Os modelos interpretativos sócio-culturais e a evolução cronológica da Cultura Castreja: ensaio de síntese

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Os modelos interpretativos sócio-culturais e a evolução cronológica da Cultura Castreja: ensaio de síntese Dra. Fátima Silva

1. Historiografia da Investigação da Idade do Ferro do Noroeste Peninsular Os estudos da Idade do Ferro do Noroeste Peninsular confundem-se com a investigação dos povoados fortificados, geralmente designados castros, citânias ou cividades. Em diversos autores da antiguidade clássica, tanto gregos como latinos, encontramos referências aos povos do noroeste peninsular, algumas vezes de forma generalizada, outras de maneira mais concreta. Em relação à Galiza, esses textos foram reproduzidos parcialmente e comentados em obra, onde também se pode consultar diversa bibliografia antiga (Romero Masiá e Pose Mesura 1988). Entre os autores clássicos que nos forneceram elementos mais pormenorizados sobre os povos da Idade do Ferro, refira-se Plínio, que visitou a Hispânia, descrevendo os conventus jurídicos, o seu número de habitantes, os povos e os seus costumes, as explorações auríferas, entre outros elementos. Outro autor de referência é Estrabão, que apesar de nunca ter estado na Península Ibérica, baseou os seus escritos do famoso Livro III da Geografia em autores anteriores e em relatos de contemporâneos. Nesta publicação, que deve ser lida de forma crítica, descreve os povos do noroeste peninsular, referindo-se aos seus usos e costumes. Deixando os autores clássicos – outros haveria a mencionar –, e dedicando-nos apenas à historiografia castreja de finais do século XIX, do século XX e de inícios do XXI, temos uma vasta bibliografia portuguesa e espanhola, sobretudo galega, que se dedicou largamente e através dos tempos a diversos assuntos relacionados com a “Cultura Castreja”. Tanto em Portugal como em Espanha, apesar da existência de diversas publicações, não existe uma obra sobre a historiografia desta época, embora existam diversos autores que tenham escrito artigos ou capítulos de livros sobre o tema (Lemos 1985; Silva 1986; Martins 1990, Silva 1996; Taboada Chivite 1973; Acuña Castroviejo 1991 E 1996; Calo Lourido 1993). Em Portugal há a destacar, entre os autores pioneiros, Francisco Martins Sarmento, que se dedicou sobretudo aos estudos da Citânia de Briteiros e do Castro de Sabroso,

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com uma extensa bibliografia compilada em obras como os Dispersos (1933), F. A. Pereira (1933; 1938-1941) e Abel Viana (1926a; 1926b; 1930; 1932), que se dedicaram, sobretudo, ao estudo de castros alto-minhotos. Aos trabalhos destes pioneiros segue-se a continuação dos estudos em Briteiros, através de Mário Cardoso (1937; 1938; 1946; 1952; 1953; 1959; 1962; 1980), e as investigações na Citânia de Sanfins, com Afonso do Paço, em diversos castros transmontanos, com especial destaque para o de Carvalhelhos, com Joaquim dos Santos Júnior. Tal como os primeiros, também este grupo de investigadores travou relações de intercâmbio de ideias com os homónimos galegos, o que levou, posteriormente, à organização de reuniões periódicas nos dois países, de que se destacam os Seminários de Arqueologia do Noroeste Peninsular, organizações onde se davam a conhecer as novidades arqueológicas e se trocavam experiências e conhecimentos. Contudo, só nos últimos vinte anos do século XX foi possível avançar significativamente no conhecimento da cultura castreja do noroeste peninsular. Para isso contribuíram os trabalhos de Hawkes, através dos estudos estratigráficos efectuados em diversos castros do norte (HAWKES 1984). Elaboraram-se também diversos trabalhos sobre ourivesaria, escultura e decoração arquitectónica castreja, clarificando-se problemas até aí existentes. Resolveram-se as dúvidas sobre a funcionalidade dos monumentos com forno e “pedra formosa”. O estudo da cerâmica foi sistematizado nas obras de C. A. Almeida (1974), que considera a existência de quatro estilos (A a D), estabelecendo uma sequência cronológica e uma hipótese de tipologia baseada na forma, e J. Rey Castiñeiras (1982; 1983; 1986-87) que estabelece outra tipologia e outra evolução cronológica. As últimas gerações de arqueólogos portugueses preocuparam-se essencialmente com o estudo evolutivo dos povoados. De entre as diversas obras publicadas destacamse as de Carlos A. Almeida (1983; 1984), Armando C. Silva (1983-84; 1986; 1990) e o trabalho de Jorge Alarcão (1992). É, em suma, graças aos trabalhos de investigação de Carlos Alberto Ferreira de Almeida, infelizmente já desaparecido, Armando Coelho Ferreira da Silva, Manuela Martins e Francisco Queiroga (os três últimos, sobretudo através das suas teses de doutoramento e trabalhos posteriores), que a cultura castreja do noroeste português, na sua área meridional, tem vindo a ser bastante mais conhecida. No que se refere aos estudos galegos, a obra Protohistoria. Los castros gallegos de A. del Castillo, publicada em 1907, é considerada a primeira publicação especificamente dedicada aos castros, embora o autor lhes atribua a categoria de fortalezas. A etapa compreendida entre os princípios do século XX e a Guerra Civil espanhola proporcionou as primeiras escavações sistemáticas levadas a efeito em castros, fruto do trabalho do Seminário de Estudos Galegos, criado em 1923. A partir de 1914, iniciou-se, também, as escavações em Sta. Tecla, que continuaram até 1923 (CALVO 1914, 1920, 1924).

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De entre os diversos objectivos que pautaram a criação do Seminário de Estudos Galegos há a destacar a criação de uma terminologia científica (BOUZA BREY 1926), a criação das bases para o levantamento dos castros existentes e, posteriormente, a elaboração de uma síntese sobre o que se conhecia sobre a Cultura Castreja. No pós Guerra Civil retomam-se as escavações em povoados bem conhecidos como: Baroña, Borneiro, Castromao, Elviña, O Neixón, Troña, Vigo e Viladonga. Em 1944, é criado o Instituto Padre Sarmiento de Estudios Gallegos, onde continuarão alguns dos investigadores do Seminario, que edita os Cuadernos de Estudios Gallegos. Alguns dos nomes de maior destaque pela obra que produziram são os de F. Lopez Cuevillas (1933; 1947; 1951, 1953, 1989), Maluquer de Motes (1973; 1975b; 1987-88) e Taboada Chivite. O primeiro escreve, em 1953, a obra La civilización céltica en Galicia, ainda hoje considerada, pelo menos em alguns aspectos, uma obra de consulta obrigatória. Na década de 80 do século XX, sobretudo devido à actividade dos novos arqueólogos saídos das universidades, verifica-se um incremento das investigações. Durante este período desenvolvem-se escavações em diversos povoados, alguns em continuidade, outros pela primeira vez, evidenciando-se as levadas a efeito em Troña, Vigo, Torroso, Sta. Tecla, Penalba, Viladonga, Baroña, Borneiro, Castromao, San Cibrán de Lás y A Graña. As escavações de Torroso, Penalba e A Graña tiveram o mérito de anteciparem para os séculos VIII-VII a.C. a ocupação dos povoados fortificados da Idade do Ferro, enquanto que outras, como as realizadas na Citânia do Monte Mózinho, na área portuguesa, e em Sta. Tecla e San Cibrán de Lás, na área galega, revelaram as transformações deste tipo de povoados no período posterior ao contacto com os romanos. As publicações, editadas apresentam muitas vezes um carácter monográfico, baseado no estudo de um povoado em particular, enquanto outras, desenvolvem uma análise espacial ao povoamento na Idade do Ferro, como por exemplo, as obras dedicadas a diversas áreas geográficas da Galiza: Trasdeza, Viana do Bolo, região ocidental da Corunha (AGRAFOXO PÉREZ 1989), Santiago de Compostela, entre outros. Existem ainda outras publicações que se dedicam ao estudo de temas diversos relacionados com a cultura castreja como a arquitectura (ROMERO MASIÁ 1976; CARBALLO ARCEO 1996), o estudo evolutivo dos povoados (ACUÑA CASTROVIEJO 1977; FARIÑA BUSTO 1983), os povoados e a sua relação com os sistemas de exploração mineira (LUZÓN et alii 1980), ou, ainda, a revisão dos conhecimentos sobre a Cultura Castreja (PEREIRA MENAUT 1983; CALO LOURIDO 1993; HIDALGO CUÑARRO 1996; FERNÁNDEZ-POSSE 1998). Ao longo dos tempos, como vimos, várias discussões têm motivado os investigadores no sentido de encontrar soluções para os diversos problemas que o estudo da Idade do Ferro do nordeste e noroeste peninsular tem levantado. Um deles está relacionado com a área de implantação da cultura representativa desta época cronológica no norte de Portugal e na Galiza, e com os povos que teriam ocupado essa área. Actualmente, embora já não suscitem tantos debates, são problemas que continuam em aberto,

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uma vez que não estão, na realidade, solucionados. Outro problema que, de igual forma, tem levantado questões pertinentes é o da origem da planta circular das habitações e a sua evolução formática. Este tema, tal como a petrificação das estruturas caracterizou grande parte da literatura sobre a Cultura Castreja, desde Cuevillas até aos anos oitenta do século passado. Nos últimos anos, os arqueólogos tem posto em causa inclusivamente a utilização indiscriminada dos termos castro e cultura castreja (HÖCK 1980; MARTINS, 1988; 1990), uma vez que, os povoados do Bronze Final e os característicos da Idade do Ferro reflectem realidades diferentes - daí não poderem ser denominados da mesma forma e, evidentemente, não poderem ser englobados numa mesma cultura, como se tem vindo a fazer. Tradicionalmente, o termo Castro definia um povoado amuralhado, com construções pétreas, localizado geralmente em altura, com um grande desenvolvimento durante a Idade do Ferro (LÓPEZ-CUEVILLAS 1989; 1990). À visão reducionista do passado, opõem-se outras, como a de Júlio Carballo Arceo, - que partilhamos - para quem o castro deve ser entendido como um território muito mais amplo. Nesta perspectiva consideramos mais correcto designar o castro como povoado fortificado da Idade do Ferro, enquanto não se encontre outra definição que seja por si só muito mais abrangente e que inclua o espaço habitacional, a área defensiva e a sua envolvente, algo como povoado fortificado da Idade do Ferro e seu território ou sua área de influência. Povoado fortificado é, também, uma definição mais ampla, no sentido de incluir as várias designações que tradicionalmente se utilizam (castro, citânia, cividade). Pretende englobar todos os tipos de locais habitados durante a Idade do Ferro, independentemente do seu tipo construtivo, dimensões e sistema defensivo (nem que fosse por defesas naturais) mas que, cronologicamente, teriam emergido nas épocas de transição Bronze/Ferro, na Idade do Ferro, ou Ferro/Romanização. Mesmo assim, como referimos, não é suficientemente abrangente, sobretudo no que diz respeito à sua realidade envolvente. Parece haver, contudo, um consenso recente entre os diversos estudiosos de que a investigação sobre o fenómeno castrejo, considerados os parcos elementos disponíveis, a grandeza da área geográfica de implantação deste fenómeno, a sua larga perduração no tempo, a falta de investigações em grande parte do território e a cada vez mais frequente ocorrência de particularidades distintivas de cada nova área em estudo, que colocam novas questões, não permite qualquer tentativa de sistematização com pretensões globalizantes. Não obstante todos os estudos que se têm desenvolvido, sobretudo na área galega, não se pode considerar que actualmente as investigações relacionadas com os povoados fortificados da Idade do Ferro tenham atingido um ponto de saturação. Pelo contrário, apesar de se terem conseguido grandes avanços no conhecimento da fase inicial desta cultura, e do seu em contacto, no final, com o mundo romano, todo o desenrolar das

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fases intermédias apresenta-se ainda muito confuso, sobretudo pelas diversas nuances que estas fases desenvolveram consoante as diversas áreas geográficas onde se situam os povoados. Dolores Fernández-Posse (1998) considera que, nas últimas décadas, os conhecimentos sobre esta cultura não evoluíram significativamente, na medida em que - segundo defende -, não é teorizando pormenorizadamente sobre as estratigrafias associadas à procura de datas de radiocarbono cada vez mais antigas que se vão solucionar os problemas evolutivos. A falta de uma base teórica sólida e de uma metodologia conveniente dificultou os trabalhos dos arqueólogos de outros tempos, se assim não fosse estes teriam evoluído mais no conhecimento do que o que se conseguiu com os projectos actuais, que beneficiam de uma evolução metodológica outrora inexistente. No decorrer das duas últimas décadas, a investigação sobre os povoados fortificados do noroeste peninsular, sobretudo no caso português, tem feito bastantes progressos mercê de uma série de projectos de investigação que se dedicaram a este tipo de comunidade. Infelizmente, nos últimos anos, essa investigação sofreu um abrandamento significativo, não estando a decorrer, tanto quanto julgamos saber, qualquer projecto de investigação cuja temática esteja especificamente relacionada com os povoados fortificados da Idade do Ferro do noroeste português. Facto, que derivará, eventualmente, de uma política cultural e orçamental incorrecta, fomentada pelos últimos governos, em que os financiamentos a projectos de investigação são muito baixos ou nulos. Por outro lado, a chamada arqueologia de gestão tem dado os seus frutos, através dos diversos projectos de valorização de povoados deste âmbito cronológico. Outro tipo de investigação, de que raramente se vêm os resultados, é a que resulta dos trabalhos da arqueologia empresarial, - acompanhamentos, estudos de impacte, escavações diversas -, embora com pouca incidência nestes povoados. Infelizmente, também na Galiza, nos últimos anos, a arqueologia de investigação tem dado lugar às escavações de emergência, aos estudos de impacte, à arqueologia de gestão, a qual embora necessária, têm prejudicado o evoluir das investigações, dos projectos de investigação e das escavações sistemáticas. Esta panorâmica pouco animadora é ainda agravada pela diminuição de publicações ou no caso das intervenções da arqueologia de gestão pela sua ausência, resultando num desconhecimento por parte dos investigadores do que de realmente se passa em termos de novas descobertas (ACUÑA CASTROVIEJO 1996; PEÑA SANTOS 1996). Outro elemento que tem levado “ao perigoso entorpecimento em que se encontra a Arqueologia Galega em geral e, em particular (...), a relacionada com o mundo castrejo (...) é o celtismo como sinal de identidade galega (PEÑA SANTOS 1996, 67), fruto também, no dizer deste autor, da “proliferação galopante da literatura arqueológica pseudocientífica (...) que veio encher o profundo buraco criado pela ausência de procura da sociedade de informação, devido ao descrédito da produção “oficial” e a recusa, por inteligível e pelo aborrecido, do discurso dos diversos arqueólogos” (id., ib.).

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2. Os modelos interpretativos sócio-culturais e a evolução cronológica Os modelos utilizados em Arqueologia foram importados, regra geral, das Ciências Sociais. São representações do passado resultantes da metodologia utilizada no processo de investigação e reflectem, no fundo, a capacidade de cada investigador para construir teoricamente esse passado. No que respeita ao tema em análise, designadamente os modelos interpretativos sócio-culturais relativos à Cultura Castreja, verifica-se que tanto investigadores portugueses como espanhóis, trabalham e escrevem sem optarem por qualquer tipo de corrente teórica, ainda que se debrucem, naturalmente e cada vez mais, sobre os modelos interpretativos e evolutivos desta cultura. Os estudos sobre a Idade do Ferro ocorrem a partir do século XVI e tem continuidade no século seguinte, configurando-se o que se poderá designar de primeiro modelo interpretativo, embora se verifique uma reduzida coerência das explicações, dado que os estudos dessas épocas derivam da curiosidade de alguns eruditos sobre a monumentalidade das ruínas dos castros aos quais eram atribuídas cronologias diversas, designadamente romanas, e a funcionalidade de fortalezas. O modelo seguinte corresponde cronologicamente ao século XIX e deriva da corrente caracterizadora de toda a cultura de então, o Romantismo. É nesta época que, pode-se considerar, se dá o nascimento da arqueologia dos castros, especialmente com os trabalhos de Francisco Martins Sarmento. Preconizando ideais tradicionalistas e patrióticos é criado o conceito de “cidades mortas”, no sentido da procura das origens das diversas regiões. Os estudos são, assim, imbuídos de um carácter regionalista amador, resultante do isolamento dos diversos investigadores, que infelizmente, só é ultrapassado nos anos oitenta do século XX. O terceiro modelo, apelidado de histórico-culturalista ou historicista, tem as suas balizas cronológicas nos anos 20 e 30 do século XX. Em termos conceptuais, podemos falar de uma reflexão sobre a identidade e os particularismos regionais, cujo pioneiro foi P. Bosch Gimpera (1932; 1933; 1939; 1942), que apresentou o primeiro modelo interpretativo coerente, nascido da grande quantidade de achados que iam surgindo e para os quais os investigadores apenas procuravam filiações étnicas. Este autor não só sistematizou a cultura dos castros, posteriormente apelidada de Castreja, como lhe atribuiu uma cronologia, inserindo-a na Idade do Ferro Peninsular e considerando-a uma cultura de tradição pós-hallstática, dadas as características das armas e das peças de ourivesaria conhecidas. Organizou, igualmente, os dados existentes sobre a Cultura do Bronze do Sudoeste, mais tarde designada de Cultura do Bronze Atlântico (actualmente também questionada), pelo que eram estas duas culturas que caracterizavam o noroeste ibérico no I milénio a.C..

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A partir daqui, durante cerca de cinquenta anos, houve, a preocupação essencial de caracterizar a cultura material castreja, definir a sua área geográfica, os grupos étnicos que a ocupavam e perspectivar a sua evolução cronológica, tendo F. Lopez Cuevillas sido um dos maiores sistematizadores dos diversos temas, sobretudo nos anos 50. Nesta lógica, todos os assuntos eram estudados num esforço de sistematização, procurando-se o traço comum que cada tópico desta cultura teria, por exemplo, em termos de arquitectura, arte decorativa arquitectónica, escultura, monumentos com forno, metalurgia, cerâmica, ourivesaria, etc. Pela falta de metodologia que persistiu até aos anos 80, os estudos eram baseados num enquadramento cronológico relativo e não absoluto, no qual o contexto estratigráfico não era considerado. A Cultura dos Castros foi, pois, definida com base num conjunto de vestígios materiais, provenientes dos castros mas, regra geral, descontextualizados. De resto, o esquema cronológico-evolutivo era baseado no estudo dos fósseis directores, que justificavam todas as migrações, conquistas, em suma, todas as influências externas. O Castro era tido como uma povoação com casas redondas, em pedra, fortemente amuralhada, situada no alto de um monte e, cuja origem se deveria à invasão indo-europeia dos Sefes (na primeira metade do séc. VI a.C.), como defende L. Cuevillas (1953 [1989] 37 e 332), povo esse referido por Avieno na “Ora Marítima”. Paralelamente, tentava-se definir os povos que o habitavam e a sua evolução social, sobretudo através das fontes literárias clássicas e da linguística, concedendo-se um grande destaque à celtização do noroeste, a qual gerou – e ainda continua a gerar - abundante bibliografia. Deste modo, criaram-se estereótipos desta “Cultura”, que ainda hoje perduram em diversos meios, designadamente nos manuais escolares, onde se defende, basicamente, a existência de uma cultura céltica, que povoou aldeias do tipo castro, por todo o noroeste peninsular, uma área limitada por fronteiras mais ou menos rígidas, com grande uniformidade e durante a Idade do Ferro. Uma ideia que deriva sobretudo da sistematização da literatura clássica, do estudo de grandes povoados como Briteiros, Sanfins, Mózinho, Santa Tecla entre outros, e cuja cronologia, sabemos hoje, é bastante tardia e, de forma alguma, caracterizadora de toda a evolução da ocupação do noroeste peninsular durante a Idade do Ferro. Segundo esta corrente historicista, a emergência da cultura castreja, as alterações, a evolução cronológica derivam, essencialmente, numa atribuição reducionista, de modelos migracionistas, invasionistas ou difusionistas. Nesta perspectiva, podemos identificar, grosso modo, quatro grandes grupos de opiniões sistematizadoras desta “Cultura” e da sua evolução cronológica aos quais nos anos 90 se associam outras, que no entanto já não se enquadram no âmbito desta corrente. No primeiro grupo incluímos investigadores como P. Bosch Gimpera (1932; 1933; 1939; 1942), Santa Olalla (1946), F. Lopez Cuevillas (1953 [1989], 1954), Blanco Freijieiro

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(1960) e Mário Cardoso (1962) que justificam a emergência e evolução cronológica e cultural do noroeste com base em invasões indo-europeias e célticas, pautando-se a sua evolução posterior por influxos externos, designadamente hallstáticos e romanos. Num segundo grupo, ideologicamente muito próximo do anterior, temos investigadores como C. Hawkes (1971), novamente Mário Cardoso (1958), C. A. Ferreira de Almeida (1983, 1983a, 1986), A. Castroviejo (1977), A. Tranoy (1981) e Armando Coelho (Silva 1986). Defendem que a evolução de alguns elementos culturais deriva de alterações internas. Também, e simultaneamente, que a emergência e as alterações significativas são justificadas pelas influências hallstáticas e pela conquista romana. No terceiro grupo, incluem-se aqueles que enquadram a emergência dos castros no contexto do Bronze Final. O percursor desta corrente foi J. Maluquer de Motes (1973), que nos anos 70, considerou a evolução dos povoados como resultado de um processo cultural local, favorecido por uma adaptação particular ao meio (MALUQUER DE MOTES 1973). Nos anos oitenta e posteriores diversos investigadores, na sequência do defendido anteriormente, entendem a emergência dos povoados castrejos como resultado do desenvolvimento da metalurgia do bronze, evidentemente enquadrados nas características geomorfológicas do noroeste peninsular. Esta nova teoria ganha força através das primeiras datações de C14 que antecipam para a primeira metade do I milénio a.C. a cronologia de alguns povoados como o Coto da Pena (SILVA 1986), S. Julião e Barbudo (MARTINS 1990). Armando Coelho Ferreira da Silva por utilizar uma série de elementos externos para justificar a evolução da Cultura Castreja (nomeadamente de origem atlântica, centro europeia, meridional e romana) é o principal representante desta corrente historicista, sendo o seu esquema evolutivo o mais conhecido e citado. O quarto grupo, por último, é fruto das investigações posteriores aos anos oitenta que originaram novas interrogações. Os seus mentores são bastante críticos em relação aos modelos defendidos anteriormente, e valorizam mais a evolução cronológica, política, económica, social e cultural, inserida no contexto geomorfológico e ambiental de cada sociedade. Valorizam, em suma, a totalidade do registo arqueológico. Trata-se de um modelo mais positivista, na medida em que recorre à contextualização estratigráfica, às datações por radiocarbono, às análises antracológicas, carpológicas, palinológicas e edafológicas, ao estudo dos povoados mediante a utilização de modelos de arqueologia espacial, nomeadamente o estudo da evolução dos processos económicos e sociais das comunidades da Idade do Ferro e sua inserção na evolução da paisagem (CARBALLO ARCEO 1996a; 1997). Na Galiza desenvolveram-se diversas investigações enquadráveis nas teorias interpretativas da Arqueologia da Paisagem (CRIADO BOADO 1993a; 1993b), e estudos aplicados, designadamente na província da Corunha (PARCERO OUBIÑA 1995). A estes foram associadas também novas metodologias apoiadas no emprego de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), de forma a definir os diversos modelos de ocupação nas

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várias fases da Idade do Ferro (PARCERO OUBIÑA 2000). Em termos histórico-evolutivos, a sequência passa a ser menos segmentada por factos históricos e artefactos, mais conforme aos processos de dinâmica económica e social da Nova História. Esta nova perspectiva, que permanece até à actualidade, não rejeita obviamente as influências externas. Olha para os produtos alógenos como elementos dinâmicos, produto de relações inter-regionais e extra-regionais, ao mesmo tempo motores de alterações e mudanças no seio da comunidade autóctone, já que muitas vezes são o motivo da produção de excedentes ou do seu aumento, por exemplo, no que respeita a extracção de minérios para troca com os produtos vindos do exterior. Com esses produtos viajam, evidentemente, ideias e tecnologias. Cada vez mais se aposta na explicação da emergência dos povoados fortificados, nos inícios do I milénio a.C., como resultado de diversos contextos geomorfológicos, no quadro do desenvolvimento económico agro-pastoril e metalúrgico, e da complexificação social que se terá generalizado nesta época. Os bens de prestígio não parecem ser apenas os objectos materiais mas também, como desde outras épocas até à actualidade, a posse da terra - um factor preponderante no sentido da monumentalização dos povoados, como elemento de ostentação de poder e de controle de demarcação territorial de visibilidade que se terá desenvolvido. É muito interessante verificar a diversidade de novas teorias resultantes das diversas perspectivas pós anos 80/90 como, por exemplo, as de alguns autores que defendem que a expedição de Décimo Júnio Bruto (em 138-136 a.C.) terá funcionado como um motor de desenvolvimento da região, nos finais do milénio. Quanto a nós, terá sido um motor de união entre os povos autóctones e, em algumas zonas, motor de transformação, no sentido do progresso, face às novidades trazidas pelos romanos. Contudo, esse desenvolvimento verificou-se apenas em determinados locais, pois em outras zonas as transformações resultaram na criação de povoados relativamente diferentes, mais pequenos e camuflados na paisagem, como aconteceu na área da bacia superior do rio Coura, eventualmente com alterações que se reflectem na cultura material, mas não nas habituais formas de desenvolvimento e de prosperidade características de povoados de grande envergadura e de longa duração como Sanfins, Briteiros ou Santa Tecla. Apesar de muitos autores terem apresentado várias cronologias e opções de evolução sobre a Idade do Ferro, este é um dos problemas que permanece em aberto. A maioria dos autores portugueses divide esta cultura em três ou cinco etapas cronológicas: Carlos A. F. de Almeida (1983) apontou cinco períodos de desenvolvimento e evolução da “Cultura Castreja”: o Pré-Castrejo, o Castrejo Antigo, o Médio, o Recente e o Final; Armando C. Silva (1986, 65) sugere três períodos para a Idade do Ferro, cada um deles subdividido em duas fases; Manuela Martins (1990, 113) indica quatro etapas e Jorge Alarcão (1992, 43) três. As perspectivas mais recentes dos arqueólogos ditos processualistas, designada-

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mente Ana Bettencourt, Brochado de Almeida e A. Dinis no caso português e Júlio Carballo Arceo, na Galiza, admitem para o norte de Portugal e para a Galiza a existência de diversas assimetrias, pelo que a Idade do Ferro terá surgido e desenvolvido-se de forma diferente nas várias áreas geográficas, apontando-se uma origem mais antiga para as áreas litorais e uma mais recente para as zonas interiores: no segundo quartel do I milénio a.C. (BETTENCOURT 2001) e primeira metade do século IV a.C. (CARBALLO ARCEO 1990), respectivamente.

3. As fases radiocarbónicas O crescente interesse pelo estudo dos povoados e a utilização de métodos de datação absoluta, designadamente os radiocarbónicos (C14), têm proporcionado resultados diversos, tendo sido neste domínio, aliás, que as mudanças se têm feito sentir de forma mais evidente, não tanto pela quantidade das séries (no caso português as séries castrejas ainda são escassas) mas porque várias datações anteciparam, a antiguidade dos povoados fortificados da Idade do Ferro, ajudando a sublinhar as teorias que defendiam a sua emergência no Bronze Final, ainda que o registo arqueológico seja pouco claro. Por outro lado, parecem indicar o fraco desenvolvimento da Idade do Ferro na sua fase final, concretamente no contacto com o mundo romano. A catalogação que fizemos de grande parte das datações radiométricas efectuadas em povoados do noroeste português (Quadro I), mediante o recurso a diversa bibliografia, permitiu coligir uma série de 32 datas, para além, das 10 inéditas que agora apresentamos referentes aos povoados por nós estudados em Paredes de Coura (Cossourado, Romarigães e Cristelo), perfazendo, assim, um total de 42. A estas datações, devidamente calibradas (na maioria dos casos pela curva de Stuiver e Pearson (1993)) e, sempre que possível, considerados os seus contextos arqueológicos, foram retiradas aquelas que os diversos autores refutam em relação ao registo arqueológico. Se agruparmos as datas radiocarbónicas B.P e os seus intervalos pela ordem cronológica (Gráfico I) - seja ela em datas radiocarbónicas B.P. ou datas históricas -, essas datas articulam-se em grupos que nos permitem retirar algumas conclusões, ainda que possam não ser acompanhadas pelo registo arqueológico actualmente conhecido. O gráfico respeitante às datas convertidas (Gráfico II) permite-nos, naturalmente, uma análise mais rápida e uma articulação mental e cronológica mais simples. Mediante a análise dos gráficos é possível agrupar algumas datas e consequentemente alguns povoados que parecem definir, mais numas épocas que noutras, diversas etapas cronológicas que se organizam, genericamente, em cinco grupos, dentro dos quais se observam algumas variações. Este esquema evolutivo apresenta-se relativamente diferente dos habitualmente defendidos para a evolução da Cultura Castreja. No primeiro grupo temos os povoados com níveis mais antigos, como S. Julião,

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Santinha, Barbudo, Cabanas e Coto da Pena, correspondentes ao intervalo compreendido entre o século X e meados do IX, ou seja, ao período de tempo atribuído ao Bronze Final. Neste grupo de datas registam-se, aparentemente, três subgrupos: um mais antigo, entre 980 e 940 a.C., que inclui os povoados de Coto da Pena e S. Julião; um outro intermédio, entre 890 e 878, relativo a S. Julião e Santinha; e, um mais recente, entre 850 e 843, relativo aos povoados da Santinha e de Cabanas. No segundo grupo surgem os povoados de Santinha, S. Julião, Barbudo, Castelo de Matos, Cossourado, Senhora da Guia e Ermidas. É o grupo que possui maior quantidade de datas e cronologicamente está compreendido o século IX e o VIII, período que podemos considerar como os inícios da Idade do Ferro. Estranhamente, apenas neste grupo aparecem pela primeira vez os povoados cronologicamente atribuídos ao Bronze Final, como o de Castelo de Matos, em Baião, e o da Senhora da Guia, em S. Pedro do Sul. Trata-se de um grupo mais homogéneo que o anterior, mas que também poderia ser subdividido em dois ou três grupos; essa subdivisão, no entanto, tal como as anteriores, não nos traria qualquer informação adicional. O terceiro grupo é aquele em que as datações apresentam menos unidade entre si, e intervalos muito longos, e que, tradicionalmente, coloca mais problemas aos técnicos de datações. Situa-se cronologicamente entre os séculos VII e V, período onde se enquadram algumas das datações referentes aos povoados da bacia superior do rio Coura, como Cossourado e Romarigães, e as estações como Romariz, Vasconcelos, Ermidas e S. João de Rei. São cronologias que se inserem no que podemos designar por Castrejo Antigo. Um quarto grupo que, ao contrário do anterior, é o mais uniforme da série de datações. Situa-se entre 290 e 210 a.C. (século III), e onde se enquadram os povoados de Cossourado, Romarigães, Santo Estevão da Facha e S. João de Rei. Correspondente a uma fase a que podemos chamar de Castrejo Médio. Tal como na Galiza (REY CASTIÑEIRA 1996), o povoamento castrejo parece entrar em decadência a partir do século II a.C.. Nesta seriação cronológica estão totalmente ausentes as datas referentes a esse intervalo de tempo (século II a.C.) e que formariam o quinto e último grupo, correspondente ao inicio da fase final da Idade do Ferro. Apenas existem duas datas relativas ao povoado de Cristelo (Paredes de Coura), relativas ao século I a.C.. Supomos que, pelo menos na área portuguesa, não foram publicadas datações de povoados de cronologia recente, quando, na verdade, sabemos que existem vários. Estranhamente, também o século IV não apresenta qualquer datação. Posto isto, podemos considerar esta seriação radiocarbónica como um indicador de localização no tempo de cada povoado ou das suas diversas fases de ocupação, um auxiliar precioso dos diversos esquemas evolutivos dos povoados fortificados da Idade do Ferro, não devemos, no entanto, tomá-la como uma base dos estudos e, muito menos, o alicerce das periodizações de qualquer esquema evolutivo.

75

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

Apesar de que nos últimos tempos os estudos parecem centrar-se no facto de que diversos autores quererem, de alguma forma, apresentar novidades, sobretudo no que diz respeito à evolução cronológica da cultura castreja, e, especialmente, em relação à época da sua emergência. Assim, alguns autores aceitam o aparecimento dos castros no Bronze Final e, consequentemente, a sua grande antiguidade, enquanto outros defendem que a cultura castreja apenas ocorre no momento em que se inicia a petrificação das estruturas (século IV para uns século VI a. C. para outros). Outros investigadores, como Ana Bettencourt (2004a; 2004b), apontam o início da cultura castreja apenas para o século IV a.C., ou, numa versão mais recente para os primeiros séculos da romanização, excluindo praticamente a existência de uma Idade do Ferro e de uma cultura castreja.

COTO DA PENA COTO DA PENA S. JULIÃO S. JULIÃO S. JULIÃO SANTINHA S. JULIÃO SANTINHA CABANAS SANTINHA SANTINHA S. JULIÃO BARBUDO BARBUDO CAST. MATOS CAST. MATOS CAST. MATOS S. JULIÃO COSSOURADO S. JULIÃO S. DA GUIA ERMIDAS BARBUDO COSSOURADO ROMARIZ VASCONCELOS ROMARIGÃES ERMIDAS S. J. REI S. J. REI ROMARIGÃES S. J. REI COSSOURADO COSSOURADO S. J. REI COSSOURADO FACHA ROMARIGÃES S. J. REI FACHA CRISTELO CRISTELO

76

2930

3030

2820 2850 2845 2760 2810 2788 2767 2769 2740 2711 2690 2690 2690 2660 2620 2610 2660

2920 2900 2890 2840 2837 2828 2800 2798 2793 2761 2750 2750 2740 2730 2710 2700 2700

3020 2950 2935 2920 2864 2868 2833 2827 2846 2811 2810 2810 2790 2800 2800 2790 2740

2640 2615 2520 2530 2610 2550

2680 2660 2650 2650 2650 2590

2450 2468 2460 2360 2408 2405 2330 2327 2160 2150 2140

2650 2540 2540 2600 2478 2465 2470 2387 2320 2310 2300

2220 2210 2200 2183 2160 2040

1830

1000

2720 2705 2780 2770 2690 2630

2550 2504 2500 2480 2443 2435 2400 2357 2240 2230 2220

2140 2160 2120 2156 2110 1970

0

Gráfico I

2830

2300 2260 2280 2220 2190 2110

1890

2000

3000

1950

4000

5000

6000

7000

8000

Ponte da Barca

COTO DA PENA COTO DA PENA S. JULIÃO S. JULIÃO S. JULIÃO SANTINHA S. JULIÃO SANTINHA CABANAS SANTINHA SANTINHA S. JULIÃO BARBUDO BARBUDO CAST. MATOS CAST. MATOS CAST. MATOS S. JULIÃO COSSOURADO S. JULIÃO S. DA GUIA ERMIDAS BARBUDO COSSOURADO ROMARIZ VASCONCELOS ROMARIGÃES ERMIDAS S. J. REI S. J. REI ROMARIGÃES S. J. REI COSSOURADO COSSOURADO S. J. REI COSSOURADO FACHA ROMARIGÃES S. J. REI FACHA CRISTELO CRISTELO

90 60 0

290 280 270 270 260 250 233 210

100

980 970 950 940 890 887 878 850 848 843 811 800 800 790 780 760 750 750 730 710 700 700 700 640 600 554 550 530 493 485 450 407

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Gráfico II

77

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

Quadro I – Datações radiométricas dos povoados do noroeste português

Proveniência Contexto (estratigrafia, estrutura, quadrado)

Referência do laboratório Datação C14 (B.P.)

Datas Calibradas Intersecções; 2 sigma-cal AC

Tipo de amostra

Intersecções: 353, 304, 208 cal AC

Bolotas de carvalho carbonizadas

Bibliografia

Observações

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Conversão

COSSOURADO - Paredes de Coura

UGRA-503: 2220 ± 80 Entre 350 e 190

COS 94A -

a.C. Sécs. IV e II a.C.

Quadrado M0

2 sigma (95,4%): 400 – 58

(camada 3) Interior da cabana 1

78

COSSOURADO - Paredes de Coura COS 94A - A0/ AA0 (2) Interior da cabana 1

UGRA-505: 2240 ± 80 Entre 370 e 210 a.C. Sécs. IV e III a.C.

Intersecções: 361, 282, 257 cal AC

COSSOURADO - Paredes de Coura COS 97D - GO (3) Parte interna da muralha

UGRA- 556 2230 ± 80 Entre 360 e 200 a.C. Sécs. IV e II a.C.

Intersecções: 357; 288; 250 cal AC

2 sigma (95,4%): 411- 47

2 sigma (95,4%): 404- 55

Tipo de giesta; Quercus suber (sobreiro); Sambucus sp. (sabugueiro); Pistacia lentiscus (lentisco)

Madeira carbonizada

Ponte da Barca

COSSOURADO - Paredes de Coura COS 95A - Q5 (3) Interior da cabana 5

Sac-1505: 2590 ± 40 Entre 680 e 600 a.C. Sécs. VII e VI a.C.

Intersecção: 795 cal AC 2 sigma: 815-762; 622-599 cal AC

Bolotas carbonizadas

COSSOURADO - Paredes de Coura

Sac-1493: 2680 ± 40 Entre 770 e 690 a.C. Sécs. VIII e VII a.C.

Intersecção: 818 cal AC

Madeira carbonizada

ROMARIGÃES - Paredes de Coura ROMA 94A - N2 (3) Dentro da cabana 1

UGRA-502: 2400 ± 70 Entre 520 e 380 a.C. Sécs. VI e IV a.C.

Intersecção: 407 cal AC

ROMARIGÃES - Paredes de Coura ROMA 93A - M0 (3) Dentro da cabana 1

UGRA-50 2200 ± 80 Entre 330 e 170 a.C. Sécs. IV e II a.C.

Intersecções: 337, 324, 202 cal AC

COS 96C - B3 (3) Interior da cabana 1C

2 sigma: 903-796 cal AC

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Quercus sp. caducifólio (carvalho)

2 sigma (95,4%): 771 – 369

2 sigma (95,4%): 393 – 50

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Populus sp. (choupo ou álamo)

79

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

80

ROMARIGÃES - Paredes de Coura ROMA 96A - M2 (3) Dentro da cabana 1

Sac-1494: 2500 ± 40 Entre 590 e 510 a.C. Séc. VI a.C.

Intersecções = 760; 672; 665; 632; 592; 584; 560 cal AC Para 2 sigma = 793 - 411 cal AC

Madeira carbonizada

CRISTELO - Paredes de Coura CRIS 97A - D2 (3) 1ª FASE - exterior da cabana 1

UGRA-555 1890 ± 60 Entre 120 a.C. e 0 Sécs. II a.C. e I a.C.

Intersecção: 125 cal AC

Madeira carbonizada

CRISTELO - Paredes de Coura CRIS 98A M0,M1 e N0 (3) 2ª FASE - dentro da cabana 3

UGRA-580: 2040 ± 70 Entre 160 e 20 a.C. Sécs. II a.C. e I a.C.

Intersecção: 36 cal AC

COTO DA PENA - Caminha Campanha de 1980-83

UGRA-200: 2930 ± 100 Entre 1080 e 880 a. C. Sécs. XI e IX a. C.

1420-900 a. C.

2 sigma (95,4%): 1 - 255 e 299 - 317

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SILVA 1986, 34

Atribuição cronológica do autor: Bronze Final/Ferro Inicial

Leguminosas do tipo giestas, codeços e tojo

2 sigma (95,4%): 330 - 330 e 200 – 126

2 sigma: 1406842 a. C.

­_

Sementes carbonizadas

Ponte da Barca

COTO DA PENA - Caminha Campanha de 1980-83

UGRA-220: 2920 ± 100 Entre 1070 e 810 a. C. Sécs. XI e IX a. C.

1420-840 a. C. 2 sigma: 1401-836 a. C.

Sementes carbonizadas

SILVA 1986, 34

STO. ESTEVÃO DA FACHA Ponte de Lima Quadrado QXIII (10) Campanha de 1979-80

CSIC-400: 2160 ± 50 Entre 260 e 160 a. C. Sécs. III e II a. C.

380-100 a. C.

Carvão vegetal

ALMEIDA et alii 1982, 79

STO. ESTEVÃO DA FACHA Ponte de Lima Quadrado QXIII (10) Campanha de 1979-80

CSIC-500: 2210 ± 50 Entre 310 e 210 a.C. Sécs. IV e III a.C.

390-122 a. C.

BARBUDO Vila Verde Estrutura de madeira; corte 4, camada 2 Campanha de 1983-85

ICEN-21: 2650 ± 40 Entre 740 e 660 a.C. Sécs. VIII e VII a.C.

898-794 a. C.

Atribuição cronológica do autor: Bronze Final/Ferro Inicial

_

Carvão vegetal e sementes carbonizadas

ALMEIDA et alii 1982, 79

Carvão vegetal

MARTINS 1989, 66

_

­ _

81

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

82

BARBUDO Vila Verde Estrutura de madeira; corte 4, camada 2 Campanha de 1983-85

CSIC-735: 2750 ± 60 Entre 860 e 740 a.C. Sécs. IX e VIII a.C.

1040-810 a. C.

BARBUDO Vila Verde Estrutura de madeira; corte 4, camada 2 Campanha de 1983-85

CSIC-735R: 2740 ± 50 Entre 840 e 740 a.C. Sécs. IX e VIII a.C.

1000-810 a. C.

S. JULIÃO - Vila Verde Sector B, corte I, camada 1b Exterior do talude e do fosso Campanha de 1982-84

ICEN-23: 2700 ± 40 Entre 790 e 710 a.C. Século VIII a.C.

923-804 a. C.

S. JULIÃO - Vila Verde Corte 1, nível de base do talude defensivo da acrópole Campanha de 1982-84

ICEN-27: 2890 ± 45 Entre 985 e 895 a.C. Sécs. X e IX a.C.

1259-931 a. C.

Carvão vegetal

MARTINS 1989, 66 _

Carvão vegetal

Carvão vegetal

MARTINS 1989, 66

MARTINS 1988, 129

_

­ _

Carvão vegetal

MARTINS 1988, 126-127

Esta datação define, segundo a autora, o terminus post quem da construção do talude defensivo da acrópole

Ponte da Barca

S. JULIÃO - Vila Verde Corte 1, nível de base do talude defensivo da acrópole Campanha de 1982-84

ICEN-28: 2820 ± 40 Entre 910 e 830 a.C. Sécs. X e IX a.C.

1094-900 a. C.

S. JULIÃO - Vila Verde Corte 1, nível de base do talude defensivo da acrópole Campanha de 1982-84

GIF-6993: 2840 ± 80 Entre 970 e 810 a.C. Sécs. X e IX a.C.

1260-830 a. C.

S. JULIÃO - Vila Verde Corte 3, camada IIIa, camada que sobrepõe o pavimento mais recente de uma cabana Campanha de 1985

GIF-7013: 2750 ± 60 Entre 860 e 740 a.C. Sécs.I X e VIII a.C.

1040-810 a. C.

S. JULIÃO - Vila Verde Corte 1, nível de base do talude defensivo da acrópole Campanha de 1982-84

CSIC-734: 2900 ± 50 Entre 1000 e 900 a.C. Sécs. X e IX a.C.

1260-932 a. C.

Carvão vegetal

MARTINS 1988, 126-127 _

Carvão vegetal

Carvão vegetal

Carvão vegetal

MARTINS 1986, 159; MARTINS 1988, 126-127

MARTINS 1986, 159; MARTINS 1988, 126-128

_

_

MARTINS 1988, 130 _

83

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

S. JULIÃO - Vila Verde

84

ICEN-829: 2660 ± 45 Entre 755 e 665 a.C. Sécs. VIII e VII a.C.

899-790 a. C.

SANTINHA Amares Corte 1, quadrado A6

CSIC-1145: 2800 ± 33 Entre 883 e 817 a.C. Séc. IX a.C.

2 sigma: 1016-890 a. C.

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2001

Atribuição cronológica da autora: Santinha I, Bronze Final, séc. X a.C.

SANTINHA Amares Corte 2, camada 2

CSIC-1315: 2837 ± 27 Entre 914 e 860 a.C. Sécs. X e IX a.C.

2 sigma: 1051-903

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2001

Atribuição cronológica da autora: Santinha I, Bronze Final, séc. X a.C.

SANTINHA Amares Corte 1, quadrado A5

CSIC-1084: 2793 ± 53 Entre 896 e 790 a.C. Séc. IX e VIII a.C.

2 sigma: 1052-826

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2001

Atribuição cronológica da autora: Santinha I, Bronze Final, séc. X a.C.

SANTINHA Amares Corte 3, quadrado E10 Base da muralha, camada 1

CSIC-1085: 2761 ± 50 Entre 861 e 761 a.C. Séc. IX e VIII a.C.

2 sigma: 1006-810

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2001

Atribuição cronológica da autora: Santinha I, Bronze Final, séc. X a.C.

BETTENCOURT 1994 _

_

Ponte da Barca

S. JOÃO DE REI/MONTE DO CASTRO - Póvoa de Lanhoso Fossa 1 - corte I, quadrado D1, camada 6e Ocupação mais antiga da plataforma superior do povoado

UtC-4784: 2220 ± 37 Entre 307 e 233 a.C. Sécs. IV e III a.C.

S. JOÃO DE REI/MONTE DO CASTRO - Póvoa de Lanhoso Contemporânea da Fossa 1 - quadrado E1, camada 6 Ocupação mais antiga da plataforma superior do povoado

CSIC-1146: 2183 ± 27 Entre 260 e 206 a.C.

S. JOÃO DE REI/MONTE DO CASTRO - Póvoa de Lanhoso Corte 2: camada superior de uma fossa aberta no saibro quadrado A2b, camada 3 Primeira ocupação do povoado -

CSIC-1149: 2435 ± 30 Entre 515 e 455 a.C. Sécs. VI e V a.C.

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2000, 241

Análise por espectometria de massa com acelerador (AMS). Atribuição cronológica da autora: Ferro Inicial - meados do século IV a inícios do II a. C. (S. João de Rei II)

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2000, 241

Análise por espectometria de massa com acelerador (AMS).

2 sigma: 377-189 (100) a. C.

2 sigma: 363-279; 252-157; 136-126

Séc. III a.C.

Atribuição cronológica da autora: Ferro Inicial - meados do século IV a inícios do II a. C. (S. João de Rei II) Carvão vegetal 2 sigma: 556-401; 761-672; 664-635

BETTENCOURT 2000, 245

Atribuição cronológica da autora: transição da I. do Bronze para a I. do Ferro - finais do século VI a. C. a finais do V a. C. (S. João de Rei I)

85

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

86

S. JOÃO DE REI/MONTE DO CASTRO - Póvoa de Lanhoso Corte 2 quadrado A2c, camada 3 Primeira ocupação do povoado

CSIC-1150: 2357 ± 30 Entre 437 e 377 a.C. Sécs. V e IV a.C.

2 sigma: 426-375; 504-436

Bolotas carbonizadas

BETTENCOURT 2000, 245

Atribuição cronológica da autora: transição da I. do Bronze para a I. do Ferro - finais do século VI a. C. a finais do V a. C. (S. João de Rei I)

S. JOÃO DE REI/MONTE DO CASTRO - Póvoa de Lanhoso Corte 2 - “fossa” 2, quadrado A2c, camada 3 Primeira ocupação do povoado

CSIC-1150: 2443 ± 35 Entre 528 e 458 a.C. Sécs. VI e V a.C.

2 sigma: 762-401; 595-575; 566-404

Bolotas carbonizadas

BETTENCOURT 2000, 245

Atribuição cronológica da autora: transição da I. do Bronze para a I. do Ferro - finais do século VI a. C. a finais do V a. C. (S. João de Rei I)

CABANAS Braga Corte 1 - perfil A/B

UtC-5661: 2798 ± 29 Entre 877 e 819 a.C. Séc. IX a.C.

2 sigma: 1003892; 885-847

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2000, 206

Análise por espectometria de massa com acelerador (AMS) Atribuição cronológica da autora:séc. X a.C.

UtC-4328: 2504 ± 36 Entre 590 e 518 a.C. Séc. VI a.C.

2 sigma: 791-494; 440-426

Carvão vegetal

BETTENCOURT 2000, 286

Atribuição cronológica da autora: séculos VII e VI a.C.

Ponte da Barca

CASTELO DE MATOS – Baião

CASTELO DE MATOS – Baião

CASTELO DE MATOS – Baião

ERMIDAS Famalicão Camada 5 - fase de construção da muralha Campanha de 1983

OxA-1759: 2730 ± 70 Entre 850 e 710 a.C. Sécs. IX e VIII a.C.

1010-794 a. C.

OxA-2147: 2710 ± 90 Entre 850 e 670 a.C. Sécs. IX e VII a.C.

1036-767 a. C.

OxA-2146: 2700 ± 90 Entre 840 e 660 a.C. Sécs. IX e VII a.C.

1024-610 a. C.

GAK-11460: 2480 ± 120 Entre 650 e 410 a.C. Sécs. VII e V a.C.

893-370 a. C.

BETTENCOURT 1994 _

_

BETTENCOURT 1994 _

_

BETTENCOURT 1994 _

Carvão vegetal

_

QUEIROGA 1985, 35

O autor considera que esta cronologia é mais antiga do que o contexto arqueológico em que se insere

87

I Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta

88

ERMIDAS Famalicão Camada 5 - fase de construção da muralha Campanha de 1983

GAK-11461: 2650 ± 120 Entre 820 e 580 a.C. Sécs. IX e VI a.C.

1060-410 a. C.

ROMARIZ - Vila da Feira Nível mais profundo da escavação arqueológica Campanha de 1980-82

UGRA-203: 2550 ± 100 Entre 700 e 500 a.C. Sécs. VII e V a.C.

910-400 a. C.

SENHORA DA GUIA - Baiões, S. Pedro do sul Campanha de 1973

GrN-7484: 2650 ± 130 Entre 830 e 570 a.C. Sécs. IX e VI a.C.

1100-410 a. C.

Carvão vegetal

QUEIROGA 1985, 35 _

Bolotas carbonizadas

SILVA 1986, 40 _

Carvão vegetal e restos de madeira de uma ponta de lança, em bronze

KALB 1974-77, 141 _

Ponte da Barca

Refêrencias bibliográficas

ACUÑA CASTROVIEJO, F. (1977). Panorama de la Cultura Castrexa em el NO. de la Peninsula Iberica. Bracara Augusta, 21 (71-72), Braga, 1-23. - (1991). La cultura castrexa y galaicorromana en el último veinteno, Boletín de la Sociedad Española de Amigos de la Arquelogía, 30-31, Madrid, 203-207. - (1991). Historia das Investigacións, Galicia. Historia I. Prehistoria e Historia Antiga. A Coruña, 275-286. -

(1995).

Historiografía

e

investigación

da

cultura

castrexa

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