Os impactos da filosofia JIT sobre a gestão do giro financiado por capital de terceiros

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
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OS IMPACTOS DA FILOSOFIA FILOS JIT SOBRE A GESTÃO TÃO DO GIRO FINANCIADO FINANCIA POR CAPITAL DE TERCEIROS DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão estão de Negócios (ULBRA) e pós graduando em Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) d [email protected] Artigo publicado em 19 de junho de 2015 http://www.administradores.com.br/artigos/ http://www.administradores.com.br/artigos/academico/

O capital de giro de terceiros é uma linha de financiamento colocada à disposição da empresa pelas instituições financeiras para suprir ir suas necessidades de capital de curto prazo, tendo como garantia duplicatas e notas promissórias. Os prazos dessas operações normalmente variam de 30 a 180 dias. Se uma empresa paga em 30 dias, mas recebe em 60 dias, temos um gargalo. A gestão financeiraa deve atuar de forma proativa adequando um orçamento sustentável para que o negócio não afunde. Estimar o necessário sem cometer exageros não é tarefa fácil, mas deve ser pensada e executada dentro de uma estratégia que vislumbre o máximo desempenho, agregando agre valor ao negócio. Observe que a gestão de capital de giro vai além das finanças. De fato, a melhora na posição do capital de giro da empresa geralmente é o resultado de melhorias nas divisões operacionais. Por exemplo, especialistas em logística, gestão tão de operações e tecnologia da informação frequentemente trabalham com engenheiros e especialistas em produção para desenvolver maneiras de acelerar o processo de fabricação e, portanto, reduzir o estoque de mercadorias em fabricação. Da mesma forma, gerentes ger de marketing e especialistas em logística cooperam para desenvolver melhores

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maneiras de entregar os produtos da empresa para seus clientes. O sistema Just-in-time, Just conhecido como JIT, pode ser um aliado poderoso para a gestão financeira. Ele é um sistema si abrangente, uma filosofia, que trabalha no sentido de eliminar qualquer desperdício, diminuir estoques e aumentar a produtividade. O JIT pode ser aplicado em todas as etapas do negócio, incluindo compra, produção, entrega, orçamento, entre outros. O JIT foca-se se em eliminar perdas e o grau de coordenação exigido para sua implementação efetiva destaca problemas existentes como gargalos, perda de inventário e fornecedores não confiáveis. O Kanban é usado com o JIT para reduzir significativamente os tempos tempo de preparação, diminuir estoques e aumentar a produtividade, interligando todos os processos do negócio em um fluxo constante e ininterrupto. O kanban é essencialmente um sistema de comunicação; pode ser um cartão, uma etiqueta, uma caixa, uma série de bandejas andejas ou vários quadrados pintados no chão de fábrica. Seu objetivo é informar o próximo passo do processo. Nesse sentido, o kanban é uma ferramenta da qualidade que opera dentro do JIT fazendo com que o sistema funcione. Dentro da gestão do capital de giro, g o JIT pode 1

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ser implementado de forma efetiva ao alinháalinhá lo junto às estratégias do negócio, sendo estas estratégias de curto, médio e/ou longo prazos. O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto dass diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Tais dificuldades são: redução de vendas; crescimento da inadimplência; aumento das despesas financeiras; e aumento nos custos; ou alguma combinação dos quatro fatores anteriores. As políticas de financiamento de operações devem ser pensadas estrategicamente para assegurar a viabilidade do negócio. Os investimentos em ativos circulantes operacionais devem ser financiados, e as principais fontes de recursos incluem empréstimos bancários, créditos de fornecedores (contas a pagar), passivo provisionado, dívida de longo prazo e patrimônio. Cada uma dessas fontes possui vantagens e desvantagens, portanto uma empresa deve decidir quais fontes são melhores para ela. Segundo o IEF (Instituto de Estudos Financeiros), a filosofia losofia JIT dentro da gestão do capital de giro financiado por terceiros pode sugerir: "a) a) Formação de reserva financeira: financeira Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro. A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa. Dada à alta volatilidade da economia brasileira, a formação de reserva financeira para o capital de giro deveria ser se a prioridade econômica fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo. b) Encurtamento do ciclo econômico ômico: Quando a empresa encurta seu ciclo econômico – este CRARS 047932

pode ser definido como o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente. Numa indústria, a redução do d ciclo econômico significa um menor tempo para produzir e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido dos estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para par a execução dos serviços, a redução do ciclo econômico não é uma função tipicamente financeira. Ela requer o apoio de funções como produção, operação e logística. c) Controle da inadimplência: inadimplência A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro uadro econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa. No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a consequente diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. Nesta situação, a empresa tem pouco controle role sobre o problema. Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas, estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o problema. Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas (tanto as vendas a crédito rédito como as vendas faturadas) do que ao volume dessas vendas. No caso das vendas a crédito, também será recomendável uma redução do prazo de pagamento concedido aos clientes. d) Não se endividar a qualquer custo: custo Na tentativa de suprir a insuficiência de d capital de giro, muitas empresas utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro captado a um custo maior do que 1,17% ao mês (ou 15% ao ano) em termos reais é incompatível com a rentabilidade normal da empresa que é de 15 % ao ano, também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que hoje não custa menos do 2% ao mês em termos reais, é claramente antieconômica. 2

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e) Alongar o perfil do endividamento: endividamento Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento dee suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até que a empresa se ajuste financeiramente. Também neste caso, é importante uma atenção especial para ra o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da empresa. f) Reduzir custos:: A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas su vendas ou à execução de suas operações. Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em atividades como modernização, automação ou informatização não será possível. g) Substituição de passivos:: A política de substituição de passivos consiste em trocar uma dívida por outra de menor custo financeiro. Por exemplo, uma empresa de grande porte poderia adotar esta solução, através do lançamento de títulos no exterior ou mesmo fazendo um lançamento de ações. Entretanto, as empresas de pequeno e médio porte não têm essa opção. Um programa tradicional de substituição de passivos para essas empresas quase sempre significaria trocar seis por meia dúzia. Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último caso."

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