traição; Almeida (1995) sobre os verbos de ‘abrir’ e de ‘cortar’ em português e em alemão e Almeida (2002); Silva (1999a, 2003a, d) sobre o verbo deixar e a polissemia do verbo, Silva (2006a) sobre as questões da polissemia e do significado linguístico e outras categorias polissémicas, nomeadamente o sufixo diminutivo, o marcador discursivo pronto, o objecto indirecto e a entoação descendente e ascendente, e Silva (2007) sobre o aparente paradoxo da polissemia antonímica. Estes trabalhos e outros, como Batoréo (2000a, b, 2004e) e Teixeira (2001a, 2005b, d), tratam temas e questões da Teoria do Protótipo: características da categorização linguística, natureza dos protótipos e efeitos de prototipicidade na estrutura e no uso das categorias linguísticas. • conceptualização e expressão linguística de relações espaciais (uma das temáticas centrais dos estudos cognitivos): Batoréo (2000a), com base na tipologia espacial desenvolvida por Talmy (2000), analisa os padrões de lexicalização do espaço expressos num vasto e diverso conjunto de marcadores espaciais (preposições e locuções prepositivas, expressões deícticas, advérbios, vários verbos) e, do ponto de vista psicolinguístico, estuda a aquisição e produção textual (narrativas provocadas); Teixeira (2001a) analisa, com base na Teoria do Caos, os marcadores da frontalidade, retirando daí algumas implicações para as relações entre espacialidade e temporalidade. Ver outros trabalhos de Batoréo e de Teixeira, bem como os estudos de Almeida (1995), Carvalho (2003), Londrim (2006) num estudo contrastivo portuguêsnorueguês sobre o percurso e o modo do movimento, Casadinho (2007) e Batoréo (2007) sobre verbos de movimento em água, Ferreira (em preparação) sobre várias estratégias de localização e orientação. • metáfora e metonímia conceptuais, sobretudo no quadro da popular Teoria da Metáfora Conceptual: Vilela (1996) sobre a linguagem da economia e Vilela (2002) sobre expressões idiomáticas e provérbios; Lima (1999) sobre a explicação metafórica e metonímica na formação de conceitos; Silva (1999a, b) sobre conceitos permissivos e proibitivos e Silva (2006a) na análise da semântica das categorias acima referidas; Almeida (1999a) num estudo contrastivo português-alemão; Coimbra (1999) sobre os títulos de imprensa; Abrantes (2002) e Batoréo (2004b) sobre metáforas da guerra; Dionísio (2002) sobre o sistema de metáforas dos conceitos básicos ‘comer’ e ‘beber’; Ferrão (2005) sobre o discurso político; Mineiro (2006) sobre a metáfora na terminologia náutica; Costa (2006) sobre o discurso religioso católico; Espadeiro (2006) e Soares (2006), bem como trabalhos de Coimbra (1999, 2000)

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e Teixeira (2006), sobre a publicidade; Silva (2003b, 2004b) para uma discussão crítica da teoria cognitiva da metáfora e da metonímia. mesclagem conceptual na linha da Teoria da Integração Conceptual: Almeida (2003a, 2004, 2005, 2006) sobre formação de palavras e construções; Coimbra (1999) sobre linguagem jornalística. conceptualização e verbalização de emoções (outra temática popular nos estudos cognitivos): Faria (1999) sobre emoções e expressões idiomáticas, Abrantes (1999) sobre a raiva/fúria, Pires (2001) sobre o desejo, Florescu (2002) sobre a alegria e estudos de Batoréo. expressões idiomáticas: Faria (1999) e Vilela (2002). verbos causativos e “dinâmica de forças” (sistema cognitivo exemplarmente estudado por Talmy 1988, 2000): Silva (1999a; 2003a; 2004c, e, f, 2005e, no prelo 1) e Mendes (2005, 2007). semântica morfológica: Silva (2000a) e Novais (2002) sobre o diminutivo. mudança semântica: Silva (1998, 1999a, 2005a, 2006a) sobre causas, tipos e fenómenos de mudança lexical, tanto semasiológica como onomasiológica, e vários estudos de Lima no âmbito da gramaticalização, que a seguir especificaremos. variação lexical: projecto de sociolexicologia quantitativa sobre Convergência e Divergência no Léxico do Português (CONDIVport), dirigido por Augusto Soares da Silva, que pretende saber se nos últimos 50 anos o Português Europeu e o Português Brasileiro estão envolvidos num processo de convergência ou divergência lexical e ao mesmo tempo comparar a estratificação lexical de cada uma das variedades nacionais (Silva 2006c, d). Espera-se que o projecto CONDIV, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Refª POCTI/ LIN/48575/2002), possa continuar e estender-se ao nível da gramática, como projecto de sociolinguística cognitiva das duas variedades nacionais do Português.

3.2. Gramática Cognitiva Este é um domínio que entre nós ainda conta com poucos estudos. Os trabalhos existentes seguem principalmente o modelo gramatical de Langacker (1987, 1991, 1999). Os temas estudados da Gramática do Português são os seguintes: • transitividade e construções transitivas: estudo contrastivo português-alemão de Almeida (1995, 1999b); Silva (1999c) sobre a construção ditransitiva e o complemento indirecto; Ferreira (em preparação) sobre a transitividade enquanto processo geral de relação de duas entidades.

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• causação e construções causativas: Silva (1999a; 2000b; 2004c, d, e, f; 2005b, e) sobre aspectos semânticos, cognitivos e culturais da causação do tipo ‘deixar’ e do tipo ‘fazer’ e sobre a gramática das construções causativas; Faria (2003) sobre a categorização da causalidade; e Mendes (2005, 2007) sobre a semântica e a gramática da causação sinergética dos verbos derivados de -duzir. • construções perceptivas: Silva (2005b) e Vesterinen (2007b). • infinitivo flexionado: Silva (no prelo 2) sobre o significado e a distribuição desta peculiaridade da nossa língua. • subordinação adverbial: estudos de Vesterinen (2006, 2007a, c) sobre a variação entre construções finitas e infinitivas, de modo indicativo e conjuntivo e construções com o clítico se e explicação dos seus factores conceptuais com base nas teorias dos espaços mentais e da subjectificação. • construções possessivas e existenciais: estudo diacrónico de Jacinto (em preparação) centrado nos verbos ter e haver e suas gramaticalizações (Jacinto 2007) e estudo de Afonso (no prelo) sobre as construções existenciais como estratégia de impessoalização. • construções impessoais: estudos de Afonso (2007, no prelo) sobre construções de -se, anticausativas, de agente não especificado, passiva sintáctica e a construção existencial com haver. • processos de interacção entre o significado do verbo e do significado da construção, no quadro da Gramática de Construções: Silva (2003c). • projecto Gramática e Cognição desenvolvido na Faculdade de Letras de Lisboa, entre 1996 e 2000, por Isabel Hub Faria e Hanna Batoréo (da área de estudos sobre Linguagem e Cognição) e Inês Duarte e Gabriela Matos (da área de estudos em Gramática Generativa), no âmbito do projecto luso-brasileiro “A Gramaticalização das Relações Espácio-Temporais em Português”. Deste projecto resultaram alguns artigos sobre representações espácio-temporais e expressão da causatividade publicados na Revista Veredas da Universidade Federal de Juiz de Fora.

3.3. Gramaticalização e Discurso • estudos diacrónicos de Lima (1997, 1998, 1999, 2001, 2002) sobre os conectores embora, mal e pois e sobre a génese e a evolução do futuro com o verbo ir, e trabalhos de Silva (1996, 1999a, b) sobre verbos auxiliares (aspectuais, modais e causativos). • estudos sincrónicos de Lopes & Morais (2000), Lopes (2004a, b), Morais (2004), Lopes & Amaral (no prelo) sobre os conectores de facto, bem, agora, já agora, então, antes, depois; Silva (2002b, 2006b) sobre o marcador discursivo pronto; e a dissertação de doutoramento de

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Morais (2007) sobre os marcadores discursivos no processamento cognitivo do texto. • discurso narrativo: Batoréo (1998d, 2000a, 2004a, 2005d, 2006a, b) e Morais (em preparação). • discurso publicitário e jornalístico: Coimbra (1999, 2000), Abrantes (2002), Espadeiro (2006), Soares (2006) e Teixeira (2006, no prelo).

3.4. Estudos interdisciplinares • estudos psicolinguísticos de Isabel Hub Faria, como directora do Laboratório de Psicolinguística da Faculdade de Letras de Lisboa, e o já referido de Batoréo (2000a). • estudos neurolinguísticos de Alexandre Castro Caldas, enquanto director da Unidade de Neurociências da Faculdade de Medicina de Lisboa e do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa em Lisboa (ver Caldas 1999). • estudos de poética cognitiva: Abrantes & Harenberg (2005) e a dissertação de doutoramento de Abrantes (2007). • estudos computacionais e de Inteligência Artificial: estudo de Pereira (2007), propondo um modelo computacionalmente plausível de criatividade no quadro da Teoria da Integração Conceptual.

4. A Linguística Cognitiva no Brasil e o estudo do Português Brasileiro Tal como em Portugal, também no Brasil a Linguística Cognitiva tem uma expressão ainda minoritária.2 Todavia, desde 2003 que se realizam anualmente congressos nacionais sobre “Lingüística e Cognição”, promovidos pelo “Grupo de Trabalho de Lingüística e Cognição da ANPOLL”3, reunindo

2 A colectânea organizada por Mussalim & Bentes (2004) oferece um roteiro sobre a génese e o desenvolvimento de várias correntes da Linguística Contemporânea, inclusive no Brasil. Sobre o “cognitivismo” em geral, ver os capítulos de Ingedore Koch & Maria Luiza Cunha-Lima e Edson Françozo & Eleanora Albano, bem como a introdução de Luiz Marcuschi & Margarida Salomão.

Os 4 congressos realizados tiveram lugar na UNICAMP de São Paulo (2003 e 2005), na Universidade Federal de Juiz de Fora (2004) e na Universidade Federal de Minas Gerais 3

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algumas dezenas de investigadores de diferentes formações. Este GT interdisciplinar tem por objectivo principal promover o diálogo entre diferentes modelos teóricos centrados na problemática das relações entre linguagem e cognição, procurando identificar a inserção da Linguística no amplo continente das Ciências da Cognição. Em Agosto de 2007, aquando da realização da “IV Conferência de Lingüística e Cognição”, na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, foi fundada a Associação Brasileira de Linguística Cognitiva, presidida por Maria Margarida Salomão, da Universidade Federal de Juiz de Fora, pioneira nos estudos de Linguística Cognitiva no Brasil. Hoje a Linguística Cognitiva está consolidada no Brasil, exprimindose tanto em diversas linhas de investigação como em vários programas de pós-graduação. Estão constituídos 13 grupos de investigação, convergentes, em grande parte, com os programas de investigação em Linguística Cognitiva acima referidos: • Gramática e Cognição, na Universidade Federal de Juiz de Fora, liderado por Maria Margarida Salomão e de que fazem parte Neusa Salim Miranda, Luiz Matos Rocha e, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maria Lúcia Leitão de Almeida e Lilian Ferrari. • Indeterminação e Metáfora, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, liderado por Mara Zanotto e, da Universidade Federal de Santa Catarina, Heronides Moura. • Fala e Escrita, na Universidade Federal de Pernambuco, por Luiz Antonio Marcuschi, responsável por outros projectos de investigação cognitiva. • Práticas discursivas, processos de significação e afasia (relações entre linguagem, cérebro e mente e factores de significação) na UNICAMP em São Paulo, por Edwiges Morato e Rosana Novaes Pinto. • Modelamento de texto e sinal acústico em Português, na mesma instituição, por Eleonora Albano. • Oralidade e Letramento, na Universidade Nacional Estado de São Paulo, por Lourenço Chacon Jurado Filho. • Cognição e Lingüística e Metáfora e Cognição, na Universidade

(2007). Para mais informações sobre este Grupo de Trabalho (GT) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística (ANPOLL), ver . Agradeço a Neusa Salim Miranda, coordenadora deste GT, e às comissões organizadoras da II e IV “Conferências de Lingüística e Cognição” as informações disponibilizadas e a oportunidade de conhecer no local os trabalhos dos colegas brasileiros.

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Federal do Ceará e na Universidade Estadual do Ceará, liderados por Ana Cristina Macedo e Paula Lenz Lima, respectivamente, e de que fazem parte Emília Farias e Aline Bussons. Cognição, Linguagem e Cultura, na Universidade Federal de Minas Gerais, por Cristina Magro. INCOGNITO - Interfaces Linguagem, Cognição e Cultura, na mesma instituição, liderado por Heliana Mello e de que fazem parte Tommaso Raso, Maria Luiza Lima, Adriana Tenuta, Ulrike Schroeder e Jânia Ramos. Metáforas, Gêneros Discursivos e Argumentação, na Universidade Federal de Pernambuco, por Lucienne Espíndola. Indeterminação e metáfora no discurso, na Universidade Federal Fluminense, liderado por Solange Vereza e de que fazem parte Sergio Nascimento, Ricardo Almeida, Luiz Souza, Solange Faraco, Lucilene Bronzato e Carmen Lima. Processos cognitivos de leitura em língua materna e língua estrangeira, na Universidade de Santa Cruz do Sul, por Márcia Zimmer. Língua, Sociedade e Cognição, na Universidade de Caxias do Sul, liderado por Heloisa Moraes Feltes e de que fazem parte Carina Granzoto, Morgana Kich e Gabriela Vial.

Referência a outros membros do mesmo GT e com trabalhos de Linguística Cognitiva: Edson Françozo, Inês Signorini, Ingedore Koch e Anna Christina Bentes, da UNICAMP; Helena Franco Martins e Margarida Basilio, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Não sendo possível, dentro dos limites do presente texto, fazer uma resenha tão completa quanto possível dos inúmeros estudos publicados, faremos referência a seguir apenas a projectos de investigação e a livros (individuais ou colectivos) publicados sobre o Português Brasileiro que mais estritamente se inscrevem nos princípios e programas da Linguística Cognitiva (mesmo assim, o elenco não é exaustivo). Trabalhos seleccionados de três dos congressos acima referidos estão publicados nas revistas Veredas 10 (Universidade Federal Juiz de Fora) 2003, Cadernos de Estudos Lingüísticos 45 (UNICAMP) 2004 e Estudos da Linguagem, no prelo (Belo Horizonte - Universidade Federal Minas Gerais) e na colectânea Lingüística e Cognição, organizada por Miranda & Name (2005). • Gramática Cognitiva, Gramática de Construções e Mesclagem Conceptual (Grupo Gramática e Cognição): estudo pioneiro de Salomão (1990) sobre aspecto e modalidade; integração conceptual na sintaxe e no léxico, bases metafóricas da gramática, a construção modal com

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dar, construções superlativas, construções epistémicas e condicionais, formação de palavras e cruzamento vocabular, preposições e locuções prepositivas (Almeida 2006); aplicação ao Português do projecto “FrameNet”. Metáfora Conceptual, Espaços Mentais e Mesclagem Conceptual (o domínio mais popular no Brasil, presente em vários dos Grupos acima referidos): estudos sobre metáfora e metonímia conceptuais, metáforas primárias, a linguagem figurada em geral, metáfora e discurso persuasivo, a indeterminação metafórica, a experiência corpórea na geração de metáforas primárias, metáforas da vida interior e da moral, a construção metafórica da sociedade, metáfora e ensino de línguas; as colectâneas de Paiva (1998) e Macedo & Bussons (2006) e as dissertações de Oliveira (1995) e Lima (1999) sobre a metáfora, o trabalho de Vereza (2007) sobre sentido literal e metáfora na metalinguagem e um muito útil glossário de metáforas conceptuais a cargo de Paula Lenz Lima; podem também aqui situar-se os estudos de Semântica Cognitiva, em particular o recente trabalho de Feltes (2007), aplicando a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados de G. Lakoff na análise de conceitos da vida interior (felicidade, amor, liberdade, violência) e outros como religião ou trabalho. gramaticalização e mudança linguística: enorme quantidade de estudos sobretudo no quadro da teoria funcionalista, a que acresce o recente trabalho de Castilho (2005), propondo uma teoria multissistémica da gramaticalização e da mudança linguística em geral, apoiada em princípios da Linguística Cognitiva. estudos sobre o Discurso e o Texto: referenciação e discurso na obra de Koch, Morato & Bentes (2005), figuratividade no discurso persuasivo (Solange Vereza), esquematicidade discursiva e instanciação em narrativas (Heliana Mello), processos cognitivos e textualidade (Márcia Zimmer), metáfora, géneros discursivos e argumentação (Lucienne Espíndola), o trabalho de Tenuta (2006) sobre a estrutura narrativa e espaços mentais. estudos psicolinguísticos e neurolinguísticos, com maior expressão na UNICAMP: estudos sobre competência pragmática e metalinguagem no contexto de afasias e neurodegenerescências e sobre a dimensão multimodal de práticas linguístico-interaccionais (Edwiges Morato); estudos de psicolinguística computacional e relações entre cérebro, mente e linguagem (Edson Françozo); estudos sobre leitura e escrita.

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5. Estudos do Português fora do espaço lusófono Existem alguns trabalhos de investigação e programas de pós-graduação sobre o Português desenvolvidos e orientados por linguistas estrangeiros e por linguistas portugueses e brasileiros.4 Nos países nórdicos, os estudos já referidos de Rainer Vesterinen, do Departamento de Espanhol, Português e Estudos Latino-Americanos da Universidade de Estocolmo, e Graciete Londrim, da Universidade de Oslo. Na Alemanha, Vera Ferreira e Annette Endruschat orientam seminários de Linguística Cognitiva do Português (ver a recente introdução à Linguística Portuguesa de Endruschat & Schmidt-Radefeldt 2006 e o estudo de doutoramento acima mencionado de Vera Ferreira). Na Inglaterra, Susana Afonso prepara a sua dissertação de doutoramento sobre as construções impessoais no Português Europeu na Universidade de Manchester (sob orientação de William Croft); Vera da Silva Sinha, Wany Sampaio e Chris Sinha (figura destacada da Linguística Cognitiva), do Departamento de Psicologia da Universidade de Portsmouth, desenvolvem estudos sobre o Português Brasileiro e, em particular, sobre a língua Amondawa do estado brasileiro da Rondónia (Sampaio, Sinha & Silva Sinha 2004, no prelo). Na secção de Estudos Portugueses das universidades polacas de Varsóvia e Lublin, têm sido apresentadas algumas teses de licenciatura inspiradas na perspectiva cognitiva (Englert 1998, Kosakowska 2006). Nos EUA, Patrick Farrell, do Departamento de Linguística da Universidade da Califórnia (Davis), estuda o Português Brasileiro (Farrell 1995, 1998, 2004, 2006) e Ana Margarida Abrantes e Joana Jacinto preparam estudos doutorais e pós-doutorais no Departamento de Ciência Cognitiva da Case Western Reserve University (com Per Aage Brandt e Mark Turner) e no Departamento de Linguística da Rice University (com Michel Achard e Suzanne Kemmer), respectivamente.

Os elementos de que dispomos, mesmo restringidos a núcleos (relativamente) permanentes de estudo do Português (excluindo portanto as várias dissertações de doutoramento, sobretudo de linguistas brasileiros, realizadas nos EUA e nalguns países da Europa), serão provavelmente incompletos. 4

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6. Um balanço possível Em jeito de balanço, destacaremos alguns aspectos que, do nosso ponto de vista, caracterizam a (ainda pouca) investigação realizada e aqueles que podem contribuir para o seu desenvolvimento. Em primeiro lugar, os estudos existentes, embora em número ainda relativamente reduzido, abrangem vários programas de investigação em Linguística Cognitiva e centram-se no estudo da língua portuguesa em várias das suas áreas (léxico, gramática e discurso). O seu principal contributo tem sido a nível da Semântica, particularmente lexical: novas perspectivas no estudo do léxico (categorias, estruturas prototípicas e radiais, semasiológicas e onomasiológicas, variação e mudança lexicais, interacção entre significado lexical e significado construccional), análise de importantes fenómenos tradicionalmente pouco estudados (polissemia, metáfora e metonímia, esquemas imagéticos, espaços mentais e mesclagem conceptual, padrões de lexicalização, relações e tipologias espaciais expressas em verbos, preposições e advérbios, causalidade, semântica do verbo e das preposições, mudança semântica, gramaticalização e subjectificação, conectores e marcadores discursivos, pragmática lexical), mas também a exploração da interface conceptual entre léxico e gramática, semântica e sintaxe, semântica e discurso, entre factores conceptuais, discursivos e variacionais e, como característica geral, a assunção da centralidade do significado na arquitectura da língua portuguesa. Em segundo lugar, tem sido promovido o diálogo intradisciplinar sobretudo com a linguística funcionalista e o diálogo interdisciplinar com as ciências cognitivas e as ciências sociais para a exploração das relações entre linguagem, cognição e cultura. Tudo isto tem contribuído para o desenvolvimento dos estudos sobre aquisição da linguagem e patologia linguística e, em certa medida, também dos estudos tipológicos, comparativos e sociolinguísticos (repondo no centro do debate as questões do relativismo e dos universais conceptuais). Em terceiro lugar, é tempo de os linguistas cognitivos portugueses e brasileiros darem mais atenção à Gramática, particularmente à Sintaxe do Português. O modelo de Gramática Cognitiva de R. Langacker e o modelo de Gramática das Construções de A. Goldberg, W. Croft e outros – já aplicados na análise de alguns fenómenos (construções transitivas, causativas, epistémicas, existenciais e possessivas, impessoais, adverbiais, infinitivas e de infinitivo flexionado) –, permitem perspectivas mais

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compreensivas dos muitos fenómenos estudados em termos formais na óptica generativa. Por outro lado, o recente desenvolvimento da linguística de corpus do Português garante a opção metodológica pela análise gramatical baseada no uso. Será importante desenvolver um programa sócio-cognitivo que inclua a análise variacionista e a correlação entre factores conceptuais, discursivos e variacionais e com ele a sociolinguística cognitiva, incipiente entre nós. Finalmente, o esperado desenvolvimento da Linguística Cognitiva do Português passa necessariamente pelo trabalho conjunto de linguistas portugueses, em número ainda muito reduzido, e brasileiros, em número bem superior e já organizados na Associação Brasileira de Linguística Cognitiva, e pelo intercâmbio com linguistas cognitivos de outros países, sobretudo no contexto dos congressos bi-anuais da Associação Internacional de Linguística Cognitiva, na qual todos esperamos que a Associação Brasileira venha a filiar-se tão breve quanto possível.

Referências Linguística Cognitiva do Português5 Abrantes, Ana Margarida 1999 O regresso às emoções: a expressão da raiva em Português. Revista Portuguesa de Humanidades 3, 101-138. 2002 É a Guerra: O Uso do Eufemismo na Imprensa. Um estudo contrastivo em Linguística Cognitiva. Viseu: Passagem Editores. 2005 Euphemism and co-operation in discourse. In: E. Grillo (ed.) Power without Domination: Dialogism and the Empowering Property of Communication. Amsterdam: John Benjamins, 85-103. 2007 Cognição e Literatura. A Arte da Construção do Significado em Peter Weiss. Dissertação de Doutoramento. Viseu: Faculdade de Letras da Universidade Católica Portuguesa. Abrantes, Ana Margarida & Hanenberg, Peter (orgs.) 2005 Cognição, Linguagem e Literatura. Contributos para uma Poética Cognitiva. Coimbra: CIEG/Minerva Coimbra.

Pelas razões aduzidas na secção 4, as referências aos trabalhos de linguistas brasileiros restringem-se a livros individuais ou colectivos. 5

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Afonso, Susana 2007 As construções impessoais em português numa perspectiva onomasiológica. XXIII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Universidade de Évora. 1-3 Outubro 2007. no prelo Existentials as impersonalising devices: the case of European Portuguese. Transactions of the Philological Society. Almeida, Maria Clotilde 1995 Transitividade e Trajectória nas Concepções de abrir e de cortar em Português e Alemão: análise prototípico-analogista. Dissertação de Doutoramento. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. 1999a A arte de ser metáfora: estudo interlinguístico português-alemão de índole cognitiva. Polifonia 2, 59-74. 1999b Space-oriented accusative versus dative symbolic constructions in German and Portuguese counterparts: A cognitive approach. In: Mário Vilela & Fátima Silva (orgs.) Actas do 1º Encontro Internacional de Linguística Cognitiva. Porto: Faculdade de Letras, 17-32. 2000 A geometria dos enquadramentos à luz da perspectiva cognitiva. Revista de Faculdade de Letras 25, 117-129. 2001 Body-based space conceptualizations in German. In: Augusto Soares da Silva (org.) Linguagem e Cognição. A Perspectiva da Linguística Cognitiva. Braga: Associação Portuguesa de Linguística e Universidade Católica Portuguesa, 305-323. 2002 Polissemia: a chave de acesso ao sistema conceptual das línguas. Actas do Encontro Comemorativo dos 25 anos do Centro de Linguística do Porto. Porto: Faculdade de Letras, 69-81. 2003a Processos de compressão em construções mescladas: análise semântica de ocorrências do português. Actas do XVIII Encontro da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa: Colibri, 67-76. 2003b Mens facit saltus: elementos para uma arquitectura mental da poética. In Helena Gonçalves da Silva (org.) A Poética da Cidade. Lisboa: Colibri, 75-92. 2004 More about blends: blending with proper names in the Portuguese media. In: Augusto Soares da Silva, Amadeu Torres & Miguel Gonçalves (orgs.) Linguagem, Cultura e Cognição: Estudos de Linguística Cognitiva. Coimbra: Almedina, Vol. II, 145-158. 2005 A Poética do Futebol: análise de representações mescladas à luz do paradigma das Redes de Espaços Mentais. In: Graça M. Rio-Torto, Olívia Figueiredo & Fátima Silva (orgs.), Estudos em Homenagem ao Professor Doutor Mário Vilela. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 557-569. 2006 Blending the pheno-world with fiction: the cognitive semiotics view. In: José Pinto de Lima, Maria Clotilde Almeida & Bernd Sieberg (eds.), Questions on the Linguistic Sign. Colibri: Lisboa, 49-63.

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